Possível independência da Catalunha e o seu aparecimento no Erepublik

Day 1,778, 11:16 Published in Portugal Portugal by Eduardo F. Pinho

Possível independência da Catalunha e o seu aparecimento no Erepublik

Neste artigo venho referir a possibilidade da independência Catalã, e, como referido no título, o seu aparecimento no Erepublik. Para isso vou abranger duas áreas: na vida real (que, como vocês, considero mais importante do que a vida virtual e, portanto, vou discuti-la mais profundamente) e, obviamente, no Erepublik.

NA VIDA REAL.
Há poucos dias escrevi, num comentário, o cenário de um possível novo país no mundo Erepublik. Os comentários foram desde aprovação à declaração da minha insanidade.

A verdade é que, também há poucos dias, foi noticiado a elaboração de um referendo (ou seja, uma votação) no qual a população catalã e, somente, a catalã poderão exprimir a sua vontade, ou não, de se tornarem independentes do governo central situado em Madrid.

A votação ficará agendada para depois das próximas eleições regionais, talvez como uma espécie de propaganda para assegurar a eleição e consequente vitória de certo(s) partido(s).

É mais que verdade que, se ⅔ da população catalã votarem a favor, o resultado do referendo for apresentado à ONU e a sua legalidade e legitimidade acabar por ser confirmada, aos olhos da ONU e do resto do Mundo, a Catalunha será independente de Madrid, mesmo que Madrid discorde.

Caso Catalunha se torne independente e se junte à U.E., o que pode em todo o seu direito fazer e até seria o mais certo a fazer na economia atual, receberá milhões de euros em apoios financeiros e caso os invista bem, pode aumenta-los e MANTE-LOS durante anos. Pode, também, mesmo que só ligeiramente, impulsionar a economia europeia. Isto pelo lado bom.

Pelo lado contrário, sendo a Catalunha uma área rica em recursos naturais e demográficos, a sua segregação pode e vai levar ao colapso financeiro e social toda a Espanha, podendo mesmo desencadear uma guerra Civil. O que não seria de todo absurdo pois Espanha teve uma guerra Civil há menos de 60 anos, o que em tempo histórico é pouco (por ex.: os EUA são um país novo pois SÓ têm 236 anos [à data da declaração da independência], percebem a ironia?).

O que também pode levar Espanha a uma guerra Civil é o facto de que se a Catalunha se tornar independente pode servir de exemplo a outras regiões espanholas, como o País Basco, mas não acredito que a ONU aceite a sua independência pois esta região, quando viu a sua independência negada, virou-se demasiado depressa para a violência (a ETA, caso não se lembrem, causou a morte a muitas pessoas) e da mesma maneira que poderiam ser, rapidamente, nossos aliados, podiam com a mesma facilidade aliar-se ao Irão e à Coreia do Norte, o que criaria forte tensão militar, social e política nas redondezas.

E, se Espanha vier a ter uma guerra Civil, pode facilmente alastrar à Grécia, pois este povo está socialmente e economicamente, muito, mas muito pior que Espanha, Portugal, Irlanda e Itália.

Já em Portugal duvido que vá haver guerra Civil pois os portugueses não têm uma personalidade tão agressiva, expeto alguns grupos anarquistas que poderão tentar uma manobra arriscada, mas que, em princípio, não dará em nada. Aliás, são esses grupos anarquistas que, muitas vezes, começam os desacatos entre polícia e civis nas manifestações.
Contudo, uma guerra Civil na Europa poria o Mundo em risco de entrar numa 3ª Guerra Mundial, que poria as mortes das duas anteriores Guerras Mundiais num canto, porque o número de países (e por conseguinte, o número de exércitos) aumentou, da mesma maneira que o número de soldados, máquinas de guerra e armamento de todo o tipo, aumentaram e melhoraram. Isto porque a humanidade é um barril de pólvora e para nós (humanos) tudo é um fósforo.

Tudo isto para chegar à conclusão que a independência da Catalunha poria em risco o mundo ocidental. O que não é, de maneira alguma, razão para os catalães não se tornarem independentes, pois, desde que cumpram as regras estabelecidas pela U.E. e pela ONU, eles têm todo o direito de se tornarem independentes.

NO EREPUBLIK
Agora que a possibilidade da independência da Catalunha foi esmiuçada o suficiente para perceberem os seus resultados, quero referir que a ideia de uma eCatalunha não é tão remota como se pensa.

Sobre o assunto, alguns jogadores descartaram essa possibilidade graças a exemplos como a segregação do Kosovo, que, como se sabe, não tem representante aqui no Erepublik.

Porquê? Porque é logico. Mesmo hoje em dia, nas regiões da ex-URSS e da ex-Jugoslávia, existe muita tensão, em parte devido a diferentes religiões, mas também por causa de rancores, recursos naturais, culturas diferentes, etc.
Logo, seria uma estupidez a administração do Erepublik gastar milhares, senão mais, em servidores e representações para países como o Kosovo, pois, graças à crise, a tensão nessas regiões aumentou e é muito provável que até ao final da década, mais meia dúzia de novos países apareçam, apenas para descobrirem que não têm financiamento para se manterem independentes e voltarem a ser como estavam (coisas como estas já aconteceram durante a Grécia antiga e com os povos bárbaros durante o pico do império romano). E mesmo que os administradores decidam investir no Kosovo, seria o mesmo que deitar dinheiro ao lixo, pois esse país não tem população com poder de compra suficiente para compensar o dinheiro investido pelo Erepublik, obviamente criando prejuízo que afetará, negativamente, outras áreas do jogo, como o preço do Gold.

No entanto, com a possível independência da Catalunha, o Kosovo e a Catalunha são de longe casos muito diferentes. Desde que tudo corra bem, a Catalunha, como país, seria um lugar estável (exceto, talvez, durante os primeiros anos) em que, graças aos apoios monetários e ao investimento estrangeiro, os seus habitantes teriam elevado poder de compra, com sorte, ao mesmo nível que a Alemanha, Luxemburgo e Reino Unido, podendo os administradores recuperar mais do dobro do que o que investiram, isto pensando a longo prazo.

É verdade, e não vou esconder, que este artigo tem muitos sês: «se o referendo for em frente...»; «se o referendo for aprovado pela ONU...»; «se eles ficarem, efetivamente, independentes...»; «se não, eventualmente, resultar numa 3ª Guerra Mundial...» e muitos outros, mas, ainda assim, há tantas coisas contra o aparecimento da Catalunha como país no Erepublik, como as há a favor.

Noutros assuntos, podem estar a questionar-se sobre a utilidade deste artigo aqui no Erepublik, mas, o que poderá acontecer na vida real VAI afetar-nos e, como calculo que não hajam muitos catalães a lutarem por eEspanha, os, talvez, eCatalães, poderão ser aliados de ePortugal. E nestes duros momentos pelos quais passamos agora, mais aliados seriam uma grande mais-valia, certo?

Para além disso, escrevi este artigo, também, para tentar reviver o meu jornal e mostrar-me quão observador do mundo que nos rodeia eu sou, embora estas últimas razões também sejam algo egoístas. Por último, creio, também, ser, pelo menos, o primeiro jornal ePortuguês a discutir abertamente o assunto, o que me deixa, pessoalmente, orgulhoso.

Assim termina este artigo, obrigada por o lerem.

Os meus maiores cumprimentos,
Eduardo Pinho.