(ADC) A dinâmica da mudança

Day 1,633, 14:47 Published in Portugal Portugal by joao97
Nota:Este é um artigo oficial da Associação Democrática do Cidadão, se não conheces a ADC lê este artigo.

Portugueses,

Após ler este artigo, escrito pelo militante da ADC Nuno Vieira, deparei-me com comentários um tanto cépticos que passo a citar:

O grande problema não é da politica, mas sim das pessoas.
São cada vez mais raros aqueles que estão disponíveis, seja para assumir um compromisso de mudança e gestão do país, como de trabalho em prol de todos através das mais variadas tarefas governamentais.
Daí que não seja de estranhar que sejam sempre os mesmos a assumir as responsabilidades e o protagonismo das boas e más decisões.
Não é por falta de incentivo, oportunidades e plataformas, que não existe a "pluralidade, assente numa orgânica onde a voz de cada um dos militantes seja ouvida e lhe seja atribuída a devida importância".
As vozes é que são cada vez mais escassas, assim como a vontade.

Recordo-te que o Movimento Minerva também começou cheio de fulgor e boas ideias e rapidamente se desfez em meras intenções, simplesmente porque não há quem queira trabalhar e poucos são os cidadãos realmente participativos e empenhados em alterar as coisas.
E depois, mesmo esses poucos que se prestam a colaborar e a dar o seu tempo e trabalho em prol dos outros, são severamente criticados, atitude que ainda causa mais o abandono e afasta possíveis e potenciais interessados, pois não se querem sujeitar ao mesmo escrutínio, muitas vezes injusto e extremamente ingrato.

Portanto, lamento desapontar-te, mas não acredito que passe das intenções e da ideia.
Também a mim me desilude o actual estado das coisas, mas ou se tem grande disponibilidade e força de vontade para mudar as coisas e com isso tentar arrastar e motivar uns quantos, ou então torna-se difícil, senão mesmo impossível mudar o que quer que seja...

PretenderHT

não há pica em ser oposição, governo, alternativa ou impulsionador.

melhor dizendo, não há pica para nada.

Julio de Matos

Nota: este artigo não pretende criticar de maneira alguma os referidos jogadores, mas reflectir sobre a reacção da comunidade á visão da ADC.

A todos os cépticos tenho apenas uma coisa a dizer, até a mais insignificante das mudanças é uma mudança.

A ADC propõe no seu artigo de apresentação uma solução que passa por 3 princípios, dois dos quais (DEI e DS) passam pela existência de iniciativa por parte dos cidadãos, coisa que não negue que falte. Mas não me parece que a tal se deva apenas a má vontade, mas sim a um ciclo vicioso existente na prória sociedade que desincentiva os cidadãos. Sigam o meu raciocínio, no tempo em que havia um a oposição forte eram todos ouvidos de maneira igual? A resposta é NÃO! Haviam duas facções na política ambas hierarquizadas, construídas em volta de poucos indivíduos e pouco abertas a novas ideias e a novas caras, e ambas as facções tinham como principal objectivo eliminar a outra. Quase todos fomos parte dessa guerra e agora que tudo terminou há apenas uma facção mas a monopolização social continua pois a guerra deixou a sua marca. Durante a guerra qualquer cidadão que manifestasse uma opinião ignorando filiações políticas era ignorado, trollado e excluído.

Isso mudou?

Não sabemos pois a guerra inibiu qualquer tipo de oposição e deixou os cidadãos certos de que não vale a a pena falar pois não serão ouvidos. Devido á falta de oposição o jogo perde pica e mais cidadãos activos desmotivam-se. Como se isso não bastasse ainda se vem acrescentar um espírito derrotista que afirma que não vale apena tentar mudar pois os restantes cidadãos não vão aderir ao projecto.

Eu sou um cidadão e adiro á mudança. Quantos mais aderirem mais vai mudar, se formos poucos a mudança será pequena, mas será uma mudança. O que eu tolero é que fiquemos de braços cruzados a ver o jogo perder todo o interesse.

A ADC considera que ainda há muita coisa que o estado pode fazer por uma sociedade aberta e desmonopolizada (a niveis de estrutura interna e de acção social), mas reconhece que sem uma mudança da maneira de pensar dos cidadãos não chegamos tão longe como o pretendido. Tudo isso ficou claro na apresentação do partido mas eu faço questão de o relembrar.


Seja como for, a mensagem do artigo é apenas uma, com espírito derrotista não vale a pena jogar, se queremos pica temos de ser nós a criá-la.

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