[Entrevista nº1] com Bitorino

Day 1,826, 09:25 Published in Portugal Spain by patacofalso


Olá pessoas,

Vou dar início a partir de hoje a uma série de entrevistas, com gente da política, do exército ou simples cidadãos.Hoje vou estar à conversa com Bitorino, figura em destaque nos últimos tempos pelas forte críticas contra o governo.

O seu B.I.:
Nick: Bitorino
Partido: Não tem
Unidade Militar: G.A.P.
Jornal: A Voz do Bitorino
Classificação nacional: 161

1ª- Bitorino define-te enquanto cidadão e militar.
R: Confesso que gosto pouco de falar sobre mim. Acho que nunca somos totalmente justos quando falamos de nós, mas pronto, aqui vai. Enquanto cidadão tenho procurado ser uma mais-valia para a comunidade, participando em iniciativas de desenvolvimento da comunidade, seja enquanto cidadão, seja enquanto membro de equipas governativas, como sucedeu quando estive cinco meses no MDS. Sei que posso ser bastante crítico, e até polémico, em alguns dos artigos que escrevo, mas essa é também uma tentativa de contribuir para uma melhoria da comunidade, denunciando comportamentos menos correctos e atitudes moralmente reprováveis.
Enquanto militar não tenho qualquer dúvida: sou um soldado português, luto sempre que possível pelo meu país e não é por mero acaso que em pouco mais de 200 dias tenho mais de 333 milhões de dano por Portugal. Além disso, nunca virei as costas aos nossos aliados. Se o meu dano for mais necessário em França do que em Portugal, não hesito sobre a escolha da batalha. Os nossos aliados são uma mais-valia e não lhes devemos falhar, para também eles não o fazerem.

2ª- O que te levou a manter afastado dos partidos políticos nos últimos tempos?
R: As razões dividem-se em dois motivos diferentes. Ao nível da Real Life fui pai no final de junho e o meu tempo para o eRepublik, naturalmente, diminuiu bastante. Além do mais, isto é mesmo um jogo e a minha ajuda em casa era, e é, mais importante do que aqui. Mas isto, curiosamente, sucedeu também numa altura em que a minha paciência para o bota-abaixo típico português atingia os seus limites.
Estive no MDS durante cinco meses, ao mesmo tempo que liderava o Partido Portugal e era congressista. Em qualquer uma destas vertentes políticas tentei dar o meu melhor e contribuir para o desenvolvimento do país. No entanto, a “paga” pelo trabalho feito era (quase) sempre a mesma: críticas e acusações, a esmagadora maioria das vezes infundadas e sem qualquer prova.
Depois, achei que era tempo de lugar a outros, nomeadamente na liderança do PP e no Governo. Era preciso que novos rostos se chegassem à frente, com novas ideias, projectos, etc. Infelizmente muitos portugueses preferem estar na bancada a criticar, em vez de serem activos valiosos - que os há e podem ser..

3ª- Quais foram as principais razões que te levaram a tomar esta posição contra o governo? E que medidas deviam ser tomadas para resolver essas situações?
R: O Alvaro Cunhal desiludiu-me. O programa eleitoral dele parecia-me interessante, mas desde início disse que tudo dependia de quem lideraria as equipas de trabalho nos ministérios. Infelizmente, este governo tem publicado mais artigos a dar conta de remodelações da equipa do que a comunicar com a população, problema aliás que é alargado a muitos dos governos anteriores.
Mas se isto já era negativo, o conhecimento dos termos do NAP negociado com Espanha, a forma como o Alvaro reagiu quando lhe pedi explicações - dever e direito fulcral de qualquer cidadão em democracia - e a forma como alguns elementos foram integrando as equipas governamentais sem qualquer explicação foram a gota de água. Daí ter achado que era altura de dar um murro na mesa, expor os erros, exigir explicações e apontar, também, alternativas. O governo diz que a Colômbia não quis integrar o NAP. Não explica, porém, por que motivo. O que me parece estranho. O Governo também não explica por que motivo mudou de ideias em relação NAP e nem se dignou a consultar a população antes de abordar o governo espanhol para a assinatura de um tratado de paz.
Em relação a soluções, acho que o Alvaro deve, desde já, afastar o Helder Medeiros e o Robles do MoD. Deve separar as amizades e afastar do governo português quem, já se viu, não respeita os portugueses e os seus aliados. Deveria igualmente encetar negociações com a Espanha para a assinatura de um NAP que proteja os aliados portugueses na América do Sul e mesmo a França, um alvo apetecível para a Polónia. Esta guerra, e as pessoas têm de se mentalizar disso, é mais desgastante e incómoda para os espanhóis do que para nós. Enquanto lhes estivermos aqui a morder a sola dos sapatos eles não podem ir, tranquilos, ajudar o Brasil a abrir caminho até à Ásia. Note-se que as campanhas da ex-ONE, CoT e afins começam todas a direccionar-se para ali. Porquê? Vejam que países da EDEN lá estão.

4ª- Estarias disposto a candidatar-te a CP ou a integrar uma equipa para formar governo? Qual ou quais seriam os partidos com que estarias disposto a trabalhar?
R: Nesta fase da minha, uma candidatura a CP é algo que, de todo, não faz parte dos meus objectivos. Trata-se de um cargo de grande responsabilidade, de muita exigência e que obriga a uma disponibilidade horária que não tenho actualmente. Quanto a integrar uma equipa governativa, tudo dependeria, antes de mais, de quem seria o líder da equipa, isto é, o CP. Depois, o ministério a ocupar seria também fundamental para tomar uma decisão. Mas, acima de tudo, os elementos que fossem compor a equipa governativa - quer pela sua disponibilidade, quer pela sua qualidade - seriam absolutamente decisivos.
Mais do que os partidos políticos, numa equipa governativa o essencial são as pessoas. Venham elas do PCeP, do partido do Matias ou do Partido Portugal. Se forem gente de qualidade até podem não ter partido nenhum que continuam a ser válidas.
De qualquer modo, isso é algo que não está nos meus planos a curto prazo e mesmo médio prazo tendo em conta a minha disponibilidade horária.

5ª- Para ti quais são os Partidos e cidadãos capacitados neste momento para formar um governo face às necessidades de ePortugal?
R: Embora esse não seja o ponto essencial, neste momento não vejo nenhum partido com condições para liderar uma corrida à presidência da República. A nível das pessoas... Bem gostaria de ver trabalhar uma equipa onde participasse o eGo Topo, o Janad0, o Diogo Filipe Pires, o ZeNaifas, o Cidadao, o Passos Coelho, o Justino e o PretenderHT, entre outros. Gostava também de ver o Paisana - sem ser na sua versão troll - a trabalhar numa equipa do MDS, pois penso que as SPA, apesar de tudo, têm feito um trabalho de mobilização dos novatos notável.

6ª- Por fim, que conselho deixarias a todos ePortugueses para contribuir para um ePortugal melhor?
R: Conselho? Que deixem de lado a ideia de um babyboom e preocupem-se em arrumar a casa e o que já temos. Se nem os 3400 que somos, com os 600 e tal activos, somos capazes de mobilizar e organizar, como queremos fazê-lo com 10 mil? Trabalhem em conjunto, sobretudo as MUs, pois só assim será possível desenvolver o país a todos os níveis. Incluindo fazer frente à Espanha.


Agradecimentos ao Bitorino por ceder algum do seu tempo para dar esta entrevista.

patacofalso