Urge definir prioridades

Day 1,868, 19:05 Published in Portugal Portugal by Nuno Vieira



Olá a todos


Como sabem não tenho por hábito ser um grande escritor no eRepublik, optando por fazê-lo de lés a lés e quando algumas coisas aparecem tipo “pop up” na minha cabeça em jeito de “reminders”.

Ultimamente temos usado muito do nosso tempo a discutir assuntos que na minha humilde opinião não são de forma alguma prioritários, tais como a efectivação de um Baby Boom ou a saída da EDEN.

Em relação ao Baby Boom sou, e sempre fui, um pouco céptico na forma como sempre o tentámos fazer acontecer, não tanto nas ideias de fabricação e planificação mas no tempo (não) aplicado na pré análise das nossas condições e no trabalho efectivo que é preciso fazer para se ter uma recepção que se considere aceitável. Sempre entendi que é muito mais importante estabilizar o País e as suas gentes do que abrir as portas a uma grande quantidade de babys sem que se lhes possam dar as condições adequadas, tanto a nível material como também emocional.
Acho que há muito por fazer no que diz respeito à organização interna e as constantes mudanças de atitude dos sucessivos Governos em nada têm contribuído para que isso não se verifique. É necessário criar Organizações que se perpetuem no tempo e que trabalhem numa linha própria e segura independentemente dos Ministros e Ministérios que por cá passem.

Sou totalmente a favor de tudo o que beneficie esta valiosa comunidade mas por outro lado não apoio Baby Booms que se iríam desmoronar e que a sua única função é serem utilizados como meios politicos e de regozijo próprio por alguns.


Sobre entradas e saídas de Alianças a coisa é bastante mais óbvia, bastando olhar à posição de Portugal em estado de wipe constante há já bastante tempo. Este novo Mundo já passou por diversas alterações desde a sua formação e os tempos em que vivemos e os que virão não devem fugir muito disso. O que hoje é dificil, amanhã pode ser mais fácil e vice-versa.

Portugal já passou por muitas dificuldades no passado e não foi por isso que deixou de sobreviver, conseguindo ainda emancipar-se e construir um pequeno Império que muitos no passado pensavam que sería impossível.
A única Aliança que Portugal abandonou precocemente foi a Terra mas mesmo assim não foi bem um abandono mas sim a correcção de um erro que foi a nossa entrada, motivada talvez por tentar seguir os nossos aliados mais próximos e a lógica geo-estratégica do momento. Não se demonstrou eficiente para o que estavamos dispostos a fazer e muito menos poderíamos desperdiçãr tempo precioso do grande momento que atravessávamos. No entanto nem tudo na Terra foi mau, tal como a aproximação a novos aliados que mais tarde nos facilitaram em grande parte a entrada na EDEN e nos ajudaram a fortalecer a defesa das nossas colónias.

Agora encontramo-nos numa fase bastante parecida com a que enfrentámos nos tempos anteriores a 2011, onde a Aliança está em fase de declínio e o nosso funcionamento interno consegue ser ainda pior do que o que se vive na EDEN. É precisamente aqui que começam os problemas, quando os Países estão instáveis e acabam por levar essa instabilidade longe demais e afectam também as alianças. Veja-se os ódios ou desavenças entre Países que são capazes de destruir mais do que os ataques de Países inimigos.

Quando penso numa Aliança apraz-me um unico pensamento: Países. Uma Aliança é isto mesmo, um conjunto de Países que conjugam esforços para prevalecer sobre outros, levando a que sejam eles próprios os responsáveis sobre todos os sucessos e todos os falhanços, não podendo nenhum deles “limpar a água do capote” no que toca a assumir as suas responsabilidades quando as coisas não correm bem. Nenhum País pode bater com a porta só porque as coisas não lhe correm de feição pois a sua presença lá é mesmo para isso, para fazer a sua quota parte de trabalho para um objectivo comum.


O Problema que Portugal enfrenta, o maior deles todos, não é Militar nem Económico, é Social, é de amor e interacção própria e acima de tudo de organização da sua sociedade. Precisamos de um Governo que aplique medidas de fundo que devolvam tudo isto ao País e que lhe permitam reconstruir as bases que antes nos levaram a tão grandes feitos. Os sucessos que tivemos a meio de 2011 não se deveram a um ou dois programas de governo ambiciosos mas sim a meses e meses anteriores de trabalho especifico em áreas que antes eram desprezadas e negligenciadas, mas tal como já alguém escreveu num comentário a outro artigo, há coisas que demoram muito tempo a ser construidas mas que depois são destruídas num abrir e fechar de olhos. Não podemos deixar que estes erros voltem a acontecer e para isso é necessário seguirmos uma linha de formação de pessoas, de politicos e de governantes com o intuito de haver sempre uma linha geral de acção, sejamos de direita ou de esquerda.


Neste dia em que faço 4 anos de eRepublik quero desejar a todos vós um Feliz 2013 e que possa começar hoje, no primeiro dia do novo ano, uma mudança na nossa maneira de olharmos para nós próprios e para o rumo que queremos seguir.
Só com uma comunidade forte, um aparelho partidário organizado e participativo, um Congresso dialogante e aberto, uma solidariedade constante entre concidadãos e um Governo com objectivos bem definidos poderemos ultrapassar este momento menos bom que atravessamos.


Um grande abraço a todos.

Nuno Vieira