Do mimimi ao mémémé

Day 1,730, 14:31 Published in Portugal Portugal by Nuno Vieira





São já alguns num rebanho que começou com poucas unidades.


Este artigo assume-se básicamente como uma resposta directa e sem receios a outro publicado no Brasil e muito apreciado pelo rebanho, ou matilha, demonstrado na imagem acima publicada


O referido artigo começa por informar que foram efectuadas diversas reuniões entre os intervenientes por iniciativa do Brasil, o que é bastante interessante do ponto de vista da comédia. É hilariante que o Brasil queira ter a mesma relação com Deus e com o Diabo e, não estando contente com esse feito, pretende ainda ser a voz de comando numa mesa onde já comeu e cuspiu nos mesmos pratos. A confusão é tão grande que já nem sabem em que prato mais comeram ou em que travessa mais cuspiram.

Como pudemos visualizar na tal publicação, Portugal é amplamente acusado de desprezar o bom senso, marginalizar os aliados e de rejeitar o que chamam de “um novo fôlego nas relações com o governo brasileiro”.
Sem dúvida que ao chocar de frente com tamanhas pérolas literárias aquilo que nos vem à mente é uma questão premente – Como pode esta gente viver no mundo do faz-de-conta?
Antes de mais Portugal é um país muito bem inserido na aliança da qual faz parte e tem cumprido com tudo o que lhe tem sido pedido dentro das limitações nacionais. Não temos visto nem ouvido queixas ou advertências por parte da EDEN ou dos países que dela fazem parte e até ao dia de hoje também não recebemos informação que tenha sido atribuído ao Brasil a função de fiscalizar o apoio dado a aliados em cenários de guerra.
Todo o Mundo conhece Portugal pela sua lealdade e disponibilidade. Pelos vistos o Brasil discorda e como a sua palavra é a lei, todo o mundo está errado.

Uma parte muito engraçada também é onde o autor refere que, com a iminente rejeição do acordo, Portugal demonstra não confiar em Espanhois, Brasileiros e Americanos. Nesta questão subscrevo quase na totalidade. Não confiamos em taçardos, confiamos no povo brasileiro mas não no seu governo nem no rebanho, ou matilha que os acompanha. Quanto aos USA, desde a reaproximação do tempo do Emerick, sempre houve uma relação cordial de apoio e uma cooperação sempre que necessário, a qual o povo português tem intenção de manter.

É também descrito que Portugal desperdiça assim a oportunidade de acabar uma guerra prejudicial a todos e que o Brasil tanto se esforçou para se acordar esse fim. Será que estão preocupados com o esforço de guerra do lado de Portugal ou de Espanha? É compreensível. Depois do desastre que tem sido a imagem deixada nos últimos tempos pelo Brasil, aos olhos dos países EDEN, nada como usar este pseudo-esforço para tentar tapar o sol com a peneira.

Um dos argumentos utilizados também no artigo, à semelhança do que tem circulado em comments e shouts, é a tentativa de deteriorização da relação entre Argentina e Portugal. Tem sido óbvio demais a tentativa por parte do governo brasileiro de fazer crer ao povo Argentino que Portugal não actua e não se preocupa com as necessidades argentinas. Para quem não sabe, de todos os aliados actuais, a Argentina é talvez o mais antigo e o que se mantém desde os tempos da defunta PEAGE GC, o que nos mantém próximos o suficiente para que exista a entreajuda necessária sem ser preciso gritar isso ao universo. Portugal conta com a Argentina e vice-versa. Ponto final.


Ao longo dos tempos temos sido forçados a dar liçoes de moral, honra e lealdade a alguns países que se julgavam donos e senhores da razão e dos valores que regem a vida e as relações. Somos agora, inesperadamente, chamados mais uma vez a demonstrar a um colosso mundial que a honra prevalece e não se vende, aluga ou se fecha na gaveta, escolhendo nós o caminho a percorrer dentro dos valores morais que sempre regeram a nobre Nação Portuguesa. Convém lembrar este governo brasileiro que em anos de história Portugal se mantém fiel ao que sempre foi e que não fomos nós que mudámos o nosso rumo e muito menos nos aliámos a inimigos. É também de valor lembrar que Portugal não está só e que não é nem nunca foi um protectorado do Brasil, centrando-se a sua rede de ligações num conjunto de países em quem confia e com quem tem laços de amizade através da Aliança ou a nível individual.


As minhas últimas palavras vão para todos os brasileiros que não se revêm neste governo ou em algumas das suas atitudes, pedindo-lhes que não levem a mal algumas coisas que ouviram da parte de portugueses nos últimos tempos. O povo português passou por um choque grande ao ver o Brasil a comer do mesmo prato imundo dos taçardos e isso é algo dificil de digerir, soltando-se uma raiva que não é mais do que um sentimento de impotência e um medo enorme de ter que um dia vir a defrontar um povo irmão no campo de batalha. Fomos feitos para estar do mesmo lado e não em lados opostos e isso leva o seu tempo a interiorizar-se.



Obrigado
Nuno Vieira