USB - Um partido sem História?

Day 869, 19:17 Published in Brazil Brazil by Tyrant

Antes de mais nada, é necessário esclarecer que o título desta matéria é uma provocação.

Depois de mais de um ano fora do Erepublik (que ainda não voltei de fato), pude constatar que o jogo passou por grandes transformações. A USB, que tanto sonhamos por estabelecer, hoje é uma verdade indubitável.

Se antes o desafio era construir um partido forte e coeso que fizesse frente às outras agremiações e se fizesse presente no cenário nacional, hoje o ela é reconhecida por sua história e seus anos de colaboração e serviços prestados à E-Nação.

Porém, o que mais me incomodou ao chegar aqui foi perceber que uma instituição de tanta história, de tanta luta, hoje conta muito menos sua tradição do que partidos muito menores e muito mais recentes.

Amigos, não quero dizer que os outros não importam, jamais.

O que quero dizer é que a USB é sem dúvidas um partido de História! História com H Maiúsculo, que julgo ser esse o maior patrimônio deste partido. A USB, mais que um partido, é um patrimônio do E-Brasil. Sua história e formação, ainda que não explicito nas fontes oficiais, se confunde com a própria constituição do e-Estado Novo Brasileiro.

Hoje, percebo com algum pesar, que muitas dessas transformações se perderam, outras permaneceram. Alguma parte da História também se perdeu.

Porém, o mais importante ficou. A contribuição que a USB deu ao outrora latente pensamento esquerdista em um jogo regido pelas regras capitalista liberal. Hoje julgo ter sido esta a maior contribuição, acima de tudo.

Antes da USB não havia no E-Brasil discussão política, nem agenda partidária. Não havia projeto de País, muito menos pensamento divergente.

Era a época do discurso único.

A USB foi o primeiro partido a assumir uma linha da esquerda radical. Naquela época era uma necessidade a auto-afirmação. Um questão de firmar posição, frente aos outros partidos (todos de direita) em um país onde quem tinha o poder nas mãos era um empresariado mesquinho e apequenado que não fazia muita distinção entre o público e o privado. O módulo de controle presidência e dos tesouros públicos não era visto como nada além do que a extensão do módulo de controle empresarial, e por isso deveria ser usado como forma de alcançar maior rentabilidade e liquidez: ou seja, o lucro desenfreado.

Mas não é apenas nisso que a USB colaborou.

Fomos os primeiros a trazer a tona no eBrasil a idéia das e-cooperativas, empresas controladas pelos próprios trabalhadores; o primeiro e-sindicato de trabalhadores, instituição importantíssima em uma época que os cartéis que controlavam o governo decidiram tabelar os salários que seriam pagos, achacando o poder de compra de muitos brasileiros.

Fomos os primeiros a idealizar um programa de habitação popular, além do primeiro movimento não-governamental, o 'cresce brasil' idealizado pela grande companheira Marília, que doava casas aos próprios trabalhadores da firma, com custo zero, sem retenção de lucros. Isso tudo numa época que as corporações representada por empresarios-governantes demonstravam hojeriza à qualquer tipo de ajuda aos novos cidadãos erepublikanos e trabalhadores.

Foi uma época cruel. Em meio à uma das maiores crises alimentares que esse pais já teve notícia fomos os primeiros a lançar a ideia um plano de segurança alimentar para que o governo criasse uma estatal que alimentasse o povo a preço de custo. A crise, diga-se de passagem, criada pelos próprios empresários (travestidos de governantes) gananciosos pois se recusavam a vender no Brasil haja visto os maiores lucros que poderiam alferir no exterior. Quando muito praticavam no Brasil os mesmos preços que vendiam lá fora. A comida sumia em segundos. Um esquema lucrativo que enriqueceu muitos empresários que ainda hoje posam de figurões por ai.

No ínicio houve muito preconceito, muita resistência. Ao mesmo tempo cada vez mais trabalhadores viam na USB o representante de seus interesses e o partido crescia. Cada vez mais representantes progressistas se alinhavam às fileiras do partido. Pessoas de valor, que já existiam no e-Brasil e apenas esperavam que uma instituição como essa 'nascesse'.

A USB havia se tornado a USB um fenômeno naquela época. Um partido pequenininho, abandonado por fascistas italianos havia se tornado a maior força de oposição. Mas sua peculiaridade não estava necessariamente no tamanho, mas sim nas caracteristicas de sua formação: uma construção democrática e coletiva, onde cada um representava o todo, e tudo era debatido e discutido com o mesmo afinco por cada um. A USB não tinha presidente, na acepção da palavra: ela era um grande colegiado, o primeiro do E-Brasil.

Com o tempo porém fomos dizimando o preconceito. O nível do debate melhorou. O empresariado e as elites comprometidas com o país passaram a compreender que não representávamos ameaça à eles, mas sim que a nossa luta era por uma maior igualdade social, um país mais justo e democratico onde mais e mais pessoas pudessem participar das decisões e dos rumos da nação.

Assim passamos a colaborar das mais diversas formas com a institucionalização do e-pais e de suas organização. Muita coisa que funciona hoje, como o Diário Oficial, o Congresso Nacional, as Estatais em áreas vitais, os programas sociais de distribuição de gifts, emergiram do interior da USB. Cabeças pensantes, uma verdadeira ebulição de idéias. Essa era (e é) a maior riqueza da USB!

Sim companheiros, Orgulhem-se! Todos nós, desta linda agremiação, fazemos parte da maior construção democrática do eBrasil! Atacados, injuriados e por tantas vezes invadidos, porém jamais nos prostramos. A resistência é parte do nosso DNA! Todos eles passaram, mas a USB, como uma fênix resistiu a todos, e hoje vive no coração de cada um de vocês que levam ela adiante e faz disso a MAIOR CONSTRUÇÃO COLETIVA DO EBRASIL!

Uma construção coletiva e engajada, cuja históra não pode se perder.

E é para isso que estou aqui. Pra que a história de cada um de vocês, que ajudou a construir e ainda constrói a USB não se perca!



Um Abraço!