Desmitificando a 3ª GM: comos e quandos.

Day 1,792, 10:54 Published in Portugal Portugal by Eduardo F. Pinho
Desmitificando a 3ª Guerra Mundial: comos e quandos.

Caros eLeitores,

Este artigo vai contemplar a minha preocupação com uma eventual 3ª Guerra Mundial.
A cada dia que passa, recebemos informações preocupantes vindas dos quatro cantos do mundo, mas o que me preocupa mais é este mapa, inteligentemente, e também ironicamente apelidado «The Doomsday Map»:



Os países a azul-claro são países com armas nucleares;
Os países a azul-escuro são países que partilham o seu arsenal com a NATO;
Os países a vermelho são países com armas nucleares mas que têm relações problemáticas com a NATO ou com os Estados Unidos;
O país a laranja (Israel) tem armas nucleares não declaradas;
Países a verde-escuro são países que já possuíram armas nucleares.

Para além destes países, o Irão e a Síria são acusados de terem programas nucleares semissecretos, a mesma Síria que está com severos problemas no que toca a relações estrangeiras, como podem ver noutro artigo da minha autoria: http://www.erepublik.com/pt/article/tens-atilde-o-s-iacute-ria-turquia-2132524/1/20 .

Portanto, o crescente número de países com arsenal nuclear, algo a que tanto a NATO como a ONU estão contra mas que contraria o sentido que o mundo decidiu, obviamente aumentou, como indicado no mapa.

Tenho também que dizer que segundo as últimas informações faltam apenas 2 a 4 meses até o Irão ter urânio suficiente para construir a sua primeira bomba de Hidrogénio, consideravelmente mais potente que a «bomba atómica».

Agora falta perceber a reação estado-unidense, mas não a reação que a Hillary Clinton, a Secretária de Estado do governo dos Estados Unidos, diz à CNN mas sim a reação que os diversos generais dizem no segredo que é a Sala Oval.

Tudo o que esta acima são os ingredientes de uma calamidade apelidada 3ª Guerra Mundial.
Vamos agora esmiuçar cada região do mundo, uma a uma, começando pelo melhor:

Médio Oriente


Desde há 2000 anos, a quando da queda do Império Corásmio, que esta região é bastante problemática e com as últimas revoluções e guerras civis (este movimento é apelidado como Revolução do Jasmim) a situação não melhorou, antes pelo contrário.

No período em que estamos, com problemas económicos e sociais, tudo serve para começar um efeito em cadeia que afetará todo o mundo.
Com os recentes conflitos Turquia-Síria a situação torna-se ainda mais complexa. Se a Turquia declarar oficialmente guerra à Síria e avançar com uma incursão militar contra Damasco, é provável que a NATO, que declarou permanecer do lado dos seus estados-membros (P.S.: A Turquia pertence à NATO) envie os seus batalhões para atacar a Síria, suspeita de ter um programa nuclear, como referido a cima.

Pois, é então que se olharem para um planisfério repararão que a algumas centenas de quilómetros de Damasco se encontra Teerão, capital de outro país suspeito de ter um programa nuclear com propósito de desenvolver armas nucleares, o Irão.

Portanto, penso que é mais provável a NATO acabar por ter 2 frentes ativas (ou mais) do que a realização de uma cimeira da paz em Teerão...

A esta m*rda toda pode-se incluir as inimistades que os E.U.A. têm com o Paquistão, as tropas ainda existentes no Afeganistão e dezenas, mesmo centenas, de grupos terroristas armados anti-América (das quais se salientam a Al-Qaeda, os Xiitas e os talibãs) e, se quisermos ser picuinhas, as divergências entre os palestinianos e os israelitas, que, por sua vez, também possuem arsenal nuclear e as divergências India-Paquistão, a mesma Índia e o mesmo Paquistão com, adivinhem, armas nucleares (parecem que estavam em saldos).

Ásia Oriental


Nesta parte do mundo, é necessário estudar História muito bem.

Temos 1, 2, 3, 4, 5... 6 Países com armamento nuclear. Um deles que não é muito sociável, a Coreia do Norte, aliada do Irão.

Para além de ter armas nucleares, a Coreia do Norte, tem sido, com razão, acusada de abater fragatas ou barcos de pesca sul-coreanos. Era uma coisa se estivessem em território marítimo norte-coreano, mas nem lá perto estavam. Esta mesma Coreia do Norte tem vindo a testar mísseis de longo alcance, capazes de transportar ogivas nucleares e explodi-las em Los Angeles, San Francisco e em San Diego, as cidades mais importantes da costa oeste dos E.U.A.

Temos também a China, cujas relações com os E.U.A. não são negativas o suficiente para se aliarem à Coreia do Norte, mas não suficientemente boas para se aliarem aos E.U.A., por isso ou a China encontra um terceiro lado desta moeda ou fica neutral (a última é mais provável).

Já a Rússia está no mesmo pé que a China. Desde a Guerra Fria que existe tensão entre os dois países, mesmo que apenas residual, e, se dedicarem tempo a isto, descobrirão que o problema da Coreia deve-se, em parte, à Guerra Fria e a estes dois «amigos»: E.U.A. e Rússia.

Em suma, os E.U.A. só têm dois aliados em que possam confiar nesta parte do mundo: a Coreia do Sul e o Japão, que economicamente são pesos-pesados mas militarmente representam um daqueles momentos «Oh, boy!»

América do Norte


Sobre esta área apenas se pode dizer que para onde os E.U.A. forem o Canadá segue.

Também se pode dizer que os E.U.A. continuam a ser o país do mundo com o maior arsenal nuclear do mundo (só 16 000 ogivas nucleares ativas) e com o exército mais bem treinado, equipado e financiado do mundo (35% do orçamento de estado dos E.U.A. vai para a defesa e o candidato republicano à presidência desta país quer aumenta-lo de 35% para 40😵.

América Central e do Sul


Esta parte do mundo tem algo a mostrar, é um facto, mas nada relacionado com esta guerra.

É de salientar que, nesta parte do mundo, a influência do Estados Unido é quase nula.

Não acredito que nenhum destes países queira envolver-se numa guerra da magnitude que eu penso que será, exceto, talvez, o Brasil devido às suas relações com Portugal, que teria que entrar em guerra sendo estado-membro da NATO e países como a Venezuela, Colômbia e Cuba, cujas relações com os E.U.A. estão estagnadas desde á muito tempo e que se juntassem à guerra não seria do lado do E.U.A., criando, obviamente, mais uma frente de guerra para os Estado unido e, consequentemente, para a NATO.

Além disso, se a guerra causar, e vai causar, o colapso económico dos países envolvidos, será uma oportunidade de ouro para que os países nestas regiões se afirmem como potências económicas mundiais.

Por último, a maioria destes países não têm relações muito importantes com a NATO ou com os E.U.A. para que sejam considerados «perigosos» para países como a Coreia do Norte ou Irão e, caso joguem as cartas certas, poderão sair da guerra imaculados.

Europa


Lar doce lar. Este continente serve de lar para importantes pilares económicos no mundo e grandes aliados dos E.U.A., para além de países como a França e o Reino Unido que possuem arsenal nuclear, e países como a Alemanha, Itália e os três países da região da «Benelux» (Bélgica, Netherlands (a.k.a. Holanda) e o Luxemburgo) que partilham o seu arsenal, nuclear ou não, com a NATO.

Além disso, 10 dos 27 países da União Europeia pertencem à NATO, estes países são: Bélgica, Dinamarca, Itália, Luxemburgo, Holanda, Portugal, Reino Unido, Alemanha, Espanha e Grécia. Tudo isto somado faz da Europa um alvo a abater, mas, como verão à frente, não necessariamente com armas nucleares.

África


Seria de pensar que esta região do mundo está muito debilitada para representar qualquer papel importante numa guerra a nível mundial. E, tecnicamente, está, sobre constantes guerras civis, fome, sede, doenças, pobreza, corrupção, etc... mas isto não serve de razão para as dezenas, centenas ou mesmo milhares de grupos e guerrilhas anti-E.U.A de criarem o caos por todo este continente.

O problema destes «terroristas» é o facto de estarem mal financiados e mal organizados. O único papel que poderiam ter nesta guerra era se, algum país, também anti-E.U.A., tivesse a disponibilidade de financiar e tomar sob sua alçada todas as guerrilhas e terroristas deste continente e utiliza-los para atacar a parte sul da Europa. Assim, países como a Síria e o Irão, não teriam de gastar ogivas nucleares ou soldados a atacar este continente quando tinham este exército sanguinário e sem algum respeito pela vida humana a atacar a Europa. Para além disso não seria importante a quantidade de soldados deste «exército» seriam mortos pois não teria efeito real na guerra.

Este movimento não tem como prioridade conquistar regiões na Europa, mas sim causar o caos nos países atacados e obriga-los a tirar soldados dos regimentos da NATO para proteger a sua terra-natal, tornando o trabalho dos soldados inimigos no Irão e na Síria e, até mesmo, na Coreia do Norte mais fácil.

Oceânia


Há apenas uma punhado de países neste continente e, sem contar com a Austrália, a maior parte deles são compostos por ilhas ou mesmo ilhéus de pequeníssimo tamanho, portanto, mesmo que ponham os seus exércitos ao dispor de um lado ou do outro, isso não terá grande influência, aliás, a sua influência será menos que residual, como por exemplo o grandioso país de Nauru, com 24 km2 de superfície e mais de 13 000 habitantes por o seu exército ao dispor dos E.U.A.

O único país que considero que a sua junção possa mudar as coisas é a Austrália. Este país não é exatamente conhecido por ter um exército de renome, mas mais um exército do lado dos E.U.A., em princípio, seria absolutamente vantajoso para controlar essa zona do Pacífico e do Índico.

Em conclusão, estamos f*didos. Posso, agora, com mais certeza, dizer que «Todos os caminhos vão dar à Worten 3ª GM».
Como indivíduos só podemos fazer duas coisas: assim que a guerra começar alistarmo-nos no exército e esperar não sermos mortos, para além de tentarmos fazermos alguma diferença ou comprar uma arma, um capacete e enterrarmo-nos num bunker 7 km debaixo da terra e rezar para que tudo fique bem, apenas para sairmos para um mundo digno da saga «Fallout» (prefiro a segunda).

Quero também salientar que este artigo foi composto com a ajuda do meu amigo e colega de quarto na Faculdade de Engenharia do Porto, Connor Campos, cuja a ajudo, mesmo que mínima, teria tornado este trabalho mais moroso.
Obrigado a todos por terem lido o testamento,

Eduardo F. Pinho (sim, mudei o meu nome).