Leituras Rápidas: A Loucura no Mercado I - Às Armas, filhos do Dicionário

Day 2,971, 08:39 Published in Brazil Brazil by Cellor

Essa edição foi escrita para ser publicada amanhã, pois eu não estava (ainda não estou, mas tudo bem) afim de pagar para ver se vou ter assunto para falar amanhã, mas, depois da minha vitória sobre a Falta de Assunto, resolvi tentar na sorte. Já que estou resistindo à apostar na Power Spin. O fato é que, a loucura e preguiça sobre a qual discorri virou noticia velha perto do lançamento da Fantástica Fábrica do Anti-Willy Wonka. Ela, na verdade já é antiga. Mas, recentemente ela se tornou fantástica E só um Anti-Willy Wonka copiando os trejeitos do Willy Wonka do Jhonny Deep para gerenciá-la rumo à máxima eficiência de desperdício. Funciona assim. Você paga para trabalhar. Depois paga para que levem o fruto do seu trabalho. Sem ganhar uma recompensa em troca.
Consideremos que um cidadão qualquer, sem posses salvo sua casa, decida comprar uma fábrica e se vê entre as que produzem matérias primas e as que produzem manufaturados. Talvez sejam maquinofaturados. Mas vou divagando. Eu não sou economista, mas, se um cidadão pretende fazer isso ele tem que fazer de modo que, no mínimo, o emprego cubra suas necessidades, de forma que o salário se converta exclusivamente em lucro. Então ele decide, por sabe-se lá que cargas d’água, entrar no mercado de armas. Isso é proveitoso para nós, pois esse cidadão se tornará nossa cobaia. Ele decide começar por baixo. Não tem muito dinheiro. Então, com custo, ele compra uma mina de ferro. Ele lê o artigo da Nova Gazeta Mercantil eBrasil e, vendo que não pode conseguir uma Mina de Alumínio e decide que a mina de ferro realmente é a melhor opção. E, mesmo sem ser economista, faz algumas contas. Primeiro, a Mina tem que cobrir o custo de comprar comida para trabalhar nela. Depois tem que cobrir o custo do imposto sobre o produto. Enquanto essa matéria é escrita, o menor custo para se obter 10 de energia, para trabalhar na mina, é 0,5 BRL. E o Imposto sobre o Trabalho (WT) está na casa do 1,85 BRL. Ele trabalha, e, como o eBrasil é um país para se levar a sério, com bônus de 100% para armas e material, consegue 70 materiais bélicos. Ele vende no mercado e, estando os preços a 0,07, ele consegue 4,9. Descontando o imposto pelo trabalho e o custo para se sustentar trabalhando, e ele consegue 2,55 BRL. Desses, ele vai descontar mais 0,5 para trabalhar no emprego e, como ele faz hora extra, já que tem casa, mais 0,5. Ele termina o dia com 1,55 BRL de lucro da mina. E até aí estamos sãos e felizes.
Mas ele não quer 1,55 BRL.
Ele, um estudante ávido de Ciências humanas, pois ele não faz pacto com o chifrudo, se lembra da aula de geografia. Das vantagens que os senhores do setor secundário da economia, industriais, têm por vender produtos com alto valor agregado. Então ele começa a fazer as contas. Sem calculadora, pois não é preciso pacto com o tinhoso quando o Anti-Willy Wonka aparece para bagunçar as eVidas. Ele percebe que precisaria de 10 gold para comprar uma fábrica de armas. Q1. Se fosse comprar usada, conseguiria por 9. Se alguém que vendesse tivesse realmente em necessidade, ele levaria por 6, por que menos que isso mais valeria dissolver a companhia. Ele então vai verificar o mercado, e se depara com o completo contrassenso que motivou essa matéria. Eu pensei que, com o desespero que está sendo demonstrado para vender as armas, uma hora elas chegariam a 0,07 BRL. Sim, o preço do material. Na época eu pensei isso como uma piada interna. Uma piada muito interna. Que só eu e eu mesmo entenderíamos. E, finalmente, surpreendentemente, eu vi que tinha razão. No dia, eu havia prometido que faria um artigo sobre isso, e, piada ou não, aconteceu. E eu tenho que honrar minha promessa.
Voltando ao nosso cidadão, ele não acredita no que vê. Ele manda mensagem para o tutor do EDUCA, e descobre que uma fábrica Q1 de armas converte 200 materiais em 20 armas. Isso significa que cada arma Q1, só de material, sem mais nada, custa 0,70 BRL para ser feita. Dez vezes o preço que elas estão sendo vendidas. Mais imposto sobre trabalho. Mais imposto sobre Manufaturados (VAT).
- Não. Não é possível. É mentira! – O Cidadão grita, dilacerado pela notícia, para o Anti-Willy Wonka.
- No, Luke, I am your father... ehr.... Desculpe. Fala errada... Esta deveria ter vindo antes de você ficar dilacerado... Ou não... espere um pouco... Aqui está: Não, Cidadão. O preço é sete centavos de BRL.
Ele decide olhar os outros preços. Uma arma Q2 custa 1,4 BRL em material para ser feita. Uma arma Q3 custa 2,1. E, no mercado, estavam por 0,15 BRL e 0,20 BRL.
E o nosso cidadão, já com a mão decepada pelo Anti-Willy Wonka que agora também é Darth Vader, tenta se comunicar com a Léia, mas ela está em uma galáxia muito, muito distante e não chega a tempo de salvá-lo. Ele cai, e esse é o fim do nosso cidadão-cobaia.
Mas aparece um outro, cheio de coragem, para dizer:
- Bem, se eu produzir o material, posso vender as armas que produzo com o material a qualquer preço. Não é?
- É, se você quiser levar prejuízo. Você lucraria, sem considerar o imposto sobre manufaturados, dez vezes mais só vendendo o material.
E mais um cidadão morre de desgosto. Mas o problema não é só no eBrasil. É no eMundo. A Polônia, que paga alguns dos melhores salários, o que faz supor que seus habitantes tem um poder de consumo maior, tem armas no mercado à 0,08 para Q1, 0,10 para Q2 e 0,22 para Q3. A Hungria, apontada como uma economia eficiente, tem valores de 6, 9 e 10 centavos de BRL (tecnicamente é CC ou MC, mas gente velha fala BRL). Nesses países, o preço de Material bélico é de 0,07BRL também. Ou seja, na Hungria é mais barato comprar uma arma que o material para fazê-la. Claro, que os preços praticados em armas Q5, Q6 e Q7 não são tão surreais, e esse é o motivo pelo qual, enquanto chove fábricas de armas Q1, Q2 e Q3 no mercado de Empresas, para adquirir uma fabrica de armas Q7 o preço atinge inacreditáveis 1107,00 Gold. Traduzindo em termos de BRL, por volta de 387 mil BRL.
No fim, isso só importa aos grandes que fazem especulação no mercado de armas. E aos pequenos que estão começando.
E a um que sabe apreciar as loucuras da vida.