Análise aos Impostos
Arbus
Agora que o salário mínimo e a citizen fee são assuntos resolvidos, é preciso repensar os impostos. Só interessam estratégias a longo prazo porque no imediato os ajustes são relativamente consensuais e lógicos. Vou começar com uma descrição dos três tipos de impostos para depois passar a uma analise geral.
Income Tax
Como funciona?
Nas empresas existe um botão "invest" que envia dinheiro para a empresa e outro "collect" que recolhe o dinheiro da empresa. De cada vez que se faz collect o estado arrecada uma percentagem desse dinheiro. Porém, tal como na vida real, existem formas de fugir a este imposto, logo não é muito eficiente. O outro efeito do income tax é sobre os salários. Nas ofertas do mercado de trabalho o valor dos salários está em bruto, ou seja, ao trabalhar paga-se o imposto que é uma percentagem do salário bruto e o trabalhador só recebe o salário liquido, após essa dedução automática. É por isso que se diz que o income tax afecta principalmente o trabalhador, que muitas vezes desconhece esta regra e não tem forma de escapar.
Consequências
É óbvio que quanto maior for o imposto menos atractivo se torna o pais. Se a mobilidade dos trabalhadores fosse perfeita, ou seja, se todos trabalhadores se deslocassem para onde se recebe maiores salários, então todos os salários em todos os países do mundo teriam que ser iguais (em gold), porque cada empresa estaria a competir com todas as outras do mundo. Isto não se verifica de uma forma extrema, mas existe alguma homogeneização salários devido aos migrantes. Um income tax maior faz com que tanto empresas como trabalhadores procurem países mais rentáveis.
Import Tax
Como funciona?
Uma empresa no estrangeiro que queira exportar para Portugal, precisa de pagar este imposto por cada produto vendido. Um income tax de 50% significa que uma empresa no estrangeiro tem que ser capaz de vender 33% mais barato do que uma empresa em Portugal. Por exemplo, se em Portugal uma empresa de food q2 vende a 10 pte, uma empresa no estrangeiro tem que ser capaz de vender a 6.66 pte para poder competir. Para calcular isto faz-se: "1-1/1.5" em que o 0.5 corresponde aos 50% de imposto. Assim ficamos a saber qual é a diferença de preços entre os dois países que torna rentável a exportação.
Consequências
A primeira coisa a ter em conta é que não estamos a falar de empresas portuguesas e empresas estrangeiras, o que existe são empresas em portugal e no estrangeiro, que é bem diferente. Quando se aumenta a import tax não estamos a proteger as empresas portuguesas, estamos a proteger as empresas em portugal e essa protecção significa a aumentar os preços devido à menor concorrência. Pode-se argumentar que a maioria das empresas em portugal pertencem a portugueses, está certo, mas não existe nenhum motivo racional para isso acontecer, se os salários noutro pais forem mais baixos, um português pode aproveitar a diferença para vender mais barato em Portugal e ainda ter lucro. Além disso como a import tax se baseia na diferença de preços e ainda é necessário investir 20 gold numa licença, os produtos só se vendem enquanto a taxa for razoavelmente baixa e estável ao longo do tempo. Ao aumentar demasiado este imposto, a redução no número de transacções acaba por diminuir as receitas.
VAT (IVA)
Como funciona?
Quando uma empresa coloca produtos à venda decide um preço, ao qual é automaticamente adicionado o valor do imposto em função da sua percentagem. Supondo que se quer vender um produto a 10 e o imposto é 5%, então o preço que os consumidores pagam é 10.5, o empresário recebe 10 e o estado recebe 0.5
Consequências
Os custos deste imposto repartem-se entre empresários e consumidores. Ao contrário do income tax, em que o imposto está escondido e o trabalhador só se apercebe depois, no vat o imposto é claro e reflecte-se imediatamente nos preços. Como as empresas não competem apenas com as do próprio país, mas também com o resto do mundo, existe sempre um efeito sobre a procura dos produtos nacionais que acaba por se reflectir no valor moeda. Os efeitos do vat são semelhantes aos do income tax, mas como se aplicam na venda e não na produção, significa que todos os produtos transaccionados no mercado portugues, por empresas em portugal ou no estrangeiro, estão sujeitas a este imposto, enquanto o income tax só se aplica às empresas em portugal.
Análise
O income tax deve ser sempre um imposto baixo, na ordem dos 5% como actualmente e igual em todos os sectores por uma questão de equidade. Só no sector da casas deverá ser zero, porque os investimentos sempre muito elevados e por outro motivo que vou explicar mais à frente.
Em relação à import tax a pergunta que interessa é: qual deve ser a diferença de preços entre os produtos produzidos em Portugal e no estrangeiro? Se é verdade que nem todas as empresas em Portugal são portuguesas e nem todas as empresas no estrangeiro são estrangeiras, também é verdade que só as de cá pagam salários em pte a trabalhadores maioritariamente portugueses. Com taxas excessivamente altas a competição é fraca, os preços são altos e demoram mais tempo a ajustar-se às flutuações da moeda. Com taxas a zero, deixa de haver qualquer incentivo ao estabelecimento de uma empresa em território nacional, simplesmente criam-se empresas onde os salários forem mais baixos e exporta-se para Portugal. A consequência óbvia, com preços tão baixos, os salários teriam que ser igualmente baixos. Taxas de importação moderadas, que assentem numa diferença de preços na ordem dos 15%-20% dão a vantagem ao produtor em território nacional, ao mesmo tempo que permitem a concorrência. Nisto vale a pena fazer contas,
A forma de cálculo é: x=1/(1-y)-1 ou y=1-1/(1+x)
Em que x representa a taxa de imposto e y a diferença percentual dos preços. Supondo que se querem preços mais baixos na ordem dos 20%, faz-se y=0.2 o que dá x=0.25 logo uma import tax de 25%
O VAT entra neste esquema. Com preços mais baixos no mercado português, aumenta o número de transacções por parte daqueles que vêm a Portugal comprar mais barato. Na prática são exportações sem licença, chamam-lhe mercado negro mas não tem nada de negro, estimula a economia, valoriza a moeda e o estado recolhe dinheiro por cada transacção através das taxas e do vat. Este imposto tem a grande vantagem de se aplicar a todas as vendas e Portugal ganha quanto maior for a quantidade de transacções, desde que o imposto não seja tão elevado que anule a vantagem dos preços baixos. Um vat entre os 5% e os 10% é o ideal, relembro que a situação dos 15% nos sectores food e gifts se deve à valorização da moeda.
Obviamente cada sector tem as suas especificidades, nos tickets e gifts por exemplo a diferença de preços é sempre muito baixa, enquanto na food já é mais alta devido à diferença de qualidades. Por tudo isto é necessária uma análise cuidada de cada sector e uma transição faseada que permita as necessárias adaptações. Uma forma simples é medir a diferença de preços no ereptools e ir aproximando os impostos dessa meta, mas isso fica para depois.
O sector das casas é um caso especial, em que o ideal é ter o income tax a zero, o import a 99% e o vat a 50%. Os produtores de casas competem com o resto do mundo, porque como as casas são um grande investimento, quer para o produtor quer para o consumidor, procura-se sempre o país que as vende mais barato e se há alguém interessado em vender por doação. Nós temos o nosso próprio mercado de casas a funcionar através do fórum, em que portugueses compram e vendem a outros portugueses. Um produtor de casas pode entrar no mesmo esquema e assim se garantir que apenas os empresários portugueses vendem em Portugal.
Finalmente os sectores do ferro, madeira e diamantes deverão levar um forte aumento no income tax para garantir que mais ninguém investe nestes sectores. Não são produtivos, é deitar dinheiro à rua, já foi explicado não sei quantas vezes e se ainda têm empresas, vendam-nas depressa, nem que seja por meio gold, sempre é melhor que ter prejuízo.
Foi uma leitura longa, mas espero que tenha sido uma boa leitura. Às vezes, no meio das flame-wars, sabe bem ler uma muralha de texto que não fala em teorias da conspiração.
Comments
Sinceramente, so percebi a ultima frase:
"Às vezes, no meio das flame-wars, sabe bem ler uma muralha de texto que não fala em teorias da conspiração."
LoL
Agora a serio Voted e toca a comentar malta que ele teve ate de manha a trabalhar para publicar isto...
Arbus és deus
vou-te seguir até acabar o meu super-poder stalker, depois tenho de voltar à base e carregar
sou o subscriber nº 69, qual é o prémio? tens primas? queres encontrar-te comigo e delinear uma estratégia de relacionamento amor/ódio obcessivo?
ouvimos falar de uma possível fuga aos impostos. o sr. presidente pretende elaborar em troca de imunidade diplomática? quantas pessoas foram indigitadas por fuga e possível encobrimento? o governo está a fazer algo sobre isso? é verdade que aprovam a ida de Jorge Jesus para o SLB? quais os métodos de fuga ao imposto mais conhecido? qual o resultado para o estado, a médio/longo prazo, desse tipo de acções criminosas? quais as perdas estimadasdasdasdas? 5% não será demasiado? o que dizem sobre uma taxa de 2,4% proposta eventualmente pelo cidadão Diogo Fernandes?
Muito boa análise, como sempre! 😛
Talvez assim muita gente que pensa que ter ter uma empresa
é só dar uns cliques extra perceba que realmente dá trabalho...
Talvez assim o pessoal que adora os flammes só mesmo para mostrar que estão cá, perceba que estar desse lado (no "Governo") dá ainda mais trabalho e que não é a brincar aos presidentes, aos congressistas ou aos presidentes de partido que o país anda para a frente!
Pode ser que ganhem consciência (caso consigam suportar a imensa dor de ler um texto tão grande e de pensar nas formulas que falas.. lol) que estar do lado de quem que decidir por TODOS dá muito mais trabalho do que olhar só para o umbigo de alguns...
Agora falta vir o Ataulfo que, estando no brasil sente muito na pele as dores portuguesas (ou nao!) dizer que és um porco capitalista e outras coisas que fazem o coitado do Orwell dar voltas no tumulo... LOL
Comunas!
AngelOfSorrows -> O seu ódio pelo Brasil é patológico e doentio.
Pergunte ao Euphonix, ao Lcfr e a dezenas de jogadores portugueses porque é que estão no estrangeiro antes de implicar comigo, que nem sequer me meti no assunto. E eu estou digitalmente num país estrangeiro porque me apetece.
Infelizmente não me posso pronunciar sobre o texto do Arbus. Acho que o Ligtez explicava melhor.
Curiosamente embora esteja calado há meses o Ligtez, que foi várias vezes referido com o cérebro por detrás dos roubos levados a cabo pelo Judazs, continua a ser alegremente eleito como deputado.
Este país está podre AngelOfSorrows. Os corruptos não são menos, os esquemas continuam, a falsidade é absoluta e a fraude é a Lei !
Preocupe-se antes com isso que com as opiniões de um simples cidadão que como se recusa a utilizar multicontas, tem apenas a sua própria e única voz para se defender.
O ARbus é um comunista assumido, que colaborou com os mesmos crimes contra o povo em que você esteve implicada.
Não sei qual é o seu nivel de implicação nas actuais fraudes do partido do governo, que o levaram a eleger uma maioria apoiada em deputados fantasma.
Mas o país é governado por fantasmas que ninguém conhece e que foram inevitavelmente eleitos por votos fraudulentos, exactamente como aconteceu com o PMV/Media Vida em Espanha.
O mecanismo é o mesmo.
Essa deveria ser a preocupação dos cidadãos honestos.
http://www.erepublik.com/en/article/r-a-esclarecimento-sobre-impostos-790438/1/20" target="_blank">http://www.erepublik.com/en/article/r-a-[..]1/20
😐
"o Ligtez, que foi várias vezes referido com o cérebro por detrás dos roubos levados a cabo pelo Judazs"
lol
ai maria albina... isso é um pé, não um porco
obrigado angel, sem ti não haveria gasolina para um flailme
o Ligtez continua a ser eleito para o congresso porque ele tem muito mais opinião calado que muita malta a falar
É verdade raikael mas juro que não foi plágio! Até o esquema e um exemplo são os mesmos 🙁 provavelmente ficou-me encravado no subconsciente 😐 ao reler esse artigo destaco um parágrafo que resume bem a import tax:
"Na maioria dos casos, os Import Taxes atingem níveis que podemos chamar de "óptimos" para equilibrar duas coisas importantes: empresários portugueses manterem um bom preço dos seus produtos e com uma certa vantagem sobre as importações, mas também deixar o país "aberto" aos produtos importados, que estimulam a concorrência com os nacionais e fazem com que os preços descam ainda ainda mais evitando monópolios."
e quanto às conclusões, penso que se deve puxar mais pelo vat em vez do income tax e que a import deve levar uma revisão geral que permita de facto um nível óptimo.
"Pergunte ao Euphonix, ao Lcfr e a dezenas de jogadores portugueses porque é que estão no estrangeiro"
O estrangeiro chama-se hungria e indonesia onde estão a lutar pela peace. Já o brasil suponho que seja pelos salários.
pois... muito bem explicado... mas depois de ler isto tudo emquanto escalava o evereste, percebi k o PIPE e o aumento do import tax são um bocado incompativeis: por um lado existem incentivos para empresarios portugueses investirem em empresas la fora e tornarem o mercado tuga mais competitivo em produtos k não nos é facil de produzir, por outro lado aumenta-se o import tax k vai tirar parte do dinheiro das vendas dos produtos, dinheiro esse k pode ser necessario para pagar salarios...
mas se o pipe esta sujeito a candidatura e analise presumo k isso esteja a ser tomado em consideração...
A import tax é para se aplicar aos produtos manufacturados que beneficiam dos preços mais baixos das raws
hmm... pois... ok peço desculpa, mas quando falaste de ferro, madeira e diamantes, deu-me a entender k essas taxas tb iam subir...
"Finalmente os sectores do ferro, madeira e diamantes deverão levar um forte aumento no income tax para garantir que mais ninguém investe nestes sectores."
confundi import com income, é bastante parecido...
Ataulfo,
eu nao tenho nada contra o Brasil... só mm contra a tua atitude pedante e arrogante... lol
O meu nivel de implicação???
entao tu nao sabes que eu e o Arthk somos clones um do outro??? 😶
quem é o original?