Prevenindo a 3ª Guerra Mundial
Eduardo F. Pinho
Prevenindo a 3ª Guerra Mundial
Caros eLeitores,
Alguns de vocês podem ter lido o meu artigo sobre a 3ª Guerra Mundial, se não o fizeram aconselho-vos a fazê-lo (http://www.erepublik.com/pt/article/desmitificando-a-3-gm-comos-e-quandos--2139811/1/20).
Neste artigo, ofereci-vos uma perspetiva pormenorizada sobre as diversas maneiras que a 3ª Guerra Mundial podia começar, mas não fiz qualquer tipo de referência sobre como podíamos atrasar ou, se não existir outra alternativa, suavizá-la. Não digo evitá-la pois a 3ª GM deixou de ser um «se houver...» para um aterrador «quando começar...».
Porquê o pessimismo? Porque a vontade de guerrear encontra-se profundamente intrincada na personalidade humana, mas isso, como diz um amigo meu, é sociologia.
Portanto, para atrasar/suavizar esta guerra (sublinho o inevitável) é necessário trazer paz ao Médio Oriente, pois, como disse um estratega, e político em tempos livres, inglês (James Stevenson) «O Médio Oriente é um barril de pólvora, um barril de pólvora mergulhado em petróleo.»
Muitos já tentaram, e falharam, fazer o que aqui vos digo mas, na verdade, trazer paz a este setor mundial passaria por vários passos:
-terminar com todas as ditaduras que ainda persistem no Norte de África e no Médio Oriente, algo que está em processo;
-desmitificar por completo o programa nuclear iraniano e, cajo se confirme a produção de armas nucleares, o fim do mesmo;
-iniciar um cessar das hostilidades entre a Palestina e Israel;
-iniciar um cessar das hostilidades entre o Paquistão e a Índia;
-iniciar e completar a retirada das forças da NATO e dos E.U.A. presentes no Iraque e Afeganistão (este parâmetro gera muita controvérsia);
-previamente à realização do parâmetro anterior as seguintes células terrorista devem ser neutralizadas: Al-Qaeda, o Hezbollah, os talibã e, embora de menor importância, os Xiitas;
Obviamente estes parâmetros são de morosa aplicação e realização, pois há, pelo menos, barreiras religiosas, políticas e étnicas que atrasam a sua realização, para não falar das barreiras linguísticas e sociais.
No entanto, é possível encontrar problemas mesmo aqui na Europa e esses, como todos os outros, têm que ser ultrapassados:
-a Sérvia tem que reconhecer o Kosovo como um estado independente, algo já feito pela ONU;
-a Turquia deve ser aceite como Estado-membro da União Europeia. Para quê? Com a entrada da Turquia para a U.E., esta receberia diversos apoios monetários, aos quais se seguiria um enorme investimento estrangeiro o que suavizaria a tensão política e social existente neste país. Para além disso, seria possível iniciar novas «rotas» comerciais com menos intermediários, baixando, assim, a inflação sobre esses produtos. Este parâmetro iniciaria um desenvolvimento económico tanto na Ásia como no Médio Oriente mas também na Europa;
Pelo menos, neste continente, vários passos foram já tomados para assegurara uma paz duradoura, sendo que o mais importante deles foi a extinção de células terroristas como a ETA e o IRA que largaram as armas e ou foram extintos ou iniciaram conversações de paz com as autoridades competentes.
Mas também existem divergências noutros continentes e, se rodarmos um pouco o globo, vamos parar à Ásia. Este continente tem testemunhado um crescimento económico sem precedentes mas ainda perduram alguns problemas mais antigos que devem ser tratados:
-deveria existir uma paz entre as Coreias. Á especialistas que defendem teorias mais radicais como a sua junção, mas essa hipótese está longe de possível, o que não impede o começo de uma aliança ou PNA (Pacto de Não-Agressão). Isto porque a economia da Coreia do Norte se baseia numa agricultura pouco fértil, enquanto a economia sul-coreana se baseia na indústria automóvel, naval e o avanço das novas tecnologias. Mas, a Coreia do Norte possui mísseis nucleares (mais uma vez recomendo a leitura do artigo cujo link está no inicio deste texto) e cajo estes se aliassem à Coreia do Sul e, por conseguinte, aos seus respetivos aliados, teríamos uma ameaça aos Estados Unidos, à NATO e ao Mundo neutralizada.
Ainda neste continente, mas também envolvendo os E.U.A. temos um parâmetro que poderá trazer um efeito secundário muito benéfico para o Mundo:
-o arsenal nuclear estado-unidense e russo deveria ser reduzido para metade de modo a reduzir a tensão a nível mundial. Na minha opinião, o Irão só está a desenvolver um programa nuclear pois sentem muita pressão devido à forte atividade dos E.U.A., da Rússia e mesmo da França à sua volta (todos os países referidos possuem armas nucleares) e caso a diminuição do arsenal nuclear fosse feita de um modo transparente isso poderia acalmar a tensão presente no Irão quanto a este tema.
No entanto, uma coisa que temos de ter a certeza é que o continente mais problemático é, de longe, África. Muitos dos problemas aqui existentes devem-se ao baixo desenvolvimento da região, algo comprovado pelo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano).
O IDH foi criado pela ONU para avaliar e comparar o desenvolvimento entre países. O IDH combina, pelo menos, três variantes: o PIB per capita; a taxa da alfabetização e escolarização; e a Esperança Média de Vida. Os países são, então, classificados com valores entre 0 e 1. Sendo que os valores abaixo de 0.5, o desenvolvimento do país é baixo, entre 0.5 e 8.0, o desenvolvimento do país é mediano e acima de 0.8 o desenvolvimento do país é elevado.
Fiquem então a saber que a média mundial é de 0.722 enquanto a média dos países em desenvolvimento é de 0,655. No entanto 72% dos países africanos encontram-se abaixo deste valor.
Isto, obviamente põe em causa a facilidade com que os diversos requisitos para manter uma paz mundial duradoura sejam completos e decentemente mantidos. Mas, para este continente, estes seriam os parâmetros a cumprir:
-inverter o curso de ação existente na maioria dos países africanos. Isto é, a maioria dos países africanos investe mais por cento do seu PIB nos seus exércitos do que nas áreas de Saúde, Educação e Segurança Social. Isto cria, inevitavelmente, uma elevadíssima tensão social e militar, para além de que se cultiva nos mais jovens uma cultura do «tens problemas com alguém? Mata-o»;
-é necessário ver o fima das guerras civis existentes em Serra Leoa, Mali, Somália e outras de menor envergadura. É também necessário por fim à pirataria existente ao largo da costa da Somália;
-estabilização dos problemas étnicos existentes na África do Sul e, para passar um sentimento de justiça à população, os diversos crimes devem ser julgados de forma transparente e de forma rápida.
Mas, na verdade, todos os problemas existentes neste continente devem-se a nós. Com isto quero dizer que, os colonos europeus de à anos atrás descolonizaram estes países sem os ajudar a desenvolver decentemente e deixando em aberto todos os problemas aí existente, não contemplando divergências tribais e étnicas que já lá existiam anos antes de os europeus la terem chegado. E as consequências destes erros ainda são bem visíveis no mundo atual, algo que com algum estudo, podia ser facilmente evitado.
Em suma, todos os parâmetros referidos a cima, em todos os continentes, desde que sejam aplicados de forma correta e continua, e desde que o panorama político mundial não se altere demasiado, podem muito provavelmente dar origem a uma nova era para a humanidade.
Obviamente, cabe a cada um de nós tomar as medidas certas para permitir que estes mesmos parâmetros se mantenham para que as gerações futuras possam usufruir de paz. Como disse Gandhi: «Sê a mudança que queres ver no mundo».
Para aqueles que se deram ao trabalho de ler até aqui, agradeço-vos a vossa atenção.
Os meus melhores cumprimento,
Eduardo F. Pinho
Comments
Sinceramente falas de uma possível 3ª GM e depois relacionas determinados factores que nunca poderiam influenciar um conflito de tal ordem.
Vou referir apenas os primeiros que vi pois o texto é um pouco longo e não me aprofundei na leitura.
Como o ponto da Turquia, um país muito estabilizado e que não causa problema algum com a sua política externa.
A questão da Sérvia vs Kosovo, mas como é que isto poderia originar um conflito em larga escala.
E as questões das células terroristas IRA e ETA, problemas complexos mas internos sem grandes repercussões internacionais.
Se não te lembras, a 1ª Guerra Mundial começou com problemas no Balcãs, área a que pertence o Kosovo
Além de que tens isto: http://www.erepublik.com/pt/article/tens-atilde-o-s-iacute-ria-turquia-2132524/1/20
Neste aspecto não podes comparar o Presente com o Passado. É que não há semelhanças. Os acontecimentos que originaram a 1ª GM e as circunstâncias que os envolveram não se repetirão.
Já o incidente entre a Turquia e Síria que referes não passou de uma questão pontual que decorre da situação Síria.
Mas nos dias de hoje essa guerra não influencia impérios nem outros países diretamente
No Olivença, no vote.
Fugindo ao âmbito do artigo. Sem dúvida que Olivença é nossa e Espanha já o reconheceu, só falta devolver-nos a posse administrativa do território.
Já o reconheceu há quase 200 anos ... desde 1815 e o Congresso de Viena (9 de Junho).
Ainda estamos a espera k respeitam a sua palavra ! 😒
(RL e eRL eles nunca mudam ! : ( )
Pão de LOL com chouriço
Eduardo é contra as regras do Erep trazer temas de RL para o jogo, independentemente da relevância ou pertinência dos mesmos.
nunca tinha visto essa regra antes,mas ok...
Eu também não 😃 mas já vi comentarem isso em muito sítio. Penso que a razão é evitar temas polémicos que possam originar "shitstorms" no jogo. E alguns dos comentários que fazes (por exemplo considerar o povo Xiita uma célula terrorista) tem potencial para isso.
não é contra as regras. Mas é de pouco bom senso. Uma coisa é eRep outra coisa é a RL. Simples.
nao dude... isso era nas antigas regras...
nonetheless, como é assunto RL convem estar na secçao Entertainment and Social Interactions para nao correr risco de levar qualquer tipo de report
-a Turquia deve ser aceite como Estado-membro da União Europeia
Se a Turquia que tem apenas uma parte vestigial do seu território na Europa fosse aceite na UE, o que impediria para restantes países daquela área de se candidatarem a fazer o mesmo, mesmo sem possuíndo qualquer região administrativa na Europa?
Este artigo tem três grandes problemas em termos de raciocínio, pelo menos do meu ponto de vista:
1 - A ideia que o mundo se está a precipitar para a guerra quando na verdade nenhuma das potências mundiais tem qualquer desejo ou motivo para lutar.
2 - A ideia que algum dos problemas que referiste podem vir a ser um catalisador para conflitos mundiais. Podem ser para para conflitos regionais, isso é verdade, mas uma guerra mundial? Duvido.
3 - A ideia, um pouco descendente do paternalismo dos velhos impérios coloniais, que estes povos precisam de "ajuda" dos povos "superiores" e "civilizados". Eles precisam é que, de uma vez por todas, os deixem em paz para encontrarem uma solução para os seus países. Tudo, desde exportar ideologias até à ajuda externa (que na verdade prejudica mais do que ajuda) é estar a manter esses países no estado em que estão.
Discordo também que a Turquia deva ser aceite como estado-membro, mas não é por fazer parte da Europa ou não fazer parte (em tempos já foi parte do Império Bizantino e Romano, e a definição de "Europa" é no mínimo vaga) eles simplesmente não estão socialmente prontos para ser aceites, e suspeito que as regulações económicas da UE iam arruinar a economia deles. É preciso dar tempo ao tempo antes da adesão acontecer.
Smells like a report!!!!!
Tensão entre COreias e Japão, a situação israel com palestina, líbia e agora egipto. Todas essas revoluções recentes na síria, egipto e afins só colocou no poder radicalistas, que vão mais tarde ou mais cedo acender o rastilho.
Não podia estar mais de acordo.
No caso das armas nucleares, o caso é o quase o mesmo que o da Coreia do Norte. O governo norte coreano é "naturalmente" contra as armas nucleares, assim como o era a URSS; mas então porque é que estas potencias comunistas desenvolviam e desenvolvem ainda armas nucleares? Pelo simples facto de os EUA e quase todos os países de maior relevancia na ONU e na NATO tambem possuirem armas nucleares. A necessidade de desenvolver estas armas em paises comunistas ou socialistas, vem da necessidade das mesmas de se protegerem das potencias ocidentais. Remonta um bocado a altura de guerra fria; nem os EUA nem a URSS queriam entrar em guerra um com o outro, mas como nenhum país tinha a certeza das intenções do outro, estes sentiam-se obrigados a desenvolver-se militarmente no caso de um ataque. Isto fazia com que a outra potencia, EUA ou URSS, ao verem que o inimigo se estava a desenvolver, sentia de necessidade de se desenvolver tambem, e por ai fora.
Agora é que aparecem as people que percebem o que eu digo!
continua com estes artigos, podes até mesmo criar um blog ou assim para escrever, ja que os admnis daqui nao aceitam muito este tipo de artigos sobre a RL
se criares um blog diz-me que eu vou lá, gosto de ler os teus artigos
Queres evitar uma wwIII? Acaba com os amaricados.
O grande perigo vem da China. Se colocarem todos os chineses a urinar ao mesmo tempo p/ cima do Monte Branco, asseguro-vos q a Europa é varrida do mapa pela maior inundação catastrófica dos últimos 10000 anos LOL.
Agora a sério. O par Irão/Israel é o q me suscita mais apreensão. A surgir 1 conflito em larga escala nos tempos mais próximos, penso q será iniciado, directa ou indirectamente, por acções de 1 dos países deste par.
Curti o facto de não perceberes um cú sobre aquilo de que estás a falar:
1. O Xiismo é um ramo do Islão, como o Catolicismo é do Cristianismo, não sendo uma organização terrorista.
2.O Kosovo é um estado artificial, sem fundamentos para existir. Não existe nenhuma "raça" kosovar, são albanenses a viver na Sérvia, portanto o Kosovo ou pertence a um ou a outro.
3.Os problemas da entrada da Turquia na UE davam material para escrever uma bíblia, mas como já está na hora de ir dormir, vou-me restringir aos essenciais:
3.1.Problemas sociais, com a possível entrada na Schengen.
3.2.Diferenças culturais, que não se conciliam com as medidas europeias de segurança alimentar.
3.3.Estender a fronteira europeia até um incontável número de territórios instáveis, possivelmente accionando a criação de um "Exército Europeu" que faria vários Estados dentro da União terem medo de perder a sua soberania, o que por seu turno causaria a fragmentação.
4.Gostava de saber como é que vais obrigar os governos africanos a gastar mais na saúde.
1º O Xiismos não é uma célula terrorista no seu inteiro significado mas continuam a espalhar o caos por onde passam e continuam a entrar em conflito com os talibã
2º Não e necessário existir uma raça para um país se tornar independente de outro. Todos os povos povos têm o direito à autodeterminação (resolução 1514 da ONU)
3º exitem difrenças culturais entre os paises europeus que podem ser ultrapassadas e albergadas na UE, criando assim maior diversidade dentro da mesma, não sendo necessário estabelecer limites efémeros para a UE
4º Não se pode obrigar uma país a investir num sítio onde não acha necessário, mas pode-se sancionar governos cujas leis estão a diminuir as condições de vida do seu povo. Lê a carta dos direitos humanos.
1-O governo do Irão não representa o Xiismo, que já agora tem tendência a criar sociedades mais liberais que o Sunismo. i.e.: Compara o quanto as mulheres tapam no Irão, governado por um "padre", com a Arábia Saudita.
2-Eles não são um povo, e a sua economia vai colapsar assim que os EUA saírem de lá (é basicamente dar a independência a um Alentejo, não há estruturas para manter um país).
3-Yep, o multiculturalismo está a ter bons resultados no norte europeu!
4-Ou seja, a maneira que tens de obrigar um país a melhorar as condições de vida dos seus cidadãos é piorando-as artificialmente?
Correctíssimo
Pontos de vista interessantes, mas falta sem duvida um grande foco de uma possivel 3º guerra mundial, o conflito indó-paquistanes de Caxemira é também ela uma situação problematica á paz mundial, para quem não sabe os dois países possuem o conhecimento do armamento nuclear, e têm mesmo armas nucleares de curto alcanse
Já agora deixo tambem a minha opineao sobre o kosovo, o kosovo é um territorio sérvio, com maioria albanesa, O Pk de ter k dar independencia? ja agora se a amadora tiver maioria caboverdiana, portugal é obrigado a dar independencia á amadora?? sem entrar em guerras é a minha opinao, kosovo é Servio.