Do colapso de um Estado - I - A deriva e o Alarmismo

Day 1,004, 04:25 Published in Portugal Portugal by Partizanne

Antes de mais, a banda sonora para acompanhar.

"Assim, um príncipe sábio pensará em como manter todos os seus cidadãos, e em todas as circunstâncias, dependentes do Estado e dele; e aí eles lhe serão sempre fiéis." - Maquiavel

Na falta de necessidade de um Governo, ou de um Presidente, Aronfly atenta às lições de Maquiavel e inventa as necessidades, dando relevância de emergência nacional a um artigo Troll, sem qualquer indício real de ameaça.
Faz sentido.

-> Desprovido da sua intervenção na estrutura empresarial (com a saída das orgPT da órbita estatal).
-> Enfiado numa posição estrategicamente impossível (cercado de inimigos, todos eles mais fortes, ou de aliados de sempre, ePortugal não tem quem atacar).
-> Enfrentando uma total ruptura do jogo (os bugs, a v2, o abandono de grande parte dos nossos cidadãos activos).
-> Abandonando os seus cidadão à livre (e criminosa) flutuação dos mercados e à especulação, num momento de crise, em que, provavelmente mais que nunca antes, a firme mão intervencionista do Estado na Economia era necessária (e o Estado tem os recursos para intervir).

ePortugal deixou de precisar de um aparelho estatal.

(É uma afirmação forte, e que só posso justificar através de um conjunto de artigos, para não assustar ninguém com walls-of-text.)

Teria sido mais útil deixar corporizar uma efectiva ameaça de TO, e liderar a luta contra ela. Precisávamos disso, de uma tentativa de TO, de uma invasão, de ser chamados pelos nossos aliados a atacar um país, mais forte ou mais fraco, mas precisávamos de alguma coisa, para quebrar o ciclo de atrofia da comunidade, caindo continuamente mais pequeno, em todos os sentidos, desde o número à capacidade de discussão e transformação.

Mas escolhe-se o alarmismo, e quando o mesmo é descredibilizado pelos que foram chamados à "Assembleia", concluí-se a reunião atirando para o ar directivas (ordens executivas?) que se supõe tenham que ser obedecidas.
Nas "Assembleias" discute-se e ou se chega a consenso, ou se vota Sr. Presidente.
Não sou, nem o meu Partido é, membro do seu Governo, e não recebo directivas, muito menos em jeito de conclusão de uma reunião em que a larga maioria desvalorizou a, suposta, ameaça.

A diferença entre liderar e mandar não é ténue, é bem vincada, e ePortugal precisa de um líder.

Espero, com ansiedade, o projecto de Estado que se configura no regresso à política do Judazs, e dos outros paizinhos todos, que de repente são interventivos. Porque precisamos de um projecto de Estado e sou o primeiro a admitir que o colectivo do qual faço parte não está, neste momento, capaz de o conceber, lá chegaremos, como sempre a História move-se em ciclos.

A contradição não é inocente, é uma afirmação, como estamos não precisamos de um Estado, como deveríamos estar precisamos de um novo Projecto de Estado.
Continua em breve.