Possível independência da Catalunha e o seu aparecimento no Erepublik
Eduardo F. Pinho
Possível independência da Catalunha e o seu aparecimento no Erepublik
Neste artigo venho referir a possibilidade da independência Catalã, e, como referido no título, o seu aparecimento no Erepublik. Para isso vou abranger duas áreas: na vida real (que, como vocês, considero mais importante do que a vida virtual e, portanto, vou discuti-la mais profundamente) e, obviamente, no Erepublik.
NA VIDA REAL.
Há poucos dias escrevi, num comentário, o cenário de um possível novo país no mundo Erepublik. Os comentários foram desde aprovação à declaração da minha insanidade.
A verdade é que, também há poucos dias, foi noticiado a elaboração de um referendo (ou seja, uma votação) no qual a população catalã e, somente, a catalã poderão exprimir a sua vontade, ou não, de se tornarem independentes do governo central situado em Madrid.
A votação ficará agendada para depois das próximas eleições regionais, talvez como uma espécie de propaganda para assegurar a eleição e consequente vitória de certo(s) partido(s).
É mais que verdade que, se ⅔ da população catalã votarem a favor, o resultado do referendo for apresentado à ONU e a sua legalidade e legitimidade acabar por ser confirmada, aos olhos da ONU e do resto do Mundo, a Catalunha será independente de Madrid, mesmo que Madrid discorde.
Caso Catalunha se torne independente e se junte à U.E., o que pode em todo o seu direito fazer e até seria o mais certo a fazer na economia atual, receberá milhões de euros em apoios financeiros e caso os invista bem, pode aumenta-los e MANTE-LOS durante anos. Pode, também, mesmo que só ligeiramente, impulsionar a economia europeia. Isto pelo lado bom.
Pelo lado contrário, sendo a Catalunha uma área rica em recursos naturais e demográficos, a sua segregação pode e vai levar ao colapso financeiro e social toda a Espanha, podendo mesmo desencadear uma guerra Civil. O que não seria de todo absurdo pois Espanha teve uma guerra Civil há menos de 60 anos, o que em tempo histórico é pouco (por ex.: os EUA são um país novo pois SÓ têm 236 anos [à data da declaração da independência], percebem a ironia?).
O que também pode levar Espanha a uma guerra Civil é o facto de que se a Catalunha se tornar independente pode servir de exemplo a outras regiões espanholas, como o País Basco, mas não acredito que a ONU aceite a sua independência pois esta região, quando viu a sua independência negada, virou-se demasiado depressa para a violência (a ETA, caso não se lembrem, causou a morte a muitas pessoas) e da mesma maneira que poderiam ser, rapidamente, nossos aliados, podiam com a mesma facilidade aliar-se ao Irão e à Coreia do Norte, o que criaria forte tensão militar, social e política nas redondezas.
E, se Espanha vier a ter uma guerra Civil, pode facilmente alastrar à Grécia, pois este povo está socialmente e economicamente, muito, mas muito pior que Espanha, Portugal, Irlanda e Itália.
Já em Portugal duvido que vá haver guerra Civil pois os portugueses não têm uma personalidade tão agressiva, expeto alguns grupos anarquistas que poderão tentar uma manobra arriscada, mas que, em princípio, não dará em nada. Aliás, são esses grupos anarquistas que, muitas vezes, começam os desacatos entre polícia e civis nas manifestações.
Contudo, uma guerra Civil na Europa poria o Mundo em risco de entrar numa 3ª Guerra Mundial, que poria as mortes das duas anteriores Guerras Mundiais num canto, porque o número de países (e por conseguinte, o número de exércitos) aumentou, da mesma maneira que o número de soldados, máquinas de guerra e armamento de todo o tipo, aumentaram e melhoraram. Isto porque a humanidade é um barril de pólvora e para nós (humanos) tudo é um fósforo.
Tudo isto para chegar à conclusão que a independência da Catalunha poria em risco o mundo ocidental. O que não é, de maneira alguma, razão para os catalães não se tornarem independentes, pois, desde que cumpram as regras estabelecidas pela U.E. e pela ONU, eles têm todo o direito de se tornarem independentes.
NO EREPUBLIK
Agora que a possibilidade da independência da Catalunha foi esmiuçada o suficiente para perceberem os seus resultados, quero referir que a ideia de uma eCatalunha não é tão remota como se pensa.
Sobre o assunto, alguns jogadores descartaram essa possibilidade graças a exemplos como a segregação do Kosovo, que, como se sabe, não tem representante aqui no Erepublik.
Porquê? Porque é logico. Mesmo hoje em dia, nas regiões da ex-URSS e da ex-Jugoslávia, existe muita tensão, em parte devido a diferentes religiões, mas também por causa de rancores, recursos naturais, culturas diferentes, etc.
Logo, seria uma estupidez a administração do Erepublik gastar milhares, senão mais, em servidores e representações para países como o Kosovo, pois, graças à crise, a tensão nessas regiões aumentou e é muito provável que até ao final da década, mais meia dúzia de novos países apareçam, apenas para descobrirem que não têm financiamento para se manterem independentes e voltarem a ser como estavam (coisas como estas já aconteceram durante a Grécia antiga e com os povos bárbaros durante o pico do império romano). E mesmo que os administradores decidam investir no Kosovo, seria o mesmo que deitar dinheiro ao lixo, pois esse país não tem população com poder de compra suficiente para compensar o dinheiro investido pelo Erepublik, obviamente criando prejuízo que afetará, negativamente, outras áreas do jogo, como o preço do Gold.
No entanto, com a possível independência da Catalunha, o Kosovo e a Catalunha são de longe casos muito diferentes. Desde que tudo corra bem, a Catalunha, como país, seria um lugar estável (exceto, talvez, durante os primeiros anos) em que, graças aos apoios monetários e ao investimento estrangeiro, os seus habitantes teriam elevado poder de compra, com sorte, ao mesmo nível que a Alemanha, Luxemburgo e Reino Unido, podendo os administradores recuperar mais do dobro do que o que investiram, isto pensando a longo prazo.
É verdade, e não vou esconder, que este artigo tem muitos sês: «se o referendo for em frente...»; «se o referendo for aprovado pela ONU...»; «se eles ficarem, efetivamente, independentes...»; «se não, eventualmente, resultar numa 3ª Guerra Mundial...» e muitos outros, mas, ainda assim, há tantas coisas contra o aparecimento da Catalunha como país no Erepublik, como as há a favor.
Noutros assuntos, podem estar a questionar-se sobre a utilidade deste artigo aqui no Erepublik, mas, o que poderá acontecer na vida real VAI afetar-nos e, como calculo que não hajam muitos catalães a lutarem por eEspanha, os, talvez, eCatalães, poderão ser aliados de ePortugal. E nestes duros momentos pelos quais passamos agora, mais aliados seriam uma grande mais-valia, certo?
Para além disso, escrevi este artigo, também, para tentar reviver o meu jornal e mostrar-me quão observador do mundo que nos rodeia eu sou, embora estas últimas razões também sejam algo egoístas. Por último, creio, também, ser, pelo menos, o primeiro jornal ePortuguês a discutir abertamente o assunto, o que me deixa, pessoalmente, orgulhoso.
Assim termina este artigo, obrigada por o lerem.
Os meus maiores cumprimentos,
Eduardo Pinho.
Comments
Mesmo antes do referendo, se fosse criada a eCatalunha a polémica levaria a enormes baby-booms tanto na Espanha como na Catalunha, o que encheria os bolsos do Plato
Hmmm gold
Isso que disseste sobre uma Catalunha rica inicialmente é absurdo. A unica coisa que a Catalunha teria direito ao se separar da Espanha seria o respectivo valor que lhe compete da recaudação de impostos. (6 mil milh aprox.)
O próprio Artur Mas, ja admitiu publicamente que so para gerir os gastos comuns anuais da Catalunha sao preciso 5. Logo no primeiro ano começariam com 74% de divido sobre o PIB (dado oficial da UE disponibilizado na semana passada) e só seria possivel atravessar o (Cont..)
primeiro ano através de financiamente nos mercados e dos "governos amigos". Artur Mas dixit.
Com tudo isto gostaria de esclarecer que esta conversola toda da independencia (mais uma vez) não passa de pressões para conseguir (uma vez mais) forçar o governo central a dar á Catalunha o mesmo pacto fiscal que tem o país basco (concessão dada por alturas em que a ETA atingiu o seu climax) e que consiste em ter total poder sobre os seus proprios impostos e não perdendo o direito de receber (cont)
Portvcalem não te esqueças que em 1974 Portugal precisou de chamar o FMI, mas, após entrar na UE pôde investir tanto dinheiro que somos agora, inutilmente, o 6º país da europa com mais estrada. Á nossa frente só países grandes como o R.U., Alemanha, França, Itália e Espanha.
mais dinheiro do governo central tal como agora.
A UE ja veio esclarecer que a independencia da actual provincia custaria a cada catalão cerca de 7500 euros ano e a cada espanhol 4/5 mil.
Revisa bem as tua informações porque parece que andaste a ler muita propaganda separatista.
Cumprimentos
Por isso, não sabes quão grande se pode tornar uma Catalunha europeia, economicamente falando.
Eduardo Pinho, tens ideia dos requesitos para a entrada na UE? Sem esquecer que a Espanha se ia opor, e com o veto espanhol não vejo como essa entrada seria viavel.
Eduardo Pinho, sei que para começar ia estar practicamente na bancarrota e sei que com menos 7500 euros por ano por cada cidadão a situação social e empresarial ia ser totalmente nefasta.
Com o referendo e aprovação da ONU, aos olhos do Mundo a Catalunha seria, por todos os efeitos, independente.
O que não garantiza a entrada da Catalunha na UE. Nem de perto nem de longe.
O veto espanhol assim como a solidariedade dos restantes estados membro é facilmente previsivel o que por si só complica bastante o futuro.
Não sei se serás catalão mas és mais optimista que o proprio Artur Mas. Até ele já disse que a acontecer seriam tempos dificeis e só com ajudas externas poderia sobreviver, inclusive o primeiro ano.
Já para não dizer que actualmente não me parece que o supermercado da UE esteja para dar dinheiro. Até me parece que a UE está mais proxima do desaparecimento ou restruturação que de dar dinheiro a novos membros. Isso é uma utopia.
Como referi no texto! Mas uma catalunha bem gerida pode atrair muito investimento externo.
mas o efeito em cadeia causado pela independência catalã pode colapsar o mundo ocidental e tornar a independência catalã algo fútil
Eduardo Pinho, qualquer estado bem gerido pode atrair investimento externo.
A UE também ja avisou a Catalunha que uma das situações compreensiveis que costumam acontecer nestes casos é grande parte do tecido empresarial abandonar a região por temor ao futuro, já que a subida dos impostos é practicamente irreversivel.
Estou de acordo contigo quando dizes que poderia colapsar a UE. Já não falta muito e isso seria a gota de agua.
Sou novo nestas cenas mas concordo com o Eduardo, especialmente na parte da 3ª guerra mindial, o mundo está muito volátil agora...... mas tb concordo, em parte, com o Portvcalem
A catalinha independente na RL demorará anos (divisão de bens, de divida, reconhecimento etc). O referendo enferma ainda de um problema grave de legitimidade: eles querem que apenas os catalães de nascimento votem e não os residentes, o que face á lei internacional é ilegal, como bem se compreende.
Quanto ao erepublik, . nada de especial: não será este ano, nem no proximo, nem daqui a dois.
e o kosovo só poderá ser ponderada a entrada no dia (que não será tão cedo) em que a onu reconheça a sua independencia.
a separação da catalunha de espanha nunca será executada pelo poder do voto mas sim pelo som das armas.
o voto é apenas uma ferramenta de manutenção do status quo. nunca na vida existiria um referendo que permitisse a separação de regiões soberanas
Felicito a Eduardo por el artículo, el cual no comparto pues se asemeja a una novela ciencia ficción. En la RL el Govern de Cataluña está quebrado, y sobrevive gracias a la solidaridad del resto de regiones. President Mas intenta ocultar su nefasta gestión sembrando odio entre ciudadanos, no queriendo convivir con los demás. Si alguien no está contento de vivir en España, se puede ir, si alguien gana con la secesión independentista es España, pues Catalonia es inviable como la historia demuestra
Bom... A Catalunha concentra a maior parte da indústria dita espanhola. Espanha sem a Catalunha é 1 espécie de Alentejo, só q maior. E esta é a dimensão do problema.
Qto ao País Basco e ao facto de terem (1 minoria) enveredado pela violência, quer franceses, quer espanhóis andaram desde o séc. XVII a dizimar os bascos. São mtos séculos de ocupação, de humilhação e violência sobre o País Basco, qdo estes nunca tinham feito mal a ninguém (excepto aos romanos).
N é por acaso q 1º carpet bombing da história, durante a Guerra Civil Espanhola, é feito sobre Guernica, uma cidade do País Basco. A Legião Condor alemã treinava sobre os bascos as tácticas usadas dp na WWII em Varsóvia, Londres, etc.
Comparativa/, aquilo q a ETA fez, apesar de condenável, é 1 gota de água num oceano de morte.
Msm assim e talvez pq linguística e genetica/ (grupo O predomina) nada tenham a ver c/ os restantes países europeus, ainda continuamos a usar a expressão País Basco.
Los ciudadanos de España sin Cataluña mejorarían su PIB, pues la "riqueza" de Cataluña viene de las ventas a España que no de producción, es una riqueza ficticia sólamente fiscal. Las grandes empresas situadas en cataluña son meras sucursales de empresas extranjeras, Nestle, Danone, etc.. sólo estan en Cataluña por costos de cercanía con la frontera. Esas empresas se relocalizarían en otras regiones. La realidad económica de Cataluña es artificial sin financiación que mantenga las mentiras en TV
Leitura muito interessante,incluindo comentários Votadissimo!
Este jogo necessita de um pouco de discussões sobre RL, porque com a actual crise mundial (económica, de valores, politica) refugiarmos-nos em mundos virtuais sem nenhum proveito de valores ou ideias a tirar daqui é bastante negativo.
E se as pessoas que aqui vem, possuem esse gosto ou aptidão pelo lado económico, politico ou militar, é um completo desperdício não participarem no mundo real.
Gosto da forma como o taçardo Portvcalem defende, com unhas e dentes, a continuação do poderii colonialista de Madrid.
HAIL COLOMBIA...
HAIL PORTUGAL...
http://www.erepublik.com/es/article/hail-colombia-hail-portugal-2132504/1/20
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bom artigo...
parabéns ao Portvcalem pela clarividência com que evidencia os factos...