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[ODIN] Crônicas Vikings

Day 1,623, 13:54 • Published in Brazil Brazil

• by Seu Cuca Beludo

Olá, brasileiros!

Conforme vocês devem ter lido em nosso último artigo, queremos retomar com força (ui!) a publicação de artigos aqui no Manuscrito. Para isso, estamos desenvolvendo um extenso cronograma, de modo a não ficarmos grandes períodos sem artigos novos.

E, aproveitando essa onda, voltaremos com o nosso roleplay! E nada melhor do que criar coisa nova, não é mesmo? É por isso que apresentamos a vocês, hoje, o primeiro capítulo das Crônicas Vikings! Trata-se de uma versão mais "realista" e com menos metáforas e quebras das leis da física que o nosso sagrado Livro de ODIN. Quem não conhece o Livro e é membro do ODIN, não perca tempo: leia-o aqui.

Sem mais delongas, vamos ao Capítulo 1!

Dedicatória

Ao supremo, compreensivo, temperamental, confiável, honesto, interessante, carinhoso, paternal, simpático, honrado, amigável, generoso, ambicioso trabalhador, calmo, fraternal, astuto, paciente, inteligente, esperto, espirituoso, grandioso, ousado, glorioso, amado, respeitado, invejável, diviníssimo, esplêndido, magnífico, justo, corajoso, fabuloso, exemplar, autoritário, austero, incompreensível, onipotente, onisciente, onipresente, senhor do Paquistão e de todas as terras, Dio Brando.

Que sua luz nos ilumine nos dias vindouros.

A mais longa viagem de todas.

Minha memória mais antiga é de caminhar com meu pai na beira de uma das praias que banham a ilha em que vivemos. Lembro de meu pai me contar das façanhas do meu avô, das grandes batalhas em que ele lutou, e dos festins legendários que promoveu e participou. A história que talvez mais interesse a vocês começou em uma noite sangrenta. O vilarejo em que meu avô vivia foi atacado por saqueadores em um número imensamente maior aos defensores da vila, e por isso os homens locais foram forçados a se lançarem ao mar para escaparem com vida. Em condições normais, eles teriam ficado para lutar até a morte, mas a época da colheita havia passado, e muitas mulheres do vilarejo estavam grávidas, de modo que não havia uma razão para ficarem. E ao invés de voltarem ao vilarejo, horas depois do ataque, meu avô decidiu rumar para sudoeste, e tentar recomeçar a vida em outro lugar. A frota de drakkar's, os navios de guerra vikings, começava então, a jornada mais longa de suas vidas.

Foram necessários três meses para cruzar o imenso oceano que separava seu sangrento lar das terras desconhecidas a sudeste. Nessa viagem, enfrentaram piratas, outros escandinavos, fome, doenças e grandes tormentas, capazes de enlouquecer o mais são dos homens. Algumas mulheres, em fase final de gestação, tiveram seus filhos em um dos barcos que compunham a pequena frota. Eram verdadeiros vikings, nascidos do mar e vivendo para o mar. Quando enfim um naco de terra despontou no horizonte, um urro de alegria se fez ouvir. O semblante dos marujos imediatamente se desanivou, agora livre das angústias e preocupações. Ao se aproximarem, perceberam que de pequeno, o lugar não tinha nada. Era uma grande ilha, com praias de uma areia puríssima, água cristalina, e florestas verdejantes dominando todo o cenário. Pequenos rochedos e elevações, além de animais exóticos, completavam esse pitoresco local que viria a ser o seu lar.

Tão logo pisaram em terra firme, Marco Polo e Hugan, comandantes da frota viking (meu avô era o terceiro, apelidado de Salgado), trataram de construir um pequeno e simples altar para reverenciar o Grande e Sábio Dio Brando que, quando tudo parecia perdido em meio a uma violenta tempestade, lançou um raio de sol e indicou o caminho, afastando-os da Morte que já bafejava em suas faces. As mulheres trataram de procurar água fresca, enquanto alguns homens avançavam para dentro da floresta, explorando, e outros cortavam algumas árvores para construir abrigos, pois a noite se avizinhava. E as crianças, livres do espaço apertado dos barcos, brincavam alegres como nunca, se jogando água e lançando pedrinhas tão longe quanto conseguissem. Um desses garotos era conhecido como dinossauro, e ele viria a ser o Primeiro Grande Thor.

Ninguém sabia, mas nesse momento eram lançadas as bases para a fundação do ODIN.

Mapa da viagem