Roleplay Medieval - Episódio 2

Day 1,893, 01:21 Published in Brazil Brazil by Arcusgaldan

Olá! Esse é o episódio 2 do Roleplay Medieval! A maioria já sabe: é grande. Logo, arruma um copo de suco, um sanduíche, senta confortável, bota os pés pra cima e boa leitura! Não se esqueça de ler as notas no final da história. Vamos lá!

No último capítulo, Arcus estava a caminho do Castelo Einhorn, residência dos Cullen. Ao tomar seu café da manhã, começou a recordar da Batalha do Rio Negro, Batalha que o consagrou Cavaleiro jurado à Casa Cullen.

"O castelo não era longe da pousada onde Arcus estava hospedado. Porém a caminhada era mais difícil quando se usava uma cota de malha, uma espada e um escudo. Arcus devia utilizar seu equipamento ao se apresentar a seu suserano, não só pela etiqueta, mas também porque, se Lorde Brian precisasse do seu serviço imediato, ele já estava armado.

Durante o caminho, Arcus se lembrou do fatídico dia quando entrou para o exército dos Cullen. Estava pescando com seu pai Louis. Quando o sol estava se pondo, ambos começaram a remar o barco de volta ao porto. Quando lá chegaram, haviam dois homens perto da passagem do porto para a cidade.



Quando Arcus passou, o homem mais alto, da esquerda, olhou para ele e perguntou:

- Quantos anos você tem, rapaz?

- Dezoito - Respondeu Arcus

- Gostaria de servir ao exército dos Cullen?

A Casa Cullen era uma das poucas que tinha serviço militar facultativo. Ou seja, qualquer um podia escolher entrar ou não para o exército.

Arcus olhou para o seu pai. Sempre fora seu sonho se tornar um Sor. Estava pronto para embraçar a vida de pescador, se ela viesse, mas de supetão, uma saída para aquela vida apareceu.

Louis olhou de volta para o filho, um tanto carrancudo. Porém, depois de alguns segundos, aliviou os músculos faciais e disse:

- Filho, a escolha é sua.

Arcus então se virou ao homem mais alto e disse:

- Sim, eu gostaria de servir ao exército.

- Então apareça ao Campo Devastado amanhã de manhã, para seu treinamento. Se você não tiver equipamento, nós lhe daremos um amanhã. O que você tiver, entretanto, leve. Qual é seu nome?

- Arcus, senhor. Arcus Galdan - Respondeu o cavaleiro ainda não ungido.

O recrutador assentiu, enquanto o segundo homem, mais baixo, escrevia em seu pergaminho.

- Até amanhã então, Arcus.

Arcus fez uma leve referência e foi atrás de seu pai, que começou a andar um pouco antes. Quando o alcançou, Louis tinha um sorriso no rosto.

- Eu sabia que você ia aceitar. Parabéns filho, parece que você vai servir ao exército mesmo!

Arcus sorriu mas não disse nada. Sua euforia não permitia.

Arcus era alto e forte, porém não acima da média. Tinha cabelos negros como óleo, cortados na nuca. Seus olhos, tão escuros quanto os cabelos, mostravam dedicação e inteligência.

Seu pai, porém, sempre fora franzino, e uma leve diferença no tamanho das pernas não permitia que ele coresse muito bem. Empunhar uma espada também era bem difícil para ele, por causa do equilíbrio. Portanto, Louis decidiu não servir, e, ao invés disso, virou pescador.

Chegando em casa, Arcus foi contar a notícia à sua mãe, enquanto Louis foi ao porão. Quando voltou, trouxe uma caixa baixa e larga.



Ao abrí-la, Arcus foi tomado de surpresa. Era a espada de Josef, seu avô. Ele fora braço direito de Lorde Berdington, pai de Lorde Brian. Um exímio espadachim, pelo que falavam.

- Pai, devo usar a espada de meu avô? Não sei se estou pronto para essa honra.

- Arcus, antes de morrer, seu avô me disse: 'Confie no seu filho. Ele fará coisas grandiosas um dia.' Você ainda era um bebê, mas eu sei que ele tinha razão. Você fará coisas grandiosas, e, com essa espada, honrará o nome da família.

Arcus assentiu, e pegou a espada em suas mãos. Era muito mais leve do que aparentava. Tinha um equilíbrio perfeito. Seu gume, fino, era capaz de partir uma mosca ao meio. Sua ponta afiada podia passar facilmente por cota de malha (como vimos que passou na Batalha do Rio Negro), pele e carne.

O rapaz tirou também a bainha que estava junto com a caixa. Prendeu-a ao cinto que usava, e colocou a espada lá. Cabia perfeitamente. A bainha tinha um bordado de prata nas laterais, fazendo-a brilhar de maneira maravilhosa.

Arcus se despediu e foi dormir. Na manhã seguinte, tomou seu desjejum, deu um beijo em sua mãe e foi em direção ao Campo Devastado. O campo tinha esse nome pois sediou uma batalha épica muitos séculos antes. Era uma floresta, porém foi incendiada por causa das flechas incendiárias. Foram diversas baixas para ambos os exércitos, mas quem sofreu mais foi a flora daquela região. Por quilômetros a fio, não havia nenhuma árvore ou flor.

Ele começou seu treino. Era divido em três turmas com dez recrutas em cada. Foi lá que conheceu e se tornou amigo de Ryan, que fora obrigado pelo pai a fazer o treinamento, sobre o argumento que 'por mais que você tenha nascido nobre, você não nasceu sabendo lutar.'



Por meses o treinamento se arrastou. Até que, ao completar um ano, os treinadores se deram por satisfeito e declarou todos como soldados da Casa Cullen.

Foi um momento eufórico, com gritos e pés batendo. Alguns dias depois, Arcus fora convocado para batalhar nas Colinas Gramadas, na Fronteira entre Pará e Mato Grosso. O Centro-Oeste era dominado pela Casa Virmond, inimiga da Casa Cullen. Seu símbolo era um morcego negro em fundo carmesim.

O exército dos Cullen venceu a batalha posicionando um batalhão (onde Arcus e Ryan estavam) no meio de uma floresta, escondidos. Quando o exército inimigo passou, engajando o resto do exército de Lorde Brian, o batalhão escondido avançou, atacando os flancos inimigo e desfazendo a formação. Assim que o caos foi instalado, uma grande parte dos soldados inimigos soltou as armas e tentou correr, mas a maioria foi esmagada pelo exército que vinha avançando.

Depois dessa batalha, alguns dias se passaram e Arcus foi enviado para o Rio Negro, onde foi ungido Cavaleiro.


Arcus então chegou ao castelo Einhorn, depois de passar um grande tempo pensando em seu recrutamento e batalhas anteriores. Os guardas do portão lateral o cumprimentaram ao ver o unicórnio em seu escudo e seu peito, e o deixaram entrar. Arcus então se dirigiu ao Castelo. Chegando ao salão principal, Lorde Brian estava esperando junto com Ryan.

Ambos o cumprimentaram, e Arcus retribuiu com uma reverência. Alguns minutos depois, Tiago chegou. Se ajoelhou em frente ao Lorde, e então cumprimentou Arcus e Ryan.



- Bom, - disse Lorde Brian - agora que estamos todos aqui, vamos à discussão. Chegou ao meu conhecimento que Lorde Virmond está novamente marchando contra nós. Desta vez, entretanto, não teremos o elemento da surpresa. Ele está a poucos dias de marcha de Manaus. A Casa Lorum, fiel vassala nossa, se pôs em seu caminho. O atrasaram e mataram muitos soldados, mas foram derrotados pelos números esmagadores.

'Meu exército está marchando para a divisa com o Suriname, para tomar o castelo de Lorde Waxton, utilizando-o como posto avançado contra as demais casas que o apoiavam. Agora que tenho fontes confiáveis de que Virmond está marchando novamente, mandei um mensageiro urgente para contatar o exército, para que eles voltem.

Eu acredito que Virmond saiba que meu exército está fora. Eu acredito também que ele está marchando o mais rápido o possível, para nos pegar "desprevinidos". Até onde sei, ele não sabe que nós sabemos que ele está vindo. Pensa que nos pegará desprevinidos.

Pois bem. Eu tenho uma guarnição de cerca de duzentos homens para defender o Castelo. Vocês são os únicos oficiais do exército que me sobraram. Não pensei que Virmond se recuperaria tão rapidamente das Colinas Gramadas, um erro fatal.

Eu quero que vocês três comandem os batalhões que irão defender o castelo. Eles atacarão pelo sul. Tiago, você irá cuidar dos cinquenta arqueiros nas ameias. Temos um estoque virtualmente infinito de flechas. Pegue quantas precisar, depois faremos mais. Use flechas incendiárias contra os equipamentos de cerco, podemos acabar destruindo alguns.

Arcus, você irá comandar a infantaria no portão. Serão noventa soldados a seu dispor. O seu trabalho é crucial: se as linhas forem quebradas e as tropas inimigas entrarem, de nada adiantará.

Ryan, quero que você comande os sessenta cavaleiros a nosso dispor. Flanqueie as tropas inimigas, use o impacto para romper suas linhas. Você também será a reserva: onde as linhas de Arcus se romperem, você deverá mandar cavaleiros para preenchê-las. Mantenha-me informado da batalha, manterei você informado da estratégia para passar aos outros dois.

O trabalho de vocês é segurar o exército deles até que nosso exército principal chegue. Uma vez que isso aconteça, seremos capazes de esmagar o exército na muralha. Vocês três também terão uma missão em conjunto. Quando o exército chegar, eles terão que descansar. Fontes indicam que eles já tem um aríete e uma torre de cerco prontos. Na calada da noite, vocês três devem cavalgar até a localização deles e destruir esses equipamentos. Levem tochas e oléo. Temos diversos barris de óleo que vocês podem levar. Certifiquem-se de queimar tudo.'"


Gostou? Como será que os três lidarão com o ataque? Conseguirão defender o castelo? O exército chegará a tempo para apoiá-los? Bem, descubra no próximo capítulo do Roleplay medieval!

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