Entrevista: Julio de Matos :: 15 Jul 2009

Day 603, 15:14 Published in Portugal Portugal by Aronfly
Entrevista ao Sr. Professor!
Responsável pelo Serviço de eTutorado, o Julio de Matos tem vindo a demonstrar ser uma mais valia importante para a comunidade. O SeT aposta no crescimento sustentável de uma futura e mais dinâmica comunidade, que possa tornar realidade o baby boom que todos esperamos. Nas próximas 15 perguntas vamos conhecê-lo um pouco melhor:

1. Como chegaste ao eRepublik? Porquê o nick “Julio de Matos” e o avatar?
A minha estada no eRepublik começou por volta de julho de 2008, quando um gajo chamado Vaselina, do antigo Partido Militarista mandou o TGIE para o techzonept, fórum onde eu era extremamente activo. O conceito de estratégia social agradou-me desde o princípio, por isso posso dizer que foi amor à primeira vista.

2. Saudades do Frank Castle? O ban foi uma inconsciência ou uma injustiça?
O frank castle deixa saudades, pelo menos já estava a nivel 18 lol. É lixado admitir isto mas o ban foi o mais bem merecido do eRepublik, pois na palhaçada criei um avatar chamado Prof. Fofana.
Toda a gente sabia que era a minha personagem, mas como causou lulz em ePortugal e não estava ligado a mim ninguém conseguiu, ou ninguém reportou.
Fui apanhado porque o fofana foi para a suíça, mas como lá se ganhava pouco devido à estratégia teocrata de ser pago em gifts, o frank castle doou um gift ao prof. fofana.
Com o gift o fofana foi para a dinamarca, mas entrou com o pé esquerdo, a spammar as news dos dinamarqueses a chamá-los de pretos. Fui reportado e 2 semanas depois o fofana foi banido por despejar vulgaridades e o frank castle foi banido por multiaccounting (muito possivelmente devido ao ticket).

3. Enquanto Frank Castle já eras responsável pelo eTutorado, apesar de não ter a mesma expressão de hoje. É o teu maior compromisso no jogo? Porquê essa motivação?
Neste jogo, para ultrapassar o "síndrome dos 2 clicks" e os bugs constantes, temos de delinear objectivos para nós próprios e mantermo-nos ocupados. Não sei nada de economia, por isso não enveredei a fundo pela política (pois estão íntimamente ligada), logo, assumi com naturalidade este cargo dado pelo mentor e 1º gestor, que era o anarquia. Modéstia à parte, sou bom no que faço, porque é a única coisa que faço, o meu único objectivo.

4. Recentemente decidiste desvincular-te do Governo e prosseguir o teu projecto do eTutorado de forma independente. Quiseste garantir a gestão futura do projecto? Diferenciar-te do Governo? Ou outro motivo?
A desvinculação do governo foi um passo evolutivo natural para garantir a imparcialidade total do Sistema de eTutorado. O eTutorado (SeT), ajudado em parte pelo Programa Wellness Alta, estava a tornar-se um projecto em si próprio. Sabia perfeitamente que a atribuição de prémios do PWA iria estar, de uma forma ou de outra, envolto em polémica, pois só uma pessoa decidia quem devia ou não receber o bónus, e essa pessoa era eu.
A partir do momento em que se iria incluir bónus, já tinha a ideia definida.
A desvinculação do governo ocorreu por vários motivos. Garantir o corte TOTAL da política e políticos; Maior liberdade de deliberação de objectivos, regras e apoios; Menor desconfiança de popularismo por parte do governo; e para garantir que, com o crescimento do SeT, os seus objectivos e a sua prestação não servissem como arma de arremesso para ambos os lados das facções, a Coligação e a Plataforma.

5. O Serviço de eTutorado é uma iniciativa altruísta para o crescimento sustentável da comunidade. Sentes que o teu esforço devia ser, de algum modo, recomensado? Como?
Eu tenho um grande ego, por isso o meu esforço é recompensado todos os dias com as opiniões, críticas e elogios nos media. O exemplo dos cidadãos Arthk, Alzheimer, Deepstair, carpete_tapete, e em geral de todos os tutores, são o que me faz continuar diariamente.

6. Enquanto administrador e gestor do Serviço de eTutorado, que medidas irás tomar para garantir a imparcialidade política e o efeito de influência dos eTutores?
Infelizmente não posso fazer muito para garantir o mínimo de imparcialidade política e a influência, a não ser oferecer recompensas aos tutorados por denunciarem estes casos. Isso não se faz, não o farei e não irei incentivar ninguém a fazer. Só posso apelar ao sentido cívico dos tutores.

7. Que iniciativas podemos esperar com o desenvolvimento do eTutorado?
Estou a congeminar há vários dias a hipótese de colocar tutoriais em vídeo, mas problemas no microfone não me deixaram arrancar com o projecto. Felizmente hoje vim ao sítio onde trabalho para trocar de headset e reparei que estava no Mute (lulz), por isso o problema já está resolvido e dentro de 1 dia útil o SeT, e ePortugal, terá o seu primeiro tutorial em vídeo, publicitado pelo novo módulo de ads.

8. O eTutorado está preparado para um possível Baby Boom?
Depende da quantidade, mas em princípio não. Tenho a certeza absoluta que faltarão tutores. Mas não é nada que 2 bons artigo não resolvam, nem que seja preciso puxar do PTE para incentivar.

9. Como analisas a sociedade portuguesa? Acreditas que Portugal tem meios e capacidade para receber e manter novos jogadores? É um país apelativo e interessante?
Temos meios, mas não a capacidade. ePortugal de momento está fracturado pela te(n)são, luta política e o conflito de interesses. Chegou a altura do caos, e como tal, esta era não é apelativa, mas é interessante no ponto de vista da análise temporal. No futuro, quando o pó e a luta de falos assentar, tenho a certeza absoluta que este será um país interessante.

10. Falta iniciativa em Portugal? Ou quem se comprometa a levar um compromisso (uma ideia) até ao fim?
Iniciativas não faltam. O problema a meu ver é como dizes, o comprometimento. Temos as ideias, temos os meios, mas há falta de timoneiros, alguém que se chegue à frente para cumprir ou fazer cumprir. Creio que essa tendência está a mudar, juntamente com as caras no eRepublik.

11.Os clones são a praga impossível dos jogos online? De quem é a culpa?
Sim, são. Por experiência própria posso dizer que a culpa é pura e simplesmente da pessoa que os faz.

12. Já foste candidato ao congresso pelo eBE, partido da oposição, e pelo PReC, partido do Governo. Hoje não estás filiado em nenhum partido. Para ti a política é desinteressante?
Fui sim nos primórdios do eBE, mas eu senti que haviam pontos em que eu divergia ligeiramente das políticas do Eunito. Antes, depois e agora, fui sempre do PReC. Não se trata de clubismo mas sim da vontade mútua de fazer os possíveis para equalizar e melhorar a qualidade de vida do cidadão. A luta de classes hoje não é possível devido às mecânicas restritivas impostas pelos admins (onde há claramente a obrigação de haver a relação patrão-empregado/burguês-proletário), e aí reside o meu maior descontentamento, a ausência de dialética dos mesmos, que transformaram um simulador político e social num jogo político e social.
A política como um todo é interessante, mas como estou sempre a sair tenho preguiça de me afiliar de cada vez que volto.

13. Tens empresas? Não? É algo que não te seduz?
Tenho orgs. Muitas. E nenhuma delas serve para nada a não ser mandar farpas (já que clones são proibidos). Mas empresas não, porque simplesmente não tenho olho para a economia. Nem sequer para o Monetary Market.

14. O que pensas vir a fazer na tua evida futura?
Continuar a mandar farpas e enervar toda a gente que se leva demasiado a sério. O resto deixo-me levar pela maré.

15. Alguma mensagem para os nossos leitores?
Não é só o arbus e o varetas que sabem fazer muralhas de texto, dudes

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Obrigado Julio de Matos por teres aceite este desafio e proporcionado esta entrevista!
Mais uma entrevista, mais um entrevistado. Aos poucos vamos conhecendo melhor quem connosco partilha as experiências deste jogo!!
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