6ºTH DROP - UM DIA NA MINHA eQUINTA

Day 1,887, 00:22 Published in Portugal Portugal by HK416


BANDA SONORA DO ARTIGO: AQUI (Dedicada a todos os ePortugueses que lutaram pela espanha, ou preferiram não lutar por conflitos sociais dentro da nossa comunidade)


Olá Comeereeeedeees,
Desta vez venho falar da eQuinta que tenho no Alentejo. É uma quinta como outra qualquer, com animais, plantações, moinho, adega, armazém, forno para "chanfana de espanhois" etc...
Mas atenção os bens de consumo aqui criados são de alta qualidade, o que me deixa orgulhoso do meu produto, e só me dá alento para continuar.

Vou relatar então um dia na minha quinta:
Acordo de manhã, faço o meu cafézinho gostoso, bebo o meu copinho de bagaço (contra as bactérias e para iriçar os pélos do peito) e ponho mãos à obra. Primeiro vou ver se as galinhas(referals) puseram ovos(gold) durante a noite.
De seguida, vou ter com os bovinos, mal me vêm começam logo "MU", dou-lhes um fardo de palha e tiro o leite.
Aos Vitelinhos, marco-os com um ferro com a sigla "spa" se forem "f" e uma com "bo" se forem "m", para além disso ponho uma etiqueta na orelha de cada um com os seus dados, para distinguir a chicha boa da chicha má.



Depois, monto-me na casal duas e vou até ao final da quinta, às cochadas ver como estão os cavalos. Deparo-me com o José Paisas (o criador) a dar-lhes feno. Ele dá-se muito bem com eles, é uma relação bonita.

Vou então ver como está o meu povo ovino. Já lá estava o Tio Hélder com o seu fiél cão Matis, a tirar as ovelhas do cerco para ir passear no prado, repare-se que este rebanho é o segundo maior do país! O Tio diz que deviamos comprar "7 terrenos" para elas terem mais espaço, eu acho que iria ser díficil mante-los "verdejantes" depois.



Ora, está na hora do almoço.
Umas morcelas, um pouco de paio e um queijinho de cabra, pão e vinho alentejano e está ferrado o pipo.
No início da tarde, depois de assistir à novela no canal #pt, tenho de ir ver como andam as coisas na horta.



Uma horta com cerca de 5 héctares, onde 1 deles foi completamente destruído devido aos temporais da semana passada.
Tinha um espantalho enorme, pujante todo feito em madeira e palha por mim, a minha Maria chamava-lhe Kaiu, eu preferia chamar-lhe Márito. Mas com o temporal, cedeu e foi-me apanhar uma fila de 5 rebentos de Alfaces e esgalhou-me a sexta de raspão.
A que pegar no kubota (trator) e abrir rego para plantar mais.



Mas o dia não acabou aqui!
A que ir vender o produto ao mercado. Assim, pego na Maria, ligo a bedford, ponho a cassete do pequeno Saúl e vamos embora.
Chego ao mercado, ponho os meus produtos á venda: Coelho a 4.32 PTE o quilo. Na Barraca do lado, o Bruno Barreiras mete o Coelho a 4.31 PTE/Kg.
Eu baixo para 4.30, ele 4.29... e andamos nisto até a margem de lucro, virar prejuízo. Chega ao ponto, de já pagarmos para os clientes levarem o bichano. No Meio da discusão, desapareceu o Coelho, uma senhora afirma que ouvio "Passos"...
Ao voltar para casa, passamos por um loureiro, e a Maria pediu-me para ir buscar uma folha para o jantar, fui, peguei a folha, mas ela caiu-me no chão, ia a pegar a folha de "Louro" e pumbas uma "Silva", agarrou-se-me à minha camisola de malha e cribou-me de alto a baixo.



À noite, depois de jantar um ensopado de borrego feito pela Maria, vou até ao tasco da Instituição de Recreio e Cultura, ou IRC, jogar à sueca ou malha com os amigos. Está lá o Barbedos, o Ti Amaru e bebemos umas taçinhas de tinto para não perder o rosado da face.
Ao chegar a casa aqueço água para por num saco para aquecer os pés na cama, carrego a caçadeira com cartuxos pedra-sal, rezo com a Maria e vou dormir.



Já sabem que este artigo não é para ofender ninguém, caso contrário contactem-me por PM, estarei ready para vos bater com um malho de malhar o milho! : )

Vá beijinhos e abraços,
HK416, o Agricultor Pacífico.