Mapa Político do eBrasil (Parte 2)

Day 1,071, 11:52 Published in Brazil Brazil by Joao Unger

Falei na primeira parte sobre política, e disse que queria mostrar um jeito melhor de situar pessoas no espectro ideológico, leia agora a segunda parte.

O sistema que utilizarei para descrever o espectro político é dividido em dois eixos: econômico e social.


O eixo econômico fala sobre a o nível de interferência do estado na economia que a pessoa aceita, indo desde o total controle da economia pelo estado (comunismo) ao total controle da economia pela iniciativa privada (neo-liberalismo). Esse eixo horizontal é sobre como a pessoa acha que a economia deve funcionar, sendo mais controlada pelo estado ou mais controlada pela iniciativa privada. Pessoas de direita tentem a acreditar numa economia de mercado, onde empresas privadas sejam a maioria.


Na direita variamos de intervencionistas (aqueles que acham que o estado deve interferir em alguns pedaços da economia, mas sem tirar a base privada dela), a excepcionistas (que acreditam que o estado deve cuidar dos monopólios naturais, ou só de áreas onde a competição seja impossível) e anarcocapitalistas (que acreditam que o estado não deve mexer de maneira nenhuma na economia).

A direita também é chamada de liberalismo econômico, e seus defensores costumam ter como bandeiras a liberdade econômica, baixos impostos e menor controle do estado na área econômica.


Já na esquerda temos pessoas que acreditam que o estado deve controlar mais a economia, variando de social-democratas (muitas agências reguladoras e intervencionismo mais frequente que o da centro-direita) a comunistas (100% das empresas são do estado)

A esquerda defende no minimo que o estado guie a economia através de agências reguladoras, empresas estatais e impostos relativamente altos. Além disso esquerdistas costumam defender políticas de assistencialismo e intervencionismo (como padrão). Na esquerda também se encontram coletivistas.


No eixo social temos diferenças quanto a leis que controlem o comportamento de cada pessoa. Em cima temos quadrantes autoritários, e embaixo libertários.


Os libertários defendem pouco ou nenhum controle do estado sobre as ações de indivíduos, sendo a total falta de leis sobre o comportamento pessoal o máximo de libertarianismo que se pode atingir. Entre libertários temos minimalistas (que acreditam num estado mínimo, que só cuida da saúde, educação e segurança, por exemplo), pessoas que só aceitam que o estado proíba que uma pessoa faça mal a outra e pessoas que não querem estado nenhum.


Já o setor autoritário temos pessoas que aceitam maior controle do estado sobre ações individuais. Nesse setor se encontram pessoas com tendências coletivistas forçadas (a ideia de que bem coletivo justifica perda de certas liberdades), ditatorais e, no extremo, totalitaristas (o total controle das pessoas pelo estado).





Um ponto importante é lembrar que a descrição acima se concentra, principalmente, nos extremos, e que a diferença entre esquerda e direita e libertarianismo e autoritarismo nas regiões mais centrais podem ser bem poucas, como ser contra ou a favor do aborto, da eutanásia, etc –sendo mais pra meio-libertários os a favor e meio-autoritários os contra.

Por isso existe o chamado centro político, com pessoas que ficam no meio-termo entre uma posição e outra, podendo ser mais voltado a um lado do que a outro (por isso temos a centro-esquerda e a centro-direita) ou absorvendo partes de um lado e de outro (é o caso da democracia-cristã e da terceira via).

Termino aqui definições, e na próxima parte do artigo lanço uma proposta aos partidos do eBrasil.

Comentem: Em quais quadrantes estão os partidos do eBrasil, em sua opinião?
P.S.: Nínguem respondeu a trivia mas a resposta é: Do logo do Windows