A Guerra Política

Day 2,978, 10:51 Published in Brazil Brazil by Cellor


Por qualquer motivo uma memória que eu não acessava a muito me veio. Era 2013. Eu, novamente saído se um coma. Não por muito tempo. A vida me chamada. Não haveria tempo. Mas, vim mesmo assim. Tratei de me atualizar. Um amigo que eu trouxe ao jogo também voltou e atualizei ele. E lembro que a reação dele foi "Bem, não sei se sou eu mas essas guerras estão mais parecendo com a política, e essa política parece uma zona de guerra!"
Rimos.
Mas é fato que a segunda parte é apropriada hoje.
Não pretendo em quem está com a razão, mas o fato de as palavras de ordem serem "Vem pro lado A", "venha pro partido B pois o outro é um mentiroso". "Vem para cá que aí você não tem carreira". Isso revela uma fraqueza de propostas. Ou similaridade. E quando melhor argumento contra um candidato é o que alegadamente fez há dois anos, e os melhores argumentos a favor do candidato são a alegada falsa acusação, e as ações individuais de um grupo dentro do partido da oposição. Entenda. Minha opinião sobre esses assuntos não importa. Quem precisa saber, sabe.




Mas, uma coisa que todo brasileiro (na política) sabe é que não dá para seguir em um caminho toda vida. É nisso que consiste a valsa de liberalismo e intervencionismo. Mas, quando isso vira realidade, a única diferença entre os partidos passa a ser o grupo. E, enquanto ideologias e métodos podem ser debatidos, indivíduos e grupos só podem ou ser elogiados, ou execrados. E, muitas vezes, para execrar, parte-se para a calúnia. E, para elogiar, parte-se para a fantasia. Não existem heróis e vilões. Seria fácil demais se houvessem.
No final das contas, tudo isso se torna irrelevante para quem não está disposto a entrar em eternas discussões rumo ao nada. Não são (só) as decisões de Presidentes de Partido que afastam ou atraem os novatos. Não é (só) elitismo, falta de oportunidades para novatos e coisas assim que podem afastar pessoas da política. Mas essa insanidade que opõem partidos com mesma ideologia prática, há um potencial repulsor não desprezível.




Então resta a esperança de que os presidentes futuros consigam conciliar os partidos. Fazer governos de coalizão, injetar sangue novo no Planalto (ou, já que a capital é no Rio Grande do Sul, no Piratini). Renovar o sangue antigo. Deixar o passado para trás e olhar o futuro. Como apresentado pelo Gazeta da Tarde em [BdRA] Os desafios dos governos (part. 1), a rivalidade entre partidos chega ao ponto de prejudicar alguns ministérios, minando a capacidade dos governantes de gerenciar o país e enfraquecendo o Brasil, em ultima análise.



O Carta Nova funciona em um ciclo semanal. Nessa semana são dois artigos por dia entre segunda e sábado, seguindo um cronograma estabelecido nos editoriais de domingo. Essa semana a discussão gira em torno de Ideologia no Novo Mundo. Não deixe de ler os outros artigos da semana:
Editorial - Ideologia e Conhecimento;
Análises Econômicas - Da Mecânica de Mercado no Novo Mundo,
Leituras Rápidas - Crônicas de um Qualquer V - Mutações, permanências e Maquiavel,
Análises Políticas - Das Razões de Estado e das Razões de governo no Novo Mundo I - Introdução,
Ensaio sobre a Educação,
Análises políticas - Ideologia e Eleições,
Leituras Rápidas: Reflexões eRepublikanas - As Leituras Rápidas e
O Senso Comum