[ANALISE] Portugal: Uma estratégia geopolítica e militar falhada?
Afonso Batista
Portugal desapareceu: Consequência de uma estratégia geopolítica e militar falhada?
Por Afonso Batista
Para quem assiste de fora, o Governo de Portugal aparenta ter dado provas de dedicação, profissionalismo e, não haja dúvida, fervor patriótico. A maioria dos Portugueses mostrou confiar no Governo ao reeleger, por boa margem, o Presidente Justino Figueiredo, e conceder-lhe novamente os destinos da Nação. O Presidente e a sua equipe apresentaram aos Portugueses um projecto já experimentado, sólido, com metas ambiciosas, e uma estrutura governativa que aparenta responsabilidade e competência em vários planos. A grande meta era a manutenção da existência de Portugal e a recuperação do nosso território original.
Contudo, no plano militar e geopolítico, tudo ruiu - e em poucos dias. Portugal já não existe sequer.
Num recente comunicado presidencial durante plena guerra, apesar de bem intencionado e transpirando saudável patriotismo, procurando motivar os Portugueses, o Governo revelou, porém, também algo de muito perturbador. Ou o Governo viveu iludido ele próprio, ou quis iludir os Portugueses. Qual das hipóteses a mais grave...
Para além de termos seguido um duvidoso caminho colonialista, fomos até às últimas consequências desse mesmo caminho – onde é que já eu vi isto na história de Portugal –, lutando até ao fim contra uma potência muito superior à nossa – Espanha – sem qualquer sentido das proporções. E no meio de uma guerra, em que perdíamos territórios nacionais na ordem de uma região por dia, ainda os Portugueses foram surpreendidos por mensagens e comunicados presidenciais repletos de optimismo vitorioso, como se estivessemos quase à beira de ganhar a guerra com Espanha. Isto foi grave. Não vejo onde a falta de senso da realidade possa ser positiva.
A nós, no Vox Libertária, tais comunicados presidenciais fizeram-nos lembrar o famigerado ministro da Guerra Iraquiano, aquando da invasão Norte-Americana. Segundo o famoso ministro, no Iraque estava tudo bem, e os americanos estavam a ser travados, mesmo quando, na realidade, os americanos estavam praticamente às portas de Baguedade com todo o seu poderia bélico.
Não haveria outras alternativas? A diplomacia, a negociação? Desconheço, e por isso apenas me interrogo. Pelos vistos, o Governo recusa sequer negociar com Espanha. É preferível a inexistência enquanto Nação? Talvez, mas só se houver um plano convincente que devolva a Portugal a sua independência. Para já, tais planos parecem estar nos segredos dos deuses.
Vimos muito Portugueses a assimilar a estratégia governativa das últimas semanas, a estratégia do contra-ataque (conquista da Andaluzia e das Canárias), afirmando ser uma estratégia de génio, percebedora da tão aclamada “mecânica de jogo” (pelos vistos só percebida por um punhado de entendidos). Fez-se crer que conquistar territórios no coração de Espanha iria dividir os Espanhóis, e esquecemo-nos que essa estratégia também dividiria os Portugueses em diversas frentes de ataque/resistência.
Depois dos píncaros da ilusão, o Governo caiu inevitavelmente na realidade e, mesmo que procurando fazer tudo por Portugal, fica marcado por esta derrota colossal que pôs fim ao próprio país. Não é coisa pequena!!!
Algo falhou, e isso não é criticar o Governo. É apenas ver e dizer o óbvio. Se calhar era mesmo inevitável o desaparecimento de Portugal. Não sei. O que sei é que, o que fizermos daqui para a frente terá de ser, de um modo ou de outro, bastante diferente do que fizemos nos últimos meses, nem que isso passe por ter alguma humildade e senso das proporções.
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Comments
Votado .... boa analise com a pouca informação que tens a disposição.
Obrigado teXou! O teu comentário é encorajador. Abraço
Gostei da escrita mas tenho de discordar num ponto:
"(conquista da Andaluzia e das Canárias), afirmando ser uma estratégia de génio"
A conquista de Andaluzia foi conseguida muito provavelmente porque os nossos aliados da Terra gostaram da ideia de ver os bónus da Espanha bastante reduzidos. Se tivéssemos optado por uma região original, não iria haver essa motivação e, visto que ganhamos, atrevo-me a dizer que o risco de perder a iniciativa de ataque era maior.
Votado e subscrito!
Votado. Iberia > (Portugal + España)
Votado! Boa escrita e boa leitura.
A verdade é que Portugal depende muito dos aliados numa guerra contra Espanha e depois do golpe inicial da ausência do Brasil e USA, surgiu a medalha True Patriot para dar a machadada final.
Ainda assim concordo que podia ter sido feito mais, em termos de organização e disponibilidade militar.
V ja pensaste que o governo nao negociou com espanha porque sabia que isso so ia servir para ferir o orgulho nacional? os espanhois sabiam o que estavam a fazer quando nos declararam NE, eles sao mais que as maes, nunca iam aceitar um acordo,ainda por cima visto que defendemos 'potencias' diferentes, a verdade é que os nossos aliados nao fizeram nada digno de registo.. e nao querendo desculpabilizar ninguem do governo; a estrategia de andar a ajudar os outros, nao nos valeu de nada..
O Telmo acabou por dizer o que penso, mas dado o actual panorama, mesmo com organização seria uma questão de aguentarmos mais uns 2 ou 3 dias com territórios originais, pois o wipe era inevitável mais cedo ou mais tarde, a meu ver.
Esta sempre foi uma guerra de desgaste e que se adivinhava longa, esperemos agora que com a ajuda a caminho rapidamente nos voltemos a reerguer.
Bom artigo, o que falhou na guerra contra Espanha foi a "falta de tomates" de declarar NE a Espanha quando eles estavam por baixo, todos sabiam que a ONE voltaria podíamos ter aproveitado e treinado o modulo militar nessa iniciativa e provavelmente teríamos ficado por cima, mas como sempre a Governo PT tem medo muito medo arranjou desculpas que a EDEN não apoiava e outras desculpas, agora que levamos WIPE a EDEN tambem não travou a onda que nos invadiu por isso o NE teria feito sentido na altura
@insert.coin: O anuncio do wipe começou no dia 11 de Abril com 1 pedido de libertação de UMA ÚNICA região para os vuvuzelos. Esse pedido foi feito pelo MoFa polaco com uma clara ameaça.
A essa ameaça inicial veio se juntar a dos taçardos e com um ultimato.
A resposta dos bazófios habituais foi: NÃO !
Os mesmos baózifos que pouco ou nada se viram nas lutas. Mas que só andam com bocas e picadelas aos que fizeram o seu dever.
...
Nem sabia sobre o que o teXou disse no seu último comentário... A ser verdade é inacreditável. Não ter cedido uma ou duas regiões custou-nos afinal todo o território nacional, todo o bónus, e teremos de recomeçar do zero...
O que dizes tens razão, falava-se por aqui de que íamos bater o espanhóis, mas acabamos fora do mapa e pelos vistos o apoio da aliança a que pertencemos foi sol de pouca dura e acabamos por ser o rato a lutar contra o elefante só que aqui o elefante venceu. é realmente necessário repensar estratégias, talvez menos ambiciosas e mias humildes e realistas.
Dia 20 de Abril com a recusação da proposta Vuvuzelana pelo nosso congresso e o lançamento do NE pela Taçardia ... A guerra e o wipe ficou inevitável. ; )
As verdadeiras causas do wipe:
- saída da Bulgária da EDEN (ONE ficou c/ excesso de dano relativa/ à TERRA+EDEN)
- tratados de não-agressão c/ Espanha
- medalha True Patriot
- recusa da proposta venezuelana pelo n/ congresso
Consequência: wipe inevitável.