Crônica de uma derrota anunciada

Day 622, 12:19 Published in Brazil Brazil by H00LIG2NS



O pitaco de hoje vai para compreender um pouco mais a guerra no norte. Nos últimos dias, desde a batalha do Kansas, houve uma certa “calmaria” nos frontes. A ofensiva continua, mas sem ataques contra regiões estratégicas.

A estratégia parece ser a de consolidação, explorando ao máximo a vantagem relativa que conquistamos antes do “coup-de-grace” contra Canadá e EUA.

Resumo dos fatos (desde a batalha do Kansas):

>Indonésia conquista Oklahoma, abrindo a possibilidade de atacar o Texas, importante centro econômico com high oil e 1.000 habitantes

>Depois de trocar territórios com o Reino Unido e entrar no Canadá, a Hungria avança sobre territórios canadenses que eram originalmente dos EUA, “trocados” na tentativa de contra-ofensiva destes; conquistam Montana e Washington

>Rússia toma o Alaska do Canadá (outra região original dos EUA que o Canadá havia “contra-atacado”)

>Portugal conquista Kentucky e West Virginia, e devolve a Georgia, estado costeiro que serviu de porta de entrada para a ofensiva; a Georgia possuía fronteira com a Espanha, o que poderia permitir uma contra-ofensiva espanhola para ajudar os americanos

>A Rússia continua conquistando estados pouco importantes do norte dos EUA, como Iowa, Idaho e Nebraska


O fracasso de duas nações


A situação econômica continua extremamente complicada, sobretudo no Canadá. Problemas de abastecimento devem surgir se a guerra se estender. O governo canadense liberou suas reservas de food, mas o estoque de grain mostra declínio contínuo. Em ambos os países o preço de weapons não pára de subir, e cada vez mais cidadãos serão obrigados a lutar desarmados.

Normalmente, o poderio militar de um país não é tão fortemente afetado pelo “populacho”, digamos assim. Uma distribuição efetiva para o exército, que possui os soldados mais fortes, é o bastante. Mas o principal recurso dos EUA é sua população, muitos soldados pequenos que fazem um dano considerável. O nacionalismo norte-americano, que conclamou a população a “lutar com todas as forças” no início desta guerra, mostra que eles não tiveram nenhum planejamento de sobrevivência no longo prazo. Com a situação econômica cada vez pior e preços escalantes, a população não poderá pagar por weapons.

Ao mesmo tempo, os governos estão com sério déficit nas suas contas. Com a perda de mais regiões, suas receitas não param de cair, e os gastos continuam altos. A possiblidade de tankar com força no futuro está comprometida.

Para saber mais sobre o estado econômico destes países, veja esta análise muito boa (em francês).

Do outro lado, Indonésia e Hungria não têm do que reclamar. Conquistaram centros econômicos de importância, e sua arrecadação aumentou.


A Calmaria antes da Tempestade



Ao invés de traçar uma linha direta às principais fortalezas norte-americanas, New Jersey e Flórida, ou atacar Ontário e destruir de vez o Canadá, a PEACE achou melhor diminuir o ritmo por alguns dias.

Essa estratégia parece ter dois objetivos:

1) Consolidação da ofensiva: conquistar os últimos estados americanos ou canadenses que “ficaram para trás”, impedindo qualquer possibilidade de um contra-ataque relâmpago

2) Tirar vantagem da superioridade econômica adquirida: os gastos até agora foram muito grandes para ambos os lados; no entanto, os EUA e Canadá viram suas fontes de recursos secarem, enquanto Hungria e Indonésia multiplicaram-nas; cada dia que passa aumenta a vantagem financeira da PEACE

Além disso, existe um fator que deve ser considerado, pois até agora foi determinante: a incompetência norte-americana. Completamente incapazes de compreender a estratégia militar da PEACE, desesperados por defender seu “solo nativo”, mesmo se certa região for inútil estrategicamente para esta guerra, algumas atitudes chegam a ser patéticas: o governo chegou a celebrar, em comunicado oficial, a libertação da Geórgia, orquestrada pela PEACE para isolá-los de seus aliados espanhóis. Veja

Hoje, os norte-americanos correm para salvar Washington DC, sua capital RL. Essas são as ordens oficiais. Perder a região, com pouco valor estratégico, pode ser um grande abalo moral. A PEACE conta com isso para fazer mais americanos desperdiçarem suas economias numa batalha inútil, e aprofundar a crise política do país (da qual tratei em meu último pitaco).

Tudo leva a crer que a tempestade está por vir. Dentro de pouco tempo veremos os ataques que selarão o destino da América do Norte. Texas, ao sul, último centro econômico fora das fortalezas norte-americanas. Ontário, ao norte, derradeiro bastião da resistência canadense.

A Guerra ate agora

Seguem alguns mapas que exemplificam muito bem o avanço da PEACE até o dia 620.

Fonte: “Northern Standard”, de Perry. Veja o artigo original















Não houve grandes mudanças nos últimos dias, apenas a devolução da Geórgia (estado no sudeste americano, logo em cima da Flórida, que no mapa ainda está para Portugal) e alguns outros avanços que mencionei no meu Resumo.



Brasil

No opinião deste novato, é preciso estar pronto. Precisamos de uma re-organização urgente no exército. Apenas dois batalhões é uma loucura administrativa, até a Argentina ou o Reino Unido, países com poderio militar MUITO menor que o nosso, possuem uma estrutura melhor organizada. Com 4 ou 5 batalhões menores, seus comandantes ficarão muito mais cientes do poder de fogo que têm. Isso facilitaria a distribuição de armas e financiamento de tanques. Também seria mais fácil entrar em contato com os soldados, distribuir ordens e calcular o dano que queremos causar.

Por último, o congresso deveria discutir a questão de gastos. Alguns já me disseram que o gasto militar no Brasil é comprometido porque “se o governo gasta pra guerra, todo mundo reclama”. Então que o congresso discuta e aprove um orçamento militar: isso torna o processo mais democrático e organizado, e ao mesmo tempo dá para os comandantes militares uma certa autonomia para delinear nossa estratégia.



E que venha a Espanha!



Pra quem ainda não subscribou, aproveite! Muitos pitacos virão!


P.S: Obrigado Polonsky por me ensinar a colocar imagens nos artigos! Tá bem melhor agora!