#9 Da Cultura Popular Brasileira e sua adequação a eRealidade.

Day 1,408, 06:05 Published in Brazil Brazil by parzewski

Compatriotas,

Outro dia pensava eu acerca das mazelas impostas ao heróis que governam nossa epátria, divagava sobre salários para que o serviço público fosse devidamente remunerado e não se mantivesse as custas dos louros e glórias (que por sinal, não enchem barriga), porém todas as divagações sempre esbarram na incapacidade geral de compor um personagem virtual.


O que seria do bardo se todos fossem cavaleiros?

Pois pensando nisso a tempos deixei de me iludir com a ânsia em me tornar o mais forte guerreiro pré-pago, ou o mais rico empresário e passei a me contentar somente com os aspectos sociológicos do nosso coletivo entretenimento eletrônico. Já me falham os treinos, emprego não tenho, mas ainda sim me sinto um jogador ativo, sempre pronto a espezinhar uma ovelha ali, comer um salgado acolá, sempre mantendo o espirito esportivo e a classe.

Estranho? de maneira nenhuma, cada qual diverte-se a sua medida. Estranho sim é constatar as atrocidades matemáticas que mensalmente nos impõe certos fazendeiros digitais, onde quando um artigo é top recebe seus 150 votos, ou onde numa batalha importantíssima 80 guerreiros dão tudo de si, acontece do candidato dos deuses ter mais de 600 votos.



Para esse jogo continuar existindo temos que forçadamente respeitar a regra básica da democracia: 1 pessoa = 1 voto. Só assim teremos espaço para toda gama de personagens, e não apenas os fakefarmvillers que com o visa, visa a glória esquizofrênica dos cheaters.

Para aliviar e justificar o título do artigo, segue a letra da música A Regra do Jogo de Sá e Guarabyra que convenientemente se encaixa a nossa eRealidade.

Quem nunca perde sempre transforma
Vai de outra forma ganhar
Torce o direito, entorta, reforma
Sempre consegue mudar

A regra do jogo
A regra do jogo
A ferro e a fogo
A regra do jogo

Pra quem tem pressa o que interessa
É ter bem mais do que tem
Traz na cabeça a mesma conversa
Enrola pra se dar bem

Na regra do jogo
Na regra do jogo
A ferro e a fogo
Na regra do jogo

É imprudente quem é falante
E se dá muito valor
E competente é quem vira gente
E cai nos braços do amor

A vida dá volta e virada
Quem entra despreza quem sai
O tempo embaralaha a jogada
Quem sobe não olha quem cai
A vida dá volta e virada
Quem entra despreza quem sai
O tempo embaralha a jogada
Quem sobe não olha quem cai

É regra do jogo
É regra do jogo
É ferro e é fogo
A regra do jogo