Análise das Eleições – Congresso Abril/09

Day 888, 21:11 Published in Brazil Brazil by Phil McNamara

Inegavelmente as eleições de abril deste ano foram uma das mais interessantes que o BO acompanhou desde os seus primeiros dias como ecidadão.

Dois babybooms consecutivos, mudanças drásticas nos TOP5 e eleições apenas em territórios originais contribuíram fortemente para este cenário. Pena que a mesma tivesse ocorrido em um domingo, dentro de um período de grandes conflitos militares. Caso contrário teríamos ainda mais ação.

Ainda assim, a pedidos de alguns colegas, o BO, depois de um período de jejum, apresenta a sua análise geral nos números que, logo em princípio já aponta alguns vencedores.

PDB – O peso de um grande partido

O PDB prossegue com a maior bancada no congresso, conquistando uma cadeira a mais no Congresso em relação à eleição anterior, detendo aproximadamente 30% do Congresso Brasileiro

PRO – A segunda força, e crescendo

O PRO, partido recém chegado aos TOP 5 inaugura suas eleições parlamentares já com a segunda maior bancada do Congresso (junto à U😎. Nesta eleição, o partido se destacou pela participação de seus membros

UB – Recuperação e participação

Partido que já disputou a segunda posição em número de membros, a UB minguou para a 4ª. posição entre os TOP5, até mesmo pelo crescimento do PRO, partido com quem tem grande afinidade. Nesta eleição, cravou também a 2ª. bancada graças a um alto índice de participação de seus membros.

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1) Votação


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Oa primeiros número analisado já nos dão pistas iniciais dos trabalhos realizados pelos partidos.

O resultado ‘esperado’ em uma eleição é de que quanto mais votos, mais cadeiras obtidas e que, portanto, o número de votos gerais define a posição de cada partido no Congresso. Isso, obviamente é falso, uma vez que, na realiade, as eleições ocorrem quase que de maneira independente em cada um dos territórios.

1.1) O fator North

Com milhares de habitantes o território se é, por um lado, uma grande barreira militar, é por outro uma enorme barreira de distribuição política no país. Apesar de fornecer 25% das Cadeiras do Congresso, possui mais de 40% da população brasileira. Ou seja, um voto dado a um político no North tem pouco ‘peso’.

Em contrapartida, com menos de 7% da população brasileira o Rio Grande do Sul possui 15% de representação no Congresso.

Assim, como é sabido, partidos com maior poder de organização poderão transportar seus eleitores para regiões onde os votos possuem maior peso relativo ou realizar campanhas mais regionalizadas.

Desta forma, analisando os números da tabela 1, pode-se perceber uma melhor mobilidade e organização das legendas UB e PRO, que possuem menor representação percentual de votos do que de participação no Congresso.

Neste quesito, o PDB tradicionalmente possui equilíbrio entre votação e participação no Congresso (idem para o PIL, este mês) e, finalmente demonstrando menor organização o PM teve péssimo desempenho em relação à excelente quantidade de votos recebidos.


2. Participação

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A tabela 2 representa com facilidade um dos fatores que levaram ao bom resultado obtido pela UB e PRO nas últimas eleições: o alto grau de participação de seus membros (80% e 89%, respectivamente).

Em um nível intermediário PIL e PM e bem abaixo o PDB que carrega junto a si o peso de ser, de longe, o mais antigo dos partidos TOP5 e de ser o grande beneficiário do primeiro babyboom (o qual já analisamos anteriormente ter sido pífio em termos de resultados políticos).

3. Dispersão

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Dispersão são os votos desperdiçados em candidatos não eleitos. Ou seja, de nada adiantará uma grande mobilização de eleitores se eles distribuírem seus votos excessivamente como ocorrera em dezembro de 2009 com o PM, que chegou a não eleger nenhum Congressista

A dispersão demonstra também boa organização da legenda e, neste quesito, PDB, UB e PRO (com destaque para o PD😎 conseguiram excelentes resultados. Tradicional por sua boa organização, o PIL neste mês falhou, estabelecendo-se no patamar PMista.


4. Participação Líquida


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Este índice demonstra o interesse geral pelos membros de um partido pelo processo político como um todo.

Neste ponto, destacou-se o PRO por conseguir uma grande mobilização, com boa distribuição de votos entre seus candidatos.



5. Concentração


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A Concentração de votos é um dos maiores empecilhos ao ganho de cadeiras no Congresso, ainda que um partido possua baixa dispersão.

Neste quesito, de maneira geral, com exceção do PM todos os partidos se comportaram de maneira equivalente em se tratando dos 5 candidatos mais votados, porém analisando-se apenas os 3 mais votados, novamente UB e PRO se destacam, mostrando melhor habilidade na distribuição de votos de seus membros, por provável melhor comunicação.

No caso PDBista, destaca-se que os 3 mais votados, sendo exatamente da região North tiveram alto custo geral ao partido que poderia, mesmo sem mover nenhum de seus membros, eleger ao menos 5 de seus 6 candidatos na área (e não 3), assim como também o PM que, naquela região, poderia eleger ao menos 3 Congressistas.

Resumo

Em alguns aspectos as eleições repetiram desempenhos anteriores de alguns partidos, como a boa participação da UB e a baixa participação parcialmente compensada pela baixa dispersão e PDBista.

Fica comprovado, no entanto, que o crescimento das legendas tem o poderoso efeito da perda de capacidade de comunicação do partido com seus membros. PDB, PIL e PM sofrem mensalmente com este distanciamento. Uma simples ferramenta neste sentido acrescida à engine pelos admins seria extremamente útil, mas não se conhece nenhum projeto neste sentido no ER.

A nova noiva do momento, o PRO, mostrou competência na administração de seus membros neste pleito levando-o a uma excelente posição e, colocando-o em definitivo no panorama político ebrasileiro, como uma das principais 7 forças políticas - e com muito espaço ainda para crescimento.


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