As eleições e você: a hora da decisão

Day 1,750, 05:11 Published in Brazil Brazil by Varnhagen
Meus caros amigos,

Estamos, novamente, às vésperas de mais um pleito presidencial no eBrasil e, nesse sentido, convido a todos os ebrasileiros a uma reflexão sobre o que queremos, sobre que país almejamos construir e sobre a participação efetiva dos ebrasileiros nessa construção. Ainda que muitos, a partir da leitura desse artigo, considerem populistas ou mesmo demagógicas nossas proposições, entendemos que os governos são feitos para o povo e não o povo para os governos.

Ou seja, essa campanha parte do pressuposto que todo poder emana dos cidadãos e disso não abrimos mãos. Um dos nossos principais desafios, nessa perspectiva, é buscar a inserção da população nos mecanismos de decisão, seja através da ampla discussão com a sociedade dos projetos de governo, seja através da construção e/ou fomento de canais de comunicação que possibilitem ao cidadão uma visão mais clara e efetiva dos grandes problemas nacionais. Entendemos também que a formação política e o interesse pelos assuntos nacionais não é algo inato, mas, antes de tudo, um processo. E que a politização da sociedade ebrasileira é um dos elementos chave para conseguirmos coesão e, evidentemente, o fortalecimento do país e a manutenção dos players.

A candidatura Jeyson Antonelli é um avanço nesse sentido e se diferencia, no nosso entendimento, por isso. Não acreditamos em super-heróis, deuses ou semi-deuses, como muitos se fazem crer. Acreditamos que é o trabalho quase sempre silencioso de um grande número de anônimos que construíram e constroem essa enação. Homens comuns, entendemos que a política é o lugar privilegiado de construção de uma sociedade mais justa e participativa e que é através dela que podemos eliminar ou ao menos minimizar os problemas que nos afetam e, num certo sentido, impedem o pleno crescimento de nossas forças.

Não somos os “bam-bam-bans”, os “sabe-tudo”, os “portadores da revelação”, a “verdade materializada”. Somos homens comuns que acreditamos que a política não é propriedade de fulano, beltrano ou sicrano, somos homens comuns que acreditam que o caminho para o pleno desenvolvimento passa, sim, pela opinião dos “zé-das-couves”, daqueles que costumam, de forma contumaz, serem execrados em seus comentários ou opiniões. Descartá-los, inferir que são “idiotas” e que “nada representam para o eBrasil” é, também no nosso entendimento, um erro e uma ação política voltada à manutenção de um status quo que consideramos, ainda, quase oligárquico.

As vitórias conseguidas nesse ano pela Coligação, hoje esgarçada por motivos que não cabe aqui discutir, abriram a possibilidade da criação de uma nova ordem. Mas ainda é pouco e o processo é longo. A ruptura que queremos é mais profunda e significa, em última instancia, a emergência de novos atores políticos e de uma nova forma de condução política, coisa que não se constrói do dia para a noite e é fruto de um trabalho constante, muitas vezes marcado por avanços e retrocessos.

O que propomos, na pasta da Comunicação, no caso da vitória de Antonelli, é exatamente criar mecanismos de participação e levar as decisões e os grandes debates nacionais à população, seja via irc, seja via msn, seja via fórum, seja via “in game”. Entendemos, é preciso ressaltar, que há questões cuja natureza sigilosa exigem cuidados especiais e que o espaço de discussão dessas não é, evidentemente, os meios midiáticos mais acessíveis. Mas entendemos também que, mesmo nessas situações, a população deve, da melhor forma possível, ser instruída acerca do que se discute, de modo a cobrar de seus representantes diretos, no Congresso e no Executivo, a isenção e o bom-senso que devem caracterizar qualquer processo decisório. Outro ponto fundamental é tirar o Presidente de sua “torre de marfim”, levando-o, através de programas semanais, a discutir com o povo sua gestão e plano de governo.

O eBrasil, acreditamos, não merece menos que isso. O Brasil não é um feudo, uma “roça grande” governada por um ou outro “iluminado”. É um país. E um país é, no final das contas, a somatória de seus cidadãos.

Um abraço, ex cordis,
Varnhagen, aka Mahdi