Quarto ato - Se vis pacem, para bellum

Day 2,307, 23:00 Published in Brazil Argentina by Frade Eremita
EDITORIAL

“Se vis pacem, para bellum” – isto é, “se visas a paz, prepara-te para a guerra” – é um antigo ditado do século IV antes de Cristo, cravado na história pelo escritor romano Vegécio. É um ditado que diz muito mais do que apenas traduzir-se no conceito comum de sua aplicação, que é referente ao de “paz armada”: preparar-se para a guerra significa, necessariamente, adequar-se para tudo que há de vir em decorrência dela, quer seja no campo bélico propriamente, quer seja no campo social ou no campo econômico. A questão que temos tratado, ao longo de quarto artigos – e ainda trataremos por alguns – tem se focado nos motivos para o wipe que o Brasil sofreu. Mas tudo trata-se apenas de como o país foi apagado do mapa? Não. Trata-se, também, sobre como foi mantido apagado do mapa, uma vez que os cofres públicos foram, de certo modo, vilipendiados por algumas ações que não foram nada positivas. Mas esta é uma questão que trataremos numa próxima edição: nesta, temos algo mais sério para discutir, que é o racha seriíssimo que sofreu a aliança Asteria.

Mas, nem tudo é história ou convulsões sociais passadas: muito trata-se, também, de presente e futuro. Por isso, hoje trataremos também, num artigo voltado essencialmente ao cidadão que é eremita social, sobre treino e sobre renda: como treinar eficazmente e como lucrar em cima do treino, e como fazer um dinheiro em moeda corrente com ações extra-jogo. Novatos preparados têm mais condições de, no futuro, fazer muito dano pelo Brasil. Cuidar do novato de hoje é preparar-se para a guerra de amanhã.

Obrigado pela atenção e uma boa leitura!

CONVULSÃO NA POLÍTICA EXTERNA

Fora do eBrasil, fatos essenciais para o nosso futuro no concerto das nações aconteceram entre ontem e hoje. A Hungria, hoje, abandonou a Asteria – aliança formada entre a Argentina, nosso principal antagonista e ocupante, neste momento; Romênia; Sérvia; Grécia; China; e Eslovênia, além dos países coadjuvantes na LETO [ver: http://www.erepublik.com/br/main/alliances/9] – deixando um vácuo tremendo de poder, dentro da aliança, que pode, de certa forma, auxiliar-nos a virar a mesa. A crise dentro da Asteria tornou-se mais aparente quando MirceaDrag, secretário-geral da aliança, conseguiu a proeza de tornar-se Battle Hero lutando numa batalha contra a Hungria, que ainda era um dos estados-membros da aliança: rapidamente, os print screens que demonstravam o fato correram o mundo, causando uma profunda indignação na opinião pública húngara, como pode ser verificado nos jornais ali editados em língua inglesa [uma vez que o húngaro é uma linguagem tão incompreensível, mas tão incompreensível, que o próprio Demônio respeita: não recomendo a nenhum brasileiro tentar desvendar os mistérios da língua húngara]. As tensões entre a Romênia e a Hungria são históricas, e muitos apostavam, num passado, que destas tensões surgiria uma rachadura dentro desta aliança. O cúmulo de tudo foi quando a Bulgária, interessada em anexar territórios dos húngaros, assinou um pacto de não-agressão com a Romênia e, logo após a assinatura, declarou a Hungria como sua inimiga natural.

Após o ocorrido, conforme informou o presidente húngaro, Laurh, no jornal oficial [Voice of Hungary/Magyarország hangja – no link http://www.erepublik.com/es/article/-voeh-asteria-2383087/1/20], a Hungria convocou uma reunião extraordinária da Asteria, que durou cinco horas de relógio. Nela, conforme disse o CP Lauhr, a Romênia, a Grécia e a Sérvia admitiram que o pacto de não-agressão romeno-búlgaro violava os termos da aliança Asteria – e ainda acusaram a Hungria de violar os termos, por também não ter assinado um pacto de não-agressão com a Romênia. A Hungria, então, deu o seu ultimato: ou a Romênia e a Grécia apagavam a Bulgária do mapa, ou a Hungria estava fora da aliança; a resposta da Romênia foi exigir que a Hungria pedisse desculpas pelo ultimato. Assim, desfez-se a membratura húngara na aliança, e a resposta foi rápida: a Hungria, que até então figurava entre os impérios do eRepublik, teve uma grande parcela do seu antigo território tomado por si, seja por nações que recuperaram territórios, seja por nações com quem estavam em guerra, como a Polônia. O Chile, que não é burro, também, declarou guerra à Hungria, com o intuito de tentar consolidar um império na Europa.

Numa análise cu-de-foca, isso é: fria, bem gelada, só existe uma única coisa a dizer: a Romênia, indubitavelmente, foi escrota com a Hungria. Neste sentido, mesmo que esta não seja a opinião compartilhada por alguns setores, no geral, o povo brasileiro é solidário ao povo húngaro nesta hora complicada. Por mais que não possamos nos envolver no esforço de guerra húngaro, ou mesmo não devamos, a Hungria conta com o nosso apoio e os nossos desejos de melhor sorte. Melhor sorte, de preferência, do lado da gente!

Hoje, também, foi publicada a assinatura de um pacto de não-agressão entre o Chile e a Argentina. Dentre outros termos do pacto, os dois países – se é que podemos chamar a Alfajorlândia de país, porque país, para existir, exige ter gente – comprometiam-se a, caso o Brasil viesse a reconquistar o Norte do Brasil por meios naturais [isto é, guerra de resistência], devolver a Baixa Amazônia do Sul e do Norte, que respectivamente pertencem aos dois países, ao seu proprietário original, que é o Peru; contudo, caso o Brasil viesse a ter o seu Norte entregue pelos argentinos [para depois ser retomado com uma resistência menor, numa manobra vagabunda e baixa da qual os argentinos já estão acostumados], o Chile poderia manter o seu território peruano intacto.

O que podemos falar sobre isso? Você poderia pensar que, por um lado, a Argentina está capengando de uma perna; você poderia pensar que o Chile está impossibilitado de apoiar a Argentina numa eventual guerra de resistência brasileira, que certamente deve ocorrer no início do mês que vem; mas eu, certamente, estou impossibilitado de comentar qualquer coisa, deixando a delícia do bônus e o amargor do ônus do comentário a vocês.

Como diria Vergécio: "se vis pacem, para bellum".

EREMITAS: SAIBAM COMO FATURAR UMA GRANINHA

Artigo não recomendado para veteranos: sobretudo, para veteranos chatos

Muitos cidadãos mais antigos acreditam que o newcomer, que o cidadão novato, ou que o eremita social quer tudo pronto na mão – ou como diríamos na Bahia, quer o cu e quer raspado – mas não conseguem compreender que, justamente por não termos o mesmo envolvimento com o jogo que os veteranos já tem, nossa paciência é curta e não conseguimos assimilar todas as informações de uma vez. Depois de travar conhecimento com o manual de treino do ministério da Educação, que é excelente, e cuja procura recomendo a todos, descobri uma coisa essencial: você pode faturar uns golds treinando todos os dias, deixando a sua situação de extrema miséria e chegando a ter um dinheirinho em alguns dias. De igual forma, conversando com outros veteranos, descobri uma excelente plataforma para fazer uns bons BRLs semanais [agradecimentos ao Jean Solrac, que foi o primeiro a me apontar esta ferramenta] – coisa que dá pra usar em comida e armas. Como diria Jack, o estripador, vamos por partes.

Você é pobre e precisa de moeda corrente?

Então, seus problemas vão acabar daqui a uma semana! Com o Voters Club [http://www.voters-club.com/], você ganha dinheiro para votar ou subscrever artigos e jornais dos outros, de todo o eMundo. Primeiro, você deve curtir a página com o seu Facebook. Depois de curti-la, você deve fazer o seu login na página. Depois de fazê-lo, vão aparecer um monte de ordens para que você vote e subscreva alguns artigos: você faz o que lhe pedem, colocando num espaço em branco o número da subscrição ou do voto. Em um dia, nesta brincadeira, você pode vir a ganhar mais de BRL 200,00, faturando um dinheiro essencial pra comprar comidas e armas de boa qualidade, bem como um dinheiro para poder viajar e lutar em guerras de resistência – você vai aprender a importância disso depois. Dentro de uma semana, todo o dinheiro que você fez votando e subscrevendo cairá diretamente na sua conta do eRepublik, e assim, você sai da situação de estar abaixo da linha da miséria. [Risos mil].

Você passou do nível 20? Quer fazer uns golds e ainda ficar fortinho?

Se você poupou seu dinheiro direitinho e passou do nível 20, provavelmente deve ter uns 25 golds na sua conta. Se tem, é ótimo: compre um centro de treinamento gratuito – lá, bem no lugar onde você treina – de nível 2. Tendo comprado, nos seus treinos, você passa a ganhar mais 10 de força – isso é lindo, mas não é tudo! Mas, espera aí: você já parou pra pensar que, treinando naqueles aparelhos que você paga em gold pra fazer, você pode ganhar uma graninha? Pois é. Se você tem um centro de treinamento grátis de nível 2, e um centro de treinamento pago de nível 1 – daquele, que você paga 0.19 golds por dia – você pode vir a faturar 2.88 golds por mês, nesta brincadeira. Explico como.

Toda vez que você ganha 250 de força acumulada pelo treino, você recebe a medalha do Super Soldado – medalha esta que te dá 5 golds de prêmio. Quando você tem um centro de treinamento grátis de nível 2, e um centro de treinamento pago de nível 1, você recebe a medalha a cada 17/18 dias [intercalados], se fizer o exercício certinho. Juntando tudo, num esforço mensal, você lucra quase 3 golds nesta brincadeira.

Agora, o que você faz com os golds? Junte, meu filho, mas junte. Quando você tiver suficiente, você aumenta o nível de seu centro de treinamento gratuito, até chegar ao nível quatro. Depois, você aumenta o nível do seu centro de treinamento pago [mas somente o de 0.19 golds], até chegar também ao nível quatro. Quando você tem estes dois centros de treinamento no nível máximo, e treina todos os dias, você tem o assustador lucro mensal de 13 golds por mês – o que é grana pra caralho, em tratando-se de um novato.

Mas, preste atenção: somente estes dois centros de treinamento valem a pena pros novatos. Os outros dois, onde você paga mais golds, são só perda de dinheiro – não invista neles, a não ser que você seja um daqueles caras que empenham dinheiro da vida real no eRepublik comprando golds: aí, neste caso, o problema é todo seu.

Mas aí, você me pergunta: Frade Eremita, como eu faço? Não tenho um gold sequer na minha conta, porque eu fui otário o suficiente pra gastá-lo brincando de roleta/outra situação qualquer. Não tem problema que não possa ser resolvido, meu querido. Neste caso, existem três coisas que você pode fazer: se você tem um nível razoável de força [mais de 1000, de preferência], tem bazookas, tem tanks, tem equipamento, e existe uma guerra de resistência rolando no Brasil, mande bala [e ignore, neste caso, a instrução oficial – mas antes, procure saber, no canal #vamojunto, às 21:00, se vai rolar um Common Hit – evento coordenado onde todos se juntam para atacar um adversário – numa guerra de resistência no Brasil] e dê muita porrada: assim, com sorte, você pode conquistar a medalha MUITO FÁCIL de Verdadeiro Patriota, que lhe dá os 5 golds espertos de sempre. A segunda coisa que você pode fazer, se você tem um dinheirinho razoável, é verificar se existe alguma guerra de resistência onde o lado da resistência está ganhando [isso é, já fez mais de cinquenta pontos, no total da campanha]: neste caso, vá lá, e lute pelo lado da resistência, matando vinte e cinco adversários. Se você lutar em três guerras vitoriosas de resistência, naturalmente, você ganha a medalha de Lutador da Liberdade, e ganha os seus cinco golds. Mas, se você é fraco, e não tem nem dinheiro sequer para comprar sua passagem pra uma guerra de resistência qualquer, ignore qualquer uma destas duas dicas e siga esta terceira: tenha paciência, persistência, e junte os golds que você ganhar com a medalha do Trabalhador Esforçado e com a do Super Soldado, que em breve, você poderá melhorar os seus centros de treinamento.

Caso você ache que estou falando abobrinha, que fumei maconha estragada, ou que a cerveja do meu convento veio batizada com LSD, eu lhe envio este link: http://tools.narrenturm.eu/trainingCalculator.php. Nele, você poderá verificar quanto se ganha dinheiro e quanto se perde executando este formato de treino. Sugiro também que busque a sempre credível fonte dos manuais do governo, sobretudo o que trata sobre o treino: nele, aprendi muito utilmente estas informações, que levei pra vida e repasso para você.

ENCERRAMENTO

A edição de hoje foi curta e grossa, porque foi voltada exclusivamente para eremitas sociais: pessoas que jogam, mas não têm paciência para compreender todos os meandros do jogo, carecem de informação e não sabem onde busca-la. Na próxima edição, voltaremos a tratar do passado eBrasileiro, com mais entrevistas e cartas. Traremos um pouco das conversas que tivemos com jogadores de lados rivais na sociedade brasileira, no intuito do trabalho de uma análise histórica isenta, e escreveremos sobre o que mais nos der na telha.

Se você é novato e quer contar sua história como eremita, escreva-nos! Tentarei fazer o melhor para encontrar ajuda para você.

Se você é veterano e quer contar sua história, ou sua versão da história, escreva-nos também. Estamos cagando, sinceramente, pra se você faz parte de alguma “panela”, “frigideira”, “chaleira”, “caçarola”, ou qualquer utensílio de cozinhar alimentos: só estamos interessados, verdadeiramente, em escrever a história do eBrasil. Não faço parte de nenhuma corrente xiita ideológica, e nem sabemos quem é bonzinho ou mauzinho, uma vez que não se pode ter paixão por um passado que não se viveu. Já recebi avisos de que “isso não vai dar certo” [isso, de querer contar a história, e fazer uma análise das coisas], mas quero apostar em fazer um trabalho razoável de informar a toda a comunidade sobre coisas que são necessárias. Se é pra viver num país decente, temos de construí-lo, correto?

Se você quiser nos escrever por qualquer outro motivo também, escreva. Adoramos um jornal cheio de conteúdo.

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