MUDANÇAS

Day 2,197, 07:01 Published in Portugal Portugal by Duque de Saldanha


Quem veja o mapa europeu, poderá pensar que França e Alemanha estão a dar uma valente coça na Polónia e que esta terá grande dificuldades para se levantar novamente.
Nada de mais errado.
O que assistimos é apenas consequência directa das recentes modificações nas regras do jogo.

IMPÉRIO E DETERMINAÇÃO
A Determinação é um bónus que um país que tenha uma região ocupada recebe. Tal força acrescida será tanto maior quanto maior for o tempo de ocupação.
No quadro seguinte, pode-se ver os seus efeitos:


Portanto, quando as novas regras foram implementadas, os países que ocupavam regiões há muito tempo, como a Polónia na França/Alemanha; a China no Paquistão ou Sérvia em Itália, rapidamente (em questão de 2 ou 3 dias) ficaram sem elas.

Porquê? É que a determinação no nível 6 (o mais elevado) torna o dano de quem o possui 600% mais forte, o que é óbvio, nem o país mais poderoso do mundo conseguirá resistir. Ou melhor, não compensará estar a lutar com tal desproporção de força.
Portanto, tais países (França/Alemanha/Paquistão) facilmente recuperaram as suas regiões originais, há tanto tempo ocupadas. Os ocupantes nem sequer levantaram um dedo para o contrariar.

Mas irão eles recupera-las novamente e de forma fácil?
Nem por isso. Terão de deixar passar algum tempo para que o efeito da determinação se dilua, o que pode ser visto no quadro seguinte.


Se é certo que em especial a Polónia perdeu os seus bónus, trata-se de uma situação que a breve prazo ela resolverá. Mas apenas parcialmente. Por um lado conta com a boa vontade e cooperação dos governos alemão e canadiano que, respeitando os tratados, devolverão as regiões que permitam bónus directos. Em segundo lugar, a Polónia está a atacar a Suécia onde pretende alcançar mais uns quantos bónus. E obteve ainda alguns bónus junto da Noruega. Certo é que, ao contrário do que sucedia a semana passada, neste momento nenhum país tem 100% de bónus de produção. Nem a China, nem a Argentina, nem Polónia, Hungria ou Espanha.

E NO FUTURO?
Estas alterações, junto com a introdução da medalha de Freedom Fighter (atribuída a quem auxiliar na libertação e uma região) e à questão do ocupante de uma região ficar com 80% das receitas fiscais, produzirão alterações significativas no jogo.

Aquilo que é mais previsível que ocorra é que não mais haverá longas ocupações por parte dos grandes países. Poderão ocupar durante uns tempos, mas terão todo o interesse em devolver e passado algum tempo, tornar a ocupar, em movimentos de rotação que se repetirão um pouco por todo o lado.

Em segundo lugar, quase todos os países, em especial os mais pequenos, passarão a ter de condições para ter territórios de forma mais ou menos continuada. Isto é: não mais correrá algo que era até agora habitual: países como o Paquistão que praticamente não tinham existência há anos. Ou a França, Holanda, Dinamarca, Coreia do Norte etc. O mundo será muito mais colorido.

Como consequência desse ponto, também as relações políticas entre os vários estados terão novos desenvolvimentos. Pois se até agora era possível ignorar a própria existência desses governos, que nada podiam fazer, doravante, ainda que de forma mitigada, já contarão para alguma coisa. O que também terá o lado positivo de atrair ou manter mais tempo jogadores.

Uma terceira mudança que é previsível que suceda, é que os grandes países, aqueles que tenham, pela dimensão/força da sua população, mais condições para ter os 100% de bónus, tenderão a alcançar esse objectivo já não por intermédio de longas ocupações a pequenos países, mas por associação/acordo com países que disponham dos bónus que lhes faltem. Isto é, será mais fácil obter os bónus por meio de negociação e troca de territórios do que por meios puramente militares e subjugação.

E tal terá ainda como consequência lógica que deixará de ser necessário (e será mesmo prejudicial), ocupar integralmente um país mais fraco para obter os bónus necessários. Passará a deixar-se livres as províncias que não tenham interesse directo para os bónus, pois o custo da sua ocupação/manutenção não será compensador.

Um quarto aspecto é a maior autonomia que as pequenas nações alcançarão. Para além de ficarem com algumas províncias que não interessarão directamente aos países vizinhos de maior dimensão, terão melhores condições para exigir ou negociar o retorno de parte dos impostos cobrados nas províncias ocupadas. Tal poderá eventualmente ser importante contrapartida para que não existam ou sejam controladas eventuais guerras de resistência que poderiam afectar o ocupante.

Em contrapartida, o novo sistema dificultará o controle político/militar das regiões ocupadas, pois que com as Freedom fighters será mais complicado os governos conseguirem fazer respeitar eventuais acordos que tenham com países que ocupem negociadamente alguma das suas províncias. Mercenários ou mesmo inimigos da nação ocupante poderão lançar com muito melhores perspectivas de sucesso Guerras de resistência a fim de perturbar economicamente o seu inimigo/adversário.

Em termos económicos, com a diminuição dos países com 100% de bónus, e previsível instabilidade na sua manutenção, os preços dos bens (armas/comida) tenderá a ser globalmente mais alto. Haverá por seu turno muito mais guerras, seja para troca de territórios (impedindo longas manutenções) seja por fruto de instabilidade criada por adversários (internos e externos). O preço do ouro tenderá a manter-se baixo dado que com mais guerras e mais medalhas haverá mais oferta.

Por último, em termos de alianças, muita coisa mudará. Mesmo antes destas recentes alterações, se por um lado havia desaparecido a CoT, no interior da TWO agravavam-se sérias tensões e divergências. Creio que a TWO apenas não foi oficialmente dissolvida por esperarem pelo medir das consequências das alterações à mecânica do jogo. E pelas eleições dos novos congressos (hoje). A partir de amanhã haverá renovada legitimidade para se procederem gradualmente às alterações que estão em qualquer caso iminentes e que serão inevitáveis.

A meu ver, de um lado será criado (mais tarde ou mais cedo) um bloco liderado pela Sérvia, Eslovénia e Argentina, que agregará ainda outras nações, mais ou menos tradicionalmente na sua órbitra, de entre as quais destaco os gregos, portugueses e romenos. No lado contrário será natural que Polónia lidere um bloco que integre os USA (é notória a grande proximidade entre os dois governos e estrategicamente faz todo o sentido), o apêndice espanhol, a Hungria, Croácia e Brasil.

Vamos ver como será.
Certo é que tudo isto vai dar uma grande volta e as mudanças e perspectivas parecem ser globalmente para melhor, no que diz respeito a países como o nosso.