[Bitorino entrevista] Lucifel

Day 3,653, 07:05 Published in Portugal Portugal by General Destroyer
 
Camaradas

Quem teve oportunidade de ler a entrevista ao Justino Figueiredo, nomeadamente os mais novos, ouviram falar também num outro jogador, apontado como um dos grandes Presidentes da República: o Lucifel.

Para quem não o conhece, o Lucifel foi presidente de Portugal por cinco vezes, entre 2011 e 2012. O Lucifel foi um dos grandes responsáveis pela instalação, de forma mais duradoura, na América do Sul, em especial na Venezuela. eNascido a 21 de Agosto de 2008, antecessor do Justino no cargo máximo da política portuguesa, o Lucifel contabiliza ainda um total de 98 medalhas de Trabalhador Esforçado e 31 de Congressista.

Sendo, pelo menos para mim, um dos políticos mais memoráveis na História Portuguesa, a par do Justino, decidi ir ouvir um pouco as suas opiniões sobre o actual estado da política portuguesa bem como a memória de outros tempos.


A Voz do Bitorino (Vd😎 - Tal como o Justino Figueiredo, foste CP cinco vezes, num período em que a comunidade portuguesa era bem mais numerosa e tinha muito mais jogadores activos. Apesar de agora tu próprio não seres um jogador tão activo, pelo menos politicamente, como olhas actualmente para a comunidade portuguesa?
Lucifel (Luc) - Saudações a quem nos lê 🙂
A minha não actividade a nível político, tem fundamentalmente a ver com a falta de tempo do que considero ser indispensável para poder fazer um bom serviço perante a comunidade, o que embora não possas comentar dado estarmos a fazer uma entrevista escrita, percebes o que quero dizer, o que não é fácil explicar a novos jogadores que nos possam ler e não sabem do que vivemos no passado enquanto comunidade ou dirigentes de cargos políticos,etc.
A comunidade portuguesa, parece-me uma dualidade em si. Por um lado, somos menos activos a nível colectivo, mas parece-me que existe muito mais gente comparativamente disposta a fazer algo em prol do país, carecendo em grande parte a oportunidade e talvez uma exigência que seria bom recuperar para que a nação pudesse novamente ter líderes épicos quase a fazer relembrar outros grandes nomes da nossa comunidade. Todavia sinto que está também a comunidade muito mais fechada nas suas unidades militares (eu próprio me revejo neste contexto, dado ver a dinâmica e o trabalho levado a cabo dentro da nossa estrutura militar em prejuízo de uma ideia globalizante lusitana a nível de comunidade). Quiçá com os líderes ou departamentos com competências adequadas para essa interacção possam ser geradas novas equipas governativas ou projectos para apoiar ou enaltecer a nação em alguma área de actuação. Finalmente a minha análise termina apenas em dizer que as pessoas podem sempre dar um pouco mais ou fazerem a diferença dentro de uma comunidade nas pequenas coisas, e creio que duvidam disso. Do que tenho acompanhado nos media tem sido patente como os novos jogadores ou não comentam ou passam ao lado de algumas incidências entre pessoas com mais expressividade mediática quase como se fossem ser engolidos por uns bichos papões. Têm opinião certamente sobre o que se comenta, escreve ou responde, porque não participar na conversa/debate?

VdB - O Pedrito e o Pheamus têm referido muitas vezes que quem não é do establishment é de alguma forma afastado e ostracizado pela restante comunidade. Concordas com esta ideia?
A ideia de alguém ser ostracizado de alguma comunidade tem em primeiro lugar em ver o que podem esses jogadores estar a fazer dentro da comunidade para causarem esse tipo de “repulsa” ou de sentimento antagónico aos jogadores da comunidade. Na minha opinião, aquilo que estão a fazer é a dizerem-se alvo de uma discriminação é no fundo um ciclo de jogadores onde uns escolhem enveredar por uma forma diferente de jogar onde vão fazendo inimigos ou simplesmente jogadores que se recusam a dar-se com eles devido às opções que tomam.
Tanto a posição dos que se dizem “afastados” como os que preferem não se dar com esses jogadores têm pontos de vista válidos, no entanto, existe sempre a possibilidade de pensarem se em vez de alimentarem esse tipo de disputas não poderiam trabalhar em conjunto nem que fosse em benefício de terceiros. Nessa perspectiva poderiam ambos os jogadores aproveitar o tempo de forma mais proveitosa no meu entender. Gastam-se recursos, fazem-se artigos e espalha-se muito “eÓdio” para tentarem provar que estão certos ou que foram discriminados. Claro que outros casos houve que depois de meses e meses de terem esta postura quando tentaram reintegrar a comunidade e trabalhar com ela havia a natural desconfiança… pois a esmola parecia demais, depois de tantas tentativas frustradas. Haja esperança 😊

VdB - Quando ingressei no jogo, em 2011, havia uma espécie de Lado Negro e Lado Branco, sendo que um procurava excluir o outro, atrair os  novatos. De algum modo, é também isso que o Pedrito diz existir agora, embora em moldes um pouco diferentes. Do que vais vendo, que isso é mesmo assim ou, hoje, há mais oportunidades para ouvir e integrar os novatos?
O lado negro e o lado branco são apenas nomes pomposos para fundamentar esse mesma referência a uma ostracização sem a qual não haveria muitos argumentos para responder ao outro lado da barricada. Há conveniência de criar essa mesma fenda entre alguns jogadores pois os obrigam a posicionar e a ganhar apoios da mais diversa ordem, essas posições vêm mais tarde a fundamentar novos projectos e ambições como que para restaurar uma “ordem” ou a “justiça”. Contudo penso que a eHistória foi sempre muito clara em relação a estes “lados” e veio sempre a estabelecer-se e a escrever-se no mesmo sentido. Porquê podias tu perguntar? A razão é simples, há bom senso. Enquanto esse mesmo bom senso imperar por muitos lados que queiram criar haverá sempre em última análise uma posição clara do que a comunidade pretende. Os moldes como diz o Pedrito até podem ser diferentes mas a concretização dessa mesma teoria é muito semelhante, o que a meu ver demonstra que há sempre quem persista em não aprender lições com a ehistória.

VdB - É inevitável perguntar... Que memórias guardas dos tempos em que foste CP?
L -
As memórias são as melhores, embora espere ainda actualmente vir a colecionar mais algumas até ao fim dos meus tempos por cá. O jogo vai longo… desde 2008 que jogo isto e apesar de ter sido CP apenas por 5x a verdade é que participei em muitos governos, estive envolvido em muitas organizações e em centenas de projectos privados que deram histórias e tempo de convívio que jamais esquecerei. Como Presidente, tive a sorte de ter comigo uma equipa que me apoiou e acreditou naquilo que tinha planeado em instaurar o primeiro império da nação e a meu ver colocar Portugal uma vez mais nas bocas do mundo, foi enfrentar quem nos queria mal ao lado de quem nos queria bem, contra as probabilidades, com os chamamentos da comunidade, todas as unidades militares, coordenar ataques, angariar soldados para a causa, ganhar batalhas por 1 hit e virar a barra da batalha em situações que consideravam que não tínhamos “manpower” suficiente para manter o que alcançámos. Estivemos lá para dizer que estavam errados e que Portugal podia abraçar uma grande era de peito cheio e de queixo levantado.


VdB - Grandes jogadores que guardas desses tempos? E grandes amigos?
L -
Os jogadores que tivemos e temos ainda alguns deles são em si conhecidos de grande parte da comunidade, pois nem só quem deu a cara na praça pública a meu ver é digno de registo, tantos jogadores passaram por cá e foram mais importantes que muitos que só assinariam de cruz em tantas e tantas ocasiões. Certamente que muita gente se poderá rever nestas palavras e saberão de um caso ou outro.
Recordo jogadores como o ViolentReaction, MithrasReloaded, MorreJa, Klavh, Raikael, aovelhanegra, N_V, euphonix, Judazs, não penso que amigos ou grandes jogadores importe mencionar porque cada um à sua maneira contribuiu para o futuro do país e do que vim a fazer em consequência. Haverá muitos outros mas menciono apenas alguns deles 🙂

VdB - O que falta hoje à comunidade portuguesa que havia antigamente e o que temos hoje que antes não tínhamos?
L - Aos jogadores novos falta-lhes ambição e serem arrojados em favor da nação. Falar o que pensam mesmo que possam dizer o maior disparate mas demonstrem a melhor deles em aprender e em seguirem em frente, não porque o que os outros possam dizer mas porque percebem que num jogo existem fases em que a desconfiança e a inexperiência num jogo podem dar lugar ao conhecimento e ao enaltecimento do que é feito por cada um deles.

VdB - O que te faria voltar a ser um jogador mais activo neste momento?
L - Estou a tentar fazer isso aos poucos… existem de facto coisas na nossa vida que se mostram ser mais exigentes em momentos específicos. Ainda assim o tempo permite que o contributo possam ser dados em favor da comunidade. Portanto espero ainda ver muitos mais sucessos e aventuras de Portugal 😛

VdB - Que conselhos deixas aos mais novos, aos governos e ao congresso?
L - Aos mais novos digo: arrisquem mais, mostrem-se mais!
Ao Governo digo: Governem como se espera de um Governo, com a força e a virtude típica de quem arrasta multidões atrás. Pessoalmente gostava mais como os governos eram geridos antigamente, mas caso os tempos se imponham a vocês, então tentem segui-los com respeito às vossas convicções. Em cada momento haverá um momento determinante e cabe-vos encontrá-lo e tirar partido do mesmo.
Ao Congresso digo: Havendo um organismo de controlo à actividade governativa é este o único garante dos eleitores. Incentivarem as propostas individuais pode ser em si uma verdadeira revelação de perspectivas de futuros líderes que possam marcar a diferença.

VdB - Algum conselho mais que queiras deixar à comunidade portuguesa?
L - Creio que o melhor é terminar com uma citação que se possa aplicar no seu geral a todos os nossos membros da comunidade em alguma altura da sua eVida:
“Criticism may not be agreeable, but it is necessary. It fulfils the same function as pain in the human body. It calls attention to an unhealthy state of things.” - Winston Churchill


Espero que tenham gostado de mais esta entrevista!

Um abraço a todos,
 
Bitorino



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