Partidos, Mensalões e eBrasil

Day 1,832, 11:22 Published in Brazil Brazil by Varnhagen
Meus caros amigos,

Se o amigo leitor, mais escasso que vergonha em Brasília, me permitir, vou contar um caso, como se diz em Minas. E, por mais estranho que pareça, faço um aparte a mim mesmo: em Minas os casos, ou “causos”, como insistem os puristas, são, ainda que falsos ou míticos, verdades incontestes. Já se disse muito sobre Minas, inclusive que aqui não se respira, conspira. Quero crer que o mineiro já nasça político e conservador. O índio pode até por foice e martelo na lapela, estrelinha na camiseta, lênin sei lá onde... é conservador, mesmo sendo comunista. Não sei se o amigo sabe. Mas já cansei de cruzar com punk no Maleta, pagando vinho para namoradinha... Não é à toa que, provavelmente, lançaremos um playboy para presidente... uma gilete e um prato quente. Queijo mofado, se é que me entendem. E pano fino, por favor.

Voltemos ao eBrasil, que é, de fato, o que nos interessa ou, pelo menos, deveria interessar. E, para ser mais específico, à política. O Varnhagen aqui, historiador do século XIX e praça no Rio, ficou uns 8 dias meio cá, meio lá. Só quem usa velox sabe o que é usar velox. Para encurtar a conversa, durante 5 dias meu telefone foi parar na casa de um cara e o dele na minha. Mais por fora do que bunda de índio em festa de tribo, consegui conexão lá pelas 10 horas de hoje. E vi coisas que qualquer cristão se crisparia todo. A começar pelo que chamaria, aqui, de Mensalão do eBrasil. O amigo leitor haverá de, crispado de espanto, indagar: “_Quem? Como? Onde? Quando?” Devagar com o andor, o santo é de barro, diz-se em Minas. ..

Me foi passado, como ao ARENA, uma coisa interessante. Um determinado partido começou a postar mp’s para nossos militantes e creio eu, cidadãos desse país grande e bobo chamado eBrasil, se dizendo partido dos novatos, da intelectualidade(sic) e coisas assim. No final, ofereciam armas e comida para os ingressos no mesmo. O que me espanta é a relação suprimentos X militancia. O índio poderá dizer que não, que isso é uma ação social e tal e coisa, coisa e tal. Quero crer que não. Certas relações são promíscuas. E isso não se diz só em Minas...

Entrar para um partido, militar num partido, jamais deverá estar atrelado a ganho pessoal, seja da natureza que for. Eu milito no partido A, B ou C porque coaduno com sua visão de política, de mundo, de economia, de camaradagem, etc e talz... Não porque, para garantir posição num top do eRepublik, recebo algo em troca. Corrupção? Talvez... Mas, diz o adágio mineiro,novamente: "quem se vende lucra, pois recebeu por sua consciência mais do que ela valia". E o resto, café pequeno...

Um abraço, ex cordis,
Varnhagen, aka Mahdi