[ODIN] A Canção da Espada - Mês II

Day 1,773, 10:35 Published in Brazil Brazil by Seu Cuca Beludo


Olá, brasileiros!

Passados exatamente 31 dias desde o primeiro capítulo deste projeto, estamos trazendo a vocês - com precisão suíça - a continuação desta nobre e sangrenta saga.

Para quem já esqueceu do que se trata, A Canção da Espada é um projeto de roleplay do ODIN, onde é publicado um artigo por mês baseado exclusivamente nos congressistas eleitos do mês vigente (nenhum outro cidadão aparece, não nesse projeto).

O primeiro artigo foi muito bem recebido, então esse projeto entrou para o rol dos que merecem continuidade, ao lado do Livro de ODIN e das famosas Crônicas Vikings.





Mês II - Setembro de 2012

Um mês após a chegada, vindos do gélido Norte, estabelecidos e acampados, os guerreiros vikings permaneciam com sua sede de sangue aumentando a cada dia. Os batedores, todos entre 10 e 12 anos, já tinham feito o mapeamento dos arredores e se reportado aos anciões, que conferiam todo o planejamento.

Os nativos que não foram mortos prestavam o auxílio necessário, carregando os mantimentos e e mantendo abastecido o acampamento. Enquanto isso, os guerreiros controlavam a sua ansiedade com as conhecidas ODINpíadas nórdicas, jogos que envolviam demonstração de impressionante força, grande resistência e agilidade ímpar, como o arremesso de toras.

Tendo minha infância inundada com as histórias contadas desses guerreiros, que para mim não passavam de um mito, não deixo de ficar impressionado com a cena do desembarque que assisti. A embarcação viking, a qual eu nunca tinha visto, ainda está presente em minha memória a cada vez que tenho que passar pela água.

É incrível como o temor que sentia a cada batida, assistindo à carnificina das batalhas dos comuns contra esses guerreiros, vem aos poucos sendo substituída pela admiração de sua filosofia de vida. A organização bélica não tinha comparativos com qualquer coisa que conheciamos. Todos viviam em grande harmonia e respeito, sem nenhum tipo de crime ou maldade entre seus membros. Todos desempenhavam seu papel com maestria.



Eu observava o ferreiro a forjar novas espadas quando uma coluna de fogo começou a se formar no centro do acampamento, e todos os guerreiros começaram a se dirigir para lá, deixando suas tarefas para depois. Um grupo foi montado com os mais experientes Royal Huskarls e, enquanto o Pato repassava o planejamento da incursão que eles estavam prestes a fazer, um sorriso perpassava na boca de cada Huskarl.

Eles como crianças prestes a receber seus doces.


Gulitiwi, Gislaine, Ryan Cullen, MarcioPopo, Lazzarisouza, Thordilho, Diego Virmond, Masashi Kishimoto e DonWaster

Os referidos reuniram os seus mais próximos e partiram para o combate, levando-me, junto com outros 'nativos'. Gislaine referiu aos demais, quanto a nossa presença, ser uma honra poder demonstrar a sua honra em batalha aos vencidos. Eramos os amuletos para lembrar a desonra da derrota. Esse ensinamento me marcou não pela ofensa, pois a situação era de absoluta impotência, mas porque eu conseguia enxergar a sabedoria que vinha dessas palavras. E marchamos.



Chegando à beira da rica aldeia de Vuliate, a força nórdica destacada se deparou com a forte paliçada erguida ao redor da cidade. Não era a toa que aquele lugar se punha como a junção no caminho entre as riquezas da montanha, a fertilidade das planícies, e os estranhos mercantes latinos. Diante daquele obstáculo, as quatro crianças que vieram "aprender" e observar contornaram o lugar e voltaram com uma informação que não alterou o semblante de nenhum dos guerreiros.

Aquela proteção não tinha uma fraqueza visível. Uma paliçada feita de boa madeira, e muralha levantada com altos troncos de carvalho, reforçadas por uma espécie de cola vegetal que as toras bem unidas.

Nisso, Gulitiwi destacou que qualquer lugar "impenetrável", é fraco pela falsa segurança que ela oferece, e se é dificil entrar, será dificil ainda mais sair. Confirmou, após rápido debate com Márcio Popo e Ryan Cullen, que o ataque se daria ao entardecer, quando os habitantes estivessem cansados de sua rotina.

E então, com pouco menos do que 6 horas de preparação, efetuaram o ataque frontal. Assim como na primeira batalha, os guardas estavam fora de forma e relaxados, pois há muitos anos não lidavam com nenhum invasor, e viviam com uma ilusória de paz e calmaria.



Os guerreiros que portavam machados foram postos na frente, e despedaçaram a paliçada com violentas machadadas. A madeira era, de fato, de boa qualidade mas, pela falta de ataques ao longo dos anos, ela não tinha sido trocada, então estava velha e frágil. Alguns guerreiros tombaram com flechas no peito, mas um caminho entre a paliçada foi rapidamente aberto.

E por ele passaram guerreiros com escudos levantados e atrás deles, bem protegidos por esses escudos, vinham os nativos carregando longas escadas.



Quando encostaram na muralha de madeira, os vikings ficaram com os escudos acima de suas cabeças, em posição quase horizontal, até que os nativos conseguissem levantar as escadas e fazê-las encostar no topo. Quando fizeram isso, os guerreiros com escudo foram na frente, para travar combate com os defensores, seguidos pelos vikings que portavam machados, pois esses estariam muito vulneráveis se fossem na frente.

Esses nórdicos que foram os primeiros a subir as escadas tiveram muitas dificuldades, pois os defensores, apesar de terem sido pego desprevenidos, haviam se organizado e agora estavam apinhados nas ameias das muralhas. Mas uma vez que conseguiram se infiltrar, e os guerreiros que portavam machado tiveram espaço para manobrar suas devastadoras armas, o resto ficou mais fácil.



Uma vez nas ruas da cidade, o que era batalha virou carnificina, pois a maioria dos defensores jazia morta nas muralhas, e os camponeses corriam em pânico para lá e para cá, buscando um jeito de fugir. E assim, os machados iam decepando membros, cabeças, quebrando espadas, e acalmando o lugar.

Cada vez menos gritos eram ouvidos, pois os feridos mortalmente em batalha começavam a deixar este mundo.

Enquanto Ryan Cullen concentrou-se em decepar os últimos combatentes, que tentavam organizar uma heroica defesa, Masashi arremessa seu escudo como se fosse um disco, nocauteando o arqueiro que no topo da edificação central da cidade, mirava o Morcego, que já limpava seu machado nas costas da desfalecida oposição encontrada. As cotas de malhas que usavam eram boas, mas flechadas poderiam ser fatais.



DonWaster, após a contagem, aponta que mais de quinhentos homens tinham honrado a batalha, o que trouxe alento aos 7 combatentes vikings que ficaram pelo caminho. Os demais, 143 guerreiros, efetuariam a cerimônia final em homenagem aos mortos.

Alguns, como o Márcio Popó, não se contiveram na comemoração pois, apesar de terem "bagagem" na vida, era primeira grande batalha que participavam.



Uma vez queimada as casas, Thordilho liderou a retirada, após orientar que todos deveriam reunir o maior saque que pudessem, mas que não deveriam permanecer nas imediações do local, pois poderia haver aldeias vizinhas que, vendo a fumaça que se erguia no céu, viriam ver o que estava acontecendo e talvez tentassem alguma forma de retaliação.

E com duas enormes carnificinas promovidas pelos vikings em menos de dois meses, essa retaliação haveria de vir. Cedo ou tarde.




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