Entrevista: jcaulins :: 03 Jul 2009

Day 591, 15:20 Published in Portugal Portugal by Aronfly
Nova personagem, novo desafio!
Desta vez é o jcaulins quem responde às 15 perguntas que caracterizam esta série de entrevistas.
Presidente do Partido Democrático Liberal, está fora dos 5 partidos com representação nas eleições. Isto não o impede de ser a escolha da coligação PPS para encabeçar os programas de governo que esta tem apresentado. De intervenção perspicaz, revelou-se uma figura importante na oposição política portuguesa.
Vamos conhecer o que o motiva neste jogo:

1. Explica-nos a origem do teu nick e do teu avatar?
O meu nick deriva de uma personagem que inventei para jogos online, ou outras situações e que chamei, já há vários anos, de Jason Caulins, daí acabou por sair JCaulins porque era mais curto. O meu avatar é a parte de cima do tronco do primeiro imperador romano César Augustus e escolhi esta imagem não por se tratar de um imperador, mas sim por estar ligada à Roma antiga, onde surgiu o conceito de senado e também pela postura da estátua que parece estar a discursar no púlpito.

2. Como chegáste ao eRepublik?
Cheguei ao Erepublik através do Google. Estava à procura de um jogo diferente. Já tinha jogado Omerta, Travian, Hattrick, Perfectcompetition.net, Informatist, etc. Mas já estava farto de todos esses jogos onde alcancei níveis altos e atingi os meus objectivos, então decidi procurar por outro tipo de jogo e dei de caras com o erepublik.

3. Para ti, qual a grande vantagem e o maior defeito deste jogo?
Acho que a grande vantagem é a liberdade que o jogo nos dá. Neste jogo podemos fazer um pouco de tudo, o limite é quase a nossa imaginação.
Acho que os péssimos administradores são o grande defeito do jogo. Demoram demasiado tempo a melhorar o jogo e sobretudo a corrigir bugs. Na passagem para a V1 tive uns dois meses com o meu jornal todo avariado, fartei-me de reportar o problema, mas nunca se dignaram sequer a responder. Só muito mais tarde corrigiram o problema.

4. Como vês a sociedade portuguesa?
Vejo a sociedade portuguesa como uma sociedade envelhecida, em que quem participa activamente tem normalmente bastante tempo de jogo. Para além disso vejo-nos como uma sociedade pouco interessada na política. Parece-me que a maior parte dos jogadores prefere enveredar pela via militar ou então empresarial. E estes factores acabam por se reflectir nas eleições, sobretudo nas eleições para o congresso em que acabam por ser eleitas várias pessoas que ninguém vê a debater medidas, a propor medidas, completos desconhecidos para a maioria dos portugueses, apenas estão lá pela medalha e pelos respectivos 5 de gold.

5. Como membro proeminente da oposição, sentes que haja capacidade desta formar governo?
Sem dúvida que sim. Acho que a oposição neste momento tem um grupo de membros muito capazes que tem trabalhado exaustivamente na criação de uma alternativa politica em Portugal. Acho que se houve momento em que a oposição esteve preparada para assumir esse compromisso, esse momento é este. Temos um grupo de cidadãos activos e intervenientes na sociedade, que conhecem bem o jogo e que estão empenhados em melhorar o pais. Trazem novo fôlego, novas ideias, novas mentalidades, uma lufada de ar fresco que, no meu entender, fazia imensa falta na politica nacional.

6. As eleições em Portugal são credíveis?
Eu não quero entrar por aí, mas o que posso dizer é que espero que sejam credíveis. Já vimos vários casos de políticos banidos e de votos retirados. Mas os casos que vimos foram de situações facilmente identificáveis. Infelizmente, quem conhece o jogo sabe exactamente o que denuncia um clone e pode perfeitamente estar a ser usados sem que ninguém os consiga identificar. É uma pena haver este tipo de desconfianças, mas isso é mais uma vez culpa dos administradores que criaram um sistema pouco fiável, pelo menos uma identificação de IP era fundamental. Mas na falta disso temos de esperar que quem os sabe fazer sem deixar rasto opte pelo bem da sociedade em vez do bem pessoal.

7. Consideras Portugal um país competitivo?
Considero que Portugal tem potencial para ser um pais competitivo, mas é preciso algum trabalho não só do governo, mas também de todos os empresários. Trabalho a vários níveis, mas sobretudo no dialogo, Empresário – Trabalhador, que é fundamental a todos os níveis. Eu sinceramente nem sempre tenho tempo de fazer essa comunicação, mas sempre que posso invisto nisso, principalmente com jogadores mais jovens, pois acho fundamental que alguém lhes explique algumas partes fulcrais do jogo, isto porque há sempre muitos jogadores que não chegam sequer ao sistema de tutorado. E aqui no encaminhamento e ajuda a estes jogadores cabe aos empresários uma importante tarefa que só os beneficia, para alem de beneficiar toda a sociedade porque é um primeiro passo na motivação destes jogadores que mais facilmente continuarão a jogar.

8. És um empresário bem sucedido. Não ambicionas aumentar o património de empresas?
É natural que sim. O meu investimento total até ao momento ronda os cento e poucos de gold. Ainda é um valor modesto, mas acho que estou no caminho certo. Sou empresário em nome individual e não tendo recebido muitas medalhas. Foi preciso trabalhar bastante para reunir este capital. Hoje em dia a máquina já está montada e já gera dinheiro sem grande trabalho. No entanto, como para mim a fase mais interessante é a criação da empresa, a investigação do mercado, aquela fase inicial de ganhar espaço, etc, é natural que ambicione aumentar o património. Afinal de contas a componente empresarial continua a ser uma das principais razões que me prende ao jogo.

9. Fazendo uma breve pesquisa, a grande maioria dos trabalhadores são pessoas que nunca participaram nos media ou na sociedade em geral, mas todos os dias trabalham para o seu empregador. Como vês este fenómeno?
É sem dúvida um problema da nossa sociedade que já referi anteriormente, e que encaro com alguma preocupação. O pais só tinha a ganhar com uma maior intervenção pública de todas essas pessoas, mas temos de compreender que algumas pessoas como, no inicio, eu me cheguei a sentir não se sentem bem recebidas na comunidade. Sentem que só por serem novas tudo o que dizem não é levado a sério. Muitas vezes ainda levam com comentários “menos simpáticos” e acabam por estabelecer outras metas no jogo, que não passam pela actividade nos média. Acho que esse é mesmo um dos principais factores que acaba por levar à elevada taxa de abandono do jogo antes de nível 6, eu em 28 convites, o máximo que consegui foi convencer um amigo a jogar até nível 5. Se estes jogadores não se envolverem na comunidade, dificilmente vão continuar a jogar, a não ser que estabeleçam outras metas económicas ou militares.

10. Regularmente são feitas doações dos cofres do estado para contas privadas governamentais. Como avalias estas operações?
Encaro com naturalidade, pois está dentro do previsto na constituição e, é natural no funcionamento de um governo que precisa de dinheiro para operar. No entanto, não posso deixar de me sentir um pouco preocupado, pois ainda não tivemos direito a um orçamento de estado, nem a um relatório de contas pormenorizado e como todos sabemos, mais uma vez, o jogo tem muitas lacunas de segurança e na ausência de relatórios pormenorizados somos obrigados a confiar na boa fé dos governantes. Sabemos que há meios de se retirar dinheiros públicos sem deixar rasto absolutamente nenhum. Não quero dizer que isso aconteça, mas só a possibilidade disso existir já é grave. E é nesse cenário que o PDL, pela minha voz e pela voz do T2W sempre tentou pedir ao governo que apresentasse um relatório de contas onde fosse possível cruzar dados, mas nunca houve suficiente vontade politica de dar esse passo na direcção da transparência.

11. Se te convidassem para um lugar num governo PDA+PReC, aceitarias?
A pergunta feita assim é de difícil resposta, pois a minha decisão iria depender do programa de governo que estes dois partidos estivessem a propor seguir na altura. As pessoas com quem já fiz coligações sabem que só entro em projectos com os quais concorde. Aliás, já houve um caso aqui no erepublik em que fui convidado para um cargo, mas como na altura havia divergências entre aquilo que eu defendia e o plano que já tinha sido apresentado ao público, pedi a minha exclusão do projecto. Acho que acima de tudo nunca iria aceitar um projecto que me desviasse das minhas convicções. Só iria aceitar se o projecto estivesse em linha com aquilo que penso ser o melhor para o pais. Neste momento concreto e com as politicas que têm vindo a ser seguidas dificilmente aceitaria, pois discordo de algumas matérias fundamentais que tenho vindo à apresentar.

12. Portugal tem os maiores empresários, e os melhores militares. Como entendes esta riqueza?
Fico feliz por termos a honra de termos alguns dos melhores militares e alguns dos maiores empresários. Acho que é algo de positivo e que mostra que temos uma comunidade relativamente pequena mas que mesmo assim temos pessoas com potencial para os mais altos voos do jogo. No entanto, gostaria mais que tivéssemos por exemplo, a melhor média de ranking militar a nível mundial, que tivéssemos um dos melhores poder de compra, etc.

13. És da opinião que Portugal devia ser militarmente expansionista? Ou devemos cingir-nos às nossas regiões?
Acho que esta questão deve ser tratada com muito cuidado e caso a caso. Expansionista como politica intrínseca, não, mas pontualmente talvez tivéssemos algumas vantagens em sermos expansionistas. Falo concretamente dos benefícios potenciais de conquistarmos um território com um dos vários recursos escassos em Portugal. Mas como é óbvio teria de ser algo muito ponderado e teria de surgir uma boa oportunidade no cenário diplomático e militar. Sou da opinião de que não devemos entrar em loucuras, mas também não podemos dizer que não e pronto. Temos de avaliar caso a caso as possibilidades existentes e os benefícios que poderíamos tirar daí económica, politicamente e a nível de motivação da parte da população que gosta muito de guerra.

14. O que pretendes vir a fazer na tua vida futura?
Aumentar o meu património empresarial e continuar a contribuir activamente na sociedade em Portugal, fazendo tudo o que estiver ao meu alcance para melhorar o pais.

15. Alguma mensagem para os nossos leitores?
Sejam activos, envolvam-se na comunidade, pois isso é o que o jogo tem de melhor e não se esqueçam que jogar pelas regras torna o jogo mais interessante para todos.


Obrigado jcaulins pelo contributo a esta iniciativa!
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