[ODIN] A Canção da Espada - Mês I

Day 1,742, 16:35 Published in Brazil Brazil by Seu Cuca Beludo


Olá, brasileiros!

Nas eleições do dia 25 de Agosto o ODIN conseguiu eleger 8 candidatos. E o seu parceiro, o PDB, elegeu 6 congressistas. Não é nenhum recorde, mas são bons números e queremos manter sempre assim.

Gostaríamos de parabenizar todos que se envolveram de alguma forma nessa eleição, seja planejando ou buscando e direcionando votos, e também parabenizar todos esses 14 que foram eleitos. Que façam um bom trabalho e correspondam a confiança que neles foi depositada.

Dito isso, gostaríamos de apresentar o mais novo projeto de roleplay do ODIN. Ele foi batizado de A Canção da Espada e narrará batalhas mensalmente, utilizando os partidários vencedores das eleições ao Congresso como protagonistas. Fora isso, não terá qualquer relação com a eRealidade.

Esperamos que ele faça tanto sucesso quanto as Crônicas Vikings e o Livro de ODIN. Boa leitura!





Mês I - Agosto de 2012

Do distante norte, atravessando mares glaciais, eles vieram. E trouxeram as nuvens negras da guerra com eles.

Eu nunca tinha visto uma embarcação nórdica na minha vida. Mas assim que eu os avistei, naquele fatídico dia, eu soube quem eles eram. Eu cresci ouvindo histórias sobre os temíveis vikings, aqueles homens barbudos e violentos, que produziam grandes carnificinas com seus enormes machados. Esses seus lendários banhos de sangue me assombraram por toda a minha infância, sendo a causa de muitos pesadelos e intermináveis noites de insônia. Meu pai que me contava essas histórias, tendo ouvindo-as do meu avô, que por sua vez ouviu do seu pai. Esse meu bisavô teve a infeliz sorte de ser testemunha dessas matanças, e teve o fardo de transmitir a historia delas às gerações seguintes.



A despeito do medo que essas histórias me causavam, eu era um garoto corajoso. Amava altura, e escalar árvores, cachoeiras e montanhas era o meu passatempo favorito. E eu estava justamente no topo de um monte quando avistei os navios que mudariam a minha vida - e o destino de toda essa terra. Eram cinco grandes navios, que fervilhavam de homens. Cada um ostentava um terrível animal em sua proa, e se aproximavam do continente com velocidade. Eu estava petrificado. Os guerreiros que permeavam os meus sonhos estavam ali, ao alcance da minha vista. Eu ainda não podia ouvi-los (os capitães aparentemente estavam gritando ordens para os remadores), mas percebia o brilho de suas armaduras era perceptível a quilômetros de distância.

Quando aportaram, eu vi os guerreiros vikings pela primeira vez na minha - curta - vida. E como eles eram belos. Seus cinco líderes, em torno do qual os homens se agrupavam, estavam em seu esplendor de guerra. Vestiam cota de malha, capacete, e armas cravejadas de joias, com os gumes reluzindo de tão afiadas. Eu não sabia, mas estavam ali: Mazarino, comandante do Rato Traiçoeiro; Ryan Cullen, capitão do Falcão Negro; Gulitiwi, líder do Pato Voador; leviIIII, tripulante-chefe do Galo Briguento e Palmeiras City, dono do Porco Sangrento. Se destacavam também: Jota123, imediato do Falcão Negro; Gislaine, vice-capitã do Rato Traiçoeiro e Henrique77, vice-líder do Pato Voador.



Os líderes fizeram um semi-círculo, de costas para os barcos, e começaram a conferenciar. Enquanto isso, os homens descarregavam seus suprimentos e equipamentos, além de uns poucos cavalos que tinham trazido consigo. Por enquanto, decidiram os capitães, iriam acampar ali, até conhecer melhor as redondezas. Os imediatos recrutaram os homens mais leves, e com os olhos mais aguçados, e os despacharam como batedores, montados nos ágeis cavalos que tinham vindo. Destacaram também alguns homens para cortar as árvores da vizinhança, para construir a paliçada em torno do abrigo provisório. O acampamento começava a tomar forma.

Quando os batedores voltaram, vindos de direções diferentes, reportaram-se aos seus comandantes. Quatro não encontraram nada demais, mas o quinto relatou que havia encontrado uma pequena fortificação. O fortim tinha apenas uma paliçada grossa como defesa, não possuindo fossos e nem muralhas de pedra. De vigia, o batedor contou apenas cinco homens. Mas tinha visto mulheres entrando com palha, e sentiu um cheiro forte de excrementos quando estava contra o vento, então ali deveria haver mais cavalos. Os líderes conferenciaram mais um pouco e decidiram: atacariam nesse mesmo dia, durante a madrugada.

Os homens não tiveram tempo para descansar. Mal foram montadas as suas barracas e já começaram a afiar as armas, e a passar óleo nos elos das cotas (os que tinham). Cota de malha é um artigo incomum, e apenas os melhores guerreiros possuiam uma. O resto dos homens vestiam coletes de couro grossos. Cada homem levava consigo cerca de três escudos, que eram dependurados na paliçada e nas muralhas das cidades, dando a falsa impressão de que havia o triplo de soldados dentro. Uma vez que estava tudo preparado, se puseram em movimento. Quando as trevas reinavam, e o sol já havia caído há muito, a fortificação nativa estava completamente cercada. Cada um dos cinco capitães havia posicionado os seus homens em um dos lados do fortim, formando um grande círculo. Até o momento, os sentinelas não haviam percebido nada de anormal, e bocejavam preguiçosamente.



Foi quando um grito agudo cortou a noite, despertando-o com um salto violento. Guerreiros subitamente emergiram da floresta que havia em torno do acampamento, e essa visão o aterrorizou, a ponto de se urinar nas calças. E não havia para onde correr, guerreiros gritando enlouquecidos brotavam de cada canto da vegetação.

A matança foi rápida, mas nem por isso menos sangrenta. Os homens do fortim não estavam em plena forma física, relaxados por anos de calmaria, sem qualquer ameaça. A guarnição era mínima, os 50 homens que guardavam o forte não puderam oferecer muita resistência aos 250 homens que os atacaram (50 ficaram na praia vigiando os barcos e terminando de erguer o acampamento). Os guerreiros que chegaram primeiro à paliçada fizeram duplas e escalaram-na, travando combate com os apavorados sentinelas. Tripas foram rasgadas, e sangue jorrou, manchando a madeira e o solo. Uma vez que o portão foi escancarado, a matança se tornou generalizada. Vikings caçavam os defensores entre as cabanas, e os trucidavam com seus machados e suas espadas.



O comandante do fortim e o mais veterano de todos, exortou os seus homens a se reunirem em frente à casa principal do forte, que era a sua residência. Os 30 homens que haviam restado se espremeram na viela e apontaram para a "rua" de terra que ligava a residência ao portão. E esperaram.

Os capitães, percebendo que os defensores finalmente haviam se organizado, chamaram os seus homens para perto de si. A tropa de Palmeiras City, que havia sido a primeira a chegar, teve a honra de liderar o combate. Como a rua era estreita, cabiam apenas cinco homens lado-a-lado. Eles fizeram então, a parede de escudos. Todo homem devia sobrepor o seu escudo ao do companheiro à sua esquerda, e devia proteger o homem à sua direita com sua arma. Desses cinco homens na vanguarda, dois possuíam machados. Eram esses, os mais treinados, que iriam enganchar os machados nos escudos dos adversários e forçá-los para baixo, para que os companheiros do lado atacassem. Atrás desses cinco, havia uma segunda linha de homens, armados com lanças, que iriam estocá-las por cima, atrapalhando o adversário e tornando-os mais vulneráveis.



Veteranos como eram, avançaram lentamente. Sabiam que o homem acuado é o mais difícil de se matar, pois ele se apega desesperadamente à vida, não tendo mais nada a perder, por mais temível que seja a batalha. E o medo em uma parede de escudos é especialmente terrível. Por mais preparado que um homem seja, na hora que os escudos são cerrados, as tripas se soltam. Um frio inunda a barriga, e os nervos fraquejam, fazendo tremer as mãos e as pernas. Não raro, os soldados avançam sobre a urina e os dejetos dos seus próprios companheiros da linha de frente. E dessa vez não foi diferente.



Quando os escudos se tocaram, o cheiro de excrementos, sangue, urina e suor era fortíssimo, e nauseante. Os defensores imitaram a parede de escudos feita pelos vikings, e começaram a atacar. Lanças estocaram, espadas cortaram e machados rasgaram. Tripas e mais tripas rolavam pelo chão. Um dos vikings enganchou perfeitamente o seu machado no escudo do defensor, e forçou-o em direção ao chão. Vendo que o defensor tinha cedido, o nórdico do lado lançou a sua espada na garganta do soldado, espirrando sangue para todos os lados. O homem caiu no chão, com a boca borbulhando com aquele líquido rubro vívido, e o seu companheiro de trás assumiu o seu lugar. Uma lança dos defensores penetrou fundo na coxa de um dos atacantes, que gritou com fúria. Os espadachins vikings, estocando por baixo dos escudos, deram o troco, causando grandes danos. Quando mais dois defensores caíram, abrindo um rombo na fileira de frente, a parede de escudos se rompeu, e a matança se tornou generalizada.



Em pouco tempo, o forte estava dominado. O corpo dos defensores mortos jaziam no chão, em grandes poças de sangue, e os seus feridos, caídos pela rua, gritavam. Foram rapidamente mortos, e seus poucos pertences, roubados. Não havia quase nada de valor ali, a exceção das armas e dos cavalos que encontraram no estábulo, localizado no fundo do forte. Feita essa parca pilhagem, iniciaram o caminho de volta para o acampamento.

Os vikings tinham vindo a essa terra para pilhar, e não sairiam daqui tão cedo, de modo que essa história vai continuar.





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