Sugestões

Day 569, 12:22 Published in Portugal Portugal by jcaulins

Caros Portugueses,

Tenho analisado com atenção e alguma preocupação alguns mercados onde as orgpt e as escolinhas têm intervido. Nomeadamente nos sectores onde tenho empresas activas e, como tal, tenho maior noção das margens de lucro e do preço de custo. Em especifico no sector de comida Q1, onde reparei que recentemente os administradores desta org gerida pelo governo decidiram entrar como reguladores. Esta empresa é a Comidas3 Q1 que pertence à Q1orgPT. É no mínimo estranho e pouco sensato regular um mercado onde a concorrência é muito elevada e onde os produtores já estão a vender a preço de custo ou mesmo abaixo deste. Quais as possíveis consequências? Várias empresas podem fechar portas ou focar-se apenas na exportação deixando em pouco tempo o mercado português com pouca concorrência e forçando a nova regulação. Sempre que é preciso regulação há custos para as orgPT e, como tal, para o governo português que depois precisa de aumentar os impostos para conseguir retirar PTE da Economia. Neste momento o custo de produção unitário em Portugal de comida Q1 ronda os 1,9 PTE que com os 10% de VAT dá um PVP de 2,09PTE. Esta empresa estatal está a vender exactamente a 2,09PTE, ou seja, está a vender a preço de custo. Há no entanto empresas a vender abaixo do preço de custo geral, que pode não ser o deles se comprarem Raws no estrangeiro ou se conseguirem explorar funcionários pouco alerta para os salários de mercado. Visto isto acho que fica claro para todos que este não é um mercado onde o estado se deva intrometer, visto que, está a funcionar perfeitamente com uma concorrência adequada que pode ser estragada por esta intervenção estatal.

Outro ponto que me preocupa é a continua falta de estratégia ao nível dos salários das escolinhas para skill 0, mais uma vez o mercado está a dar sinais claro que os salários para skill 0 estão elevados face aos preços que estão a ser praticados, mas o governo parece que está de olhos fechados e não se apercebe desse facto. Ora vejamos, o salário máximo para skill 1 em manufactering é de 5,20PTE e o salário que as escolinhas oferecem para skill 0 é de 5PTE, sendo neste momento claramente a proposta mais alta no mercado de trabalho. Este facto está a levar a um aumento constante dos trabalhadores das escolinhas, que no caso da escolinha de manufactering já atinge os 18 funcionários. Estes funcionários já nem são todos de skill 0, muito longe disso, a maior parte já é mesmo skill 1, o que mostra claramente que este salário para skill 0 é irreal e que torna pouco atractivo aos funcionários a mudança para o sector privado aquando da chegada a skill 1 porque o salário de skill 0 nas escolinhas já iguala o de skill1 no sector privado. Isto significa um enorme desaproveitamento de mão obra portuguesa que podia estar a trabalhar em empresas com 10 trabalhadores onde o multiplicador é de 2 e que assim estão a gastar os nossos impostos numa empresa pouco produtiva que só tem um multiplicador de 1,2. Isto é muito mau para a economia nacional por duas razões, por um lado perdemos mão de obra nas nossas empresas e por outra estas empresas estão longe do seu óptimo de produção saindo mais cara cada unidade produzida por estas empresas, o que inevitavelmente leva a um desaproveitamento dos recursos estatais.

De uma vez por todas é necessário implementar uma política séria no que toca a regulação quer dos mercados de food, gifts, weapons, moving tickets e Raws, quer do mercado de trabalho. Uma regulação errada leva ao desaproveitamento dos recursos estatais diminuindo a produtividade nacional quer devido aos impostos mais pesados a que leva, quer pelo mau aproveitamento da mau de obra.

É necessário ser sensato e fazer algumas contas antes de se decidir regular um determinado mercado de bens. E no caso do mercado de trabalho o ideal seria definir uma norma de gestão para as escolinhas, que podia ser por exemplo um salário para skill 0 equivalente a 2 unidades de food Q1 ou 1 unidade de food Q2. Não precisava de ser o valor exacto,pois isso levaria a muitas mudanças, mas um valor médio. Por exemplo neste momento 4 PTE seria mais que suficiente pois é suficiente para que nos 2 dias em que o cidadão está com skill 0 possa comprar no primeiro dia comida Q1 e no segundo Q2 e ainda lhe sobram 2PTE mais a citizen fee que é de 20PTE. E de não esquecer que no dia seguinte já passa para skill 1 e 4 dias depois para skill 2.

É óbvio que não me esqueço que o poder de compra em Portugal anda bastante baixo comparado com outros países, mas solucionar este problema não se consegue forçando salários mais altos aos skill 0 nem destruindo a concorrência no mercado de food Q1. Aí a solução passa por maior eficiência das nossas empresas, onde é necessário que haja esta mão de obra que está a trabalhar em empresas de 18 trabalhadores no estado, e mais informação para os empresários. Passa também pela estimulação da exportação através de comparticipação estatal na compra de licenças de exportação para mercados previamente analisados e catalogados como potencialmente lucrativos, passa pela continuação do fortalecimento da moeda, pelo investimento e incentivo ao "baby boom", e por um extremo cuidado na definição da politica fiscal que condiciona toda a actividade económica do país.

JC

PDL - A Força da Mudança!

Congressista Abril 2009
Congressista Maio 2009
Presidente do PDL
Partido Democrático Liberal - PDL