Política da bola saltitante
Citizen 99
(Continuação de Endgame - Fins e funções do Estado)
A forma mais directa de avaliar a capacidade defensiva de uma nação é através do total de dano que os seus cidadãos exercem no campo de batalha e a da forma coordenada ou não em que o fazem.
Contudo nem sempre é possível ou fazível realizar esta avaliação directa dos esforços e contribuições de cada uma destas funções exercidas pelo Estado. Mas sempre que tal o seja, deverá ser feito. Apesar da importância que esta avaliação tenha, é raramente feita ou discutida.
Tal como uma criança que corre traz de uma bola e ignora o perigo de ser atropelada mesmo quando foi avisada pelos seus pais, também os políticos focam-se em atingir objectivos ou realizar funções desprezando os perigos. Os políticos são mais articulados que uma criança, logo podem não só ignorar os perigos mas ridicularizá-los.
Exemplo disto são as empresas das FAP em que lhe são entregues fundos para produção de inventário para ser usado em distribuições. O perigo neste caso é de que o custo do inventário produzido e distribuído poderá ser superior ao disponível por outras alternativas (como no mercado) mais eficientes e eficazes.
Não existem neste momento nenhuma avaliação destes custos das empresas FAP ao longo da sua existência. A soberania nacional é posta em causa pelo uso deste método para a realização de distribuições que poderá não ser o mais eficiente e eficaz no uso dos recursos do Estado, que não são apenas os seus impostos mas também o tempo e trabalhado realizado por este na manutenção das mesmas.
A perseguição e persistência pela manutenção de funções ineficientes é uma das mais perigosas perseguições da bola saltitante.
Comments
A decisão de um estado ter forças armadas próprias prende-se com o facto de poder exercer poder sobre as mesmas. Tem impacto no poder negocial do estado em negociações com países aliados ou não e é um factor importante em termos de dissoação.
O custo para o Estado associado à existência de um exército à sua disposição, varia de acordo com o apetite dos seus cidadãos em integrarem esse exército por conexão emocional ou apenas monetária.
O custo de produção das FAP é afectado por os salários das divisões 1 e 2 serem acima do mercado de trabalho, enquanto que os salários das divisões 3 e 4 serem abaixo do valor de mercado. Actualmente as FAP detêm mais jogadores de D1 e D2 o que justificará que os custos totais de produção são superiores ao mercado.
Os salários mais elevados pagos aos jogadores mais novos visam motivar essas a integração destes jogadores no jogo e o gosto pelas forças armadas portuguesas. Esse encargo é parcialmente financiado pelos jogadores que disponibilizam as suas empresas ao estado para que estas sejam usadas nas FAP sem contrapartida e pelos jogadores das divisões superiores que aceitam terem salários abaixo do mercado.
As FAP não são uma estrutura mais o menos eficiente do que outras. A existência de umas forças armadas disponíveis para o estado português comandar tem um custo. Esse custo é apenas parcialmente suportado pelo estado porque existem cidadãos portugueses que aceitam parcialmente financiar este encargo.
Da mesma forma existem cidadãos privados que financiam estruturas armadas semelhantes, com estratégias de desenvolvimento varáveis. Essas estruturas não pertencem ao Estado português e lutam onde quiserem, normalmente por instrução dos lideres dessas unidades militares.
Consequentemente tentar comparar os custos dos recursos produzidos pelas empresas das FAP com o mercado não faz sentido.
O que não faz sentido é estares a juntar maças com laranjas e chamares a tudo de bananas.
Eu sempre que referi às empresas das FAP no artigo, e o propósito que estas criar inventário. Este pode ser obtido por outros meios, com possivelmente menores custos. Não faz sentido vires mencionar a organização militar.
Dizes também que outro objectivo é ter novatos a receber mais suportados por jogadores das divisões superiores, contudo tal apenas seria verdade se de facto todos os custos dos salários superiores para novatos fosse suportado pelos das divisões superiores. E tal não acontece e acaba por esses custos serem suportados pelo Estado.
Mas mais importante que isso é questão de se este objectivo tem resultados satisfatórios e que resultem numa melhor defesa nacional, é que não me sabes dizer até que ponto é bem sucedido este apoio aos novatos, se realmente existe a permanência neste no jogo, ou mesmo a permanência destes das FAP quando a falta de jogadores de divisões superiores é indicador que tal não se verifica.
Existem outros métodos de gerir as organizações militares e de incentivar novatos, a questão está é se este é o melhor método. E raramente essa discussão é feita. Um facto que tem se vindo a verificar é que as organizações militares privadas são de longe mais eficientes em atingir esses resultados.
A existência da organização militar das FAP não implica que tenham que existir empresas das FAP. E é principalmente isso que não é tido em conta na tua justificação.
Se visses o meu comentário seguinte abordo alguns do pontos do teu comentário. Mas existe um ponto fundamental que não percebes ou não queres perceber. As FAP são uma unidade militar e é o custo total da operação que deve ser considerada e não factores parciais, uma vez que estes factores parciais estão dentro do sistema e não podem ser avaliadas de forma independente.
Existem modelos de organização militar que podem contemplar a inexistência de fábricas, e a inexistência de trabalhadores a trabalhar abaixo de preços de mercado. Nesses sistemas a angariação de uma força militar ficaria totalmente dependente dos benefícios directos pagos aos soldados. Desta forma todos os recursos seriam adquiridos ao mercado.
Custa-me a crer que este sistema seja mais económico do que o actual, tendo em consideração que o financiamento parcial por privados iria desaparecer, é diferente pedir a alguem para contribuir em espécie para pertencer às FAP, ou pagar diariamente ou que eles pagam hoje em dia directamente ao estado. Ou seja pagarem um imposto especial por pertencerem Às FAP.
Custa te a crer, contudo não existem quaisquer processos de avaliação das FAP de forma a garantir que o sistema que acabas de descrever não é mais económico que o actual. E o perigo reside em que todos ignoram esses perigos e andam atrás da bola saltitante.
E digo te já, que as avaliações que tenho feito são que seria mais económico, contudo estou a trabalhar para um relatório mais correto e detalhado.
A crença de que este é um sistema mais económico e eficaz só porque sim é que não faz o mínimo sentido.
O que se verifica nas FAP é que vão para lá novatos por causa dos salários superiores mas depois quando atingem divisões superiores (os que chegam) saem destas (por vários motivos) em que um deles será o salários menores a que ficam sujeitos, preferindo outras organizações militares.
Ou seja, diria todos os objectivos das FAP acabam por não ser atingidos de forma satisfatória.
Apesar das boas intenções do sistema que foi implementado, o que interessa é avaliar resultados, e estes têm sido catastróficos a meu ver.
É uma questão de fazeres o estudo económico e comparares. Mas compara coisas iguais, não compares coisas diferentes.
Devias pelo menos explicar o que consideras resultados catastróficos. Avalia os custos mensais das operações das FAP e compara esse custo por milhão de dano produzido pelas milicias. Compara esse custo ao preço desses milhões em cada divisão. Mas não mistures 1M D1 com 1M D4 são coisas bem diferentes.
"É uma questão de fazeres o estudo económico e comparares. Mas compara coisas iguais, não compares coisas diferentes."
Sim, eu é que tenho que ter o trabalho de fazer isso, porque mais ninguém se preocupa com esta questão. Quando devia ser tida em conta.
Os políticos deste país preferem antes andar com "listas negras" e a perder tempo com questões sem importância. E continuam a ignorar estes perigos.
Repara numa coisa, tu quando estás a propor calcular o dano resultante das FAP com os seus custos, tas a meter ao barulho as empresas das FAP, quando as FAP poderiam ter (e acredito que sim) danos semelhantes a custos inferiores. (este é o principal ponto que levanto no artigo). E ainda, mesmo se retirares todos os fundos que são entregues as FAP, estas não passariam a ter dano 0. Até porque não podes dizer que o único incentivo para os que estão lá (como nas privadas) para lutar por portugal é o dinheiro...
E quando queres comparar com comprar dano directo a organizações militares, também não faz sentido comprar com valores totais das unidades militares produzem agora. O que faz sentido é comprar é que ao introduzires incentivos para que as unidades militares aumentem o seu dano (que já têm) tu vais estar a pagar não por todo o dano da organização, mas por diferenças de dano. E aliás, Um modelo em que pague apenas % do orçamento correspondente à % de dano realizado numa batalha por exemplo, elimina a questão de ter que pagar em absoluto e de limites orçamentais.
Para além desta questão, tu levantas também outro ponto, que apesar de não ter sido colocado em causa no artigo, posso desenvolver aqui.
Que é o da necessidade (ou não) do Estado ter uma força militar que possa comandar.
Se considerarmos que Estado não tem maneira de obrigar alguém numa força militar a obedecer a ordens, apenas em caso de desobediência este é excluído das mesmas. O facto de perder acesso às distribuições das FAP ou ao salário elevado nas empresas da FAP é o único factor que poderá incentivar alguém a não ser excluído das FAP.
Apesar disso, o que se verifica é que os jogadores de divisões superiores mais experientes, acabam por sair das FAP e ingressar noutras organizações militares privadas, e no melhor das suas capacidades continuam a lutar por Portugal e a seguir ordens diárias.
Claro que existem organizações militares privadas que não seguem as ordens, nem têm incentivos para o fazerem.
Esta situação não implica que o único modo de comandar forças é através de uma organização militar única. Seria muito mais eficaz se pudesses incorporar mais organizações militares sobre as ordens do Estado. Para tal convém também criar incentivos para que as organizações militares privadas o façam. Diminuindo assim a necessidade de uma única organização militar e aumentando a eficácia e eficiencia da defesa nacional.
O modo de implementar esses incentivos poderá ser feito de diversas maneiras.
Não faz sentido vir dizer que algumas das privadas não seguem as ordens quando nem sequer há incentivos para que façam. E mais importante que isso, há muitas vezes culpabilização e alienação destas pelos resultados no campo de batalha.
Grande parte da influência do país está no poder de organizações militares privadas, e não nas FAP apesar do seu tamanho. Um sistema que não faça uso disso, será à partida menos eficaz que um que o faça.
Creio que te respondi abaixo.
Já tivemos esse modelo, no tempo em que tinhamos apenas duas MU's relevantes e ambas as MU's eram bastante alinhadas com o interesse do estado Português e mesmo assim lembram-se o que aconteceu.
Houve situações em que os lideres das MU's queriam lutar à sua maneira mesmo que nos mesmos alvos e criaram-se conflitos entre o governo e as MU's porque estas se declaravam independentes, se bem que financiadas pelo estado, e por isso cumpriam instruções mas à sua maneira, não exactamente como o estado mandava.
Foi nesse momento que as FAP foram recriadas, porque o estado percebeu que não podia estar dependente de MU's privadas para coordenar esse dano. Mesmo num clima de grande união nacional o Estado compreendeu que precisava de ter uma força própria se não queria estar dependente de 3º que mesmo que financiados têm a sua própria estrutura de comando.
A saída dos jogadores experientes das FAP deve-se a dois factores principais: (i) os benefícios das FAP para um jogador D4 não são competitivos, como mencionei, os D3 e D4 das FAP são co-financiadores não beneficiários (ii) a estrutura organizativa é insuficiente e estes jogadores frustam de estar envolvidos numa estrutura pouco activa e procuram actividade noutro sítio.
À medida que mais se afastam, menos operativa é a estrutura e menor incentivo existe para outros ficarem. Mas o problema não é modelo em si que funciona em imensos países (mesmo que em moldes diferentes por exemplo nas distribuições) o problema é no numero de jogadores disponíveis para o serviço público face aqueles que preferen fazer as coisas à sua maneira no privado.
Este problema não afecta apenas as FAP, afecta também o governo, que frequentemente tem um número de pessoas a realmente gerir o país claramente insuficiente para as necessidades e é por isso que muitas obras ficam pelo caminho.
É muito mais fácil criticar o governo e as estruturas que existem do que arregaçar as mangas e participar nele e construir.
Conforme mencionei acima já dependemos de MU's privadas para lutar por Portugal num ambiente de grande união e deu alguns problemas.
Imaginem no estado actual das coisas em que existem 5 ou 6 grupos que defendem os suas ideias e objectivos, muita vezes bastante mesquinhos, e que manipulam as coisas de forma a atingir os seus objectivos independentemente dos interesses de Portugal como aconteceu recentemente no caso do MPP do Canadá, que nos custou 100k e poderia ter custado 500k ?
Francamente não acredito que esse modelo tenha qualquer hipotese de funcionar, mas se quiserem testar, avancem.
Tiveram esse modelo? Eu nem cheguei a propor nenhum modelo, repara que um ponto critico para o sucesso do que é quer que seja implementado depende da forma como é implementado.
Essa história é muito bonita, mas se em vez de optaram por regressar a um sistema (FAP) que tem se vindo a verificar que falha vezes sem conta tivessem tentado resolver os problemas com as MUs, ou mesmo criar sistemas imparciais e que resultem da negociação com as MUs em vez de ser algo feito por decreto e imposto às MUs.
O que será preferível?
Um modelo que tenta incorporar o máximo de soldados, vai ter dificuldades. Ou um modelo que se sabe que acaba por excluir logo à partida grande parte dos soldados, e acaba por os que estão neste sistema por ser afastados e desincentivados a permanecer nele?
"Este problema não afecta apenas as FAP, afecta também o governo, que frequentemente tem um número de pessoas a realmente gerir o país claramente insuficiente para as necessidades e é por isso que muitas obras ficam pelo caminho."
Eu quando menciono recursos falo disto também, o tempo e dedicação dos cidadãos é um recursos que tem que ser bem gerido. Os recursos não são ilimitados, e apelares a que haja mais recursos só porque sim não é solução. Quando deixas a organização militar a cargo de privados e/ou deixas as empresas das FAP libertas muitos dos custos. Um sistema que faça uso do tempo e dedicação de vários a gerir as várias MUs será de longe mais eficiente. Podendo o governo dedicar-se a outras tarefas com melhor eficácia.
No fundo estás a assumir que um modelo hipotético que nem sequer cheguei a definir em concreto é logo à partida pior quando há várias razões para que seja mais eficiente, quando o que existe tem problemas graves e é muito pouco eficaz. E ainda que o que existe é a única solução possível e perfeita.
Em relação a questões de "união" remeto para o meu artigo dedicado a isso: http://www.erepublik.com/en/article/conflito-de-vis-es-a-desuni-o-da-uni-o-2256878/1/20
Em que falo também dos motivos para que à partida o facto de quererem implementar algo tendo em vista à união vai falhar de certeza.
E não é isso que eu proponho. E a abordagem que é feita neste caso das MUs e o facto de ter falhado acredito ter sido devido à posição arrogante que é tomada por muitos.
Se queres artigos meus sobre união, tens vários:
http://www.erepublik.com/en/article/sobre-portugal-parte-1--2166732/1/20
http://www.erepublik.com/en/article/sobre-uni-o--2194301/1/20
http://www.erepublik.com/en/article/sobre-uni-atilde-o-parte-ii--2218112/1/20
http://www.erepublik.com/en/article/sobre-uni-atilde-o-parte-iii--2223604/1/20
Todos eles foram escritos antes do episódio do MPP com o Canadá. Esse episódio fez-me compreender que com determinados jogadores não há união possível, só existem as suas ideias e os seus objectivos, e tentar chegar a um entendimento com eles nunca é possível.
Mais me razões me dás para o meu argumento de que o modelo que foi tentado antes quando foi implementado tendo em vista uma "união" estava condenado à partida.
Algo que crie incentivos a MUs a seguir ordens do MoD não implica que seja preciso "união".
Chegaste a ler o meu artigo? É que eu critico exactamente a tua opinião de que a união é fundamental, e que nada pode ser conseguido sem ela. Logo tudo o que foi tentado foi estava mal concebido à partida, e não podes vir criticar-me por algo que não defendo.
Existem diversas MU's que lutam por Portugal e alinhadas (não sob ordem) do MoD sem precisaren de incentivos. Quem reclama pelo fim das FAP são os mesmos jogadores que reclamam por incentivos para lutarem por Portugal.
Faz as contas ao que as FAP custam e o dano que dão. Se essas MU's derem o mesmo dano, sob as ordens do Estado por esse custo e cumpram com essas ordens eu não tenho qualquer problema a que os incentivos sejam criados, mas se pensarmos que as FAP têm hoje um encargo residual para o estado, em Abril 28k PTE para fazer 3.8 mil milhões de dano, Ou seja, 7.2 PTE por milhão de dano.
Se com esse incentivo fizeres as MU privadas que hoje não lutam alinhadas com o governo, passarem a lutar sob ordens do governo... parabéns.
E quando digo, sob ordens do governo digo-o com um objectivo, porque MU que lutam como lhes apetece e dizem que lutam por Portugal não nos interessa.
Em relação à tua opinião sobre o não ser necessário união. É uma opinião, eu respeito-a, mas não concordo.
Eu lembro-me de ePortugal em finais de 2008 e 2009, em que havia rivalidade política mas no que interessava, todos concordávamos e lembro-me o que era ePortugal nessa altura. País top10 em termos de dano, com alguns dos maiores tanques do jogo e respeitado pelos nossos aliados. Na altura a Sérvia e a Polónia eram pequenos países.
E vejo Portugal hoje... não foi o caminho da união que nos trouxe ao estado actual. Foi haver demasiados jogadores a seguir jogadores que estão mais preocupados com eles próprios que com a comunidade, sem pensarem se o que lhes é impigido faz sentido ou se existem algumas provas do que dizem.
Existem coisas em que podemos discordar e discutir os méritos, mas depois da discussão temos de nos submeter à decisão da maioria e aceitar aquilo que a comunidade escolheu. Se não podes viver com a decisão da comunidade, podes te afastar.
"Se não podes viver com a decisão da comunidade, podes te afastar."
Não, posso discutir e defender no que acredito. Se houver cada vez mais pessoas a concordarem comigo, algo acabará por mudar.
Quanto mais opiniões e contribuições à discussão política, mais rico é o espectro político, e certamente melhor política se fará.
O teu apelo a que me retira, porque foi no passado decido fazer as coisas assim democraticamente é descabido, e considero um ataque ao fundamento básico de liberdade de expressão.
Enfim é um apelo à união de mentalidades e uniformização de opiniões, tenta-se ainda uma união irrealista e impossível, e mesmo se o fosse não vejo como poderia ser positiva, pois apenas seria obtida através da exclusão de outras ideias/opiniões.
E com essa exclusão, a diminuição da influência e capacidade nacional, para além de criar conflitos bem mais agressivos que não dão lutar a consensos e discussão.
Respeito teres vindo comentar o meu artigo, e vejo isso como muito positivo, muito melhor do ser ignorado.
Contudo não fico feliz com esse teu apelo.
Respondo-te em duas partes.
1 - A via da discussão interminavel das diferentes opiniões é o que tens hoje em Portugal no eRep e em Portugal RL. Como cada um tem a sua opinião e mesmo sendo diferente da maioria para salvaguardar o meu direito individual a expressar a minha opinião vou continuar a argumentar. E entretanto nada se constroi, só se discute.
Como resultado deste processo, tens o ePortugal e o Portugal RL que temos. Basta olhar para a nossa justiça, por certo extremamente protectora dos nossos direitos individuais mas um dos maiores obstáculos ao nosso desenvolvimento económico porque não funciona, e quem é que vai investir num país em que a Justiça não funciona. Aqueles que quebram as leis e têm vantagens sobre aqueles que por questões éticas ou de governação não as podem quebrar.
2 - Quando eu disse "se não pode viver com a decisão da comunidade afasta-te" não quero dizer se não concordas com a decisão afasta-te. Ou teria utilizado a palavra "concordo".
Não poder viver é considerar que que o rumo tomado pela comunidade é tão contra os meus principios que eu não sou capaz de aceitar conviver nessa comunidade.
Por exemplo, existem jogadores que viviam o jogo para lutar contra Espanha. A partir do momento em que a comunidade decide aproximar-se de Espanha eles podem escolher afastar-se e ir para o Canadá lutar contra Espanha. Agora eu discordo que o salário mínimo seja 20 PTE, mas não me vou afastar se o congresso decidir fazer isso.
Antes que o quer que seja venha a ser construído, tem que ser discutido, planeado, orientado.
Podes tentar argumentar que discussão não leva a nada, mas eu discordo, mesmo que nenhum de nós mude um centímetro de opinião, eu não te estou a responder com isso em mente e o meu benefício por responder passa também por consolidar as minhas opiniões e ficar a conhecer opiniões contrárias. E ainda, creio que o eRepublik em si não é apenas um jogo de vir cá organizarmo-nos, concordarmos todos, e depois lutarmos. Seria dos jogos mais aborrecidos de sempre. A mim o que me fascína no erepublik é poder ter vários sistemas apoiados por diferentes pessoas com diferentes argumentos, e depois quando implementados poderem ou não falhar por vários factores. Em que é tido em conta o factor humano por sermos nós a joga-lo/vive-lo. E todo este processo é feito através de discussões, argumentos e aparentemente muito pouco construído que seja palpável.
Se leres alguns dos artigos que te mostrei acima sobre união eu em nenhum deles opiniei que se chega a maiorias alargadas sem discussão. O problema não é a discussão de ideias, o problema é quando a necessidade de discutir até os infimos detalhes as ideias de cada um nos leva ao imobilísmo.
O que faz sentido é comparar o custo do dano produzido pelas FAP em D1, D2, D3 e D4 com o custo de compra a unidades privadas, tendo em consideração, que essa unidade privada teria de ter as seguintes características:
- Lutar sempre onde o governo português lhe indicar
- Lutar quando lhe indicarem e não quando lhes apetecer
- Apresentar-se disponível para lutar quando lhe for solicitado.
Saliento que muitas das unidades militares portuguesas históricamente não se encaixam nos requisitos acima e por isso comprar dano às mesmas nunca poderá ser comparável a ter uma força armada estatal.
Finalmente existem períodos em que as FAP são "auto-sustentáveis", ou seja, o financiamento por parte dos jogadores que estão nas FAP em condições abaixo de preços de mercado são suficientes para financiar os mais novos.
Já respondi a esta questão no comentário acima.
Basicamente o que estás a dizer é a mesma coisa que o José Sócrates.
Não há problema em ter prejuízo, porque o povo acaba sempre por pagar esse prejuízo e o estado não pode ir à falência.
Desde o inicio, ou quase desde o inicio porque eu não estava cá na versão Beta onde me disseram que era ainda pior, que há jogadores que meteram na cabeça que é necessário um estado forte à soviética.
Há pessoas que não conseguem ver um palmo à frente do nariz e inventam desculpas para justificar um disparate.
Não sei se lês-te o que eu escrevi, ou se apenas não conseguiste decifrar o que está escrito.
As forças armadas são um encardo do estado, não um prejuízo, e são um dos serviços públicos tipicamente afectos ao estado. Se a maioria da população achar que não pretende que o estado tenha um encargo com a defesa do país, basta que haja um candidato que proponha isso e votem nele.
Obviamente que depois quando houver um ataque ao país não peçam ao estado para ter intervenção, uma vez que se definiu que essa não eram as suas funções. Peguem nas vossas armas e lutem para ver se vamos ter resultados. Sem forças armadas estatais, vai ser também muito difícil também arranjar aliados porque as alianças no eRep fazem-se em larga medida com objectivos de protecção mútua, e se tu não tens força militar não tens muito a oferecer.
Na realidade o que se estava a discutir aqui eram modelos de financiamento das forças armadas, não pondo em questão que o Estado tem algumas responsabilidades de fornecer o serviço público de defesa nacional e que isso terá, sempre algum tipo de encargo.
Na discussão deste tema eu avancei comuma estimativa do custo de dano em Abril dados pelas FAP de 7.2PTE por milhão. Acho dificil comprares 1M da dano por esse preço em qualquer divisão. As divisões em que o dano é mais barato é a D4 e menos de 100PTE por milhão é dificil de arranjar.
Por isso decidam-se, sobre o modelo que querem, um em que o estado não tenha qualquer função de defesa do território, ou arrangem MU's portuguesas que vedam 1M de dano ao país por menos de 7.2PTE.
[removed]
Essa comparação de dano não é válida e já te disse porquê, claro que não seria esse modelo a implementar. E já agora, os milhões de influência das FAP não depende de financiamento desta do Estado e continuariam a existir mesmo sem este. Estás a fazer muita falácia só porque te dá jeito para a comparação. O gasto das FAP directo com os seus membros foi 2k PTE com distribuições, e talvez uns 20k com salários. Achas mesmo que todo este PTE resultou em influência em batalhas? E qual % de aumento houve em comparação se não fosse dado nada aos membros das FAP? Seria assim tão significativa?
Mas eu nem sequer proponho que não se dê fundos à FAP, mas não deve é haver monopólios que servem os interesses de uns e deixam outros excluídos.
Concordo que estou a fazer uma comparação abusiva, porque os 3.8 mil milhões dados pelas FAP num mês nem todos são dados sob coordenação do MoD, mas uma parte é. E se as FAP funcionassem como funcionavam à cerca de 18 meses atrás, uma parte muito substancial deste dano seria dada sob coordenação, e nesse caso os custos também subiriam alguma coisa.
Quando dizes que este dano ocorreria estivessem os jogadores nas FAP ou não, não é verdade. Alguns dos novatos se recebessem um salário bastante mais baixo não lutariam tanto e não lutaria onde o governo do país quer. Poderia alegar outras vantagens relativas a lutar bem, mas como a estrutura está, foram verdade no passado mas já não são.
Eu continuo a duvidar que se consiga encontrar no privado um sistema mais barato do que no estado pela simples razão, que os jogadores que estão dispostos a financiar o estado sem pedir contrapartida estão nas FAP e nem que seja através deles o sistema fica um pouco mais barato, mas existem 2 pontos fundamentais que me fazem defender este modelo.
1º É diferente um MoD português ser contactado pela Grécia a pedir dano, e esse MoD dizer que podem fazer 500m dano às 22:00 de terça feira. Outra coisa é responder-lhe que vai falar com as MU privadas de Portugal e vai ver o que arranja. Porque se o MoD da Grécia quisesse dano de MU's privadas falava directamente com elas. Numa perspectiva de relação diplomática com aliado é muito diferente teres uma força própria ou não.
2º As FAP desde o início foram criadas para apoiar o desenvolvimento de novatos e por isso existia um claro incentivo financeiro para um jogador novo entrar nas FAP. O objectivo desta medida era tentar reter mais jogadores novos e assegurar que eles aprender a lutar de forma coordenada.
Relativamente às FAP cada um terá a sua opinião, vi no outro dia a queixares-te de uma coisa que já eu em Novembro durante o mandato perguntei "Qual é o custo de produção?" E na verdade ninguém sabe o custo em si, até porque tens diferentes ordenados e não dá para ver o impacto de cada um (pelo menos não há dados apresentados).
Tens muita razão em várias coisas do que afirmas, não estou a falar com a existência das FAP, mas sim das dúvidas que tens.
Repara que eu nunca propôs que as FAP em si deixem de existir ou que a sua relação com o estado acabe, todos os modelos que tenho em comentários vindo a discutir e sugerir nunca excluem a possibilidade das FAP continuarem a receber apoios e a seguirem as ordens do governo. Apenas não se entende porque é há necessidade de haver um monopólio, em que acabamos por ficar mal servidos, como é o caso em todos os monopólios.
[removed]
É Milagre...
Finalmente aqui alguém com opiniões variadas mas que sabem se exprimir e discutir!
votado só por isso...
de resto, who cares