Oitavo Ato - Viveat, cresceat, floreat!

Day 2,318, 18:30 Published in Brazil Argentina by Frade Eremita
Oitavo Ato - Vivat, cresceat, floreat
Editorial

"Vivat, cresceat, floreat!" - que viva, cresça e floresça, são os desejos mais sinceros de quase cada brasileiro - porque exceções têm de ser abertas às criaturas abjetas que ainda preservam, infelizmente, a nossa cidadania, mesmo lutando e servindo aos propósitos da Argentina. Porém, esse desejo de que o eBrasil viva, cresça e floresça tem de sair do campo das abstrações e partir para os das ações, para o da prática. Para que voltemos a ostentar a antiga dignidade que não soubemos preservar, por culpa das brigas intestinas que assolaram o país e não deixaram espaço para o cultivo de novas perspectivas, devemos começar a trilhar outro rumo - que é o de preocuparmo-nos mais com o desenvolvimento e menos com mesquinharias políticas. Sei que tivemos governos falhos e frágeis, antes do governo do atual presidente, que tem sido bastante interessante; sei que sempre existe o temor de que um incompetente assuma, outra vez, o governo, e afunde-nos ainda mais na lama; contudo, este temor não deve paralisar as nossas perspectivas de futuro, e devemos conseguir enxergar mais além das nossas questões partidárias.

Não pudemos eleger um Congresso este mês, uma vez que falhamos, apesar de todo o nosso empenho e do empenho de alguns aliados, como a Espanha e a Albânia - e é uma pena que não possamos dizer o mesmo de "aliados" como os Estados Unidos e a Polônia, que mal-e-porcamente se deram ao trabalho de aparecer, quando se deram, às batalhas que travamos. Isso nos leva a outras preocupações: as eleições presidenciais ocorrerão em 9 dias, e não conhecemos nem os candidatos, nem a sua plataforma. Um jogador experiente me disse: "geralmente, deixam para se apresentar um ou dois dias antes das eleições, para esconderem que são incompetentes e não tem planejamento nenhum para apresentar no governo". Isso é o que desejamos para nós, num momento tão frágil como este, que ora o Brasil enfrenta? É "nosso dever e salvação", como diz o sacerdote durante a oração eucarística, discutir as perspectivas políticas e os projetos, para que consigamos reestruturar o Brasil e devolvê-lo ao patamar anterior (ou, pelo menos, à dignidade de ter um território pra chamar de seu). Por isso, nos cabe adiantar essa conversa em uma semana e começar a tratar, desde já, sobre eleições. Até porque, sem conversar, e sem deixar claro o que pediremos ou exigiremos, corremos o risco de eleger qualquer um.

Obrigado e boa leitura!
O que esperamos do novo presidente

No dia cinco do próximo mês - isso é, daqui a nove dias - teremos eleições para a presidência do país. Todas as direções apontam, até o momento, para o fato de que o atual presidente, NikoIa Tesla, não vai se recandidatar à eleição: ele estaria, de acordo com todos que informaram sobre o assunto, estafado e com muitas coisas para resolver na vida real, que ficaram em segundo plano dada a sua dedicação total à presidência. Nenhum candidato à sucessão de Tesla se apresentou, até o momento, o que tem gerado muitas incertezas acerca do futuro que o país vai trilhar. Embora seja desejável que apenas se candidatem à presidência aqueles que tem plena capacidade e competência de gestão, não sabemos, também, quem vem pela frente.

Então, frente a esta perspectiva bastante obnubilada, e tendo ouvido diversos concidadãos acerca dos desafios que enfrentará a próxima gestão, trago a baila estes temas, ensejando reflexão dos futuros candidatos acerca do que podem ofertar ao país.
Assistência social e tutoria

Em diversos outros artigos, tratei da necessidade de tutoria ao novo cidadão. Quando ele chega ao eBrasil, o que ele encontra em sua caixa de correio? A mensagem de boas-vindas de Plato, a mensagem do presidente, e uma ou duas mensagens convidando-o a filiar-se a um partido político. Esta é toda a referência que possui para desbravar o jogo, e não raramente, abandona-o: às vezes, três dias depois; outras tantas, um mês para a frente, se mais persistente for. Com muita sorte, dentro da esfera partidária, encontrará alguma orientação - e são raros os partidos em que se sabe fazer isso, pelo que nomino o Fênix, que faz este trabalho (o que posso atestar, uma vez que ele é feito por mim, pelo Paul Warfield e pelo Falloutcomes) e pelo Arena, que publicamente anuncia que também realiza tutoria de seus novos cidadãos.

Mas, não seria essa uma responsabilidade do governo? Sim, o é. Cabe a ele prestar a tutoria devida ao novo cidadão. Nestes termos, montar uma equipe de tutoria competente, rápida e eficaz é algo que o próximo governo deve fazer, se ele realmente quer um Brasil mais forte, que tenha condições de medir forças com a Argentina daqui a meses. Não concebo nenhum futuro governo, depois de atestada publicamente a necessidade de renovação de quadros dentro do país, deixando de lado o papel de tutorar o cidadão novato. Se o próximo governo pretende lançar bases para reconstruir o país, lhe cabe ajudar o novo cidadão a conhecer as regras do jogo, ajudar a encontrar uma unidade militar, e ajudar a se inserir, se integrar na sociedade.
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De igual forma, a assistência social, pasta desaparecida nos últimos governos, deve ser reconstituída. Sabemos que é um grande desafio, uma vez que o país está quebrado financeiramente e não pode obter recursos do Tesouro Nacional para nada, já que estamos sem congresso. Mas, a reconstituição da pasta da assistência social é extremamente necessária. Os novos cidadãos, às vezes por falta de conhecimento das regras do próprio jogo, empenham todo o seu recurso em inutilidades e ficam sem dinheiro, sem saber o que fazer. Não muito raro - recebo umas duas ou três destas por dia - recebo mensagens pedindo ajuda (em dinheiro ou comida e armas), por parte de cidadãos que encontram-se sem recursos para viajar e/ou para lutar. De igual forma, outros cidadãos devem receber mensagens deste tipo de novatos. Isso é sintoma de quê? Que é necessário o governo investir em assistência social.

A natureza desta assistência social não me cabe projetar, mas sim ao próximo governo, que deve traçar uma linha para não deixar o novo cidadão na mão. Os recursos são escassos, dentro da arrecadação do país, mas certamente cidadãos podem colaborar, voluntariamente, para tornar a assistência possível. Ela pode ser feita de muitas formas - inclusive, com o auxílio das unidades militares, que têm tentado, dentro de suas limitações, suprir a falta de assistência do governo neste sentido, até o momento.
Babyboom

Muito tem se discutido, também, sobre a necessidade de provocar um babyboom, com o intuito de renovar o país. Essa é uma exigência pendente sobre a cabeça do próximo presidente, que deverá possibilitar, através de sua equipe, a realização de um babyboom - isso é, anunciando o eRepublik em outras comunidades, trazendo novos jogadores com potencial de envolver-se com o jogo. O babyboom só não terá utilidade, contudo, se não investir-se em tutoria, ponto que tratamos logo atrás.

Aliás, o babyboom só será possível com a constituição de uma equipe focada nisso. E, em se tratando de equipe, eis que surge um novo problema para o futuro presidente.
Equipe

Nos últimos meses, as equipes presidenciais têm deixado muito a desejar. Justiça faça-se ao governo Tesla, mas com muitos parênteses: a equipe do governo sumiu em momentos cruciais no último final de semana - que era pra ter sido o da libertação do Brasil -, resumindo-se a apenas três ou quatro gatos pingados. Em outros governos, os cargos não levavam em consideração os critérios técnicos, mas apenas os meramente políticos, compondo-se governos com critérios do tipo: "este será ministro da Defesa porque é meu amiguinho", ou "este será vice-presidente porque meu partido indicou". Embora o critério da aliança política deva ser sempre levado em consideração, devem ser escolhidas para compor o governo, também, pessoas eficientes, que entendam do riscado.

O próximo presidente, nestes termos, deverá compôr uma equipe sólida, que se dedique totalmente ao projeto de governo. Deverá garimpar, entre a nova geração, cidadãos capazes, que consigam assistir aos titulares das pastas com seriedade - mas não substituí-los totalmente por ausência ou ineficiência do ministro, como tem acontecido claramente em alguns casos bastante seletos. Sem uma equipe compromissada, o governo fatalmente não andará.

Por isso, é válido analisar, quando as candidaturas forem apresentadas: o candidato apresentou a sua equipe? O candidato abriu seleção para a sua equipe? O candidato possui interesse em constituir uma equipe sólida? O candidato tem histórico de conseguir trabalhar em equipe? Qual é a prática do partido do candidato, em relação à equipe, quando elege um presidente? São questões que devem ser postas e discutidas.
Relações exteriores

Não vou me aprofundar em uma análise sobre as nossas atuais alianças e prioridades. Não vou apontar erros, nesse quesito. Mas fato é que países pelos quais lutamos com força total, como a Polônia, o Reino Unido e os Estados Unidos, se lixaram, mais uma vez, para nós, durante a semana da libertação. Não se deram ao trabalho de aparecer pra lutar - e parcialmente, por conta desta parcela sem palavra de nossa aliança, ficamos mais um mês sem congresso - além de outros motivos que já foram discutidos anteriormente. Ao mesmo tempo, não tivemos notícia do atual Ministro dos Negócios Estrangeiros: quem tem respondeu pela pasta, sozinho, nos últimos tempos, foi o vice-ministro - agora efetivado a ministro - Epita1997.

A questão de nossas relações deve ser discutida durante as eleições. O papel da nossa aliança em nossa libertação deve ser discutida; a equipe que cuidará deste departamento deve ser discutida. Quem não traçar uma linha clara e não expôr com honestidade sua visão sobre o assunto - em vez disso, limitar-se a tergiversar - não merece voto nenhum.
Outras questões políticas

Existem outras questões, da qual não pormenorizarei, que cabem avaliações. Devemos considerar, na hora de escolher o candidato a presidente de nossa preferência, a seriedade e a conduta de seu partido político nos governos em que participaram; devemos considerar a consideração imprimida à economia, e os projetos derivados dela que o candidato porventura apresente; devemos considerar, mais ainda, a biografia do candidato e de sua equipe.

De toda a forma, voltando ao ponto dito no editorial, uma questão deve ser levada a sério: não se deve votar num candidato que se apresenta em cima da hora - isso é, três dias antes da eleição. A construção do processo de candidatura deve dar-se publicamente, para que o público avalie com serenidade, sem tomar a decisão mais afoita, quem apresenta a melhor proposta. Votar num sujeito que não apresentou propostas claras e não escutou as demandas que surgiram, no mínimo, é irresponsabilidade com o país.
O que você precisa saber para escrever um jornal
Este é um artigo para novatos

Nos últimos dias, temos travado contato com diversas publicações - umas boas, outras nem tanto. A grande maioria destas publicações vêm de cidadãos novatos: algumas dedicam-se a narrar fatos ocorridos; outras, viajam na maionese; outras, instruem os novatos a como investirem os seus recursos. Algumas, são verdadeiras pérolas. Como editor de um jornal que dedica-se a escrever questões relevantes para a sociedade, aproveito este espaço para deixar algumas dicas para os rapazes e moças que queiram aventurar-se a escrever um jornal:
1 - Não custa nada escrever mais de 140 caracteres.
2 - Traga à baila temas que mereçam ser discutidos. Coisa como "o soldado Diego Nunes foi promovido a sargento depois de matar 4 inimigos, parabéns pra ele!", não são tão relevantes para o país, acredite.
3 - Se não souber um mínimo do léxico, desista. Ninguém quer ler abusos de português.
4 - Crie um logo pro seu jornal. Isso imprime mais seriedade e gera mais votos.
5 - Leia este manual sobre como escrever um artigo no eRepublik. Acredite, ele vai ser muito útil a você.
6 - Não tenha medo de ser xingado pelo que escreve. Isso é um sinal de que: a) ou você é um completo imbecil, que não sabe o que faz; b) você é realmente bom no que faz e gera comoção. Se o número de votos que você teve no artigo for alto, e se você não tiver puxado o saco de ninguém, é sinal de que você é bom mesmo.
7 – Não puxe o saco de ninguém, e nem escreva um artigo de seiscentas laudas só para puxar o saco das pessoas. Isso dá vontade de vomitar. (E sim, rolou, nos últimos dias, um artigo todo dedicado a isso).
8 – Avise no mural aos seus amigos sobre o que você publicou. É uma propaganda bastante efetiva, e possivelmente, você encontrará mais interessados em conhecer o seu ponto de vista através disso.

Não sou referência no que faço – até porque os meus artigos não são essencialmente bons, como muitos gostam de destacar: são pesados, cansativos e não tem imagens, uma vez que eu não escrevo eles para agradar ao público, mas tão somente por diversão. Existem outros jornalistas que são referência no que fazem, dentro do eBrasil. Contudo, resolvi tratar do tema porque muitos jovens têm me pedido dicas sobre como escrever e o que escrever. Então, este é o pouco que posso passar para vocês.
Encerramento

Hoje não estava inspirado pra escrever, o que significa um artigo bem mais curto. O tema também não é agradável – senão àqueles que curtem o módulo político – pelo que é devotado a um público específico, que é daqueles que gostam da política no eRepublik.

Como traz questões pertinentes, eu sugiro que os leitores não se inibam de discutir sobre candidaturas, projetos, e também passem a sua visão sobre o que esperam do próximo presidente. Se você gostaria de empurrar um candidato para fora do armário, também, fique muito à vontade: é um favor que faz para a sociedade.

Um abraço e até a próxima!