Com Concorrência Pública o Governo Poderia Comprar até 66% mais Barato

Day 806, 13:19 • Published in Brazil Brazil • by Vhyrus

Atualmente o governo compra os produtos de que precisa sem se aproveitar do seu peso no mercado, com o qual poderia obter preços muito melhores. Além do problema do custo, temos o da transparência, pois em local nenhum fica indicado de quem o governo compra isso ou aquilo.

O governo adquire uma quantidade muito grande de itens, desde os que vende por gold como os que usa para financiar guerras, migrações e novatos, temos ainda toda as raws necessárias para as estatais. Ou seja, qualquer melhora no sistema de compras do governo significaria uma grande economia para o país.

Também há o problema causado ao governante que muitas vezes também é empresário, como o nosso ministro e possivelmente próximo presidente. Só para exemplificar com um caso concreto, imaginem o dilema do ministro Sulejmani que tem uma empresa de armas Q4, um dos produtos ultimamente mais adquiridos pelo governo. Quando o governo vai comprar uma quantidade x de armas Q4, o ministro certamente enfrenta um dilema, como qualquer um de nós no lugar dele, o de conciliar os interesses do governo que quer comprar armas pelo menor preço, com o do empresário que quer vender as suas. Um governante desonesto compraria as suas armas a qualquer custo, mas esse sabidamente não é o caso do atual ministro, pois pelo que se vê das planilhas de compra os preços pagos pelo governo sempre são provavelmente os mais baixos do mercado nacional. Até ai tudo em perfeito.

Nesse exemplo o ministro pode sempre cuidar para que seu preço seja o menor do mercado no momento de qualquer compra do governo, fazendo tanto que sua empresa venda com o que o governo compre pelo menor preço. Tal procedimento é impecável no atual primitivo sistema de compras governamentais, mas pode ser muito melhorado.

Imaginem que, se os demais empresários, no nosso exemplo de armas Q4, também soubessem o momento que o governo compraria armas. Eles certamente também procurariam ajustar levemente seus preços de forma a serem os mais atraentes do mercado a fim de fazer uma boa venda para o governo com apenas uma redução de centavos nos seus lucros. E o governo compraria por menos.

Por isso a sugestão desse artigo é que se aprimore o sistema de compras do governo, deixando de operá-la como se fosse uma quitanda, como se fosse o governo mais um comprador anônimo, e passasse a usar o seu peso estimulando a concorrência e um leilão de preços. E isso pode ser obtido com extrema facilidade apenas tornando pública a intenção e o momento de cada compra do governo.

O governo publicaria num periódico próprio as compras que desejaria fazer com digamos um dia de antecedência (por exemplo), sendo fixando sempre a hora de fim das ofertas. Assim não só os membros do governo, mas todos os empresários poderiam fazer suas ofertas por meio de posts no artigo que indica as compras e o governo compraria dos que propusessem menor preço até a hora definida para o fim das mesmas. Observe que por esse sistema, não só todos os que vendem para o governo hoje, mas todo e qualquer empresário e até não empresários poderiam participar.

Só para prosseguirmos com o exemplo da compra de armas Q4 pelo governo, tomemos a compra de 20 armas Q4 ao preço unitário de BRL 28,82, indicados na planilha de gastos do governo. Observamos que esse preço e compatível com o menor preço de armas Q4 no mercado nacional, pelo que ao que tudo indica foi uma boa compra do governo. No entanto se tivéssemos feito uma concorrência pública, todos os empresários com esse item poderiam participar e certamente o preço unitário cairia sensivelmente.

E mais digamos que um empresário ou qualquer cidadão brasileiro vendo a proposta de compra do governo, comprasse essas mesmas armas na Servia Preços Armas Q4 onde o preço unitário gira em torno de 0.3923 golds = BRL 17,26, e dai poderia oferecer os mesmo itens ao governo com mais de BRL 200 de lucro (Ou se preferirem, um lucro de 67😵? Claro que com mais pessoas e empresas participando dessas concorrências, a maior parte desse lucro acabaria nos cofres do governo.

Idéias existem, são de simples aplicação inclusive. Se não são implementadas não é por que não são boas para o eBrasil. Mas por que não são boas para todos, especialmente para quem decide.
Observem que para o governo ter mais lucro, alguém tem de ter menos lucro, e ai é que está o verdadeiro problema, sempre.

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