Mentalidade de Protegido: Os Verdadeiros Pequenos

Day 2,251, 18:51 • Published in Portugal Spain • by Maximilian Von Evil

A Batalha de Inglaterra, na qual a "pérfida espanha" acabou agora de entrar, continua em força.

Digo-vos já que se o Canadá conseguir reunir amantes da liberdade suficientes para derrotar os inimigos que tem pela frente será um pequeno milagre...um no qual continuo a acreditar apesar de tudo.

Mas mesmo que seja colocado em wipe, o Canadá já garantiu um lugar entre as grandes nações. O Reino Unido poderá ter 100 territórios e o Canadá poderá ter zero, mas um será sempre o Canadá com C grande, e o Reino Unido será sempre "little england". (Atenção que quando uso o nome dos países em minúsculas é de propósito, nações pérfidas ou patéticas não merecem a dignidade das maiúsculas)

"little england" é uma entidade patética, um protectorado, e os seus mestres pérfidos são a polónia e a espanha. Aliás, um membro da comunidade Britanica chega a admitir que estavam à espera que a polónia tomasse conta dos Franceses por eles, e as ordens militares do seu governo contemplam lutar contra Portugal nos Açores para abrir caminho a uma invasão espanhola: Please Mama Spain, SAVE US!

O que é um protectorado? Fala-se muito deste termo, até na VR, geralmente em termos derrogatórios (e uso-o pessoalmente no termo mais derrogatório possível).
O protectorado, no sentido do século XIX, era quando uma nação mais poderosa se tornava responsável pela "defesa" e pela diplomacia de uma nação mais fraca. Geralmente era o preludio para total submissão e anexação. Exemplos foram França e Madagascar, Reino Unido e a India, Portugal e o Kongo (que se tornou parte de Angola, não confundir com o Congo).

"little england" entregou a responsabilidade da sua defesa aos polacos e aos espanhóis, e com isso abdicou da sua diplomacia independente visto que não se pode arriscar a irritar os seus mestres não vão eles ficar sem vontade de defender a pobre pequena e irrelevante inglaterra. little england está tão habituada a ser salva pelo papá e pela mamã que nem se deu ao trabalho de falar da questão nos seus media, nem se mobilizou, a sua inércia foi total visto que estavam protegidos. Isto é a verdadeira mentalidade de um protegido, de um animal de estimação, de um submisso.

Bring out the eUK!

Quiseram fazer o mesmo com Portugal e o pacto ibérico. E o plano era pérfido, fosse consciente ou não. (e o facto que Espanha nos consegue libertar o Algarve para depois nos tirar a possibilidade de termos congresso indica que são conscientemente pérfidos)
O tratado Ibérico era o verdadeiro gimp suit dos tratados, Portugal ficava preso por uma enorme caução, não podia ter diplomacia independente, e era sujeito a ocupação parcial, uma verdadeira França eVichy.

A parte pérfida residia no facto que cada dia debaixo deste regime era mais um passo para a ocupação permanente, a verdadeira anexação. Enquanto cumpria este tratado Portugal perdia mais e mais jogadores, tanto para a eMorte, como para a emigração. Em troca de uns míseros territórios cada dia íamos ficando mais fracos.

O curioso é que nem é um plano novo. Como já referi, o imperialismo do século XIX operou exactamente da mesma forma, com o resultado final da criação de vastos impérios europeus que cobriram mais de metade do planeta. Só os Britânicos, a uma certa altura, governavam 1/4 de todos os humanos no planeta, sem estes terem qualquer palavra na forma como eram governados.

Felizmente hoje o sol põe-se exactamente às 4 da tarde no "império" Britanico.

Não vou criticar quem fez a decisão do tratado. Em retrospectiva tudo é fácil e a situação era completamente desesperada visto que Portugal estava a caminho da bancarrota completa. Aliás, não poderia criticar este desfecho correndo o risco de ser um hipócrita tendo em conta o que escrevi na altura

Ironicamente noutro dos meus artigos não consegui prever algo que me certamente me pareceria ridículo na altura, que Portugal cumprisse o tratado, e que fosse espanha a arruinar tudo.

Apenas fico feliz que graças à incompetência espanhola Portugal se libertou em espirito, mesmo sacrificando os seus territórios no processo.

Embora seja uma lógica meio estranha, para Portugal um dia voltar a ter territórios precisava de os perder, em vez de tudo fazer para os manter dentro dos termos do tratado, apenas para mais tarde os perder na mesma.

A maioria dos Portugueses já rejeitaram qualquer novo tratado de submissão com espanha (pelo menos do que leio tiro essa ilação) e estão dispostos a cada dia a tomar mais riscos e a abandonar o status quo, mas vai ter haver um trabalho muito forte de diplomacia externa por parte não só do governo mas de todos os Portugueses, visto que todo o espirito patriótico do mundo não vai anular o facto de espanha ser muito mais forte que nós.

Não é por se gritar "Portugal são 7 regiões" o mais alto possível que tal se vai tornar numa realidade. Não vão ser frases ocas que vão fazer os espanhóis arrumar as malas e retirar-se de Portugal.

Mas sair da mentalidade de protegido é sinal de uma grande nação.

E é por isso que o Canadá é uma grande nação, e Portugal hoje também é uma grande nação, mesmo sem territórios, e Inglaterra é a "little england".

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