CADERNOS DE FORMAÇÃO 1 - A PROPRIEDADE PRIVADA NO EREPUBLIK
Greywacke
Como sou o último comunista sobrevivente no eRepublik (e, diferentemente do Sélio, não tenho certeza de que isso é uma grande vantagem, sequer que é uma vantagem), começo minha doutrinação para cooptar os pobres inocentes perdidos em vários partidos burgueses e reformistas através de meus “Cadernos de Formação Revolucionária”.
(Explicação mais que necessária: Conforme anunciei em artigo anterior, estou empenhado na criação de uma linha política alternativa, assumi um partido abandonado e estou engajando em agrupar pessoas que concordem com a ideia de que um debate político, mesmo que de mentirinha, será fator de maior engajamento político da população. Abaixo, portanto, o primeiro artigo de formação ideológica desse grupo. – Estamos abertos a filiações!)
Caderno 1 – DA NATUREZA DA PROPRIEDADE NO E-REPUBLIK
A base da desigualdade social no RL é a propriedade dos meios de produção, portanto, como todo bom revolucionário sabe, esse é um dos pontos principais a ser compreendido para alcançar a transformação da sociedade.
Mas esqueçam ao Mundo Real, aqui no eRepublik (se me permitem um pequeno exagero), simplesmente NÃO EXISTE A PROPRIEDADE, todos vivem uma ilusão pequeno-burguesa de que tem empresas, de que somos empresários, desde pequenos com suas três fazendas herdadas do grande Pai-Platão, e sua padaria, comprada com dinheirinho também dado graciosamente pelo todo poderoso, até os mega empresários, que mal sabem quantas indústrias “possuem”.
O fato é que pagamos para ter o direito de trabalhar em um posto de emprego, disponibilizado pelo Grande Pai. Quanto mais pagamos, melhor é esse posto, podendo, no máximo, operar como capataz de um grupo de trabalhadores.
Pai-Platão é o grande e único empresário de todo o e-Mundo. É quem estabelece as regras de produção e produtividade e tem o direito de muda-las sem prévio aviso.
Além de controlar a produção a seu bel-prazer, também cria e desfaz mercados de acordo com sua vontade, comprando automaticamente grandes volumes de produtos para manter os preços de commodities e de moedas dentro dos limites que julga mais convenientes.
A ação revolucionária:
Sem a materialidade das propriedades, o foco do revolucionário passa a ser psicológico, não mais material. É necessário demonstrar à população que as noções de propriedade privada do mundo real não se aplicam aqui e que toda a estrutura produtiva JÁ ESTÁ voltada para atender às necessidades de toda a população.
Nossa questão passa a ser como usar esse arranjo produtivo peculiar para a redução das desigualdades sociais decorrentes do tempo de existência de cada um dos cidadãos que habitam este mundo.
A integração do maior número possível de cidadãos na comunidade produtiva deve ser a meta social básica da comunidade, pelo menos daqueles que possuem a certeza revolucionária de que o papel das estruturas de produção não é otimizar o lucro e o capital, mas o emprego e o trabalho.
Dessa forma cada um dos que compraram o direito de produzir, devem buscar fazê-lo em maior quantidade e qualidade. A MELHORIA DE CADA EMPRESA É A MELHORIA DA COLETIVIDADE.
Essa ação social se dá primeiramente através do emprego do maior número possível de cidadãos. Preferencialmente daqueles de menor nível (mais jovens).
A seleção dessa força de trabalho deve partir de convite aos mais novos, com a abertura de vagas com salários mais baixos que serão ajustados a valores dignos após a aceitação dos convites (não muito diferente do que acontece nas empresas de unidades militares). Essa prática irá, se adotada por número significativo de cidadãos, resultar em uma redução progressiva dos salários, pois a competição pelo trabalho será reduzida.
Em segundo lugar, o gestor da empresa social deve firmar um acordo com seus comandados, criar vínculos de comunidade entre eles, para regular seus salários e os preços de seus produtos (que devem ser suficientes para atender aos salários e demais custos de produção). Ganhar corações e mentes dos funcionários é garantir que estes não irão tentar chantagear o gestor para obter salários maiores com base nos valores de “mercado”.
Faça parte deste movimento:
FILIE-SE À NOVA ESQUERDA.
Comments
O comunismo, infelizmente, não é praticável no eRepublik. O Socialismo, também não. E isso pelo simples fato de que Platão é intocável (não pode ser derrubado via revolução) e o sistema político não pode ser mudado (sempre teremos um Presidente).
O que pode ser feito é um grupo fechado e auto-sustentável, e toda a troca monetária e de produtos se daria dentro desse grupo, em critérios igualitários. Talvez seja o modelo que mais se aproxime da esquerda aqui no eRepublik.
E o mais importante: ele é praticável.
No mais, bom artigo e boa sorte : ]
+v
Ryan, você repetiu com outras palavras minha opinião.
Minha tese é a de que quase tudo é uma questão de nome.
Se você diz empresa e empregados, está dizendo capitalismo.
Se eu digo empresa coletiva e funcionários, estou dizendo comunismo.
Você sabe melhor que eu que as primeiras experiências de grande sucesso no eRepublik foram de caráter socialista-comunal.
É exatamente isso que tenho certeza que pode ser recuperado no atual formato da economia, especialmente por ser mais simples de gerenciar do que os do passado.
A superestrutura para uma sociedade comunal já existe (por ser tão simples, pode ser usada em modelos múltiplos), só falta o pessoal aceitar brincar de comunismo. Afinal, eu poderia dizer que "uma comunidade viking também não é viável no eRepublik" e também não estaria errado, mas isso não estraga a brincadeira do ODIN, não é?
Milícia autossustentável é um exemplo do Comunas, não?
esse menino vai longe..
boa sorte!
v+
Apoiado companheiro!
No alvo Maza. É apenas uma questão de estender o conceito também para as áreas não militares (e adotar um vocabulário para fazer role-play, tipo: Grande Thor = Presidente do ODIN; Secretário Geral = Presidente da Nova Esquerda).
Nesse aspecto "Revolução" refere-se apenas até onde o sistema do jogo nos deixa ir.
Bandidagem
NOTA: 10
Realmente, Greywacke. Colocando desse jeito, as coisas são, de fato, uma questão de nomenclatura. Da primeira vez que li o artigo não tinha interpretado dessa maneira.
Por isso, mais uma vez, desejo boa sorte, que esse projeto vá longe : ]
Polêmicas
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