[Jornal Feudal] O Culto da Ostra

Day 1,424, 09:46 Published in Brazil Brazil by Waxton

Boa tarde leitores, estou retomando um projeto do outro jornal que eu escrevia, Jornal Feudal, como não tenho mais posse da org e o jornal não existe mais vou publicar os artigos por aqui mesmo. O jornal era um Role Playing estilo medieval baseado em acontecimentos do erepublik, especificamente do eBrasil, todos os personagens aqui fazem referencia à jogadores famosos, e outros nem tanto, ficou irritadinho porque seu nome foi trollado aqui? me reporte ou abra um tópico no fórum lol. Bom, vamos à história:

O Culto da Ostra



Já estava escuro quando atravessamos a praça pública, as luzes dos archotes que Bonna e Oscar Alho mal iluminavam o caminho. Sem querer chutei algo que parecia ser uma pedra, mas algo mais mole, no segundo anterior percebi que não era uma pedra pelo berro que o gato deu.

- Caramba, silencio ai! Não maltrate os gatos, eles são legais, ei Anderson porque trouxeram esse cara junto? Falei que era para serem poucos e mais fortinhos.
- Bonna, chefe, ele vai ser a nossa testemunha, depois vai escrever nossas façanhas e nos tornaremos heróis.
- Me desculpem, foi sem querer, trocando de assunto, só para ficar registrado, qual é o nome do culto que vamos invadir?
- Ostracismo, o culto da Ostra, é como eles se autodenominam.
- E esse tal de Xallax é amigo de vocês?
- Mais ou menos, mas vai ficar agradecido por nós salvarmos ele e nós um pouco mais ricos, se você me entende.



Ao chegar em frente à um casarão abandonado, Bonna pede para todos fazerem mais silencio pois estávamos perto do covil dos ocultistas. Damos meia volta e paramos em frente a um alçapão na lateral da casa, com um puxão forte ele é escancarado revelando um caminho mal iluminado que descia para um porão, todos desceram menos Oscar Alho.

- Ei pessoal! Vou ficar aqui fora montando guarda, mas assim, vocês têm certeza que é aqui que eles se escondem?
- Pode ficar tranqüilo, foi um rato que me contou. Cuide da saída, se escutar um miado é o sinal que as coisas não saíram como se esperava.
- Sim, chefe!

O caminho não era longo, Anderson puxou sua adaga na expectativa de encontrar ocultistas logo na entrada, mas o cântico entoado parecia distrair todos os participantes do ritual. Chegamos um pouco mais perto para ver o que estava acontecendo direito, eram quatro pessoas, trajadas de roupões azuis dançando em ciranda ao redor de uma pessoa que aparentava ser o tal do Xallax que estava amarrado a um tipo de mesa de pedra, a música era mais ou menos a seguinte:

-Panelala panelala panelala! Ostracismo em você! Óh Deus Ostra execute esse infiel!

Ficamos observando extasiados com a psicodelia da cena, depois de algum tempo os participantes pararam e foram para um altar pegar algo que parecia uma adaga, nesse momento um dos ocultistas virou para o outro e exclamou:

- Caramba, você esqueceu de novo de trazer o pó, como vamos entrar em contato com o Grande Ostra?
- Poh, Arit...
- Cale a sua boca! O que falamos pra ti já centenas de vezes? Somos um culto anônimo, é proibido usar nomes aqui!
- Mas é que o Vinici...

Escutou-se um estampido alto e logo depois se iniciou algo que parecia uma briga, aparentemente havia desentendimentos entre os ocultistas, Bonna ao observar a confusão fez sinal que era hora de agir. Congelado, observei duas sombras se espreitando pela sala do culto em direção da oferenda, os quatro encapuzados nem prestaram atenção estavam mais preocupados em trocar ofensas entre si sobre qual seriam as regras do culto.


Desenho esquemático do símbolo do culto da Ostra encontrado

Rápidos que nem um gato, Bonna e Anderson voltaram com Xallax em seus ombros. A missão estava cumprida, o problema é que os ocultistas chegaram a um consenso, havia mais alguém na sala além deles, assim começou a perseguição. Aos tropeções, não tenho vergonha de admitir, mas meu medo chegou a molhar as calças, flechas começaram a voar por cima e pelos lados e o corredor parecia ter quilômetros. Saltando pelo alçapão ao chegar à rua corri para direção contrária dos outros invasores e não os vi mais.

No raiar do outro dia fui à praça pública me interar sobre as polêmicas da outra noite e claro, ver alguns mamilos no bordel da senhora Sucre. No patamar no meio da praça estava lá, Bonna, acorrentado e sendo sentenciado.

- Pelos crimes de perturbação pública e ofensas à vossa Majestade, o Rei Jan da Silva, eu o sentencio ao banimento do reino.

Um murmúrio percorreu pelo povo, não tinha dúvidas que isso foi por causa do que ocorreu noite passada e com medo de ser envolvido nessa conspiração fugi dali.

Leitor, se você está lendo essa carta é que fui preso por forças maiores, divulgue isso à toda irmandade felina.


Waxton
Editor do Jornal Feudal