Reforma das Estatais e SUPER CONTA: unificar é preciso.

Day 644, 21:13 Published in Brazil Brazil by TexMurphy




Prezados e prezadas,



há tempos não me pronunciava como Ministro. Há tempos não sentia na pele a responsabilidade de trazer ao país algo de valor não apenas para minha equipe, não apenas para a gestão que engloba meu cargo, mas para o futuro. Construir algo que ajude o próximo Governo, o próximo servidor federal, o próximo cidadão que sonha em ocupar a cadeira central do Brasil. E nesse meu rápido retorno ao Ministério da Fazenda, mais do que nunca visualizo a necessidade de abrir as portas aos sucessores.

Prezados e prezadas, primeiramente peço-vos uns minutos de reflexão em busca dos motivos que ocasionaram a queda do governo Nosrial. Muitos responderão que o Presidente ausentou-se devido à ocupações na vida pessoal e que isso o levou à renúncia do cargo. Outros dirão, sem medo de errar, que Nosrial tropeçou na própria inexperiência até culminar em tantos problemas que já não lhe era possível resgatar o equilíbrio do mandato. Podem estar corretos! Mas poucos ou ninguém conseguiu enxergar o mais óbvio: a estrutura administrativo-financeira do Brasil tornou-se uma cruel e impiedosa malfeitora aos seus dirigentes máximos.

Não é de hoje que venho argumentando sobre a dificuldade de administrar a nação brasileira. A imensa e crescente quantidade de empresas federais, embora necessária, exige uma organização rigorosamente clara que facilite o trabalho dos responsáveis pelo funcionamento do sistema. Para funcionar com excelência e transparência, meus caros, não basta querer. É preciso dispor de ferramentas, mecanismos e estrutura que possibilitem o bom funcionamento de todos esses elementos que juntos formam uma complexa rede neural. Possuímos isso atualmente?

Em meu ultimo mandato, tomei posse do Executivo com um artigo entitulado "descentralizar é preciso". Quem vivenciou a época, vai recordar que publiquei já naquele tempo argumentos parecidos com os que agora redijo. Os tempos passaram, mas os problemas perduram. Não foi à toa que descentralizei o gerenciamento das estatais, buscando distribuir a responsabilidade para garantir que as empresas nacionais jamais entrassem em colapso, e tampouco à toa foram as planilhas online que passei a utilizar para prestar contas do fluxo interno de cada uma dessas entidades federais. A máquina pública brasileira tornou-se um monstro! Como querem que exista renovação no Governo do nosso país, se ao ingressar no escritório presidencial o candidato "renovador" se depara com uma bugiganga mais complicada que decifrar hieroglifos?! Não se faz possível a renovação do poder se os inexperientes adentram no cargo de Presidente cercados de enigmas e equações de difícil resolução.

Mas não apenas aos administradores devemos construir facilidades. Aos administrados também! O cidadão também quer entender como funciona a extensa máquina pública. O cidadão também deseja saber onde estão as empresas nacionais e quem as gerencia.



Portanto, convido-os a analisar a estrutura atual das estatais brasileiras, na figura abaixo:


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Repare...

1) ...na imensa quantidade de empresas concentradas na ORG "Empresas SIS", e na quantidade ridícula de empresas presentes nas várias ORG's "Empresas Nacionais". Isso é um grave problema! Porque essa dispersão empresarial em várias ORG's obriga o Executivo a distribuir senhas para muitas pessoas, ou sobrecarrega poucas pessoas que precisam transitar de ORG em ORG para cumprir sua tarefa.

2) ...na incompatibilidade do calibre das armas em relação ao número das ORG's Empresas Nacionais que as abrangem. Mero detalhe? Na hora do gestor e do cidadão lembrar de qual fica em qual, não é mero detalhe.

3) ...na presença de uma empresa de matéria prima no Ministério da Defesa. O que é isso? Queremos que o Ministro da Defesa tenha conhecimento de administração de matéria prima? Armas tudo bem, estão diretamente relacionadas à Defesa. Mas matéria prima não é assunto para este setor.

4) ...na empresa de armas Q1 ainda no Ministério da Defesa. Além de ser absurdamente inútil possuir duas empresas de armas Q1, ainda mais absurdo é manter o Ministério da Defesa em posse de armas tão fracas. Se é pra existir armas neste setor, que sejam as mais poderosas, para que estejam nas mãos do militar mais poderoso da nação.

5) ...na absoluta ausência de qualquer padronização de cargos. Não existe cargo definido para administrar um determinado conjunto de empresas. A cada novo governo, o Presidente começa do ZERO para definir sua equipe de trabalho. A cada dia 05, o novo chefe executivo começa sem base alguma.




Existem ainda alguns detalhes menores sobre nomenclaturas que optei por não postar aqui para não confundir a cabeça do nobre leitor nem tornar a leitura cansativa, mas que serão reajustados caso esta reforma seja aprovada pelo executivo.

Como podemos esperar que exista renovação no poder do nosso país, meus prezados leitores, diante desta confusão generalizada? Que chances possuem os inexperientes diante de tamanha desorganização e despadronização? Muito poucas... E é justamente por isso que venho lhes propor uma reforma na estrutura empresarial do Brasil.





Acompanhem na imagem abaixo a minha proposta reformadora:


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Repare...

A) ...na distribuição homogênea das principais empresas, reduzindo o corpo gerencial ou a extensão de conhecimento das senhas.
😎 ...na padronização e estigmatização de cargos mediante palavras robustas (alfabeto grego), capazes de perdurar através dos diferentes Governos, sem precisar começar do zero.
C) ...na Força DELTA (Ministério da Defesa), portando apenas uma empresa de armas Q5, poderosamente de acordo com a força que este Ministério possui ou deve possuir e sem misturar a administração de outros itens inadequados ao setor.


Documentando:

- GESTOR ALFA: possui as senhas das ORG's Empresas Nacionais I e II, sendo responsável pelo gerência das empresas ali contidas.
- GESTOR BETA: possui as senhas das ORG's Empresas Nacionais III e IV, sendo responsável pelo gerência das empresas ali contidas.
- FORÇA GAMA: a rigor, mesma coisa que os gestores anteriores, com a diferença que manuseia uma entidade importantíssima que é o Hospital Q5, e demais itens manufaturados que só existem neste setor.
- FORÇA DELTA: Defesa por si própria, agora em posse de uma ferramenta poderosa que são as armas Q5.
- TREINADOR: o nome já diz. Responsável por coordenar todo o treinamento da SISPRO (Sistema de Profissionalização). Aos que não sabem, SISPRO serve para contratar cidadãos de skill ZERO com um bom salário e treiná-los até skill 2.0, quando então são liberados ao mercado privado.


Não lhes parece muito mais funcional que um Presidente, sendo experiente ou não, assuma o cargo sabendo que precisa, por exemplo, de um Gestor ALFA e um Gestor BETA? Que precisa de um braço direito para a Força Gama, e que seu Ministro da Defesa não precisará operar empresa de Ferro? Que precisa de um TREINADOR para tocar o sistema SISPRO? Aceito discordâncias, mas na minha humilde visão esta padronização de cargos abre portas ao futuro do Brasil.













* SUPER CONTA


Caprichei no meu botão ENTER agora, para separar um assunto do outro - muito embora já veremos que estão intimamente conectados.

Prezados e prezadas, se gerenciar as estatais é difícil sem uma padronização de uma organização apropriada, IMAGINEM O INFERNO que é fazer a prestação de contas das atividades dessas empresas sem uma planilha previamente concebida. Não estou exagerando não, caro leitor! É INFERNO mesmo. Só quem já sentiu na pele sabe a dificuldade.

Esclarecendo aos menos experientes: "prestação de contas" é um documento que porta todas as informações de alteração de patrimônio de empresas ou do Tesouro Nacional (Controle Nacional). Exemplificando, se o Ministério da Defesa envia 5 armas ao soldado José, isso deve constar na prestação de contas. Se a empresa de Hospital Q5 recebe dinheiro para salários, isso deve constar também. Se o Governo extrai 30 GOLD para assinar Pacto de Proteção militar, deve constar. Já entendeu o quanto isso é complicado?

Fica mais complicado ainda se, a cada dia 5, a prestação de contas aparecer numa planilha completamente diferente. Se tu te auto observares bem, verás que teus olhos DETESTAM planilhas. É só pousar o olhar numa planilha, e eles já recusam. Detestam aquele monte de informações aglomeradas em quadradinhos. Mas assim como todos nós, eles se adaptam às circunstâncias e passam a responder com agilidade uma vez que tenham se ACOSTUMADO com um determinado ambiente.

Pois então precisamos acostumar os olhos dos leitores a um mesmo ambiente! Não podemos fazer uma planilha diferente a cada vez que o Governo mudar. Isso dificulta o entendimento e desanima os cidadãos a exercerem a fundamental FISCALIZAÇÃO.




Por isso meus queridos e queridas, aqui apresento o projeto SUPER CONTA.

Sistema de Unificação de Planilhas Estatais e Relatórios para prestação de CONTA.



Trata-se de um conjunto de planilhas personalizadas à reforma proposta para as estatais, além de uma planilha específica para o Ministério da FAZENDA. Vejam abaixo os modelos, ainda incompletos pelo fato da reforma não ter sido aprovada:


- GESTOR ALFA: http://spreadsheets.google.com/pub?key=ty1aPWqb-Urd1biInRWJLHQ&output=html
- GESTOR BETA: (indisponível aguardando aprovação da reforma)
- FORÇA GAMA: (indisponível aguardando aprovação da reforma)
- FORÇA DELTA: http://spreadsheets.google.com/pub?key=tNDIkJ-bC9pGgHYle97QBxw&output=html

- MINISTÉRIO DA FAZENDA: http://spreadsheets.google.com/pub?key=timgugCUJSoDp4yzSJdJUZw&output=html



Instruções importantes:

* Na tabela de CONFERÊNCIA constam números diários, "fotografados" pelo gestor ou Ministro num determinado momento do dia. É um dado que serve para as estatísticas e análises futuras.
* Na tabela de EVENTOS consta tudo aquilo que não é simples conferência mas sim movimentação de algum patrimônio da empresa, seja recebendo ou extraindo.

Importante estar claro a diferença entre o conceito de conferência e o conceito de evento.
Conferência é OBSERVAR, evento é ALTERAR.


Não lhes parece que se o novo Presidente tiver acesso a planilhas previamente organizadas, ele possui maiores chances de conduzir o nosso país a um patamar superior? Não lhes parece que a falta de padrão ocasiona muitos problemas na vida real, e triplamente em um jogo?




Prezados, desejo muito que minhas palavras lhes tenham sido claras. Se neste momento escrevo este projeto, e quem me conhece intimamente sabe, é porque desejo servir ao futuro e não ao singelo presente. Desejo, verdadeiramente, que minhas palavras tenham adentrado vossa mente com o mesmo significado com que da minha saíram. Entenderam por que questionei no início os motivos da queda de Nosrial? Não é apenas por ele, mas por vários outros que virão.




Respeitosamente,
TexMurphy - Ministro da Fazenda.
26 de Agosto de 2009