[MDS] «Ménage à trois»: marcelosantos vs. Passos Coelho

Day 2,553, 03:12 Published in Portugal Portugal by Ministerio da Educacao ePT



«Ménage à trois – marcelosantos vs. Passos Coelho»

«Ménage à trois, ou simplesmente ménage, é uma expressão de origem francesa cujo significado originalmente denominava um domicílio habitado por três pessoas em vez de um casal.» (Wikipedia:2014)

Num momento a três – entrevistador e dois convidados –, com muito pêlo intelectual e carícias másculas à mistura, deitados numa cama de pregos filosóficos, praticámos o kamasutra do eRepublik, testámos as várias posições políticas, sem preliminares, nem compromissos. Três ePessoas, três eRapidinhas, três respostas.



O nome marcelosantos evoca, de imediato, episódios polémicos mas, igualmente, memoráveis. Passos Coelho não é só um nick familiar, é um dos maiores vultos da ePolítica da atualidade. Parecem estar nos antípodas um do outro, mas estarão? Haverá algo que os aproxime?
Vejamos.





ENTREVISTADOR:
A vertente militar tem sido - e cada vez mais envereda por esse caminho - uma artéria vital neste jogo. Muitos alegam que também esta dinâmica estará em necrose a tal ponto que o jogo é apenas um cadáver adiado.
Sabendo que a sigla «SPA» significa, em muitas cabeças, a aliança entre o corpo da política e a veia militar, a teu ver, marcelosantos, é esta fusão uma forma de dar heroína a um jogo ressacado ou é, tão-somente, a legitimação daquilo que, noutros casos, é uma união de facto não assumida?


MARCELOSANTOS:
O módulo militar é o ganha-pão dos Administradores do jogo, longe de ser um cadáver. No início, quando comecei a participar no eRepublik, não ligava muito ao módulo militar, sempre achei o jogo no seu todo sem sentido, pois o módulo económico também nunca funcionou. Se forem aos meus artigos, desde o início que me preocupo com quem do cofre do estado, faz o seu.
A sigla SPA, hoje em dia representa a liberdade de expressão.
A aliança militar e política surge numa altura em que ePT precisava de uma renovação partidária. Surge o Partido Sucker Punch Army, que para além de "rodar" e legitimar com experiência congressistas, que numa lógica de coligação já aprovaram propostas, como o aumento do salário mínimo e guerra com eVenezuela.
O objectivo do golpe ao antigo PD sempre foi retirar das listas os congressistas que não apresentavam propostas e mês após mês e eram eleitos por não haver oposição.
Prefiro, assim, um Partido sem segredos, do que seguir o exemplo do P.O.R.R.A.D.A e as Forças Armadas. Claramente e os mais atentos sabem, que o PretenderHT capitaliza os votos dos soldados do estado e ainda lhes vende armas q7, que os próprios produzem a troco do salário mínimo.
SPA sempre teve como objectivo aumentar a actividade e pro-actividade dos que não alinham em esquemas de trabalhar para aquecer (salário mínimo) e será assim para sempre. Não podemos marginalizar quem não se quer juntar aos ovelhas dollys!

ENTREVISTADOR:
Passos Coelho, concordas com a visão do MarceloSantos: por um lado o módulo militar é a grande dinâmica do jogo e, por esta mesma razão, faz todo sentido que uma ou mais forças políticas optem por esta via? Será a única viável num futuro próximo, isto é, a militarização da política é inevitável? Por outro, os partidos (grandes ou pequenos) vivem à sombra do congressista-fantoche, daquele que se limita a votar no que uns poucos afirmam que é a verdade?


PASSOS COELHO:
Concordo que o módulo militar é a grande dinâmica do jogo, não concordo é que as MUs façam os seus próprios partidos, mas embora não concorde, não me choca (e este debate sempre existiu). A única MU que não pode ter partido próprio são as FAP por serem "estatais". Por exemplo, nos MEK temos gente de vários partidos e nunca na vida faria um partido MEK em Portugal, até porque acho que todos devem estar no partido que querem estar e porque os MEK têm de ser o que sempre foram, uma força militar de elite e não políticos.
O partido que eu fundei este mês é um partido cujo dogma é ser a favor de guerra justificável e contra os congressistas eternos e políticos "profissionais".
O jogo reflete a RL e aqui também há políticos que se eternizam nos governos nem ninguém entender bem o que fazem e congressistas que querem manter o status quo a todo o custo, ou seja, manter Portugal sem guerras e com os mesmos de sempre à frente.



ENTREVISTADOR:
Efetivamente, critica-se a política na RL quando se fala em partidos do «arco do poder», todavia, muitos acreditam que só estes possuem o «know-how» necessário para governar um país. Crês que esse conceito se aplica ao eRepublik? Que há um grupo limitado de eCidadãos preparados para governar ou todos partidos merecem a sua oportunidade MESMO quando a imagem de seus líderes surge associada a atitudes, diz o vulgo, antipatrióticas?


MARCELOSANTOS:
Em relação aos partidos da vida real, gostaria de não me pronunciar, isto não deixa de ser um jogo de entretenimento. O que se passa no eRepublik é que existem grupos de pressão política. Estes grupos de pressão operam em canais públicos e em alguns canais privados, nesses canais são delineadas estratégias para cada dia 5,15,25. (Presidenciais, partidárias e congresso respectivamente).
Este tipo de pessoas despende grande parte do seu dia a dia a comunicar uns com os outros, o que acontecem é que eles ficam tão quadrados que não conseguem ver mais nada para além deles.
Obviamente é necessário que os agentes políticos se renovem.
A consequência de não haver rotação de lugares e cargos políticos é:
- as pessoas desmotivam e acabam por abandonar o eRepublik
- os mesmo de sempre como estão saturados não produzem trabalho.
O patriotismo neste jogo é uma farsa, maior parte dos citizens oldschool está no estrangeiro a vender armas para Portugal, apenas focados no seu lucro.

ENTREVISTADOR:
Passos Coelho, será a procura do lucro ou desilusão face à vida em ePortugal (a todos níveis, social, político, militar) que leva muitos jogadores portugueses altamente experientes a abandonar o solo nacional ou haverá outras razões?


PASSOS COELHO:
Há, sem duvida, bastantes jogadores que estão focados apenas no seu lucro mas também existe quem está completamente desiludido com o que inúmeros governos fizeram (negociações estranhas e sem sentido), com a política Portuguesa e com o facto de haver sem 1 ou 2 jogadores com poder sem qualquer objectivo no jogo que não seja destruir e enganar novatos, etc.
No meu caso pessoal, eu saí de Portugal por uns meses quando vi que não havia hipótese de haver guerra e que eu estava a mais porque era dos poucos que queria. Resolvi voltar quando me fartei do sítio onde estava (e nem lucros tive, por ter poucas empresas e por não ter bónus no sítio onde estive, Israel)
Agora também acho que há muito pessoal fora porque é a atitude mais cómoda, estar fora, não contribuir nada para o país e vir mandar umas postas de pescada nos artigos.



ENTREVISTADOR:
MarceloSantos, uma questão final: precisa, novamente, ePortugal de um presidente como o Passos Coelho ou o rumo terá de ser outro?


MARCELOSANTOS:
Eu e o Paisana estamos disponíveis para fazer parte do Governo de Passos Coelho. A vida é feita de desafios e esse seria mais um.

ENTREVISTADOR:
Passos Coelho, uma última questão: imaginas MarceloSantos como ePresidente de Portugal? Daria um bom CP?


PASSOS COELHO:
Julgo que o marcelo não tem como objectivo ser CP de Portugal, pelo menos até hoje a atitude dele nunca foi a de ser CP, sempre gostou de estar do lado contrário, é sempre mais cómodo estar contra o governo que dentro de um governo.
Quanto a dar um bom CP, não conheço ideias diferenciadoras ao marcelo nem o marcelo dispende as horas necessárias com o jogo para ser um CP.
Infelizmente ser um bom CP faz com que uma pessoa esteja muitas horas no jogo e o marcelo não me parece suficientemente activo para isso.
A atitude do marcelo no jogo não é a necessária para ser CP, julgo que dificilmente alguma vez será eleito porque a maior parte da população olha para ele como um troll.
Eu não concordo que seja um troll, mas acho que a principal motivação para ele jogar e fazer o que faz é simplesmente ver a reacção indignada de alguns jogadores e a partir daí puder ter uma atitude/discurso de haver sempre alguém que está no poder e que esse poder é inacessível e que rouba e esse alguém que está no poder está contra ele.
Já deram muitos nomes diferentes ao longo do tempo, desde gang, lado branco, etc, etc
Reconheço muito maior capacidade ao Paisana do que ao marcelo para ser CP, é mais activo e mostra ter ideias diferentes, embora a maior parte das vezes não vá pelo "lado" mais fácil e entre no mesmo esquema que falei em cima em vez de explicar plenamente as ideias.
Enquanto assim o fizer, nunca vai limpar a imagem e deixar de ser considero um troll por muitos (eu pessoalmente não o considero um troll)





NÃO PERCAM A ÚLTIMA «MÉNAGE À TROIS»:

HK416 vs. Paisana



A Equipa do MDS,
Psychosis / Hugo Bettencourt / Paula Antunes