Analises...

Day 1,966, 07:05 Published in Portugal Portugal by John Bokinski

Há já algum tempo que gostava de comparar o potencial real das nossas divisões com as de Espanha de forma mais realista. Existe informação no eGov (um site que recolhe dados sobre o eRepublik) que nos permite fazer algumas comparações, mas esses dados não permitem avaliar potencial com muita precisão.

A ideia geral é que a nossa D1 é actualmente muito equilibrada à D1 espanhola, e as nossas D2, D3 e D4 estão bastante longe das divisões homólogas espanholas, mas temos dificuldade em saber qual a diferença real e sobretudo temos dificuldade em monitorar a evolução dessas diferenças.

Do eGov pode-se tirar 3 tipos de dados:

- Dados de treino diário por divisão, a principal limitação destes dados é que são difíceis de obter retroactivamente, ou tiram-se no próprio dia, ou não é possível analisar o passado com dados globais, só jogador a jogador

- Dados de dano diários por divisão, estes dados podemos tirar com facilidade retroactivamente, mas o dano dado diariamente depende muito dos hábitos de luta de um país, e cada vez mais, os países aconselham os seus novatos a lutar pouco, sobretudo países como Portugal que não tem muito por que lutar hoje em dia

- Dados de força por jogador. O problema nesta análise é que tirar informação de 2000 jogadores portugueses e 5000 jogadores espanhóis é muito demorado e se recentemente foi feita uma análise bastante profunda com base nestes dados, é preciso um investimento de tempo significativo para que possa ser repetida e avaliar as evoluções.

Devido às limitações acima procurei desenvolver um método de análise que necessita de menos investimento, apesar de poder ter dados ligeiramente menos precisos. O método baseia-se na desconstrução do valor de dano diário em 3 factores:

- Volume – nº de jogadores que lutaram

- Esforço – nº de hits médios efectuados por cada jogador
Cada hit consome 10 unidades de saúde, por exemplo as FAP quando distribuem, permitem que um jogador lute 1000 unidades de saúde (ou 100 food fights). Ou seja, 1 hit = 1FF

- Força – valor médio dado por hit de cada jogador
O valor médio do hit por jogador depende da força base do jogador e da arma utilizada. Não é possível separar esta informação de forma agregada com base em dados do eGov.

Desconstruindo o dano diário nestas 3 componentes podemos retirar o dano que realmente nos interessa, que é o dado da força média dos nossos jogadores por divisão. Sabemos que os dados de volume são mais fiáveis os dados de treino que os dados de luta, e os dados de esforço são variáveis e apenas enviesam as análises de potencial. Sabemos também, que sobretudo na nossa D1 existem vários dos nossos jogadores mais fortes que não lutam e por isso os dados estão subestimados. Mas a mesma coisa pode ser verdade para os espanhóis.

O facto do eGov não registar rockets é neste caso uma vantagem porque elimina o efeito que o uso de rockets pode ter neste cálculo. Não avaliei ainda o efeito dos guerrilha fights no cálculo deste valor, pelo que pode haver enviesamentos que não estou a considerar.

Como ainda não tenho muitos dados recolhidos (1960-1964) não irei neste artigo ainda fazer muitas considerações, no entanto deixo-vos só uma noção dos gaps entre luta e treino comparando Portugal e Espanha.

D1

Treino – 96%
Luta – 66%

Isto quer dizer que apesar do número de jogadores que treinam em Portugal e Espanha serem bastante semelhantes, o número de jogadores que lutam são muito inferiores. Os dias em análise não envolveram nenhum dia com uma luta importante para Portugal, pelo que nunca dá para observar a D1 de Portugal a lutar de forma organizada. A D1 espanhola que normalmente já luta mais que a D1 portuguesa, inclui dias do Air Strike à Argentina pelo que existe um aumento do número de espanhóis a lutar.
Adicionalmente também ao nível do coeficiente esforço nota-se que a D1 portuguesa contêm muito a luta. Os jogadores que lutaram deram em média 87 hits, enquanto que os espanhóis deram 103 hits e a maioria das grandes potencias estão a dar 130 hits. Saliento que o facto de a D1 portuguesa estar a lutar pouco é resultado de haver várias MU’s que apoiam esse comportamento como forma de fortalecer os jogadores antes de subirem de divisão. Este tipo de comportamento não é seguido por todos os países.

D2

Treino – 33%
Luta – 21%

D3

Treino – 23%
Luta – 14%

Nestas duas divisões também se nota uma significativa diferença entre o número de jogadores que treinam em Portugal, face a Espanha e o número de jogadores que lutam, também face a Espanha. Tal como identificado em situações anteriores nota-se que nestas divisões estamos muito longe dos espanhóis.

D4

Treino – 24%
Luta – 20%

No caso da D4 existe uma diferença menor entre os comportamentos de luta e de treino, porque nesta divisão não existe grande incentivo a não lutar.

Logo que tenha informação mais consistente apresentarei resultados mais trabalhados.