[Partido Psicótico] - O Regresso

Day 3,656, 08:39 Published in Portugal Portugal by Justino Figueiredo


Leais súbditos,

Recentemente acordei com fome. Comi 3 aldeões e mesmo assim continuei com fome. Fome de sangue (apesar de me alimentar uma vez por mês durante cerca de uma semana), de vísceras, de lágrimas, de gritos, de terrores e horrores, de membros cortados, de cadáveres violados, de cabeças a voarem, de aldeias a arder e do cheiro a carne queimada. Esta fome fez-me sentir renascido, com motivação para vos oprimir e espancar até começarem a gostar, com energia para me reerguer e retomar o meu lugar como o vosso amado Tirano.



O Pisco Soares, que agora vos lidera enquanto eu deixo, sentiu que eu estava prestes a deixar a minha hibernação e, como verme inteligente que é, decidiu preparar um banquete em minha honra. Na minha rejubilação, sorri e abri os braços de contente para abraçar e arrancar umas costelas a este meu acólito da destruição, pois a minha fome vai ser saciada com uma guerra contra o Brasil.



Como me sinto especialmente generoso (o que acontece sempre que devoro aldeões ao acordar) vou permitir que lutem ao meu lado. Mas a minha eterna e graciosa generosidade tem condições. Antes de marcharmos para a matança, quero que satisfaçam as vossas mulheres, que ajudem o Passos Coelho nesta tarefa, que bebam o sangue dos inocentes, que comam a carne dos infiéis e que passem a mão pelo vosso bigode, porque enquanto houver um Português, haverá um bigode. Acima de tudo, assim que estiverem prontos (que será assim que me apetecer), unir-mos-emos para a carnificina que é nossa por direito. Somente unidos conseguiremos derrotar este poderoso inimigo. Não digo isto no sentido literal, embora fosse deveras eficaz atar-vos a todos para formar uma bola humana gigantesca, ou coser certas partes dos vossos inúteis corpos para formar um rolo compressor. Aqueles que outrora foram nossos irmãos foram desencaminhados por líderes fracos e falsos profetas, estando agora no nosso caminho. Apesar de eu os poder conquistar sozinhos, dar-vos-ei a alegria e a glória de lutarmos como um só.

Não pensem que vai ser fácil e nunca desrespeitem o nosso inimigo, pois isso seria desrespeitar a armas, o nosso objectivo e, acima de tudo, desrespeitarmo-nos a nós próprios.



Tenho a plena confiança que sairemos vitoriosos, já que vos desfaço se assim não for. Demonstrámos no passado que temos a inteligência, a força, a vontade e o espírito guerreiro necessário para fazer frente a qualquer adversário e ultrapassar qualquer obstáculo. Mas somos precisos todos nós. Lutaremos por esta Nação e uns pelos outros. E todos lutarão por mim, ou ficam sem bracinhos.



O vosso amado Tirano Psicótico,
Justino Figueiredo