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A cria e o criador
(Artigo genérico, de caráter sério que pode ser aplicável tanto a vida real quanto a do eRepublik )


As eleições estão chegando e mais uma vez o cidadão brasileiro terá a chance de conduzir o destino de sua nação, fitar o futuro de sua juventude e influenciar na prosperidade intelectual e material de seu povo.

Umas das raras oportunidades em que o cidadão comum se torna o protagonista para orquestrar as diversas variáveis da política e do poder. Torna-se o dirigente de seu elegido, um pastor de um rebanho de candidatos... Qual o próximo cordeiro que devemos sacrificar? Por acaso deveria ser o eleitor?

Pois não é verossímil que aquele quem elege é o real comandante, assim como é o principal responsável pelos atos de seu elegido? Se vislumbrarmos o nosso corpo de políticos em atos espúrios e antiéticos, agindo para beneficiar a sua própria vontade pessoal, a quem devemos culpar?

A quem será dada a responsabilidade pela nossa percepção de imoralidade em nosso congresso e pelo nosso próprio desinteresse na política, senão nós mesmos?

Se já ficamos chocados com a corrupção, com as intrigas e disputas de poder, com as privações da população, com o desperdício do dinheiro do contribuinte e com as altas cargas tributárias, isso não seria apenas o reflexo de nossas vontades sendo influenciadas pelos nossos próprios atos cotidianos? Melhor, não seria uma punição adequada por esses atos insensatos?

O “jeitinho brasileiro” ao quais quase todos têm o orgulho de destacar como virtude nacional, ao sonegar impostos, ao dar uma “ajuda” ao guarda de trânsito, ao colar em uma prova... Malandragem?

Preferiríamos ficar cegos contra as ações alheias tão ultrajantes, mas não percebemos que já estávamos na escuridão muito antes, ao ignorar as nossas próprias ações do dia-a-dia...
Todos erram isso é uma certeza, é humano, entretanto persistir e difundir esse erro...


Voto perdido, juventude perdida
Muitas pessoas que se desiludem com a política, não estão erradas por sentirem esse desprezo por tal tema tão delicado, elas possuem seus motivos (e haja motivos). Contudo, qual o único jeito de mudar a situação de nossa política senão pelo próprio voto? Ficar de braços cruzados, anular ou mesmo se ausentar de seu direito de voto não alterará em nada a realidade ou mesmo ainda poderá perpetuar a situação desfavorável em que nos encontramos.

Qual futuro que queremos para a nossa juventude quando os desestimulamos a votar? Apenas estaremos afirmando que uma democracia é apenas uma falácia e que a nossa vontade e os nossos votos são insignificantes.

Incentivamos uma juventude com um caráter egocêntrico e individualista, pois o conceito de democracia e coletividade que pregamos o faz aparecer um tanto deteriorado. Se o coletivo não consegue fazer a diferença, o que um indivíduo poderá fazer senão se fechar em sua própria bolha?


A importância do voto
A democracia nunca será o modelo ideal de governo, até porque um modelo ideal e perfeito nunca existirá, pois nunca conseguirá refletir de forma igualitária a todos os anseios e vontades de sua população.

Mas é o modelo mais próximo do ideal, uma vez que reflete a opinião da maioria de sua população. Pautar a liberdade, igualdade e fraternidade são os conceitos básicos de uma democracia. O povo conduzindo o poder e a autodeterminação de uma nação.

Até chegarmos nesse modelo democrático, quantas vidas foram perdidas? Quantas pessoas lutaram e deram literalmente o seu sangue por isso? Se hoje reclamamos desse modelo de governo o que fazemos além de desrespeitar os nossos antepassados que viveram sobre opressão e falta de liberdade?

O voto é um direito ao qual não devemos abdicar, pois é um direito que nos confere um poder sobre o nosso futuro e sobre a nossa nação. Quando afirmam que um voto não faz diferença, não se deixe entusiasmar, um voto pode sim fazer a diferença e a sua vontade de votar pode influenciar as pessoas ao seu redor, no fim, nunca será apenas um voto...


Em quem votar?
A escolha de um candidato ideal não deve ser uma escolha aleatória e momentânea. Requer uma pesquisa tanto de seu comportamento quanto de seu histórico. Traçar um perfil comportamental nunca é fácil, mas lhe dará uma base, um fundamento sobre o que o candidato fará uma vez no poder.
Se o candidato se mostrar moralmente integro, ético, preparado e de acordo com os seus ideais, não se delongue e deposite nele a sua confiança e o seu voto.

Uma vez que o seu candidato esteja no poder, não se esqueça de cobrar as posições do seu candidato em cada projeto, fiscalize-o e esteja sempre atento em suas ações (não o deixe se acomodar). Mantenha-o sobre pressão constante, para que não se desvirtue e caia em tentações, já que ele o está representando.

Quanto à experiência do candidato, não é necessariamente um pré-requisito, apesar de que um conhecimento anterior na política sempre representa alguma vantagem ao candidato.
Porém não é recomendável reeleger o mesmo candidato por inúmeras vezes seguidas. Candidatos com verdadeiras carreiras políticas ou mesmo a criação de clãs familiares na política não os tornam necessariamente candidatos ideais ou de extrema experiência política.
A politicagem, segundo dizem, até pode ser um dom, mas certamente não é hereditário nem eterno...

O princípio que rege uma democracia sempre foi a possibilidade da alternância de poder ser um fato concreto, de outro modo não seria uma democracia propriamente dita...

O “arejamento” dos cargos políticos é um fato que contribui para a própria saúde democrática e impede que os políticos se apeguem e se viciem muito com o poder (que de fato é um tanto embriagante), assim como mantêm a política sempre em uma dinâmica constante.

A política deve representar as vontades e anseios da população e tais posições sempre se alteram com as gerações. Se as vontades e anseios da população não são imutáveis, os políticos deveriam ser? Os políticos devem representar o seu povo, o seu contexto e a sua atualidade. A alternância de poder confere tudo isso.

Por esse motivo não negligencie o seu voto, é um direito seu e um compromisso com o seu país!



Vote, Assine e Comente!!!




Nota(Desabafo) do Editor:
Esse artigo ao qual escrevi, com muito esmero, deixa claro a realidade em que nos encontramos no Brasil real.

Por algum motivo, transferimos nossas deseperanças da política real com a do eRepublik, de um jogo que deveria representar uma integração social e uma forma de entretenimento.

Mas assim como transferimos essas desesperanças, também importamos algumas mazelas do mundo real para esse jogo, que por se encontrar num mundo virtual, faz com que as pessoas muitas vezes ultrapassem a barreira do moralmente e eticamente aceito pela sociedade.

Por experiência, não nego que cometi alguns erros, tento remediar tais atos e comportamentos (peço desculpas sinceras aqueles a quem ofendi ou magoei). Mas também observo e constato o crescimento de certa desordem em nossa sociedade virtual.

Algumas vezes pode até ser engraçado alguém tirar sarro ou ofender outrem, ou os trollers e spammers que invadem a nossa mídia, ou uma briga entre eCidadãos. Mas não estaremos nos afastando dos princípios desse jogo?

Por que será que não conseguimos absorver os cidadãos advindos dos babybooms? O quão (des)atrativo tornamos esse jogo? Porque temos de destratar o outrem para nos satisfazermos?

Bem,tudo isso é apenas um pequeno desabafo de um fato percebido nessa tarde e em outros dias que poderia até ser considerado banal...
O que custa ser um pouco mais cordial e gentil?

Na verdade esse artigo era para ser de minha candidatura ao congresso, mas estou um tanto desanimado, pois certamente não me elegerei... Kwazulu Natal (onde é isso afinal? %$#@😵 afinal lá não há quase nenhum brasileiro nato e o partido nem eu tenho condições de prover MTs (que custa 25BRL cada) aos possíveis eleitores (se é que existem)...

Estou tentando me manter ativo no eR, escrevendo artigos, comentando nos jornais de colegas, participando no fórum, tentando me alistar no exército ou nas milícias...

Mas está um tanto estafante ainda... Não sei se a minha percepção está certa, mas acho que antigamente o eRepublic era muito mais receptivo do que agora...
Whatever, agora os Troller podem me esculachar nos comentários!!! Estejam à vontade para comentar/trollar...