Terceiro Ato - O que você talvez não precise saber

Day 2,306, 11:10 Published in Brazil Argentina by Frade Eremita

EDITORAL – O que tem pra hoje

Fiquei bastante satisfeito com o retorno que ando tendo nos meus artigos aqui no Jornal do Eremita Social. Tem se debatido bastante, contado muito sobre o que nos levou a esta situação de wipe, e, o que é mais gratificante: outros eremitas estão se revelando e mandando mensagens pessoais, pedindo auxílio para saírem da caverna. Entre ontem e hoje, também, recebi algumas outras mensagens de pessoas que querem contar a sua versão dos fatos sobre a história do eBrasil – o que não devo me negar a fazer, uma vez que a reconstrução dos fatos históricos é um fator fundamental para entender onde erramos e não repetir o erro. Obrigado pelas mensagens de apoio que me enviaram, quer seja nos comentários, quer seja por mensagem pessoal: é um estímulo importante pra que eu continue escrevendo e você continue lendo.

Antes de mais nada, é necessário que se clarifique uma coisa: eu simplesmente não tenho um ponto de vista formado e não pretendo fazer juízo de valor sobre os fatores e agentes do passado, uma vez que não acompanhei a sociedade do eBrasil nos últimos anos em que estive aqui. A única coisa que me proponho é abrir espaço para quem quiser falar, se defender, atacar: é esse o papel de qualquer veículo de comunicação, e o meu, por mais incipiente que seja – porque é incipiente, escrito por um “novato” que não tem grande conhecimento de causa do que fala – não vai se furtar de trazer os pontos de vista dos segmentos sociais a tona.

O papel principal do Jornal do Eremita Social, contudo, não será esquecido: orientar outros eremitas sociais, tal como eu, a se integrar na sociedade. Por isso, publicarei aqui pedidos de ajuda, orientações e aconselhamentos a quem queira se integrar, e, de mesma forma, tentarei sempre passar o ponto de vista dos jogadores que, intencionalmente, encontram-se nos dois cliques.

Um abraço e boa leitura.

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História pessoal – Dificuldades em ingressar nas Unidades Militares

Num primeiro momento, encontrei bastante dificuldade em me integrar na minha unidade militar – por falta de conhecimento e sorte. Como não me sentia envolvido, comecei a procurar outras unidades militares, com o auxílio do pessoal do iRC, que se prontificou a me ajudar nesta tarefa. Qual não foi a minha surpresa ao descobrir que, em parte considerável das unidades militares que busquei, não haviam vagas? De 7 unidades militares que busquei, apenas uma – a Band of Brothers – se prontificou a me receber, enquanto as outras, todas, alegaram falta de vagas. De toda a sorte, a minha MU original, a Terra Brasilis, respondeu aos meus pedidos de orientação, pelo que já não preciso mais mudar: tenho recebido auxílio em comida e armas, pelo que me sinto bastante agradecido [e não preciso mais buscar outra unidade militar].

O caminho das pedras de todo o novato é bastante difícil de trilhar, desta forma. Oxalá mais pessoas se prontifiquem a receber os novatos e a formar mais unidades militares receptivas a novatos, com o intuito de construir um país mais forte.

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História do eBrasil – Por John Bosinski

Ontem, recebi uma mensagem pessoal de John Bosisnki, se prontificando a explicar os motivos pelo qual o eBrasil foi wipado. Como ressaltou bastante em sua carta, John Bosinski não é cidadão brasileiro – pelo contrário, é português, e por isso, tido como inimigo – o que oferece um ponto de vista bastante diferenciado de todos: ele pode explicar, de certa forma, a visão do cidadão estrangeiro sobre o eBrasil. Disse John Bosinski:

“Respondo ao teu repto de enviar-te algumas histórias sobre o Brasil. Saliento que o que te vou enviar é a minha visão das coisas, outros terão outra, e a minha história não incluí detalhes que outros julgam relevantes e incluirá coisas que muitos não consideram relevantes. Além disso sou um cidadão “estrangeiro”, dito “inimigo” e é verdade que Portugal é hoje aliado da Argentina e quando o meu governo me pede para lutar pela Argentina eu respondo à chamada.

Mas eu sou um jogador algo antigo, e lembro-me do passado em que Portugal e o Brasil (e a Argentina) foram aliados inseparáveis durante mais de 4 anos, lembro-me que servi no exército brasileiro durante mais de 6 meses. E lembro-me também que não foi Portugal que quis acabar com a aliança. Foi o governo brasileiro.

Cerca do dia 1500 eRep o Brasil era um dos países mais respeitados do Erepublik. A sua posição geoestratégica era naturalmente favorável e com pouco esforço podia ocupar as regiões vizinhas que lhe permitiam aceder a 10/10 de bónus. A sua aliança com a Argentina assegurava-lhe o controlo da América do Sul, mas sobretudo o que os aliados do Brasil valorizavam era o apoio que os Brasileiros prestavam aos seus aliados uma vez que muito raramente a guerra chegava ao Brasil. O Brasil também era respeitado pelos seus adversários, não só pelo seu poder bélico em hora noturna, mas também porque sabiam que o Brasil era muito respeitado pelos seus aliados e qualquer ataque ao Brasil teria forte oposição.

Por razões que ainda hoje são alvo de interpretações radicalmente diferentes o Brasil decidiu, juntamente com os USA que não queriam continuar na sua aliança atual, a TEDEN, e juntou-se a dois dos seus maiores adversários, até à data, a Espanha e a Polónia, para criarem uma nova Aliança, a CTRL.

Os governos brasileiros que lideraram a construção desde aliança, explicaram à comunidade brasileira que o Brasil devia-se preocupar mais com os seus interesses e menos com os interesses dos seus aliados e que os novos aliados (Espanha e Polónia) assegurava isso mesmo. Esta nova política centrada no interesse próprio foi acompanhada por fortes campanhas de insulto e descrédito dos aliados mais próximos (como Portugal, a Colômbia e mais tarde a Argentina) lideradas pelo líder da propaganda ao serviço do governo, o cidadão Big Gil. A propaganda contra países aliados foi acompanhada por uma forte propaganda anti-TEDEN o bloco de alianças à qual o Brasil pertencera.

Apesar da generalidade do poder político no Brasil apoiar estas medidas, havia grupos importantes de cidadãos brasileiros que não estavam organizados politicamente que não quiseram as mudanças e continuaram a lutar pelos seus antigos aliados e contra os novos aliados. A propaganda governamental não podia aceitar nada que prejudicasse a sua nova amizade com Espanha e procura que esse grupo de cidadãos seja ostracizado e julgados como não patriotas. O comunidade brasileira começa a quebrar-se em 2 blocos e a “oposição” começa a organizar-se politicamente, num clima de forte recalcament0 entre as duas partes.

A CTRL como aliança não durou muito, mas esta política de agressividade propagandista contra os antigos aliados foi atingindo os seus objetivos e aos poucos as fortes relações de amizade que existiam entre os seus anteriores aliados e o Brasil converteram-se em ódio. O Vigonismo tinha atingido o seu objetivo, os aliados do Brasil nunca voltariam a confiar no Brasil e agora não restava outra hipótese à comunidade brasileira, do que se aproximar daqueles que tinha sido os seus adversários nos últimos anos.

A saída do Brasil e dos USA do bloco TEDEN para o bloco TWO/CoT também teve outro efeito, os dois blocos beligerantes que tinham, até à data, sido equilibrados em poder de dano, deixaram de ser.

Nos meses seguintes os países TEDEN foram cedendo terreno à força conjunta da TWO/CoT até as duas alianças desaparecerem. Como era desejo dos Vigonistas, o Brasil encontra-se do lado mais forte de um desequilíbrio de forças que contribuiu muito para criar.

O Brasil estava do lado vencedor mas a sua comunidade tinha criado diferenças difíceis de reconciliar e o respeito que a generalidade dos países do eRepublik tinham pelo Brasil tinha desaparecido. Os seus aliados resumiam-se agora a USA e Espanha.”


Comentários sobre o texto de John Bosinski

Analisando a história enviada por John Bosinski, e comparando com os comentários dos últimos artigos, foi introduzido um termo novo, que não conhecia, não conheço e não sei o significado: “Vigonismo”. De igual forma, o sr. John Bosisnki responsabiliza ao sr. Big Gil pela tomada de uma postura mais isolacionista do eBrasil. Meu papel, aqui, não é concordar ou discordar – até porque eu não tenho discernimento para fazê-lo, cabendo a mim, apenas, abrir espaço pra quem queira contar a história. Nestes termos, eu convido a quem quiser rebater, concordar ou discordar, ou mesmo oferecer seu ponto de vista, a escrever pro Jornal do Eremita Social.

Sempre estamos dispostos a abrir espaço pra quem queira contar um pouco mais. Por quê? Conhecer a nossa história é fundamental pra qualquer cidadão, seja um eremita social, seja um cidadão recém-chegado: assim, poderemos intervir, quando oportuno, junto à comunidade, com o intuito de consolidar a posição de um Brasil seguro, com seus territórios bem protegidos, sem repetir erros do passado que nos levaram a ser wipados.

Conversando com as pessoas, quer seja por mensagem pessoal, quer seja no iRC, tenho percebido a existência de dois grupos muito fortes: os que apontam a derrocada do Brasil como culpa de uma suposta “panela”, e os que apontam como culpa de não termos reconquistado o nosso território como sendo de Ichi nii, Darth Claudio e outros ex-CPs. Os primeiros podem ser reconhecidos de longe: são dotados de um nacionalismo cego, que diz que “antes gastar todos os nossos recursos tentando reconquistar o Brasil do que não fazê-lo”, não se escusando de apontar a uma panela – que pode ser formada de partidos ou de pessoas, conforme o discurso – como responsável por ter traído aliados, ter isolado o eBrasil, e ter causado o wipe – isso é, o apagar – do Brasil no mapa; os segundos, apontam claramente que é graças ao governo dos dois referidos CPs, Ichi nii e Darth Claudio, que o Brasil não conseguiu se libertar novamente, uma vez que não cumpriu os compromissos com os países aliados, e, de quebra, teriam os dois ex-CPs dilapidado as finanças brasileiras com ações inócuas. Que conclusão tirar, eremitas? Não sei. Muito provavelmente, não apenas um dos dois grupos rivais deva ser apontado como culpado pelo nosso estado geral, mas sim todos os grupos, OU nenhum dos grupos. Ou todos são culpados, ou ninguém é culpado. Não cabe a quem não participou deste período histórico tomar partido – embora devamos, se tivermos cérebro, e não fezes na caixa intracraniana, tirar conclusões, para intervir num futuro quando o caso pedir intervenção de toda a sociedade. O que nos cabe, de verdade, é chutar a bola pra frente e reconstruir o país como deve ser feito. Mas a história precisa ser contada, uma vez que a sociedade encontra-se profundamente dividida por conta dela.

Inclusive, neste momento, em que encontramo-nos mais uma vez wipados, precisamos encontrar não mais fissuras, mas um ponto de união entre toda a sociedade. O que nos une? O fato de sermos eBrasileiros. O que nos separa? Não importa verdadeiramente porra nenhuma que nos separe, nesse momento, posto que todos encontramo-nos sem um país. É nossa obrigação esquecer as fraturas que o país tenha e nos unirmos, até porque, quando e se reconquistarmos nosso território, uma era nova se começa, com outras preocupações e outras situações.

A oportunidade é aproveitada, mais uma vez, pra ressaltar que estamos abertos a receber os relatos espontâneos de quem queira. Você concorda com o John Bosinski? Você discorda dele? Tem algum fato novo ou diferente que você quer trazer? Então, escreva para nós, para que toda a sociedade possa tomar uma conclusão, embasada nos fatos.

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Mais um eremita: Hoffmann77 pede ajuda.

O eremita social Hoffmann77 me enviou uma mensagem pessoal, em que dizia:

“Meu caro,

Tb estou na mesma situação que voce.

Estou tentando ingressar noerepublikbr, mas pede qual o nome do jogo e não aceita a minha resposta.
Que utilizou?

Abraço

Hoffmann”


Num dos comentários no último artigo lançado no nosso Jornal do Eremita Social, ele também escreveu:

“Excelente, me enquadro no mesmo: EREMITA.
Sem comida, sem arma, sem auxílio!
Terra Brasilis me convidou depois me chutou para fora sem eu entender nada, até hoje!
Eu também joguei, larguei de mão, voltei a 2 meses, pq acho uma bagunça, logo o cara enche o saco pq sou um jogador comum, não uma porra de nerd que fica o dia em cima do computador, mas queria algo para me divertir algumas dezenas de minutos por dia, que me atraísse como jogo de guerra, unidades militares, como o jogo aquele de tabuleiro, mas aqui é cada um por si e viva a argentina que nos dominou.
É brabo, mas me dizem agora que tem que lutar para os outros para poder tentar lutar contra a argentina daqui uns 100 anos...

Abraço

Hoffmann”.


Como sei que muita gente importante lê estas linhas pessimamente escritas de meu jornaleco, gostaria de pedir o seguinte: por favor, ajudem o Hoffmann77 – cujo perfil é o http://www.erepublik.com/br/citizen/profile/1270785. O Hoffmann77 encontra-se perdido, sem unidade militar e sem qualquer integração na sociedade – e pretende se integrar e participar mais ativamente. Se alguém puder procura-lo para tutorá-lo, ajuda-lo, etc., vai receber a minha gratidão pessoal.

De toda a forma, o Hoffmann77 tem tido problemas para cadastrar-se no fórum. Alguém poderia ajudar ao nosso amigo? Por favor, orientadores, se apresentem. É a oportunidade de termos um jogador participativo: se deixarmos o Hoffmann77 de mão, ele vai abandonar mais uma vez o jogo, tal como eu abandonei tantas outras vezes, e não vai contribuir tanto pro país quanto poderia.

O Hoffmann tem muitas perguntas relevantes também: sobre os nossos problemas com o fórum, sobre unidades militares que o recebam, sobre programas que o ajudem com comida e armas, e, principalmente, sobre o andamento de nossa situação com a Argentina. Alguém poderia responde-lo, por favor? Fico agradecido.

Se você também encontrar-se nesta situação de eremitério social, por favor, não hesite em nos escrever. Divulgaremos a situação e pediremos ajuda a todos.

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Amanhã, ou quem sabe mais tarde, voltaremos com uma versão mais longa do nosso jornal – isso, se o CSRF Attack não nos pegar antes e tirar o nosso saco pra escrever. Se você gostou do nosso jornal ou da nossa edição, por favor, não hesite em ASSINAR o jornal e em votar: assinaturas e votos são um estímulo pra que continue fazendo o trabalho de escrever. O que eu escrevo pode ser um lixo, mas é um dos poucos jornais que existem no eBrasil, atualizados, e que dizem alguma coisa para alguém. Por isso, não custa me dar este apoio, né?

Se você quiser, também escreva pro nosso jornal, falando o que você quiser: publicaremos. Mas se falar mal da gente, a gente mete o pau também. Obrigado pela atenção e até mais ver!