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jcaulins
Caros Portugueses,
Tenho analisado com atenção e alguma preocupação alguns mercados onde as orgpt e as escolinhas têm intervido. Nomeadamente nos sectores onde tenho empresas activas e, como tal, tenho maior noção das margens de lucro e do preço de custo. Em especifico no sector de comida Q1, onde reparei que recentemente os administradores desta org gerida pelo governo decidiram entrar como reguladores. Esta empresa é a Comidas3 Q1 que pertence à Q1orgPT. É no mínimo estranho e pouco sensato regular um mercado onde a concorrência é muito elevada e onde os produtores já estão a vender a preço de custo ou mesmo abaixo deste. Quais as possíveis consequências? Várias empresas podem fechar portas ou focar-se apenas na exportação deixando em pouco tempo o mercado português com pouca concorrência e forçando a nova regulação. Sempre que é preciso regulação há custos para as orgPT e, como tal, para o governo português que depois precisa de aumentar os impostos para conseguir retirar PTE da Economia. Neste momento o custo de produção unitário em Portugal de comida Q1 ronda os 1,9 PTE que com os 10% de VAT dá um PVP de 2,09PTE. Esta empresa estatal está a vender exactamente a 2,09PTE, ou seja, está a vender a preço de custo. Há no entanto empresas a vender abaixo do preço de custo geral, que pode não ser o deles se comprarem Raws no estrangeiro ou se conseguirem explorar funcionários pouco alerta para os salários de mercado. Visto isto acho que fica claro para todos que este não é um mercado onde o estado se deva intrometer, visto que, está a funcionar perfeitamente com uma concorrência adequada que pode ser estragada por esta intervenção estatal.
Outro ponto que me preocupa é a continua falta de estratégia ao nível dos salários das escolinhas para skill 0, mais uma vez o mercado está a dar sinais claro que os salários para skill 0 estão elevados face aos preços que estão a ser praticados, mas o governo parece que está de olhos fechados e não se apercebe desse facto. Ora vejamos, o salário máximo para skill 1 em manufactering é de 5,20PTE e o salário que as escolinhas oferecem para skill 0 é de 5PTE, sendo neste momento claramente a proposta mais alta no mercado de trabalho. Este facto está a levar a um aumento constante dos trabalhadores das escolinhas, que no caso da escolinha de manufactering já atinge os 18 funcionários. Estes funcionários já nem são todos de skill 0, muito longe disso, a maior parte já é mesmo skill 1, o que mostra claramente que este salário para skill 0 é irreal e que torna pouco atractivo aos funcionários a mudança para o sector privado aquando da chegada a skill 1 porque o salário de skill 0 nas escolinhas já iguala o de skill1 no sector privado. Isto significa um enorme desaproveitamento de mão obra portuguesa que podia estar a trabalhar em empresas com 10 trabalhadores onde o multiplicador é de 2 e que assim estão a gastar os nossos impostos numa empresa pouco produtiva que só tem um multiplicador de 1,2. Isto é muito mau para a economia nacional por duas razões, por um lado perdemos mão de obra nas nossas empresas e por outra estas empresas estão longe do seu óptimo de produção saindo mais cara cada unidade produzida por estas empresas, o que inevitavelmente leva a um desaproveitamento dos recursos estatais.
De uma vez por todas é necessário implementar uma política séria no que toca a regulação quer dos mercados de food, gifts, weapons, moving tickets e Raws, quer do mercado de trabalho. Uma regulação errada leva ao desaproveitamento dos recursos estatais diminuindo a produtividade nacional quer devido aos impostos mais pesados a que leva, quer pelo mau aproveitamento da mau de obra.
É necessário ser sensato e fazer algumas contas antes de se decidir regular um determinado mercado de bens. E no caso do mercado de trabalho o ideal seria definir uma norma de gestão para as escolinhas, que podia ser por exemplo um salário para skill 0 equivalente a 2 unidades de food Q1 ou 1 unidade de food Q2. Não precisava de ser o valor exacto,pois isso levaria a muitas mudanças, mas um valor médio. Por exemplo neste momento 4 PTE seria mais que suficiente pois é suficiente para que nos 2 dias em que o cidadão está com skill 0 possa comprar no primeiro dia comida Q1 e no segundo Q2 e ainda lhe sobram 2PTE mais a citizen fee que é de 20PTE. E de não esquecer que no dia seguinte já passa para skill 1 e 4 dias depois para skill 2.
É óbvio que não me esqueço que o poder de compra em Portugal anda bastante baixo comparado com outros países, mas solucionar este problema não se consegue forçando salários mais altos aos skill 0 nem destruindo a concorrência no mercado de food Q1. Aí a solução passa por maior eficiência das nossas empresas, onde é necessário que haja esta mão de obra que está a trabalhar em empresas de 18 trabalhadores no estado, e mais informação para os empresários. Passa também pela estimulação da exportação através de comparticipação estatal na compra de licenças de exportação para mercados previamente analisados e catalogados como potencialmente lucrativos, passa pela continuação do fortalecimento da moeda, pelo investimento e incentivo ao "baby boom", e por um extremo cuidado na definição da politica fiscal que condiciona toda a actividade económica do país.
JC
PDL - A Força da Mudança!
Congressista Abril 2009
Congressista Maio 2009
Presidente do PDL
Partido Democrático Liberal - PDL
Comments
Bom Artigo, voted
Pois!
As escolinhas, acompanhadas por outra empresa estão a colocar no mercado (a esta hora) food Q1 a 0.015g/un que é um valor ~25% superior á média das 10 melhores ofertas no eWorld.
A terceira melhor oferta ePT está a 0.017g/un e a quarta a 0.020g/un, que é o dobro do preço das melhores ofertas no mercado mundial.
tendo em conta que temos uma região de high grain e os salários não são muito elevados, deves ter mesmo muita razão de queixa do regulador!
🙂
Muito bom artigo
acima de tudo construtivo com propostas validas
Orion5,
Antes do regulador entrar tínhamos mais empresas a vender a preços mais baixos. Mas tal como eu, algumas empresas saíram de cena porque é possível manter um preço abaixo do custo de produção ou no break-even por uns tempos para ganhar espaço no mercado, mas não há condições para fazer isso, se de repente o regulador aparece e põe mais de 400 unidades no mercado ao preço preço de custo.
Quanto ao facto de a nível mundial parecer ser um preço caro, é natural que assim seja pois o valor de troca de moeda que estás a utilizar, valor de mercado, é diferente do real valor da moeda devido a uma enorme onda de especulação. Isto faz com que mesmo que as empresas portuguesas estejam a ser muito eficientes, quando comparado em gold os nossos produtos possam parecer caros. E isto começa logo na produção de Raws, se reparares os nossos Raw materials estão bastante caros quando comparados a nível mundial, isto acontece em parte pelo mesmo motivo que já referi(diferença entre valor real da moeda e valor de mercado), mas também porque aí o mercado não está a ser muito eficiente. Daí que eu compreenderia muito mais rapidamente uma maior regulação no mercado de grain do que no de food. Se fizeres as contas vez rapidamente do que estou a falar.
😉
JC
Concordo com tudo o que disseram sobre as org.pt.
Eu estou presente no mercado de grain e existem empresas do estado a vender a preço de custo, o que levou a começar-mos a exportar quase toda a nossa produção...
JC
Não estou dentro da cabeça do regulador, mas pelo que tem sido escrito o objectivo é tornar os produtos ePT competitivos a nível internacional afim de dar escala á economia, portanto as margens de lucro teriam de encolher para se venderem mais unidades a compradores estrangeiros a partir do mercado nacional. Assim sendo talvez fosse boa ideia começar a pensar, não só no escoamento das unidades consumidas pela população residente.
Não creio que seja um mal exportar qualquer produto manufacturado em PT, antes pelo contrário essa é uma boa forma de captar gold estrangeiro que pode muito bem ser utilizado em upgrades, aquisição de licenças de exportação ou criação de novas empresas.
O facto de existir muita especulação até pode justificar desajustes momentâneos nos preços e na relação moeda/gold, no entanto e na situação portuguesa, o problema parece mais estrutural ou de mentalidade, uma vez que alguns ou não querem abdicar das suas margens ou têm empresas que nunca terão rendimento máximizado.
Aqui deve acrescentar-se que grande parte dos donos de empresas de food são também proprietários de empresas de grain, pelo que separar uma coisa da outra me parece um pouco forçado.
zepovinho
Querido JC,
Levanta o cuzinho da cadeira, poe-te a fazer contas, gasta um ticket para ires comprar grain noutro mercado (dos 23 com melhor preco do que o Portugues), e ja deixas de vender a preco de custo, passas a ter lucro e ainda por cima vendes abaixo das orgPT.
Sim, e meu objectivo e do Governo, regular os precos, seja por cima como muitas vezes acontece, seja por baixo, como e o caso neste momento.
Quanto ao nao fazer contas ao que as OrgPT colocam no mercado, meu caro JC, tomaras tu passar tantas horas a frente deste ecra com folhas de excel, documentos de word, calculadoras, etc, so para tentar que este ePais melhore.
A Gestao das OrgPT nao e sem macula, longe disso, na certeza porem, de que o que e feito e aplicado no mercado, nao o e sem consultas e informacao entre os membros deste governo.
De realcar estas duas frases:
"Se o que o regulador queria era destruir a concorrência em Portugal então esyá a fazer um bom trabalho pois já saíram pelo menos 3 empresas desde que o regulador entrou e o preço praticado por privados aumentou como seria de esperar para quem percebe alguma coisa do assunto"
e
"Desculpa o comentário longo, mas tinha de responder a tudo pois parece-me que estavas pouco por dentro de algumas situações."
Quem nao percebe nada disto es tu, e quem esta por fora de algumas situacoes es tu!
Com Grain q4 produzido pelas OrgPT, nem sequer preciso de ir la fora comprar para ainda assim vender abaixo do mercado com a funcao que e esperada das OrgPT que e lucro 0 PELO BEM DOS PORTUGUESES.
Quem nao sabe e como quem nao ve... infelizmente!
Antonio Moutinho