Kush - Como jogar o jogo e cidadanias

Day 1,878, 15:25 Published in Brazil Brazil by Kush

Aos desavisados de plantão, contextualização inicial:

* Se você já conhece o fórum, acompanha os tópicos, e lê jornais in game, saberá que até há pouco vivenciamos um impasse: um brasileiro RL saiu do eBrasil e recebeu cidadania portuguesa. Nesse interim nossas regras de concessão de cidadanias foram alteradas, e uma das cláusulas menciona sobre brasileiros RL também serem obrigados a passar pelo crivo da Comissão, esta, constituída por quatro congressistas, eleitos pelos pares (demais membros do Congresso), e com mandato vigente de um mês.

Essa regra foi criada, pois conhecemo-nos uns aos outros, e sabemos que alguns brasileiros são problemáticos e têm potencial ofensivo à nossa pátria. Dessa forma, a Comissão teria o poder de levantar o histórico do brasileiro RL e negar a cidadania no jogo.




Pois bem:

O ilustre Greywacke (http://www.erepublik.com/en/citizen/profile/5182023) afirma que essa análise sobre Cs para brasileiros natos é uma seleção de “quem é meu amigo, e quem não é meu amigo”. Em partes isso é bem verdade! Oras, quando crianças, lembram-se quando brincávamos com outras crianças e sempre tinha algum que não brincava do jeito que era para ser? Pois bem, no Erepublik ocorre o mesmo: alguns gostam de brincar como os demais, outros não.


Greywacke em http://www.erepublik.com/en/article/2190377/1/20


Aqueles que não gostam acabam se isolando, ou sendo isolados. Alguns deles procuram outros que gostem de brincar do jeito deles, e formam novos amiguinhos, brincando entre si, com suas próprias regras. Aliás, anarquia também é um modo de jogo e, portanto, configura-se como regra, e assim diferenciamos quem segue esta ou aquela corrente. Aqui esses grupos formados têm nome. Partidos e milícias, cada qual jogando seu próprio jogo, com a galerinha que se mistura.


O isolamento


A panela, que tantos falam acaba sendo o grupo de maior força, ainda que esse grupo seja miscigenação de pequenos grupos (partidos e milícias). Diz-se que o Brasil é controlado pela panela, e também não deixa de ser verdade, se ela for considerada essa miscigenação que constitui a maioria.

Falar em maioria, que maioria estamos falando? Meu conceito de maioria apresenta-se por demonstração de força, organização, boas ideias e implementação das mesmas, boa atividade, participação em debates e decisões. Pra mim, e para a minha maioria o conceito é esse, ou próximo a esse. Não importa se o Brasil tem dez mil jogadores, se apenas cem destes se organizam, debatem, e praticam política, esses cem são a maioria, e dentre eles as votações imperam como legítimas, inclusive para os dez mil além.

Não obstante, lembrem-se: estamos em um jogo, ponto. E deste ponto formamos paralelos dentro do campo de possibilidades. Ou seja, presidência do congresso, comissão de cidadanias, e regras atinentes a essas organizações não fazem parte da engine do Erepublik, porém fazem parte do nosso modo de jogar ele. Considerando isso, o fórum tem sido o maior campo de batalha entre os grupos que se misturam e os que não, e a verdade implícita, ao meu ver, é a seguinte: os excluídos anseiam pela aceitação. Pregam pela alteridade, pela igualdade de direitos e forças, entretanto esquecem, no momento da reivindicação que eles próprios escolheram por não seguir a brincadeira como os demais.


É tudo roleplay


De um lado dizem: nós jogamos Erepublik do nosso jeito, e não seguimos as regras que vocês criaram, aceitem-nos como somos!
De outro, a réplica: também jogamos Erepublik do nosso jeito, aceitamos vocês na brincadeira se aceitarem as regras dela. Do contrário, brinquem entre vocês, não atrapalharemos.
E a tréplica: mas nós atrapalharemos! Me provoque pra ver.


Instaurada a queda de braço


E então destaco o segundo grande campo de batalha: o território brasileiro. A bandeira que cada um carrega consigo no profile, onde diz “cidadania”. Nada mais é do que o campinho de futebol, o playground, a quadra de basquete, que os grupos disputam para controlar. E aqui não há de se falar em outra coisa senão a força bruta; aos moldes do jogo, ela evidencia-se pela rebeldia, ataques pessoais, e afins.


Concedi a cidadania, ai como sou rebelde!


Quando um grupo disciplina uma regra, e a expõe para cumprimento, os excluídos veem a oportunidade de atrapalhar o jogo, de se firmar e impor, diante do descumprimento. Deixam de atentar ao seguinte: regras mudam, regras podem ser alteradas, basta articulação, organização, manifestação em decisões. Entretanto não o fazem dessa maneira, pois se o fizessem deixariam de ser os excluídos. Por isso creio: existe o desejo de ser aceito e incluído; sabe-se como fazê-lo, tem os meios para tal, mas não o faz porque o desejo de manter-se à marginalidade, entregue à rebeldia, picuinhas e ataques é um tanto maior que o outro.

Os grupos não precisam concordar uns com os outros, desde que respeitadas premissas básicas (que pra mim denominam-se por esforço, dedicação, competência, trabalho, debates, organização, e demais princípios já citados), todavia a verdade é que tudo isso dá trabalho e toma tempo, e se fica difícil, poucos querem.



Saiba mais:
http://www.erepublik.com/en/article/2191028/1/20
http://www.erepublik.com/en/article/2190997/1/20
http://www.erepublik.com/en/article/2190377/1/20