Rivalidades no eRepublik - Parte 3

Day 706, 12:27 Published in Brazil USA by Cavalcanti



Categoria: Geopolítica

Rivalidades, oh, rivalidades... Diria que é o motor que faz rodar as guerras no Novo Mundo, tanto rivalidades trazidas fora do jogo para dentro como rivalidades criadas dentro do jogo. Sem elas, com certeza o mundo não seria tão divertido, as vitórias não seriam tão épicas e talvez as alianças fossem bastante diferente do que são hoje. Mas... Que rivalidades são essas? O que elas já causaram por aqui? Como elas estão atualmente?

Foi pensando nas questões acima que resolvi criar um artigo tratando desse assunto que na minha opinião movimenta as guerras do eRepublik. Espero que gostem! 😉


Índice
Rivalidades no eRepublik - Parte 1
Rivalidades no eRepublik - Parte 2
Rivalidades no eRepublik - Parte 3
Rivalidades no eRepublik - Parte 4
Rivalidades no eRepublik - Parte 5 (Brazilian Special Edition)






Suécia e Polônia x Alemanha
Conversei com alguns alemães (real life) e pelo que eu pude observar a Polônia tem um butthurt/ódio histórico em relação à Alemanha na vida real. Provavelmente deve ser pela invasão alemanha à Polônia em 1939 que deu início à Segunda Guerra Mundial.

O irônico é que o mesmo se repete no eRepublik. Os alemães invadiram a Polônia, fazendo ela desaparecer do mapa. Os poloneses então vão à Alemanha e aplicam um golpe de estado (takeover), destruindo a economia alemã. Aproveitando a situação propícia a Suécia não demora e ataca a Alemanha, anexando-a.


LINHA DO TEMPO | PRIMEIRA INVASÃO SUECA NA ALEMANHA

Com a chegada da V1, os polacos assinaram um acordo com os suecos no qual previa a libertação paga pelos poloneses. Já com a Alemanha a história foi diferente. Juntamente com a V1 vieram os recursos naturais, e para o azar dos suecos eles não tinham nenhum recurso natural em alta produtividade em seu território original... mas a Alemanha tinha: três territórios com alta produtividade de Grain.

A PEACE que sempre defendia pequenas nações oprimidas ajudou a Alemanha e criou a operação chamada Burning Spirit, na qual consistia em simultâneas guerras de resistências nos seis territórios alemães sob domínio sueco.

Mas um dos maiores fails da história do eRepublik aconteceram. A Alemanha iniciou uma RW no território de Schleswig-Holstein and Hamburg (S-H) e poucas horas depois o presidente sueco enviou uma proposta de Sistema de Defesa Q5 na região, crente que a região seria assegurada pelos suecos... Acontece que a região não foi. A batalha terminou, S-H foi para a Alemanha e poucas horas depois... Tcharam! A Alemanha ganha um Sistema de Defesa Q5 em S-H de presente pelos suecos! Epic fail!

Após a Burning Spirit, a Alemanha finalmente pode ter todo o seu território original de volta. (saiba mais sobre a Burning Spirit)

Porém a Alemanha cometeu um erro. Liderada por uma equipe de "veteranos" - dentre eles DKN, Isy e Chicco - a Alemanha não entrou para a PEACE como era o esperado, mas exatamente o contrário, entrou para a Atlantis, como membro passivo, o que gerou uma imensa insatisfação dentro da PEACE que sentiu-se traída por dar a liberdade a um país e pouco depois ele dar as costas.

Essa estabilidade durou algum tempo, até que a Suécia volta a ser uma ameaça para a Alemanha, mas dessa vez ela não está sozinha: a Polônia quer vingança. A declaração de guerra da Suécia contra a Alemanha marcou o fim da ATLANTIS. (ler mais: aqui e aqui) Muitos países da Atlantis preferiram não se intrometer na guerra já que a Suécia e a Polônia, na teoria, seriam aliados bem mais importantes que a Alemanha.

E não foi só isso. O presidente alemão eleito, Shoot, na verdade era um espião sueco. Ele declarou publicamente que era sueco e que tinha enganado a todos os alemães. Ele se fez passar ser um cidadão alemão por vários meses e não encontrou obstáculos, já que a comunicação até então era em inglês e não em alemão. Leia a Declaração de Posse de shoot, chega até a ser hilário e triste ao mesmo tempo. Com o presidente sueco, a Alemanha atacou a Polônia e a Suécia apenas para ativar os MPPs desses dois países e tornar a conquista ainda mais fácil.

Você deve estar se perguntando... "Se a Atlantis não deu a mínima para a Alemanha, quem é que a ajudou?". Pois bem... por mais incrível que pareça, a PEACE.

A Alemanha desapareceu do mapa, sendo dividida entre Polônia e Suécia. Temendo que a Suécia e/ou Polônia atacassem outros países já que agora eles faziam fronteira com a Holanda, França, Itália e Áustria, a PEACE representada pela Itália, França e Hungria declara guerra à Suécia e Polônia. Com ataques simultâneos não foi muito difícil de recuperar todas as regiões alemãs.


INVASÃO SUECO-POLACA NA ALEMANHA E LIBERTAÇÃO ALEMÃ PELA PEACE

Pouco a pouco as regiões foram devolvidas à Alemanha e hoje, com políticos racionais e leais à PEACE, como Gobba - que participou da retomada da Alemanha em conjunto com forças da PEACE - a Alemanha é um país membro da aliança. (Leia mais sobre o conflito aqui)

Ainda assim, os polacos eventualmente tentam dar takeovers na Alemanha e os suecos ainda querem o território de Schleswig-Holstein and Hamburg, que possui alta produtividade de Grain - o que não existe na Suécia.












Paquistão x Suécia
A rivalidade entre Paquistão e Suécia é uma das mais antigas e tem uma peculiaridade: os dois países nunca entraram em guerra.

Acontece que no começo do eRepublik (na versão beta), o Paquistão era um país-potência no eRepublik: era povoado por muitos - mas muitos! - usuários do site 4chan (/v/). O Paquistão foi um país tomado pelo Roleplay, onde teve seu nome mudado para "Império Sagrado do Paquistão", no qual Dio Brando era o seu Deus-Imperador. (leia mais sobre Dioismo)

Já a Suécia era outro país-potência na versão beta. Chegou a ser o mais povoado, o que deixou os /v/akistanis (paródia de pakistani com /v/) chateados. Foi daí que surgiu todo o ódio /v/akistani aos Suecos, chamando-os de porcos (conhecida pela expressão "Sweden is pig disgusting"), sempre com muito bom humor.

Diversos /v/akistanis eram usuários assíduos do Fórum do eRepublik, e iniciavam vários tópicos falando de como a Suécia era pig disgusting, sempre trollando. Com a chegada da V1 em Outubro de 2008, muitos /v/akistanis perderam a vontade de jogar e deixaram o jogo. O resultado disso foi que o Paquistão foi reduzido a apenas uma região. (saiba mais da história do Paquistão)

A rivalidade /v/akistani-sueca, que parecia ter morrido, a poucos dias atrás veio a tona, com o artigo de um dos Sacerdotes Supremos do Dioismo, AgentChieftain. Confira o artigo aqui (repare no Roleplay).







Turquia x Grécia
Na vida real os dois países tem uma rivalidade histórica que data mais mil anos, desde a Idade Antiga até a Idade Contemporânea, quando a Grécia declarou independência do Império Otomano. Desde sempre, a relação entre esses dois países vem sendo marcada por períodos alternados de hostilidade mútua e reconcilação. (saiba mais)

No eRepublik não poderia ser diferente. Tudo começou com a crise política na Grécia e a por conseguinte chegada dos Goons no eRepublik. Para quem não sabe, os Goons são usuários do fórum Something Awful que entraram no eRepublik com o intuito de literalmente estragar o jogo - e se divertir com isso.

Capelli King, cidadão grego, criou um partido chamado United Greece Party que juntava vários outros partidos pequenos separados em apenas um. Com isso, ele conseguiu popularidade o suficiente para ser eleito presidente da Grécia em Maio e em Junho de 2008.

No meio de Junho de 2008, Rathen Holthon, um dissidente do United Greece Party, deixou o partido e criou um novo partido de oposição, o que gerou uma divisão no United Greece Party (UGP). Jason1 - congressista do UGP - disse à Rathen: "Have fun at failure" (algo como Divirta-se fracassando). Em reposta à essa frase, inúmeros goons entraram na Grécia.

Temendo perder o controle, Capelli King enviou ao Congresso propostas para emitir, no total, 4.300.000.000 GRD. Os GRD foram usados para comprar Gold do mercado, enriquecendo Capelli e desastrosamente desvalorizando o GRD em relação ao Gold; sequelas que a economia grega iria levar por mais três meses.

Em Julho de 2008, Rathen Holthon foi eleito Presidente da Grécia com o apoio dos Goons que dominavam a Grécia - é aí que o conflito turco-grego começa.

Os goons encheram muito, mas muito, o saco dos turcos. Sempre falavam do Genocídio armênio (algo que o governo turcos negava ter acontecido) e que Kemal Atatürk (o Presidente que modernizou a Turquia) era homossexual. Além disso, condenavam a recém-anexação de Israel feita pela Turquia.

Os turcos ficaram muito emputecidos com isso e pediram para o Governo Grego negar o que os goons estavam dizendo. O Governo Grego não o fez e em 15 de Julho de 2008, a Turquia declara guerra à Grécia - e suas aliadas, Bulgária e Romênia.

Após a declaração de guerra, os Turcos lançaram ataques bem-sucedidos à todas as regiões gregas e quando partiriam para a última região que ainda estava em pé - Central Greece - o Vice-Presidente grego recorreu à FIST (aliança que precedeu a PEACE, saiba mais) e a Grécia foi aceita como um membro da FIST com a grande maioria dos votos, o que deixou os turcos ainda mais furiosos.


EVOLUÇÃO DA PRIMEIRA GUERRA BALCÂNICA

A Turquia atacou a última região grega e as forças de coalizão da Grécia, FIST e Romênia (Bulgária assinou um tratado de paz com a Turquia e manteve-se neutra durante todo o conflito) conseguiram defender a região de Central Greece.

Esse foi o fim que levou a Primeira Guerra Balcânica.

Os goons agora vinham uma nova oportunidade: dar um takeover na Turquia; e foi o que aconteceu. Com a Turquia e Grécia sob o seu comando, os goons formaram o Império Bizantino, que não durou muito tempo. Com a morte de Phaedrus Lidox (Presidente goon da Turquia), muitos goons deixaram o jogo, alguns outros foram para o México, onde não sobreviveram por muito tempo.

Meses depois, em Dezembro de 2008, a Turquia - sem mais goons no controle - declarou guerra à Grécia e conquistou a sua última região: Central Greece. Foi a Segunda Guerra Balcânica, que durou um dia apenas.

Em meados de 2009, os gregos com apoio principalmente dos EUA conseguiram libertar 3 regiões gregas, uma delas Central Greece, depósito com alta produtividade ferro.

Os turcos declararam guerra mas a Grécia já não era mais aquele pequeno país indefeso como antes, além de ter vários aliados fortes a seu lado. Foi a Terceira Guerra Balcânica.


EVOLUÇÃO DA TERCEIRA GUERRA BALCÂNICA

A Terceira Guerra Balcânica resultou na recuperação de todos os territórios gregos contra os turcos. A guerra ainda está aberta, com 11 MPPs para o lado grego, logo, pode ser um foco de um conflito importante no futuro...









Itália x Teocratas
Tudo começou no final de dezembro de 2008 quando um grupo de soldados do Exército Italiano decidiu fazer um takeover na África do Sul, roubando seus recursos e destruindo sua economia, porém os motivos desse ato e sua ligação com a Itália nunca foi mostrada.

Quando o grupo voltou à Itália, foi alvo de críticas do congresso e governo italiano. O novo comandante do Exército Italiano, vegaicm, infeliz com a situação criada em volta do grupo que fez takeover, escreveu um artigo com sua resignação de cargo.

Essa resignação e o impeachment do então presidente Colinar
fez esse grupo sair do Exército Italiano, seguindo de um artigo com hostilidades à política italiana e, os italianos do jeito que não tem papas na língua, ficaram furiosíssimos com isso.

Esse grupo ficou mundialmente conhecido como os Teocratas, que fizeram um takeover na Suíça, estabelecendo um grande comunismo "teocrata", onde todos trabalham para o grupo.


Os Teocratas queriam construir a "Terceira Via" (na época existia dois blocos de poder: PEACE e Atlantis) e foram neutros em alguns conflitos, lutando algumas vezes pela PEACE, algumas vezes pelas Atlantis.

No entanto, o ápice da rivalidade italo-teocrata ainda estava por vir. E a sua neutralidade estava por acabar.

Após um acordo com os Espanhóis (que tinham guerra aberta com a Itália), os Teocratas prepararam-se para atacar a Itália. Tudo ocorreu na batalha mais "suja" da história do eRepublik, a da Sardenha.

A Espanha ataca a região italiana da Sardenha com o único propósito de conquistá-la e destruir o Hospital Q5 ali localizado - apenas para emputecer os italianos. Mesmo com todo o apoio da PEACE, e o Exército Italiano lutando como nunca, a derrota foi inevitável e as hostilidades entre os teocratas e italianos só aumentaram.

O tempo se passou - a Suíça já não era mais neutra e lutava contra a PEACE sempre - e a Nação Teocrática da Suíça (como ela era chamada) encontrou o seu maior pesadelo: a Hungria.

A Hungria, que na época ainda tinha o controle da região alemã de Baden-Wurttemberg atacou a Suíça com toda a força e a varreu do mapa.

Os teocratas passaram um tempo sem país mas logo depois foram até o Japão, libertando regiões sul-coreanas (o Japão tinha anexado a Coreia do Sul com o consentimento dos sul-coreanos), criando a Nação Teocratica da Coreia do Sul.

Os Teocratas foram um grupo de apenas italianos no começo, mas nos dias de hoje muitos teocratas (talvez a maioria) seja não-italianos. Possui uma quantia considerável de espanhóis, alguns portugueses e sérvios/croatas.











Croácia x Itália
Pelo pouco que pude observar (e ler na internet) os dois países não tem uma tensão na vida real, mas no eRepublik os croatas fizeram os italianos sentirem ódio por eles.

Tudo aconteceu quando os croatas moveram-se em massa para a Itália e no dia 25 de Julho de 2009 deram um takeover bem sucedido no Congresso, com um partido chamado La Vendetta Dei Sith (A vingança dos Sith). Mesmo com esforços da PEACE que estavam divididos em operações de anti-takeover em outros países, o takeover do Congresso não pode ser evitado.

Com o poder do Congresso, os croatas emitiram cerca de 2 milhões de ITL, quebrando a economia italiana que ainda sofrem sequelas por um bom tempo. Até hoje a Itália ainda sofre para reestabelecer a sua economia e muitos italianos, que sempre foram fiel à PEACE (o Exército Italiano foi um dos mais fortes a cerca de 4/5 meses atrás), sentiram-se deixados de lado pela aliança.

Desde então uma parcela da população italiana não vê a PEACE com bons olhos - tudo o que a Croácia queria, semear a discórdia internamente.

Hoje os países estão em paz, mas os italianos temem o que os croatas possam fazer estando com tanta moeda italiana em posse.







Continua nos próximos artigos...




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