[BdRA] Reflexões habermasianas sobre a política brasileira
Rick Adams
A pluralidade de visões de mundo é uma característica das sociedades contemporâneas. No entanto, a coexistência entre formas distintas de pensar, algumas irreconciliáveis, desperta neste ambiente uma série de conflitos. Não por acaso, problematizar as tensões modernas tem sido uma grande questão dentro da sociologia, sobretudo no que tange as maneiras pelas quais estes conflitos podem ser amenizados.
Neste cenário, destacam-se, sobretudo, as contendas provenientes da dinâmica entre a religião e espaço público. Para entendermos melhor esse fenômenos, cumpre uma breve revisão histórica até os tempos atuais.
Nas aulas de história certamente todos aprenderam que a Proclamação da República ocorreu em 15 de novembro de 1889. Dois anos depois, em decorrência da nova forma de governo foi promulgada a primeira Constituição da era republicana, em que se estabeleceu dentre outros itens, a separação entre Estado e Igreja. Tal princípio se tornou presente em todas as Constituições subsequentes, contudo a presença religiosa não sumiu da esfera secular, basta para isso observar no Congresso Nacional a existência de uma bancada religiosa. Tudo bem que por ter sido um país altamente influenciado pelo catolicismo em sua trajetória histórica, possa ser difícil esse apartamento no seio da nossa sociedade, no entanto a persistência religiosa no mundo secular longe de ser um fenômeno exclusivamente brasileiro, se mostra evidente no mundo todo. Motivo pelo qual, alguns teóricos, como Jürgen Habermas, procuraram refletir sobre esse aspecto moderno.
Nascido na Alemanha, Habermas faz parte da segunda geração da Escola de Frankfurt, sendo hoje um dos mais importantes sociólogos vivos. Famoso pela “Teoria do Agir Comunicativo”, Habermas dedicou alguns escritos a respeito da presença religiosa na arena pública secular. Segundo o frankfurtiano, o mundo moderno pode ser definido a imagem do Deus grego "Jano", porquanto a difusão religiosa no mundo e sua cada vez mais expressiva notoriedade na arena política contrasta com os ideais modernos de racionalização e secularização. (HABERMAS, 2013, p. 3-4).
Diante disto, Habermas nos propõe uma “sociedade pós-secular”, ou seja, um modelo em que se reconheça a persistência religiosa nas sociedades secularizadas, ao passo em que se acomode os discursos religiosos no espaço público. Para tanto, segundo o sociólogo, faz-se necessário uma "mudança de mentalidade" em ambos os pólos deste tabuleiro, de um lado os religiosos devem abrir mão de uma visão absoluta do mundo, enquanto os não religiosos devem reconhecer que existem nas comunidades virtuosas conteúdos de “verdade”, ou seja, deixar de tratar a “fé” como algo irracional. Sem esse impulso, o diálogo entre estes cidadãos se torna impossível e, consequentemente, inviável uma "sociedade pós-secular". (HABERMAS, 2007, 157-15
😎.
Posto este breve resumo sobre o pensamento habermasiano, cumpre pensar à luz da sua proposta a política brasileira ingame. Tal como delimitado acima, não seria equivocado dizer que vivemos o antagonismo da “cabeça de Jano”: de um lado a ARENA, do outro os anti-arenistas. Seguindo neste recorde, ante todo ódio suplantado por ambos os lados, num processo que já dura algum tempo, o diálogo é uma palavra alienígena neste espaço. Não obstante, a persistência da ARENA diante de uma maioria que opõe-se a ela, torna o eBrasil congênere a “modernidade”.
Se o cenário retratado por Habermas se encaixa perfeitamente a nossa realidade virtual, mudando evidentemente os atores sociais, podemos por lógica aplicar como saída para esse “cabo-de-guerra” o ideal habermasiano de “sociedade pós-secular”. Para quebrarmos com esse dilema e resgatarmos o módulo político do caos em que encontra, cabe uma “mudança de mentalidade”, em que ambos os lados abdicam de uma "visão totalizante de jogo". A ARENA não deve ser tratada como um “vírus” a ser combatido, nem os outros como se fossem inimigos da pátria. Todos têm condições de auxiliar o país e é sim possível um espaço em que visões irreconciliáveis dialoguem entre si.
Mais do que nunca faz-se necessário largar mão de ressentimentos passados e estancar a difusão do ódio. Se este pensamento reverberar por entre as zonas mais insensíveis do jogo, daremos um passo importante em prol de uma comunidade mais unida e divertida. Do contrário, sempre que a demonização do outro for à maneira de fazer política, o eBrasil estará condenado a uma verdadeira titanomaquia.
Para não me alongar tanto continuarei tratando do assunto num outro momento, mas até o próximo artigo, convido a todos a levarem a efeito uma “comunidade pós-secular”.
* Evidentemente não trago neste artigo uma revisão bibliográfica sobre Habermas, logo muitos detalhes de seu pensamento não estão sendo postos, recomendo, portanto, aos interessados no assunto a leitura do livro “Fé e Saber”, que na minha opinião é o ponto inicial para aqueles que têm o desejo de caminhar no solo habermasiano.
REFERÊNCIAS:
HABERMAS, Jürgen. Entre Naturalismo e Religião. Tradução de Flávio Beno Siebenachler. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2007.
______. Fé e Saber. São Paulo: Editora Unesp, 2013.
Comments
Muito bom ter você de volta meu amigo!!! Bom mesmo!
Saúdo sua esperança!
Mas enquanto um grupo seguir e regras e o outro as jogá-las fora não vejo saída possível para a conflagração em que vivemos!
Mas ter você de volta é sempre um sopro de esperança
#foramafiadascontascompradas
Agradeço pelas palavras amigo. Fico feliz em estar de volta. Espero que eu possa contribuir positivamente para comunidade. 🙂
Como sempre fez!!!
Expor opinião á é uma grande contribuição.
[BdRA] Reflexões habermasianas sobre a política brasileira
https://www.erepublik.com/br/article/2658041/1/20
VOTE. COMENTE. DIVULGUE.
Tu está cheirando defunto.
TWD !
Primeira vez na historia do erep que o termo far-se-á e usado !!!! Parabéns !!!
No mais, continuas um sonhador meu nobre amigo !!!!
KKKKK É importante ser sonhador. Afinal, "não existe nenhuma realidade, sem que antes se tenha sonhado com ela".
Vc e demais !!!!! Vamos casar !!!!
KKKKKKKKK Vc é doido. rsrs
V+suscrito
bom artigo!
Escreve muito bem, mesmo!
V
votado
Voltou pro ARENA? Você não aprende mesmo.
Kkkkkkkk
Sz
Muito bom
bla bla bla
Acho que o cenário do jogo está muito mais para uma polarização política e social, semelhante a vivida antes do golpe civil-militar de 1964, que para apenas a diferença de modos de pensar entre seculares e religiosos propostas por Habermas. Se for um cenário de polarização (que traz muito mais complexidades que apenas diferentes modos de pensar) o diálogo ainda será insuficiente porque há muitos outros fatores envolvidos. Numa conjuntura polarizada, quem se propõe a mediar, dança! Vide João Goulart em 64, para também fazer um paralelo com a realidade brasileira.
Interessante sua colocação. Sim, me parece coerente a definição do cenário ingame com o ambiente anterior ao golpe de 64. No entanto, como você mesmo colocou, admitida esta configuração uma saída será muito mais complicada. Sendo assim, buscar uma compressão através do olhar habermasiano nos concede um horizonte muito mais palpável, no sentindo de traçarmos soluções viáveis. Talvez realmente o problema seja mais profundo, contudo a abertura para o diálogo pode ser um primeiro passo antes de adentrarmos em outro fatores, uma vez que os discursos de ódio, ataques pessoais e ofensas têm se destacado ultimamente de um modo jamais visto. Com isso, olhar para este fator com uma maior atenção e buscar - ainda que existam outras complexidades - uma caminho para este deve ser, no meu entender, nosso principal objetivo agora.
Votado, mas recomendo aos telespectadores a leitura do filósofo aristotélico-escolástico e 100% nacional CARVALHO, O. de, pois acredito que este seja um pensador de maior porte (de arma, espingarda para a caça de Ursidae) que o pobre marxista-pós-leninista-frankfurtiniano Rabo-Ermas mencionado nas referências (o qual recusou-se a ser entrevistado pelo ensaísta e economista francês Guy Sorman em seu excelentíssimo "Os Verdadeiros Pensadores de Nosso Tempo" pois Sorman, um classical liberal, não comunga das opiniões políticas a la gauche do alemón)
Muito obrigado pelo comentário, sempre muito bom lhe ver nos meus artigos. rs
Em resposta nunca tive a oportunidade de ler Olavo de Carvalho, talvez tire um tempo nas férias para realizar esta leitura. Em relação ao Habermas, não me parece justo desprezá-lo. À parte deste viés marxista, Habermas nos traz uma série de discussões pertinentes ao mundo atual, a começar pela dicotomia moderna entre "naturalismo e religião". Evidentemente que ele não é o único que trata desta problemática, mas dentro deste grupo é um dos mais destacados.
Não tenho conhecimento sobre essa questão do Sorman, nem sou ativista habermasiano kkk, mas o Habermas tem uma característica peculiar que me faz considerar ele em minhas leituras, a sua capacidade de questionar a si mesmo, a ponto inclusive de reformular suas teorias diante de novas descobertas. Essa autocrítica presente em sua obra me faz dar atenção a seus escritos.
No mais, reitero que o Habermas é um autor com uma incrível bagagem teórica e que apesar destas questões que você levantou deve ser considerado, não atoa ele ainda continua presente nas discussões acadêmicas e, no alto de seus quase 90 anos, segue produzindo.
Obrigado pelo comentário, irei sim seguir sua dica de leitura, mas leia Habermas também., não deixe o "velhinho" de lado. rsrs
Nem esquenta, estou só a trollar, que é o que mais vale nessa parte da política xD
Já ouvi falar bem do Habermas por mais coisas que condizem mesmo a um não-marxista (inclusive um dos anarco-capitalistas mais doidos, o Hans Herman-Hoppe, é influenciado pelo Habermas). Se achar tempo talvez dê uma olhada (ou não, provavelmente vou preferir reler pela décima vez um mangá que já li ou alguma outra coisa mais estúpida 😁 )
Abraços!
KKKKKKK' Tudo bem amigo. No mais, muito pelo obrigado pelo comentário, sempre gratificante tê-lo em meus artigos. rs
V+
Ótimo Artigo!
Como tive a oportunidade de dizer antes, é um excelente artigo cuja leitura faz-se sem pressa! Parabéns!
Mas não é só por provocar o gosto pela própria leitura que o artigo é de qualidade, mas pelo seu conteúdo e pela seriedade com que é montado. Infelizmente, creio que muitos indivíduos - escassos ou de conteúdo ou de seriedade - não sejam capazes de apreciar isso, pela dedutível condição de não poderem ser receptores-críticos da mensagem.
Não tenho conhecimento mais direto do pensamento de Habermas, e nem tanto como gostaria, mas gostaria de adicionar alguns questionamentos no comentário abaixo, visto que o limite de caracteres esgotou enquanto eu digitava. hahahaha
Creio que quando se fala de uma mudança de mentalidade, está pressuposto que as opiniões e as atitudes que colorem uma ou outra mentalidade sejam colhidas pela observância de um processo mais ou menos consciente, estável e racional.
O que temos aqui não me parece ser uma tomada de decisões e idéias com fundo num acolhimento de uma "visão de mundo" (guardando as proporções ao ambiente mais restrito do jogo), tampouco precedida de um processo de extrair de determinados princípios e premissas o conteúdo das ações subseqüentes.
De modo que posso dizer que não há um comprometimento mínimo com um corpo mais ou menos fixo de mentalidade, de forma que o que vemos aqui é primordialmente apoiado em mentiras, em dissimulação e em oportunismo e cinismo (os quais, reunidos, são responsáveis por causar mutações na pseudo-mentalidade dentro do próprio grupo). Ou seja, não há aquele mínimo comprometimento necessário para a formação de uma mentalidade para só depois proceder a uma mudança de mentalidade.
Inclusive, creio que ser contra uma coisa em particular - e, portanto, incidental - (no caso, anti-ARENA, embora tenhamos exemplos inumeráveis na vida real) seja marca de falta de uma mentalidade minimamente sustentável e inepta a ser sequer totalizante acerca de algo, mas sim patologicamente mutável e instável. Quer dizer, se o outro lado não tem a mínima sustentação de um corpo de mentalidade mais ou menos fixo, não há contornos sobre os quais um diálogo possa ser erigido.
Foi essa triste constatação que me levou a suspender minha postura de "sonhador", infelizmente.
Muito obrigado pelo comentário, tentarei fazer uma réplica a altura dos questionamentos.
É sempre muito complicado empregar elementos RL com o ambiente ingame, logo ao incorporar o pensamento de Habermas ao cenário político do jogo, alguns pontos de suas teoria precisam ser adequados a nossa realidade virtual.
Suas considerações foram perfeitas, no entanto o seu olhar distancia-se da minha proposta.
Quando falo das "visões de mundo" me refiro a dicotomia política vivida na nossa comunidade, donte podemos extrair duas visões: de um lado aqueles que veem a ARENA como um "vírus", como um obstáculo para o país, e do outro o próprio partido ARENA, que encara o grupo oposto como um conglomerado de golpistas, mafiosos e "bandidos" que só causam mal ao país.
É nesta zona que surge a ideia de "mudança de mentalidade". Concordo quando diz que não há a formação de uma "mentalidade", haja vista o fato da maioria dos ataques serem infundados. Compreendo sua interpretação, mas neste caso para funcionar a proposta vamos imaginar uma "mentalidade" lato sensu. Com isso, a mudança que proponho é que ambos os lados deixem de encarar o seu entendimento sobre o oposto de forma totalizante, isto é, a ARENA deixa de encarar seus opositores como inimigos da pátria, enquanto eles desfazem-se da compreensão de que a ARENA é um "câncer" para o país.
Empreendido este esforço inicial, o diálogo se tornará uma alternativa viável. Do contrário a disseminação do ódio continuará crescendo e isso afetará o país como um todo.
O ideial "pós-secular" dentro das perspectivas do eRepublik, funciona como uma flexibilização das "visões" que ambos os lados tem de si, na tentativa não de conciliar o irreconciliável, mas de amenizar o radicalismo proveniente deste antagonismo ARENA vs. anti-ARENA.
No mais, muito obrigado e parabéns pelo excelente trabalho que você tem prestado a mídia. 🙂
Eu que agradeço!
Se for reconhecida a precariedade daquela mentalidade nos termos mais estritos que usei; e se for certo que essa precariedade é o que, paradoxalmente, mantém esse tipo de atitude corrosiva em vigor numa comunidade que já é doente por razões internas e externas (mudanças na dinâmica do jogo, p.ex.); e se é certo que a mutabilidade (fruto da dissimulação e do oportunismo) daquele projeto de "mentalidade" dissolve todos os pontos que serviriam de base para a estrutura de apoio da ponte...
Sendo assim, me parece que o clamor, assumindo a mentalidade em termos lato sensu, por mais sincero e bem elaborado que seja, será resumido a um clamor por uma maior urbanidade (diminuição do "radicalismo" explícito e desrespeitoso) no trato diário entre os jogadores que um diálogo de fato. Não por culpa de quem faz a boa proposta como a sua, mas sim do meio onde está inserido. Temo que isso possa estimular mais ainda o cinismo, se as raízes que destaquei não forem extirpadas. Não consigo compreender como essa urbanidade e eliminação do radicalismo explícito e desrespeitoso poderia funcionar sem uma grande renovação dos quadros de jogadores. Mas, daí, o diálogo seria com eles.
Então, dentro do modo que vejo a questão, seria necessário primeiro formar (por meio da destruição da dissimulação) uma mentalidade mais elaborada, ainda que totalmente antagônica e radical (não acho que ser radical seja um problema em si) aos interesses do outro lado (ARENA) e, só aí, poderíamos começar os esforços para um diálogo propriamente dito.
Creio que faltou para mim ser mais explícito quanto a esses pontos. E, principalmente, não tome estes meus questionamentos como desmotivação. Ao contrário, me ofereço para ajudar em sua proposta! Ainda que eu preveja que o cinismo seja um resultado, que fique claro que não seria um resultado da proposta em si, mas do caráter de quem não é capaz de apreciar a beleza nela (como já fizeram questão de expor em alguns comentários...).
Inclusive, quando falei sobre uma urbanidade degenerada em cinismo, isso ilustra muito bem o que a dissimulação faz: transformar o que é bom em algo ruim.
Preconceitos são sanáveis. Radicalismos podem ser amenizados. Mas dissimulação é pertencente a uma esfera que transcende o político, é um problema eminentemente moral e espiritual, não de idéias e conceitos, os quais são mais abrangidos pelo diálogo.
E, para curar uma ferida como a dissimulação no caráter de uma boa parte de uma comunidade (a qual, ainda que virtual, é consideravelmente grande e complexa), requer uma força espiritual enorme, da qual talvez não dispomos. Ou pior, talvez nem uma pessoa em tal elevação poderia reparar isso assim.
E volto a renovar minhas palavras de parceria do último parágrafo da mensagem imediatamente acima desta. o/
Em relação a "dissimulação" dentro deste processo, ainda não tenho uma argumento formulado neste sentindo. Peço desculpas por isso. Irei pensar melhor sobre isso e como enquadrar este fator na proposta. 🙂
Reconheço haver algumas lacunas na propostas que precisam ser sanadas, ao passo que alguns conceitos melhores elaborados. Irei empreender no próximo artigo um esforço para tornar a ideia mais consistente, levando inclusive em consideração os pontos que você levantou, que realmente precisam ser encarados com maior clareza.
Infelizmente não posso trabalhar com o extraordinário, logo sempre haverá algo que não se enquadra a proposta. De qualquer forma pensar as bases de um ambiente político mais respeitoso, abrir a possibilidade de contribuições advindas de ambos os polos e, acima de tudo, quebrar com a visão demonizante de uns sobre os outros, é imprescindível se quisermos uma comunidade saudável.
A despeito dos que consideram essa discussão irrelevante (que absolutamente não é o seu caso), sem um impulso reflexivo acerca do caos político que vive o país, toda comunidade sofrerá consequências, até porque não sabemos até que ponto isso pode avançar, nem as proporções internas e RL que isso pode atingir.
Compreendo os pressupostos que você elenca antes de haver a fase da "mudança de mentalidade". No entanto, dentro do que eu pensei, a "urbanidade" não é uma etapa, mas o que se espera de cidadãos no trato uns com os outros. Ou seja, aqueles que não comungam do respeito para com o próximo, não são "razoáveis" dentro do ambiente político. Só podem partilhar do ambiente público, aqueles que respeitam o próximo como um ser humano.
Com isso, o que faltou neste artigo foi estabelecer este filtro. Sendo assim, no próximo artigo devo elaborar com maior precisão estes pontos. No mais, reitero: o que se pretende é uma comunidade onde cidadãos incompatíveis (ex: DC e Vigon) e visões irreconciliáveis (ex: ARENA e anti-ARENA), possam coabitar num espaço respeitoso, onde exista diálogo e troca de "aprendizados complementares". Assim todos, apesar das suas assimetrias, poderão contribuir de algum modo para o país.
Mais uma vez agradeço o comentário. 🙂
Aliás, talvez a leitura desse artigo e de seus comentários seja de seu interesse: https://www.erepublik.com/en/article/os-rios-g-meos-2649445/1/20
A verdade é que a Arena está apelando.
Apelando por ressurgir das cinzas indivíduos mortos e enterrados como V.Sa., com a única intenção de tirar a Arena da lama em que se meteu.
Não se trata de "mudança de mentalidade" nesta sua pregacãozinha engenhosa, ardil e barata.
A Arena está colhendo o que plantou: O ódio!
Sob a batuta do seu eterno PP adotou uma postura arrogante, odiosa e sagaz.
Quis tomar o Brasil para si pelo simples fato de ter a maior bancada.
O que fez o mequetrefe ? Reproduziu seu discurso aos novatos e aos imbecis pseudo intelectualizados.
A Arena não desenvolveu uma oposição sabia e sim uma oposição espelho do seu mentor.
A Arena resolveu que deveria ter as rédeas do pais à qualquer custo, resolveu através dos seus congressistas manipulados como massa de manobra votar contra proposta razoáveis, divulgou decisões sigilosas aos aliados colocando a soberania em xeque, chamou de golpistas aqueles que idealizaram a Ditadura (que é do jogo), criou projetos de leis com o propósito de dificultar a governabilidade e agora por fim resolveu passar um pano quente nos crimes do sr WebCarioca e Alberto Ferraz.
Diante deste quadro caótico não existe diálogo, jamais existirá!
Pior, a Arena trata o bom cidadão brasileiro como se ele fosse um idiota, todavia a população já acordou para estas barbáries hostis, a população não é otária e nem uma massa idiota !
O resultado está aí: A Arena apenas se retro alimenta com um discurso oposicionista sem princípios de responsabilidade e equilíbrio.
Repito a maioria da população REPROVA a Arena (já há dois anos), ou seja, se alguém tem que mudar não são os "anti" e sim a Arena, a começar do abilolado eterno Presidente.
Mas como os antigos dizem, anda como um dia atrás do outro!!!
Finalmente eu concordo com algo que você disse!!!
Sem a menor dúvida não há a menor possibilidade de diálogo com mentirosos, golpistas e terroristas como você!!!
No ano pré ditadura sua facção corrupta aprovou todas as matérias que enviou ao Congresso, mas mesmo assim criou a fantasia de obstrução Parlamentar;
Prometeu que nosso país seria rico e poderoso no malsinado Manifesto Militar. Como prêmio somos piada entre os países; Mas palavras de um espanhol somos ""um país que nem vale o esforço passar por cima pra chegar na Argentina""
Agora ouvir o maior terrorista da história do país falar em discurso de ódio é muito engraçado.
Já contrário ver mês a após mês o dinheiro do BR sendo drenado para ficar sob a guarda de corruptos isso sim nos revolta.
Fracassado!!!!!!!!!! Vocês mataram o país!!!!
Tá aí a prova do grande capacidade de dialogo que o PP da Arena se propõe.
Arenistas, entendam que não existe nada contra vocês, mas a Úrsula/Ereschkigal/ Dhanke estão matando a Arena.
Boa sorte a todos !
Querer diálogo com vice significa ser inimigo do partido e do país.
Logo tente enganar os seus shup shops, os quais nem precisam de explicação pra nada.
Fracassado!!!!
Com borderline não existe mesmo diálogo.
Apesar da sua hostilidade no início do comentário, você trouxe alguns pontos interessantes.
A ARENA não está colhendo o ódio que ela plantou, todos estamos colhendo o "ódio" que todos plantaram.
O seu comentário com tom ofensivo, além de outras exteriorizações, vide o Gunner, comprova que os discursos de ódio são generalizados e provêm das mais distintas zonas.
Quando começou? Quem começou? Isso já não importa, talvez nem seja possível responder com justiça estas perguntas, uma vez que desde o dia que eu comecei a jogar, essa prática de demonizar o outro por questões políticas e pessoais é comum.
Sendo assim, sem um impulso reflexivo de ambos os lados em reconhecerem os excessos e erros cometidos, realmente jamais existirá diálogo. A consequência no entanto, virá.
Quanto mais o país se atola neste "cabo-de-guerra" e pinta em sua bandeira uma espécie de "Guernica", quanto mais os grupos se fragmentam e são capazes de apontar os "vícios" alheios, a fragilização da comunidade será inevitável.
Posto isto, talvez mais do que a quebra de uma visão totalizante, seja necessário uma explicação à luz de Matias Aires, pois o que se vê mais do que o "ódio" é vaidade de uns e outros em achar não ter vaidade, ou a vaidade de uns e outros em não abrir mão de sua visão totalizante.
A ARENA errou muito, com certeza. Mas o erros da ARENA, não ameniza a postura tão errônea quanto do seu grupo político.
Mais uma vez, não adianta ficar "ARENA é isso", "ARENA é aquilo", ou o contrário, "eles são bandidos", "eles destroem o país"... Ou há uma "mudança de mentalidade", ou não há "comunidade saudável".
Habermas chegou a mesma conclusão em seus estudos. A "sociedade pós-secular" é o meio pelo qual seria possível amenizar os conflitos entre o "sagrado" e o "profano" no âmbito público, sem este esforço viveremos numa sociedade cada vez mais contenciosa, em proporções que não podemos imaginar.
Quando esse aborto que vocês carinhosamente chamam de partido nasceu, no final de 2012, em decorrência da saída da ANP do TOP 5, a real necessidade do grupo foi acumular quantidade em detrimento de qualidade, acompanhando o discurso fácil da época de que a "panela" era culpada por tudo que existia de ruim.
Quem começou importa sim senhor, pois começou justamente para se fortalecer se colocando como uma opção diametralmente oposta.
Foi ali, no final de 2012 e início de 2013 que teve início o fim da saúde da comunidade brasileira e, curiosamente, o nascimento dessa linhagem de noobs.
Pior, ao longo desses 5 anos houve inúmeras tentativas de aproximação e todas elas foram rechaçadas com traição.
Nunca existiu interesse dos seus amigos em qualquer tipo de síntese. O jogo dessa turma, que não contribui de forma prática, é apenas o caos político. Então, há um bom tempo já não se procura qualquer tipo de diálogo e os brasileiros que realmente fazem algo, passaram a fazer o que é preciso, apesar dos trapalhões.
No período citado eu não jogava eRepublik, portanto sou incapaz de opinar sobre o episódio. No entanto, assim como toda história é contada por meio do olhar de um observador, seria necessário conhecer outras versões, antes de um veredito final.
Mas, admitindo sua hipótese de que a ARENA é culpada de ter iniciado este cenário, fato é que no decorrer do tempo todos os grupos políticos contribuíram para intensificação deste caos. Então, querendo ou não, todos têm sua parcela de culpa, ainda que em proporções distintas.
Dessa maneira, já não importa quem começou. O monstro que vem sendo alimentado em todos esses anos está cada vez maior e, como se não bastasse, devora cada vez mais a diversão do jogo, este é o problema a ser tratado. Se partirmos para infantilidade de dizer "foi ele que começou mãe", nunca chegaremos num consenso, os conflitos continuarão e o país sofrerá com isso.
Quando Habermas fundamentou sua teoria, ele não procurou saber quem deu início aos conflitos, se foi os religiosos ou os não religiosos. Ao contrário, ele observou a realidade e buscou dentro da realidade as soluções possíveis.
Se for para atacar, então realmente tem lógica buscar quem começou, quem fez isso, quem fez aquilo e ironicamente todos os lados vão encontrar no seu oposto essa figura do vilão. Todavia, se for para solucionar, ou sendo menos pretensioso, amenizar, volto a reflexão do artigo: primeiro deve-se reconhecer a persistência da ARENA num cenário em que a maioria opõe-se a ela, segundo deve haver a quebra da visão totalizante de ambos os lados e, por fim, a troca de "aprendizados complementares".
Rick não perde tempo com essas bestas feras não!!!
Eles inciaram aguerra e o caos quando não aceitaram que o castelinho chamado odin fosse destronado.
Gerações de jogadores nasceram e morreram sendo discriminadas por ex associados do senhor vigon.
Agora ver ele virar shup shup do bonna para não ser esquecido de vez, isso não tem preço que pague!!!!
FORA MÁFIA DAS CONTAS COMPRADAS!!!!
A grande verdade é que a ditadura acabou, mas o ARENA ainda não saiu do modo de obstrução do Governo (criando dificuldades para todas as atividades financeiras estatais, ao ponto até de aumentar a atratividade do país para uma ditadura hostil externa) e sabotagem do eBrasil (artigos e postagens em inglês e/ou espanhol para queimar o país perante aliados e/ou inimigos), se esquecendo que estrangeiro faz pouca distinção entre o brasileiro A ou B (o que ele quer mesmo é dano), que a única coisa que o separa do poder é uma simples vitória eleitoral e o que evita a criação de uma nova ditadura interna é a boa vontade (ou preguiça mesmo) de meia dúzia de tankers nacionais.
Quer fazer faz!!!!
Quem esta te segurando?
Eu vi o real """poder""" dos tankers este mês!!! Rssssssssssssssssssssssssss
[removed]
Tu deve ter dormido durante a RW que ganhamos, né?
No mais, não estou ameaçando, até mesmo porque a minha sede por poder é tanta que não me candidato desde 2014 ou algo assim, apenas aponto (como também fiz antes da primeira ditadura) que vocês simplesmente não sabem jogar.
Se o dart tivesse lutado nada disso teria acontecido
Sustentamos o Dano do Brasil.
Vc sustenta um partido estéril.
Segue o baile !
"A grande verdade..."
Mr. Indigo, você calado é um poeta.
Você finge não saber a diferença entre governo e país. Denúncias contra multicontas são de caráter individual, se está referindo-se ao artigo do sr. Lacerda.
Se está falando dos artigos e atitudes do tempo da ditadura anterior a mim, devo lhe esclarecer que os mesmos fenômenos acontecem em vários países que passaram por ditaduras, conforme as conversas que tive com jigadores de outras nacionalidades.. Então, largue sua arrogância de classificar isso isso como se fosse exclusividade de certo grupo nacional. É uma reação contra atitudes mesquinhas. Como adultos, vocês deveriam estar preparados para as conseqüências dos próprios atos. Mas não!
Se estiver falando do meu artigo "Memórias de um Delírio" em que critiquei a atitude do governo brasileiro na guerra contra Portugal, devo lhe lembrar que meu artigo não sujou a imagem sequer do governo, imagine a do eBrasil. hahaha O próprio governo se encarregou de sujar a sua imagem e a do eBrasil. Foi o governo que fez uma publicação infeliz em inglês e português. Meu artigo foi somente para mostrar que o eBrasil não está cheio de covardes apenas.
Eis o artigo do governo: https://www.erepublik.com/br/article/-mofa-brazil-about-the-war-en-pt--2656803/1/20
Comentários e comentários de gente de todo o eMundo chamando o governo (com razão) de covarde e, infelizmente, zuando todo o nosso ePaís. Esse é o legado dr vocês. Não meu.
Vocês, afundados na arrogância e na dissimulação, conseguiram afundar o eBrasil sem ajuda da oposição. Realmente, meu artigo foi desnecessário, porque vocês elegem gente tão idiota que a oposição não precisa nem mexer um dedo para expor os erros de vocês.
No mais, os congressistas têm direito a votar conforme seu entendimento. Algo elementar que foge da sua compreensão desta realidade virtual.
No dia em que vocês deixarem de ser tão mimados e chorões mentirosos, quem sabe algo melhore.
Escreve mais.