Papai, não quero ser congressista...

Day 1,356, 10:57 Published in Brazil Brazil by Cantres



Antes de começar, gostaria de deixar uma músiquinha pra galera que conseguir ler esse wall-text. ;P




Olá pessoal!

Eu hoje queria escrever alguns pensamentos que me incomodam desde que eu entrei no jogo (há quase meio ano atrás)... e recentemente se acentuaram mais ainda com as críticas que o Congresso tem recebido. Eu tenho mania de pensar muito sozinho, e de ficar me perguntando coisas quando não tenho nada pra fazer. Aliás, incentivo até que vocês criem esse hábito, ajuda muito a evitar que você se torne um troll.

Então, desde que eu entrei no jogo, eu tenho me perguntado: O que leva uma pessoa a querer ser congressista?

Eu sei que a primeira vista essa pergunta parece ser ridiculamente simples de responder, de tão óbvia! Oras, uma pessoa quer virar congressista para poder representar o povo e poder decidir o futuro do país.
Mas... um congressista realmente representa o povo e decide o futuro do país?

Algumas pessoas dirão: "os bons congressistas sim". Nah, isso é demagogia. Na prática, nem mesmo congressistas considerados bons conseguem decidir o futuro do país ou mesmo ajudar nessa decisão. Quer ver? Vou colocar na prática pra vocês o que um congressista tem o poder de fazer pelas regras do jogo e o que ele faz pelas "regras" que criamos, pra vocês compararem.




Donate

Pelas regras do jogo, um congressista pode enviar uma doação do tesouro nacional para qualquer organização para que o dinheiro público possa ser utilizado.

Na prática, todo congressista é instruído a sempre votar sim nas propostas para o CN, mesmo que o congressista não concorde com a forma que esteja sendo utilizada o dinheiro público.

MPPs

Pelas regras do jogo, um congressista irá votar os pedidos de aliança enviados pelo seu governo ou por governos estrangeiros, para decidir se aprova ou não uma nova aliança, e consequentemente, contribuindo para decidir o futuro do país.

Na prática, o congressista é instruído a sempre votar sim nas "Mpps automáticas", que são decididas pelo MoFA. São pouquíssimas as mpps que não são "automáticas", e geralmente são ligadas a países pequenos, diminuindo assim a quase nulidade o poder do congressista de influenciar na política externa.

Taxas

Pelas regras do jogo, são os congressistas que irão decidir nossas políticas fiscais. Apesar de ser o "Poder Executivo" que aplicará as verbas, as taxações são responsabilidade inteira do Congresso, e cada congressista contribuirá na construção do futuro votando as propostas.

Na prática, o congressista é instruído a sempre votar sim nas mudanças fiscais sugeridas pelo MF do Governo, considerado o "especialista" no assunto. Poucas vezes são vistos debates sobre as taxações, e caso o governo recuse alguma sugestão, os congressistas que baterem pé são fortemente repreendidos.

NE

Pelas regras do jogo, o congressista pode lançar propostas de guerra, e são os congressistas quem decidirão quando aprovar propostas de guerra, apesar da prioridade de batalha sempre ser definida pelo CP.

Na prática, bem...






Cidadanias

Pelas regras do jogo, um congressista pode aprovar uma quantidade de cidadanias (não lembro a fórmula exata) por mandato.

Na prática, foi criada a Comissão de Cidadanias para controlar a aprovação de cidadanias, sendo que o congressista é orientado a nunca aceitar nenhuma cidadania estrangeira, exceto sobre aprovação prévia da comissão.

Medalha

Pelas regras do jogo, após ser eleito, um congressista recebe uma medalha como premiação (Toda medalha no eRepublik dão 5g)

Na prática, todo congressista é "incentivado" a doar essa medalha para o gasto do governo.






Pois é, se você chegou até aqui, também deve ter reparado: Na prática, um congressista não pode decidir nada. Nadica de nada. E não era pra ser assim.

Eu me pergunto... vocês acham que alguém realmente ainda vai querer ser congressista, se o poder de decisão que esse cargo deveria ter simplesmente foi reduzido em nome do "bem do país" e para "evitar noobadas e cagadas"?

Aliás, como alguém vai fazer campanha pra congressista, sabendo que quando assumir o cargo, não terá como fazer nada sem ser crucificado?
Vocês devem ter reparado que as campanhas pro congresso são sempre assim, mais do mesmo. Não teriam nem como ser diferentes, afinal, um congressista não decide nada.

Algumas vezes eu me pergunto... será que se o Congresso tivesse mais poder de decisão, seria um caos total?

Ou seria uma solução pra esse nosso impasse político de termos sempre congressos tão criticados?