[HdeB] Capítulo dois: bunaly e os take overs - PT1 Filipinas

Day 4,111, 12:06 Published in Brazil Egypt by Pou Borja
eBrasil, dia 4.111 do Novo Mundo
21 de fevereiro de 2019

Olá, caros amigos brasileiros!

Primeiramente, gostaria de me apresentar. Se vocês entrarem no meu perfil, vão ver que não sou um jogador exatamente novato. Mas eu comecei a jogar eRepublik ainda mais cedo do que isso.

Minha primeira conta se chamava Vito von Buren. Durante meu mandato como MdC, no governo do finado Dom Albuquerque, tive que me afastar do jogo por falta de tempo RL.

Voltei a jogar durante a ditadura, e tive que criar outra conta porque esqueci meu antigo login. Pedi para os ADMs do jogo banirem a antiga conta, e assim foi feito.

Como vocês devem imaginar, ver o Brasil como uma ditadura me desanimou e logo desisti de continuar jogando. Mas a curiosidade bateu, e decidi entrar novamente no jogo. Agora, com a república (aparentemente) de volta, decidi continuar por aqui (pelo menos por enquanto).

Aqueles que me acompanharam na primeira conta devem (ou não) se lembrar de minha série sobre a história do eBrasil, na qual eu detalhava como foram os antigos governos que nosso país virtual teve. Se você não sabe do que estou falando ou quer refrescar a memória, aqui vão os dois episódios que eu escrevi:

Capítulo Zero: Estrangeiros no poder
Capítulo Um: Os primeiros

Como forma de me enturmar um pouco com os novos jogadores e passar o tempo, resolvi continuar essa série. Sem mais delongas, vamos falar sobre o lendário Bunaly, um dos primeiros presidentes do eBrasil e, talvez, o BR mais conhecido do jogo.


A história de Bunaly começa na mesma época do domínio da OFF (leiam o primeiro capítulo da série para saber mais). Ele foi o ministro da economia no governo de Joacy, mas, numa história parecida com Ed e Brito, acabou tomando as rédeas do país quando o presidente se afastou do jogo.

No fim do mandato de Joacy, Bunaly se elegeu como presidente de fato... mas a gente sabe que não é o que Bunaly fez no Brasil que o tornou um jogador tão famoso no Novo Mundo.

Antes de seguirmos, vou explicar o que é um "take over" para quem não sabe. Imagine que alguém, de outro país, consiga cidadania brasileira, crie um partido, chame outras pessoas do seu próprio país pro partido dele, se candidate à presidência e consiga ser eleito graças aos votos de seus compatriotas. Já presidente, essa pessoa entra em guerra com o seu país de origem e deixa o Brasil ser invadido à vontade, literalmente doando seus territórios.

Isso é um take over, resumidamente falando... mas o processo é muito mais complicado que isso. Primeiro, o golpista precisa conseguir a cidadania do país alvo. Depois, precisa conseguir a cidadania de gente o suficiente pra garantir que ele seja eleito. Depois, precisa entrar em guerra com o seu próprio país e deixar o país alvo ser invadido ANTES que o congresso peça seu impeachment... a não ser que o golpista tenha controle sobre o congresso também, o que só adiciona ao trabalho.

Bunaly fez isso. Duas vezes.


O seu primeiro take over foi nas Filipinas. Como o cidadão Cavalcanti, já citado por mim nos outros episódios, disse com maestria, "Bunaly ainda significa 'brasileiro filho da puta' em filipino".

Quem começou com essa história de take overs foi o Paquistão, na época dominado por membros do 4chan (era muito comum países serem dominados por fóruns). Com a popularização da estratégia, foram criados grupo anti-take over, ou ATO.

Há muito tempo, quando os países ainda estavam sendo adicionados ao eRep, todo novo país recebia uma quantia de dinheiro no caixa pra poder começar os seus trabalhos. Segundo o próprio Bunaly, esses valores eram:

1K GOLD
100K de moeda local
50K de moeda local na conta de uma org. criada para o país.

Esses valores são altos até pra hoje em dia, imagina na época. Os grupo de take over miravam justamente nesses recursos, e com Bunaly não foi diferente. Ele juntou outros brasileiros que queriam uma fatia dessa grana e partiram para as Filipinas, que tinha acabado de entrar no jogo.

Ao chegarem, perceberam que não eram os únicos de olho no caixa do país. Um grupo de turcos e outro de iranianos também planejavam fazer TO. Assim, os brasileiros fingiram ser um grupo ATO e começaram uma campanha difamatória contra os grupos rivais.

Os brasileiros se organizaram para conseguir cadeiras o suficiente no congresso, e para conseguir votos o suficiente no dia da eleição. Para organizar tudo e gerenciar os fundos necessários, o Partido Militar foi criado. Com a ajuda das empresas de Bunaly, os brasileiros colocaram em prática o plano infalível.

O TOP4 das Filipinas consistiam em um partido dos turcos, um dos iranianos, um dos nativos filipinos e um brasileiro. Segundo Bunaly, os brasileiros conseguiram a maioria do congresso por uma cadeira. Por isso, "ninguém conseguia fazer nada", e o plano de TO de todos os grupos não deu certo. Assim, Bunaly e os representantes dos turcos e iranianos começaram a conversar para dividirem a grana... até que tentaram passar a perna no Bunaly.

Segundo o próprio, "espiões" descobriram que os turcos e iranianos estavam planejando deixá-lo de fora da jogada, já que um dos congressistas nativos foi banido e os dois países asiáticos finalmente teriam maioria no congresso (lembrando que os brasileiros estavam se passando por ATO, por isso os nativos estavam do lado deles).

E é à partir daqui que a história começa a ficar interessante.

Um dos jogadores brasileiros que estava na maracutaia na época conseguiu acesso à conta de um dos congressistas iraniano ao tentar a senha "123456". Ao saber disso, Bunaly mandou esse brasileiro entrar na conta desse iraniano e criar uma org chamada "Central Bank of PhiIippines.

Os iranianos tinham mesmo uma org chamada "Central Bank os Philippines", mas perceba que o gênio louco trocou o "l" de "Philippines" por um "i" maiúsculo.

O "iraniano" que na verdade era brasileiro enviou uma proposta ao congresso pra que a grana toda seja enviada à org falsa, porque Bunaly já tinha conversado com os jogadores iranianos e turcos, e todas as partes tinham acordado de que os brasileiros teriam 200 GOLD, e os asiáticos ficariam com 400 GOLD cada.

No fim, óbvio, o dinheiro não foi pra org que os asiáticos estavam esperando. Em mais uma tramóia, Bunaly disse aos turcos que os iranianos pegaram o dinheiro... e aos iranianos, que foi culpa dos turcos.

Dias depois, descobriram que existia uma org falsa e pediram aos ADMs que banissem a org e a conta que criou. O iraniano foi banido, a org também, e o dinheiro voltou para o caixa das Filipinas... mas já era tarde demais. Turcos e iranianos já haviam desistido e deixaram o congresso, que agora contava com maioria absoluta de brasileiros. Os filipinos comemoraram por um dia, depois descobriram que o ATO de Bunaly era uma farsa e viram seus cofres serem esvaziados mais uma vez, desta vez em definitivo.

E foi assim que um bando de brasileiros e seu guru ensandecido conseguiu passar a perna não em uma, mas três nações diferentes e ao mesmo tempo.


Por hora, é isso! Pretendo voltar qualquer dia com a história do TO da África do Sul, outro memorável momento na história do eBrasil e de Bunaly. Obrigado pela leitura, e espero que tenham gostado!

Fontes:
- Lista de presidentes das Filipinas (Bunaly em primeiro)
- História do eBrasil: Quem foi Bunaly? por Cavalcanti
- Bunaly, o Filho do Brasil - Parte 03 por Bunaly