[Roleplay] Capítulo 2: Sparta, o General encruzilhado

Day 1,144, 10:51 Published in Brazil Brazil by Gahnkaz


+ Prelúdio: A Origem de um conflito declarado...
+ Capítulo 1: O segredo da Mesopotâmia

As primeiras peças do quebra-cabeças

Uma consideração sincera é necessária para os leitores da Tribuna Essencial. Nos dois últimos artigos não cumprimos necessariamente o dever jornalístico de noticiar respostas; ao invés disso semeamos dúvidas. Essa é, afinal, a maneira que conseguimos de expor ao leitor atento as peças de um gigantesco quebra-cabeça cuja imagem final ainda é obscura, até mesmo para nós.

Nas edições anteriores dois grandes fatos foram narrados de acordo com os relatos e as pesquisas realizadas por esse jornal. Uma reunião no Natal, na véspera da conquista da Mesopotâmia em meio ao delicado período transitório do Governo Timborium para o Governo provisório de Reshev Villanova. Tal conquista, relacionada a uma reunião de ilustres membros de nossa sociedade - muitos já não mais entre nós - demonstra, segundo relatos de Tex Murphy, algo mais do que vencer um inimigo estratégico ou conquistar um território aparentemente sem valor.

Nesse momento a Tribuna Essencial decide investigar esse tal segredo e, para tal, retroceder ao passado, cavando fundo nas origens desse conflito com a história do presidente que fez de tudo para atrasar sua realização, mesmo sendo um dos idealizadores da batalha. Sparta Kratos, o General encruzilhado.



Entre a Crescente e a Espada


Sozinho em seu gabinete, Sparta Kratos analisa silencioso uma pilha de jornais em sua mesa. Em tom de preocupação e com a cabeça apoiada no braço esquerdo, manipulava agilmente uma caneta com sua outra mão, de modo a adiar a escrita de uma folha em branco que repousava em sua frente.

O silêncio é quebrado por três toques secos na porta de mogno do seu gabinete no palácio presidencial. Era uma visita inesperada mas bem-vinda. Um homem de constituição física exemplar, trajava roupas rústicas adornadas por uma fina capa de linho e um raro punhal de ouro e rubis preso na cintura. Era Marco Polo , o ancião, um dos mais antigos e sábios do país, um homem de confiança do general-presidente.

- Você apareceu em má hora Marco; parece que o cerco se fecha - diz enquanto retira de uma gaveta um exemplar do Livro de Dio, folheado em leitura rápida, como uma criança ansiosa por saber o final da história.

- Sim, eu li os jornais, parece que a campanha do Colher para o início da batalha tem surtido efeito - diz o ancião

- Não me incomoda mais do que os pitacos daquele tailandês hipócrita

- Não, Sparta. Os nossos estão se virando contra você, isso é de se preocupar...

- Eu sei, você sabe... Nós já esperávamos isso. A custo de que? O que afinal tem nesse tesouro? Gold? Estou começando a me arrepender de ter iniciado essa guerra

- Você sabe que há muito mais que Gold na disputa. Aliás, você não tem culpa, ainda não sabíamos da existência de um traidor...

- O problema é não saber quem é esse filho da puta!

- Não adianta Sparta, infelizmente, por Dio, seu papel é esse: proteger o Tesouro de Dio Brando.

- Eu sei, sempre soube. É hora de ganhar tempo.Diz, traçando as primeiras linhas de um discurso.

- E colocar um dos nossos no Poder... - continua Marco Polo

- Reshev não trairia Dio, eu já escolhi por ele. Agora é esperar que ele ganhe... - diz, respirando fundo ao fim de suas palavras

Sem mais uma palavra, Marco Polo deixa o presidente a sós. Era a última vez que os dois se encontrariam antes do fim do mandato presidencial. Dezoito dias depois era a hora da despedida de dois grandes meses de um presidente.

Diante de uma multidão, surge Sparta Kratos, o presidente-general, pronto para seu último discurso



Cavalheiros,

Pouco mais de 2 meses se passaram desde minha posse como presidente deste grande país. Certamente fui o presidente que mais governou este país e talvez um dos que mais dirigiu uma nação neste jogo - senão o mais. Foram 2 mandatos inteiros, acrescidos dos dias extras oferecidos pela mudança do dia de votação imposto pela V1.

Muito tempo se passou, muitas coisas se transformarão. Alguns mitos se tornaram verdades... enquanto alguma realidade se tornou uma lenda. Um mandato duradourado, vitorioso, assim o considero. Uma trilha imensa foi percorrida e vários objetivos alcançados, várias discussões e sem dúvidas uma certeza: somos grandes!

Somos grandes! Foram várias as realizações ocorridas nestes dois meses, muitas conquistas e, claro, obstáculos. Obstáculos criados pela sociedade, ou pelo azar... e até mesmo pelos deuses do erepublik, popularmente conhecidos como administradores. Vários laços fortes foram criados e o Brasil finalmente "surgiu" no emundo. Agora o eplaneta sabe que existimos e sabe que somos batalhadores, lutadores, vencedores!

[...]

Amigos, amigas, senhoras que assistem em sua aconchegante cadeira ao meu último discurso... senhores que a essa hora já criam em suas mentes grandes histórias para contar a seus netos, histórias estas que narram a trajetória daquele presidente ousado... firme... determinado... dedicado... daquele presidente fanfarrão... mas aquele mesmo homem que em nenhum segundo deixou de pensar no melhor por sua nação. Aquele líder que sem dúvidas revolucionou o Brasil com sua coragem... aquele cara... único.

A todos vocês eu deixo meu sincero abraço e o meu muito obrigado pelo voto de confiança que em mim depositaram.

[...]

Após uma funda análise dos candidatos, eu decidi que o mais apto no momento para me substituir é nosso Capitão Reshev Villanova. A ele estarei dando o meu apoio e o apoio do DEM. Reshev é um dos mais experientes jogadores do Brasil e acho que chegou a sua chance de liderar nossa nação com sua grande experiência. Desejo toda a sorte para ele caso vença.

Os demais são grandes homens também e o meu conselhos a vocês é que, caso não consigam a vitória amanhã, não desistam! Ainda existe uma grande trilha a ser percorrida e o Brasil precisará de toda ajuda de vocês.

Finalizo então meu discurso parabezinando toda nossa população e nossos soldados. Estarei me juntando a vocês agora, percorrendo o mundo defendo nossos aliados no campo de batalha sempre com a chama da determinação acesa no peito. Somos irmãos de armas e espero que possamos fazer um trabalho ímpar nas longas batalhas que ainda travaremos. Então eu termino dizendo: "Guerras vão e vem, mas nossos soldados são eternos."

E claro, aos meus oponentes, eu só digo: "Deixo vivos os meus inimigos... para que estes assistam de pé à minha vitória!"

Mais uma vez obrigado e até a próxima.


===================================================================


Não houve uma próxima vez de Sparta no eBrasil. Perseguido pelos seus antigos colegas de Aliança, foi mal interpretado. Uma notícia de origem obscura ligaria ele aos rotistas ( religião herege pelos dioístas, baseada no Deus Roto) e o faria impedido de concorrer novamente pela presidência da república. Exilado e desacreditado pelos seus próprios colegas, Sparta Kratos se une à Teocracia e luta por Dio até a morte.

Quanto às eleições do mês seguinte a Sparta, Reshev não venceu. Em seu lugar emergiu um jovem político chamado Timborium, que obviamente não sabia dos objetivos obscuros por trás da Guerra. Mas em seu governo, de maneira obscura, um homem sabia. Meflusar (sob a máscara de Andriolo ), como já dito na edição anterior nas revelações de Tex Murphy, havia traído o país. Seu objetivo era, com a conquista da Mesopotâmia, pegar para si o Tesouro. Seu plano seria descoberto, a renúncia de Timborium arquitetada e a imersão de Reshev ao governo consolidada. Mas, antes de sair do poder, Meflusar armaria um golpe relembrado até hoje, roubando 1000 GOLD dos cofres brasileiros e sumindo, voltando várias vezes como um fantasma que assombra as pretenções dos protetores do segredo de Dio.

Após o roubo, a Reunião do Natal formaria uma aliança entre membros de diversas origens políticas do país. Eis o embrião da Aliança Imperial. Suas motivações, ainda desconhecidas, podem ser decifradas com a análise de alguns episódios emblemáticos da história e-brasileira. Analises divulgadas em breve aqui, na Tribuna Essencial.

Gahnkaz