[Sterben4kk] A Falácia da Igualdade

Day 4,276, 01:46 Published in Portugal Portugal by Sterben4kk


"Somos todos iguais."
Uma expressão aportuguesada, nascida dos pensamentos filosóficos do século XVIII, popularizada pela Revolução Francesa, cujos choques políticos e sociais mudariam por completo o pensamento social, político e económico da Europa e do mundo, que se via por ela completamente influenciado.
Os gregos da antiguidade acreditavam numa igualdade desigual. Não obstante, tratou-se de um passo importante para formulação dos cruciais preceitos que definiriam a sociedade ocidental dos tempos posteriores, muitas vezes por via de Roma, com as suas ideias Republicanas de "Libertas et Civitas", Liberdade e Cidadania, o domínio da lei de iguais para iguais. Previa-se assim, que apenas iguais tinham direito de julgar os seus iguais (inter pares), e assim se criou uma hierarquia divisiva, aparentemente contraditória à ideologia atual da Igualdade absoluta e suprema.

Não obstante, a Igualdade (e a sua relativa menos falada, a "Equidade", o que nos leva às questões, "O que será justo?" e "O que é a justiça?"), não é naturalmente presente. Os modelos teóricos atuais acerca da seleção de espécies (de forma extremamente simplificada), nomeadamente a chamada "Seleção Natural" de Darwin e Wallace, aponta para a ideia "do mais forte, do que se adapta, do que sobrevive", ou seja, apenas indivíduos, em condições regulares, cujas características inatas ou mutações existentes/adquiridas teria a potencialidade de passar os genes para gerações profundas, garantido assim, além da limpeza genética, que apenas os indivíduos potencialmente mais capazes seriam realmente aqueles que, para falta de melhor termo da minha parte, "que merecem sobreviver". Isto é implicado através da constante mudança ambiental, cuja volatilidade ou incerteza exterminou múltiplas espécies incapazes de sobreviver e se adaptarem a determinadas condições.
Ora, na nossa sociedade humana atual, como já exemplificado, somos todos iguais. Perante a lei, perante os tratamentos sociais (pelo menos assim deveria ser). Não estou eu a discordar disto, seria ignóbil de alguém o tentar fazer, na minha opinião não tão modesta. Isto admitirá "Igualdade de Oportunidade", ou seja, todos deveriam partir do mesmo ponto de partida, ou a criação de mecanismo que permitam que todos, apesar de qualquer situação social e económica que se encontrem em qualquer momento, tenham a mesma oportunidade a criar o seu caminho de uma forma livre e justa, com plenos direitos e cidadania. Novamente, não tenho argumentos que possam apresentar a falsidade ou falácia de tal ideia, exceptuando a sua implementação complicada e dúbia.
Sendo esta parte que nos leva ao ponto em questão:

Não nascemos iguais. Não somos iguais. Não vivemos iguais. Não temos oportunidade iguais. Não temos de ser iguais.

Enquanto não entendermos que nem todos temos o mesmo valor, e que tal não é necessariamente negativo, nunca chegaremos a lado algum, e toda a discussão será infrutífera e inútil. A ideia da igualdade absoluta perante a diferença, leva à
morte da equidade, que é a justiça quando analisada do ponto de vista do Direito Ocidental, que admite a existência de diferenças e mudança de atitude e tratamento perante tais diferenças particulares.
A redistribuição de riqueza tem muito potencial enquanto tópico de tertúlia e de consideração jornalística, mas aqui não terá lugar. Apenas gostaria de acrescentar que, para bem ou para mal, a igualdade é utópica. Resta beneficiar aqueles que merecem dentro de um clima sóbrio. A procura de uma igualdade forçada sempre trouxe desiguldades e conflitos.

Vejamos um exemplo prático, que foi a base para escrita deste artigo (e explicação de racícionio das suas vantagens económicas):
-Nos últimos tempos, e começando nas longas governações Pisco do ano de 2018, com Soprano e com Sterben4kk (eu), a Ministro da Educação, continuando e melhorando pelos mandatos dos CP Miguel Soprano, Yoradorc e Sterben4kk, começaram-se a criar e implementar diversos tipos de programas. Tendo em conta a situação corrente deste jogo, ou seja, voltado para a área militar, o foco e objetivo destes programas é o de aliviar e ajudar o jogador lutador, ao mesmo tempo que se incentiva a sua permanência e desenvolvimento militar. Foi com este género de programas (e maiores, e mais complexos, incluindo dinheiro real e partilha de contas), que permitiu que a antiga "Anti-Asteria", agora denominada por CODE, quebrasse a hegemonia da Asteria, sendo que esta última acabou por, devido à falta de interesse e de ajuda militar, caindo num desinteresse e desorganização, fruto do seu sucesso e de pobres decisões dos administradores.
-Isto coloca, portanto, em causa a igualdade de todos os ePortugueses. Se os militares são os que mais recebem, o que importa aos novatos, aos produtores, e aos políticos? Porque devem eles pagar a fatura de um apoio que a eles não beneficia? Falemos da Equidade. Quando custa, verdadeiramente, lutar neste jogo, com o valor do CC e dos preços atuais? Colossais quantidades, particularmente àqueles com baixa disponibilidade para farmar, ou cujo dano não é suficiente para se tornar auto-suficiente. É aqui que se procura ajudar, impedindo que se pare de lutar, mantendo o desenvolvimento militar e o interesse dos soldados, pois são estes que lutam e acarretam todo o esforço de suportar o país em questões externas hostis (um pleonasmo em latim, por curiosidade). Com o sistema económico do jogo em colossal mau estado devido a quantidade avultadas de CC em circulação, tornou-se complicado para os produtores encontrarem lucro mesmo com os bónus de produção maximizados. Infelizmente, pouco pode um governo fazer perante isto. Falou-se em subsídios de produção, e embora concorde, a sua implementação seria complexa e envolveria um risco colossal de fraude, devido às dificuldades de verificação e apuramento de valores, obrigando a uma relação extrema de confiança por parte do Estado/governo ao indivíduo (poderia-se combater isto com subsídios fixos, mas seria isso justo?). Olhando para um sistema económico baseado puramente em guerra, será assim tão descabido os apoios a militares? Afinal, são estes que compram e gastam, em maior quantidade, comida e armas. As Casas são abertas a todos para utilização, e portanto beneficia-se a produção nacional quando estes programas são aplicados, trazendo dinheiro para os produtores portugueses, ejectando mais dinheiro na nossa economia, preferencialmente tornando-a mais competitiva, retendo mais capital interno e extraindo mais capital externo.
-No entanto, outras oportunidades de distribuição de riqueza existem/existiam. Pelas mãos do Sterben4kk enquanto Ministro da Educação, foram (re)criados (para um ambiente que reflete o modo atual de jogo e interação), além do já existente Euromilhões, concursos de interacção social entre a nossa comunidade, com a distribuição de CC em prémios. Estes concursos eram abertos a todos os ePortugueses, e todos tinham a mesma oportunidade de atingir o prémio máximo, sendo que a isto se deve a capacidade ou sorte de cada um.
-Portanto, a isto se pergunta, seria justo, equitativo, dar dinheiro, por igual, a todos e mais alguns sem motivo aparente? É justificável gastar todo e qualquer excedente em todos os portugueses, desde o dois clicks desinteressado ao tank mais dedicado e interessado em receber apoios? Não, não é. A desiguldade é, muitas vezes, justa e justificável perante a lógica racional, e não é através de um subsídio base que se atribuiria a todo e qualquer português só por ser português que se resolveriam as questões.

Afinal, ser medíocre dá direito a prémio.

Por entre infundadas teorias da conspiração e lógica antiquada, desonesta e falaciosa, senti a necessidade de expressar o meu ponto de vista. Este artigo não é um ataque pessoal a quem quer que seja, mas se alguém se sentir atacado, então talvez deva refletir nisso.
Todos temos opiniões diferentes. Certamente alguém com tremenda eloquência irá refutar as minhas afirmações, preceitos e conceitos. Outros provavelmente irão concordar comigo.
A todos os que tiveram a paciência para ler, o meu obrigado, espero que tenham apreciado.
O meu obrigado à catzii, a minha revisora oficial, que sem ela isto teria bem mais erros de ortografia e palavras esquecidas pelo meio do texto.