2011 vs 2013 - Déjà vu ou nem por isso?
Nuno Vieira
É esta a frase que utilizaria se assim tivesse que definir um termo comparativo entre os anos 2011 e 2013. A capacidade de entrega e capacidade evolutiva dos dias de hoje em nada se assemelham ao que foi demonstrado pelo povo português nos idos de 2011, onde a convergência em torno da vontade de mudança foi uma constante nos primeiros meses desse ano e que conduziram o país a uma das mais belas fases da sua história ou talvez mesmo a mais importante.
Nos últimos dias, através de 3 artigos em especial, fiquei focado nesta dificuldade que atravessamos e no meu pensamento ficaram ainda mais vincadas as parecenças entre os anos já referidos. Esses artigos foram a entrevista do Lucifel, o artigo sobre a necessidade de organização interna dos partidos da autoria do Julio o Dildo Humano e ainda a apresentação de uma proposta de organização militar do Citizen99. O primeiro foca aspectos muito importantes naquilo que tem de ser a vontade de mudança a bem do país e não a bem do pensamento individual, focando-se na grande necessidade de analisar os novos contextos e aplicar medidas arrojadas sem medo. O segundo transmite-nos ideias pessoais do autor que vão ao encontro da reorganização interna dos partidos com vista a obter resultados a diversos níveis, tais como a qualidade dos políticos, a sua formação, a discussão aberta de ideias e propostas e ainda o culto pelo respeito dessa organização e consequente elevar da qualidade politica em Portugal. No último artigo referido somos transportados para uma idealização de como seria uma nova reorganização militar como muitas das que já existiram mas sendo esta extensível ao universo militar nacional e não se restringindo à típica remodelação das FAP.
Voltando à analise comparativa, em 2011 o trabalho começou a ser feito logo em Janeiro, estendendo-se a Fevereiro ainda com alguma lentidão mas entrando nos eixos nos meses seguintes até desembarcar no auge que foram os mandatos do Lucifel, classificados como o ponto alto de todo o trabalho desenvolvido mês após mês. A construção baseou-se em fases que os CPs e seus Governos souberam interpretar da melhor maneira, nunca sobrepondo medidas desnecessárias ou utópicas às que realmente interessavam e surtiriam efeito. Nos primeiros mandatos a necessidade era recuperar o país, seguido de recuperar as instituições e acima de tudo de recuperar a população e a forma de relacionamento entre povo e poder. A reinstalação das FAP como exército de referência foi uma das medidas seguintes, visto que já a sociedade tinha recuperado alguma estabilidade e conseguia assim o Governo dedicar esforços a outras metas. Os negócios estrangeiros passaram então a poder trabalhar a todo o gás, fundeados num país que voltou a saber o que queria, onde queria estar e com um exército que finalmente voltava a poder respeitar as suas responsabilidades internacionais. Portugal recuperou o seu estatuto de país não por sair do wipe mas por se ter erguido e consumado a sua recuperação interna.
Se olharmos ao corrente ano depressa chegamos à conclusão que nada corre como correu em 2011 e que para um país que já passou por situação semelhante acaba de provar que pouco aprendeu nesse campo. Ora vejamos, em Janeiro continuou a politica de luta militar contra o wipe não desenvolvendo o Governo qualquer outro esforço sem ser esse, o qual já se sabia de antemão que sería inglório e com custos irreversíveis nas contas públicas. Chega Fevereiro e o único acto de mudança ou reconstrucção é a saída abrupta da EDEN completamente desprovido de outras medidas que dessem suporte a tal decisão. Se isso fosse colocado em campo incluído num plano de crescimento para o país até podia ser visto com outros olhos mas feito em 5 minutos num artigo sobrou muito tempo ao Governo para trabalhar noutros aspectos e não o fez. Março e Abril são os únicos meses onde há uma consciência de necessidade de mudança e de colocar em campo algo que sirva de alavanca ao crescimento do país, primeiro com as negociações do tratado que com a sua dureza acabam por consumir grande parte de Março e depois com a melhoria do pacto realizada em Abril. Por último neste mês de Maio voltamos a não dar seguimento ao índice de trabalho apresentado dos dois meses anteriores e o país volta a estagnar, principalmente numa altura onde a preocupação de renegociar o tratado já não é tão latente e a obrigação do Governo era instituir outras prioridades que visassem continuar a progredir. O que se vê são países que recomeçaram depois de nós e já delinearam uma estratégia, tais como a Roménia e a Colombia, ambos nossos ex aliados na EDEN e que estão já completamente concentrados noutros objectivos. Não se entende como não se assinam MPPs e se coloca as FAP e os cidadãos portugueses a cooperar em acções militares, obrigando as Mus nacionais a ter que fazer “ginástica” para apresentar alguma coordenação. Também não se entende o silêncio do Governo e a falta de presença dos seus constituintes na discussão de medidas salutares e muito menos se vê alguma comunicação entre o estado e os cidadãos, nem que seja para dizer que nada fizeram.
Espero sinceramente que o tempo passe rápido e que uma nova eleição chegue, trazendo um novo CP e uma nova equipa e principalmente estou esperançado que traga acima de tudo uma nova vontade de fazer coisas.
Abracinhos a todos
Nuno Vieira
Comments
lixo
palhaço!
lixo
Em termos de informação é verdade que este governo dá 0.
O mês passado foi melhor e eu já perguntei ao CP infos sobre o pacto.
De resto acho que as FAP tão a 0 e acho que este mandato acaba e ficam a 0 na mesma.
O mpp é importante.
Puxas a brasa à tua sardinha, quando de facto Março foi vergonhoso devido a esse maldito NAP. E dinheiro esse que nunca o mais voltaremos a ver.
Se entrar numa linha de defender Março, tens de dar graças a Deus ou a outra entidade por te ter aberto esse caminho.
em Fevereiro.
Dá mesma maneira q eles não tiveram coragem de encontrar soluções durante 6 meses .... eles não podem reconhecer, q mesmo se a maneira e a forma de sair da EDEN foi errada, q foi graças ao HM q eles agora podem lamber o c* dos taçardos por 4 regiões de food.
Sim ao menos numa coisa concordamos, este governo não faz nada para atacar os problemas do estado e do país. Apesar de podermos discordar da abordagem a tomar e o que mudar.
Mas acho que é um erro esta retórica de que o governo é responsável por tudo e mais alguma coisa. O governo que temos e a situação do país é principalmente resultado da comunidade e de todos os indivíduos que a compõem. Chega de arranjar bodes expiatórios e olhem antes para o próprio umbigo e sejam a mudança que queriam ver no eRepublik, antes de sequer exigir algo de outros.
Votado.
Podemos concluir que o povo permaneceu o mesmo nestes 3 anos mas o paradigma social e político mudou bastante com a saída de gente, que contribuia positivamente nessa altura, para outras paragens.
Ó NUNO SE DEJAVAIS EU DEJAFICO
Votado, havia poucos caminhos e poucas opções, a meu ver foram tomadas as menos más, longe de helders, matias e paisanas...
lixo
Fruto das mudanças ocorridas no jogo ao longo do ano de 2012, a comunidade portuguesa entrou num estado de descrença no seu próprio futuro. Muitos dos que, como o Julio refere, contribuíam positivamente para a alteração do status quo vigente, deixaram o país e procuraram estabelecer-se noutros paralelos do globo onde, ao menos, não eram incomodados com patifarias e discussões sem nexo em torno de nada (a não ser que as procurassem).
No entretanto, em Portugal, a falta de "oposição" credível ajudou ao aparecimento de figuras pouco edificantes e que estão mais preocupadas com o conflito, a polémica constante, o ataque pessoal desenfreado do que propriamente em contribuir para o crescimento do país. Numa roda que nunca para de rodar ambas as situações - descrédito dos mais activos e aparecimento dos trolls - a situação foi-se agravando.
Creio que, apesar de tudo, a forma pouco digna como Portugal saiu da EDEN e a forma como o NAP com Espanha foi assinado, podem ter contribuído para um acordar de consciências de alguns portugueses que se encontram no exterior.
A forma como alguns jogadores se têm pronunciado nas últimas podem ser mais um passo - o decisivo? - para fazer regressar alguns dos elementos mais válidos da comunidade portuguesa e, assim, começar a trabalhar seriamente para fortalecer o país.
Mas isso, tenhamos consciência, terá de ser um plano a vários meses e não já para amanhã.
"Espero sinceramente que o tempo passe rápido e que uma nova eleição chegue, trazendo um novo CP e uma nova equipa e principalmente estou esperançado que traga acima de tudo uma nova vontade de fazer coisas."
Espero que não fiques à espera e que dês a cara a essa tua Esperança.
Votado